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Resumo Alta Complexidade II

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1 SISTEMA CARDIOVASCULAR
Sistema de Condução e Débito Cardíaco
Consiste na série de eventos relacionados à condução da atividade elétrica referente ao batimento do coração. Ocorre da seguinte forma:
O impulso elétrico parte do nó sinusal fazendo com que os átrios se contraiam. Após isso, ele segue para o nó atrioventricular e passa pelos feixes de his, que se bifurcam em ramo esquerdo e direito, atingindo as fibras de purkinje, realizando então a contração dos ventrículos.
O débito cardíaco consiste na quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo durante determinado tempo: DC = Volume Sistólico (70ml) X FC (60/80 mmHg), onde o normal em um adulto é de cerca de 5 L/m.
Fatores de Risco Modificáveis
São aqueles fatores passíveis de mudança, que o indivíduo pode escolher modificar ou controlar, como HAS, DM, Tabagismo, Sedentarismo, Obesidade e Uso de Contraceptivos Orais, por exemplo.
Fatores de Risco Não Modificáveis
São aqueles fatores que não são passíveis de mudança, são impostos ao indivíduo e não podem ser modificados, como Raça (Afrodescendentes), Mulher Pós-Menopausa, Idade Avançada e História Familiar de Doenças Cardíacas, por exemplo.
Histórico
Sinais e Sintomas: Dor ou desconforto torácico, dispnéia, edema, ganho de peso, palpitações, fadiga, tonteira e síncope;
Eliminação: Nictúria, constipação, Manobra de Valsalva;
Atividade e Exercícios: Falta de ar aos mínimos esforços;
Sono e Repouso: Dispnéia;
Cognição e Percepção: Não percebe certas modificações, como cianose de extremidades;
Funções e Relações;
Enfrentamento e Tolerância ao Estresse: Até mesmo um estresse leve pode levar a maiores complicações;
Estratégias de Prevenção: Exercícios físicos leves regularmente, se relacionar mais com outras pessoas, aprender a manejar o estresse para não se sobrecarregar, etc.
Exame Físico
Alguns fatores devem ser avaliados para comprovação do estado do indivíduo referente a agravos coronarianos, como PA (> 140/90 apresenta hipertensão), Inspeção da Pele (Procurar por cianos central e/ou de extremidades, xantelasma e palidez), Pulso Arterial (classificar em 0 como inaudível, +1 como fraco, +2 como diminuído, +3 como cheio, +4 como forte), Inspeção e Palpação (Segundo espaço intercostal à direita do esterno na Área Aórtica, e a esquerda do esterno na Área Pulmonar) e Ausculta Cardíaca (B1: fechamento da mitral e tricúspide / B2: fechamento da aórtica e pulmonar).
Avaliação Diagnóstica – Enzimas Cardíacas
Quando as membranas celulares se rompem, algumas enzimas são liberadas, sendo possível avaliar a quanto tempo essa lise ocorreu a partir destas enzimas. (1ª Não específica, 2ª/3ª Específica)
CK: Se eleva 8h após a dor e atinge o pico em 12h. (Normal = <5ng/ml);
Mioglobina: Se eleva dentro de 1 às 3h após o evento. (Normal = 10-92ng/ml);
Troponina: Detectada dentro de 3 às 4h, com pico dentro de 4 a 24h. Pode permanecer elevada por 1 a 3 semanas. (Normal = 0,01ng/ml).
Avaliação Diagnóstica – Bioquímica Sanguínea
Perfil Lipídico: Colesterol Total (>/= 240 é alto), LDL [RUIM] (160 a 189 é alto, 190+ muito alto), HDL [BOM] (<40 é baixo e >60 é alto) e Triglicerídeos (200 a 499 é alto, 500+ muito alto);
Eletrólitos Séricos: Na, K e Ca são essenciais para despolarização e repolarização celular;
Uréia Sérica: Em nível elevado pode refletir perfusão renal reduzida;
Glicose Sérica: Pacientes com doença cardíaca podem apresentar DM.
Monitorização da PVC
Utilizada para avaliar a função ventricular direita e o retorno venoso do sangue para o lado direito do coração, determinando se o paciente está hiper/hipovolêmico.
Consiste num cateter com luz única ou múltipla, posicionado na veia cava superior. Seu valor de referência é de 2 a 8 mmHg. O corpo do indivíduo deve estar alinhado de forma correta, sendo necessária a avaliação por meio de um aparelho de mensuração do nivelamento.
Monitorização da PAM
Consiste na introdução de um cateter numa artéria por meio de punção ou dissecção. É indicada em casos de Emergência Hipertensiva, Infusão Contínua de Drogas Vasoativas, Choque, Cirurgias de Grande Porte e Hipertensão Intracraniana.
É contra indicada em casos de Doença Vascular Periférica, Coagulopatias, Áreas Infectadas e Queimaduras no local da punção.
Podem ocorrer algumas complicações em decorrência desta monitorização, como Embolização Arterial e Sistêmica, Insuficiência Vascular, Isquemia da Região, Hematomas e Infiltrações, além de Hemorragia por desconexão do cateter.
Terapia Com Marcapasso
Tem o objetivo de produzir estímulos elétricos para o coração em casos onde a formação destes impulsos está menor que o normal. Podem ser permanentes ou temporários, dependendo da necessidade do paciente.
É composto por um gerador de pulsos eletrônicos e eletrodos de marcapasso. Podem apresentar algumas complicações, como infecção local, sangramento e hematoma no local da inserção, hemotórax a partir da punção e estimulação diafragmática.
Cardioversão
Consiste na utilização de uma corrente elétrica regulada para corrigir disritmias. Os impulsos são descarregados durante a despolarização do ventrículo (QRS), sendo esperado que o indivíduo retorne para um ritmo sinusal, PA apropriada e pulsos periféricos adequados.
Desfibrilação
Despolariza imediatamente uma massa de células miocárdicas.
ELETROCARDIOGRAMA
É representado por um gráfico onde alguns pontos são importantes, sendo esses: Onda P (Despolarização Atrial), Complexo QRS (Despolarização Ventricular) e Onda T (Repolarização Ventricular).
É possível avaliar uma estimativa da FC do paciente a partir do ECG, para isso existem algumas fórmulas específicas.
Ritmo Regular
Um ritmo regular significa que os espaços entre as ondas R, no topo do Complexo QRS, são iguais. Neste caso podemos utilizar duas fórmulas para avaliar a parcial de FC.
Selecione um espaço RR e conte o número de quadrados grandes entre eles. Pegue esse valor e divida por 300 e terá a parcial da FC.
Selecione um espaço RR e conte o número de quadrados pequenos entre eles. Pegue esse valor e divida por 1500 e terá a parcial da FC.
Ritmo Irregular
Um ritmo irregular significa que os espaços entre as ondas RR do ECG estão fora de sincronia, contendo espaços diferentes em cada intervalo. Neste caso utilizamos a seguinte fórmula:
Selecione uma onda R para iniciar a contagem, então avalie um intervalo de 6 segundos (30 quadrados grandes). Agora conte quantas ondas R existem neste intervalo e multiplique por 10 e terá a parcial da FC.
Ritmos no ECG
Ritmo Sinusal: FC 60-100bpm (Adulto); RR (Ritmo Regular); Formato de duração do QRS normal;
Bradicardia Sinusal: FC <60bpm; RR; QRS normal;
Taquicardia Sinusal: FC >100bpm; RR; QRS normal;
Flutter Atrial: FV 250-400bpm; FA 75-150bpm; RR; QRS normal; Onda P “dente de serra”;
Fibrilação Atrial: FV 120-200bpm; FA 300-600bpm; RI (Ritmo Irregular); Muitas ondas P para cada Complexo QRS;
Fibrilação Ventricular: FV >300bpm; RI; Impossível identificar os complexos QRS.
Exame
Existem 4 “clamps” utilizados para a realização do exame, sendo que o vermelho e o preto ficam do lado direito, e o amarelo e verde ficam do lado esquerdo.
Além dos clamps, temos também 6 eletrodos que são posicionados estrategicamente no tórax do paciente.
E1: 4º EIC (Espaço Intercostal) D;
E2: 4º EIC E;
E3: Na diagonal entre o E2 e o E4;
E4: 5º EIC E, Linha Médio-Clavicular;
E5: 5º EIC E, Linha Mamilar (Ao lado do E4);
E6: 5º EIC E, Linha Axilar (Ao lado do E5).
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respiração (Hematose)
O sangue faz o trajeto até a circulação pulmonar. A concentração de O2 no sangue dentro dos capilares nos pulmões é menor que nos alvéolos, logo, o O2 se difunde do alvéolo para a circulação. Já no sangue, a concentração de CO2 é maior, então este se difunde para os alvéolos, que os libera na expiração.
Sinais e Sintomas
Alguns sintomas de agravos respiratórios são: Dispnéia, Tosse, Produção de Escarro, Dor Torácica, Hemoptise, Cianose, Baqueteamento dos Dedos
e Sons Respiratórios Anormais.
Sons Respiratórios
MVUA (Murmúrios Vesiculares Universalmente Audíveis);
Estertores: Som de rangido, crepitante. Refletem inflamação ou congestão subjacente;
Sibilos: Associado ao diâmetro das vias aéreas e oscilação da parede brônquica;
Avaliação Diagnóstica
Exame de Escarro, Radiografia, Tomografia, Ressonância, Gasometria Arterial (Alterações no pH e PaCO2), Oximetria de Pulso (Baixa SatO2), Broncoscopia Diagnóstica e Terapêutica (Diagnóstica: Coleta de material para biópsia / Terapêutica: Retirada de secreção em locais inacessíveis por outros métodos), Toracoscopia (exame de visualização), Toracocentese (Drenagem de líquido, proporcionando alívio) e Toracotomia (Drena e introduz um cateter conectado à um coletor, com o selo d’água).
Distúrbios das Vias Aéreas Superiores
Rinite: Inflamação das mucosas do nariz;
Sinusite: Inflamação dos sinos paranasais;
Faringite: Inflamação da faringe;
Laringite: Inflamação da laringe (deixa roco).
TERAPIAS RESPIRATÓRIAS NÃO INVASIVAS E INVASIVAS
Terapia com O2
Realizada por micro/macronebulizador, no intuito de ofertar O2 e aliviar o trabalho da respiração.
Respiração com Pressão Positiva Intermitente
Realizada para aumentar a atividade alveolar, enviando O2 por pressão e forçando o alvéolo a expandir. Utiliza-se o CPAP que, se utilizado por 3h e não resolver realiza-se a intubação. Sendo que este oferece somente 1 tipo de pressão.
Já o BIPAP, oferece 2 níveis de pressão, na inspiração e expiração. A ordem de uso seria: Micro/Macronebulização > CPAP/BIPAP > Intubação.
Intubação Orotraqueal
Indicada em casos de redução do nível de consciência, trauma facial, pulmão debilitado, secreção respiratória intensa.

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