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ELIMINAÇÃO INTESTINAL
A eliminação regular de resíduos é essencial para o funcionamento normal do corpo
Os cuidados de enfermagem de suporte respeitam a privacidade do cliente.
A enfermagem deve tomar medidas para possibilitar a eliminação normal minimizando o desconforto do cliente.
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O trato gastrointestinal (TGI) → finalidade de absorver líquidos e nutrientes, preparar o alimento para a absorção e uso pelo organismo, armazena temporariamente as fezes.
FUNÇÃO PRIMORDIAL: → equilíbrio hídrico
 → absorção de líquidos. Recebe muitas secreções dos órgãos (vesícula biliar, pâncreas) também pode provocar o desequilíbrio hídrico.
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BOCA → dentes → tritura os alimentos
 → saliva → contém ensinas (ptialina) que inicia digestão de determinados alimentos. Dilui e amolece os alimentos facilitando a deglutição.
ESÔFAGO → esfíncter superior que impede a passagem de ar e que o alimento reflua. Peristalse (lenta) movimentos alternados da musculatura lisa. Em 15 segundos o alimento alcança o esfíncter inferior – CARDIA –impede o refluxo de liquido (gorduras, nicotina > o refluxo), (antiácidos < o refluxo).
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ESTÔMAGO → secreta ácido clorídrico (HCI), muco, enzima pepsina e o fator intrínseco. 
- O HCI → influencia na acidez gástrica e o equilíbrio ácido-básico do organismo.
 → ajuda a misturar e clivar o alimento
- A prostaglandina → auxilia na formação do muco, o que protege a mucosa gástrica contra a acidez e a atividade enzimática.
- O alimento é transformado em material semiliquido QUIMO o qual é digerido e absorvido com facilidade.
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INTESTINO DELGADO → 2,5cm de diâmetro, 6m de comprimento.
3 divisões: Duodeno; Jejuno; Íleo
O quimo mistura-se com as enzimas digestivas (bile e amilase) enquanto percorre o intestino delgado.
Com a contração e relaxamento da musculatura lisa revolve (mistura) o quimo, clivando ainda mais o alimento para a digestão.
- No intestino delgado → absorção de nutrientes e eletrólitos.
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- As enzimas → amilase e bile → são liberadas para dentro do duodeno → clivam as gorduras, proteínas, carboidratos. Os nutrientes são inteiramente absorvidos no duodeno e jejuno. O íleo absorve determinadas vitaminas, ferro, sais biliares (sua inflamação, ressecção, obstrução pode romper a peristalse, reduzir a área de absorção ou bloquear a passagem do quimo). 
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INTESTINO GROSSO → é chamado de CÓLON seu diâmetro é maior e mede 1,5 a 1,8 cm.É dividido: ceco, cólon, reto. Sendo responsável pela absorção de água e o principal órgão de eliminação intestinal.
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CECO → válvula ileocecal → impede que o conteúdo colônico regurgite para o intestino delgado. No final do ceco está o apêndice. Inflamação dessa área pode levar bloqueio do apêndice → apendicite. 
CÓLON: ascendente, transverso, descendente, sigmóide.
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4 funções interrelacionadas: Absorção: grande absorção de água (até 2 litros em 24 horas), sódio (55 mEq), cloreto (23 mEq) ocorre diariamente pelo cólon.
Proteção: protege-se liberando muco (translúcido e opaco, viscoso). Muco lubrifica o cólon evitando trauma parede interna; é importante na parede distal onde o conteúdo é mais seco e endurecido.
Secretora: ajuda no equilíbrio eletrolítico. O bicarbonato é secretado em forma de cloreto (aproximadamente 4 a 9 mEq de potássio são liberados por dia). Diarreia pode levar ao 
desequilibrio eletrolítico pela perda de potássio e cloreto.
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Eliminação: produtos residuais e gás (flatos) → resulta da deglutição de ar, difusão do gás da corrente sanguínea para dentro do intestino, ação bacteriana sobre os carboidratos não-absorvíveis. Um adulto normalmente forma 400 a 700 ml de flatos por dia. O conteúdo intestinal é o principal estimulo à contração. Os produtos residuais e o gás exercem pressão nas paredes do cólon. A camada muscular alonga-se, estimulando o reflexo que inicia a contração → os movimentos peristálticos em massa empurra o alimento não digerido para o reto. Estes movimentos ocorrem apenas 3 a 4 vezes ao dia, diferente das ondas peristálticas frequentes no intestino delgado (usualmente ouvidas durante a ausculta). A peristalse é mais vigorosa durante a hora depois das refeições.
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SIGMOIDE → armazena as fezes até a defecação
RETO→ é a divisão final do TGI. Comprimento:lactente 2,5 a 3,8 cm; até 3 anos 5 cm; pré-escolar 10 cm; adulto 15 a 20 cm. Hemorróidas → veias se tornam distendidas devido a pressão durante o esforço de defecação. O esfíncter interno é um músculo liso inervado pelo sistema nervoso autonômico. Adultos e crianças treinadas nos hábitos intestinais podem controlar voluntariamente o esfíncter externo. Manobra de Valsava → contração voluntária dos músculos abdominais durante a expiração forçada com a glote fechada (prender a respiração, enquanto faz força para baixo). Cuidado pode provocar > da frequência e ritmo cardíaco.
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FATORES QUE AFETAM A ELIMINAÇÃO:
Idade → lactente → os alimentos atravessam rápido o TGI 
 Adolescente → rápido crescimento do intestino grosso, ingerem > quantidade de alimentos
 Idoso → alterações no sistema gastrointestinal que compromete a digestão e a eliminação 
Dieta → fibras + líquidos (1400 a 2000 ml nas 24h.)
Atividade física → > a peristalse
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Emocional → estresse → diarréia; colite ulcerativa, ulcera gástrica e duodenal, alem da doença de Crohn
 depressão → constipação
Hábitos pessoais → melhor após as refeições (o reflexo gástrico é estimulado com+ facilidade)
Posições durante a defecação → agachada e na comadre (elevar a cabeceira do leito quando paciente acamado - comadre)
Dor → hemorróidas, cirurgia retal, fistulas retais, cirurgia abdominal podem resultar desconforto.
Gravidez → pressão sobre o reto; parto pode resultar na formação de hemorróidas.
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Cirurgia e anestesia → anestésicos provocam cessação temporária da peristalse. 
 cirurgia intestinal → íleo paralítico, geralmente dura 24 a 48 h.
 jejum prolongado o retorno da função intestinal pode demorar mais.
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Medicação → laxativos (ação mais branda ) e cartástico amolecem as fezes. O uso crônico do cartastico faz com que o intestino grosso perca o tônus muscular e se torna menos responsável à estimulação por laxativos. O óleo mineral < a absorção de vitaminas lipossolúveis. Efeitos colaterais ex. Bentyl < a peristalse e pode < o esvaziamento gástrico. Analgésicos narcóticos < a peristalse. Anticolinérgicos < a secreção gástrica e deprime a motilidade do TGI. Antibióticos pode causar diarréia rompendo a flora normal do TGI principalmente por VO. Antiinflamatórios não-esteroidais causam irritação gastrointestinal, desde a dispepsia até a hemorragia. Aspirina pode interferir na produção e formação de muco protetor → gastrite. Antidiarreico < o tônus muscular reduzindo a velocidade da passagem das fezes (Elixir paregórico Lomotil)
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Exames diagnosticos:jejum; enema; cartastico
PROBLEMAS COMUNS NA ELIMINAÇÃO
Constipação → é um sintoma não uma doença.
Impactação → fecaloma.
Diarreia → > numero de evacuações; fezes liquidas e não formadas.
Incontinência → incapacidade de controlar a eliminação de fezes e flatos.
Flatulência → eliminação de gases
Hemorróidas → são veias dilatadas e ingurgitadas no revestimento do reto. Tumor
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CUIDADO AGUDO
CLISTER/ENEMA → é a instalação de solução dentro do reto e cólon sigmoide com o objetivo de promover a defecação, estimulando a peristalse.
Indicação: alivio temporário da constipação, remoção de fezes impactadas, esvaziamento do intestino antes de exames diagnósticos, cirurgia ou parto, inicio de programa de treinamento intestinal. 
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ENEMA DE LIMPEZA → promove a evacuação completa das fezes a partir do cólon.
Age estimulando a peristalse através da introdução de grande volume de solução ou da irritação local da mucosa do cólon.
Volume: lactente (150 a 200 ml); criança (250 a 350 ml); adolescente (500 750 ml); adulto (750 a 1000 ml).
Água morna: exerce pressão osmótica menor. Não deve ser repetido devido a intoxicação hídrica e sobrecarga circulatória.
S.F, a 0,9%: é a solução mais segura a ser utilizada. (no domicilio 500 ml de água, 1 colher chá). Contra indicado em lactentes e desidratados. 
Solução hiperosmotica: hipertônica de 120 ml a 180 ml é usualmente efetiva – Fleet Enema (é o mais usado). OBS. não aplicar enemas mais de 3 vezes ( cuidado com: até a água sair limpa). 
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Espuma de sabão: chamada sabão fino, em forma liquida incluída na maioria dos Kits de enema . 1 c/chá de sabão liquido para 1000 ml de água morna ou S.F. morno.(o liquido é liberado à pressão – limpa inteiramente o cólon). Solicitar ao cliente que vire do decúbito lateral E para o dorsal e sobre o lado D.
Retenção de óleo (óleo mineral) lubrifica o reto e o cólon. As fezes absorvem o óleo tornando-as mais macias facilitando a eliminação. Pedir ao cliente para reter o maior tempo possível.
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Enema de medicamentos: Kayexalate (sulfonato de poliestireno sódico) para clientes com níveis séricos de potássio perigosamente elevados. Contem uma resina que troca íons sódio por íons potássio no intestino grosso; Sulfato de neomicina
Remoção digital de fezes impactadas: a manipulação retal excessiva pode causar irritação da mucosa, sangramento e estimulação do vago o que resulta em reflexo de lentificação da frequência cardíaca. 
É necessário prescrição medica.
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CLISTER – ENTEROCLISE
Material:
Luvas de procedimento, enema/clister, sonda retal, lubrificante, impermeável, papel higiênico, toalha de banho, comadre, suporte de soro. 
Volume adulto 750 a 1000 ml.
Posição de sim’s
Inserção da sonda adulto 7,5 a 10 cm
O reservatório da solução deve ficar 30 a 45 cm acima do ânus. Instrua o cliente para reter a solução por tempo quanto possível 
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 Observe as características das fezes eliminadas (coloração, consistência, volume), avalie rigidez ou distensão do abdome, cólicas, sangramento . Fazer a higiene anal.

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