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Sonda Vesical 2-2012

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SONDAGEM VESICAL
A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga, que pode ser realizada através da uretra ou por via supra-púbica, e tem por finalidade a remoção da urina.
 
Cateter de látex recomendado uso de até 3 semanas. Fique atento para alergias 
Cateter de silicone puro ou teflon pode ficar de 2 a 3 meses.
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Suas principais indicações são:
obtenção de urina asséptica para exame; 
esvaziar a bexiga em pacientes com retenção urinária; 
 preparo cirúrgico e mesmo no pós operatório; para monitorizar o débito urinário horário 
pacientes inconscientes, para a determinação da urina residual;
 pacientes com bexiga neurogênica que não têm controle do esfíncter.
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A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o esvaziamento vesical 
sonda de nelaton 
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de demora, quando há a necessidade de permanência da mesmo. 
Sondas vesicais de demora podem ser de duas e três vias.
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PROCEDIMENTO:
Quanto ao material necessário: 
pacote esterilizado contendo: cuba rim, campo fenestrado, pinça, cuba redonda;
seringa de 10 ml;
sonda vesical; bolsa coletora para circuito fechado;
luvas esterilizadas; ampola de água destilada, 
frasco com solução antisséptica (clohexidina); 
saco plástico; gaze; agulha 40/12
recipiente para a coleta de urina; esparadrapo;
 lubrificante (xylocaína esterilizada).
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Orientar o cliente sobre a necessidade do procedimento e a técnica utilizada;
 Após lavagem adequada das mãos, deve-se reunir todo o material necessário para o procedimento;
Biombo; 
Quanto à melhor posição, mulheres a ginecológica e para os homens o decúbito dorsal com as pernas afastadas; 
Realizar a higiene da genitália;
Abrir o pacote de cateterismo;
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Calçar luvas estéreis;
Conectar à extensão (coletor);
Nas mulheres, realizar antissepsia diretamente do meato uretral, do clitóris ao ânus (da área de menor contaminação para a de maior contaminação); colocar campo fenestrado, entreabrir os pequenos lábios (com a mão não dominante) e fazer antissepsia, usando 1 pinça estéril, 1 gaze para cada área, seguindo do distal para o proximal; levando em consideração de que a mão em contato com esta região é contaminada e não deve voltar para o campo ou sonda;
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Introduzir a sonda lubrificada no meato urinário até a verificação da saída de urina, acrescentar mais 3 a 5 cm. 
Libere os pequenos lábios e segure com firmeza o cateter com a mão não dominante, vagarosa- mente infle o balão.
Se for uma sonda de Folley, insuflar o balão de segurança com água destilada, obedecendo o volume identificado na sonda. 
Fixar a sonda 
 Reunir o material utilizado. Se for uma sonda de alívio, aguardar esvaziar a bexiga e remover imediatamente a sonda.
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Fixação adequada: Nas mulheres na parte interna da coxa nos homens no pubis/ingnal. Esta é uma indicação em que pode variar de acordo com o conforto e preferência do paciente; (sempre deixando uma folga para facilitar a mobilização do cliente) 
 Reunir o material utilizado; 
Deixar a unidade.
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Nos homens a antissepsia da glande com movimentos circulares iniciando pela uretra até a base da glande (repita por 3 vezes. Para a passagem do cateter, traciona-se o mesmo para cima, introduzindo-se a sonda lentamente. (após introduzir + ou – 10 cm da sonda abaixar o pênis para facilitar a passagem na uretra bulbar)
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 Nas sondagens vesicais de demora, com o sistema de drenagem fechado, deve-se observar algumas regras para diminuição do risco de infecção do trato urinário:
Nunca elevar a bolsa coletora acima do nível da uretra;
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Esvaziar a bolsa coletora pelo menos a cada 8/8 hs. Se observar grandes volumes de urina, esvazie-a com mais frequência.
Limpeza completa duas vezes ao dia ao redor do meato uretral ou mais vezes SOS; 
Nunca desconectar o sistema de drenagem fechada; 
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Quando há a necessidade de uma sonda de demora, é imperativo a utilização de um sistema fechado de drenagem, que consiste de uma sonda ou cateter de demora, um tubo de conexão e uma bolsa coletora que possa ser esvaziada através de uma valva de drenagem, tudo isto para a redução do risco de infecção.
  
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Bolsa coletora
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O risco de infecção é inerente ao procedimento; a colonização bacteriana ocorre na metade dos pacientes com sonda de demora por duas semanas e praticamente em todos os pacientes após seis semanas de sondagem. Estimule a ingesta de líquidos.
Sonda de látex é recomendado o uso até 3 semanas (fique atento para alergias). Sonda de silicone puro ou teflon são mais recomendadas para uso por longa duração (2 a 3 meses). 
Sabe-se que as infecções do trato urinário são responsáveis por um terço de todas as infecções hospitalares, e que na grande maioria das vezes existiu um procedimento invasivo do trato urinário.
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DRENAGEM VESICAL SUPRA-PÚBICA 
É realizada através da introdução de um cateter após uma incisão ou punção na região supra-púbica, a qual é preparada cirurgicamente, sendo que o cateter é posteriormente conectado à um sistema de drenagem fechada. 
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Suas indicações principais são:
Pacientes com retenção urinária por obstrução uretral sem possibilidades de cateterização; 
Pacientes com neoplasia de próstata ou em pacientes com plegias, ou seja quando há necessidade de uso crônico da sonda. 
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Drenagem vesical supra-púbica 
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QUAIS AS ALTERNATIVAS PARA EVITAR O CATETERISMO QUANDO O PACIENTE NÃO CONSEGUE URINAR, OU AS MEDIDAS GERAIS PARA ESTÍMULO DA MICÇÃO?
Estímulo: pressão sobre a bexiga, 
Som de água correndo,
Sentar sobre a comadre ou vaso sanitário com água morna,
 Escorrer água morna sobre a região supra púbica., 
Utilizar absorventes. 
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Volume normal da urina
1500 a 1600 nas 24h
Kg do cliente x 24h = volume nas 24h está satisfatório
		Ex: 70 kg x 24h = 1680 ml
		 70 kg = 70 ml/h
30 ml/h pode indicar problemas (anúria)
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pH da Urina
		Reflete a capacidade do rim de manter a concentração do íon de hidrogênio no plasma e líquido extracelular – indica acidez ou alcalinidade da urina.
pH normal em torno de 6 (ácida)
variando entre 4,6 a 7,5
 
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Densidade específica 
		Reflete a capacidade renal de concentrar ou diluir a urina, podendo refletir o grau de hidratação ou desidratação.
Normal = 1005 a 1025
Especifica = 1010
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Coloração da Urina:
Urina normal = amarelo - claro ou âmbar
Urina diluída = Coloração palha
Urina concentrada = Coloração amarelo escuro, devido a diminuição da ingesta de líquidos 
Urina turva = Nem sempre é patológica, pode relacionar com a precipitação de fosfato na urina alcalina e também quando permanece na temperatura ambiente. 
 
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Urina anormalmente turva ou acinzentada = Devido a presença de pus (piúria), gordura (quiluria), sangue, bactérias, partículas coloidais, células epiteliais, fosfato ou linfa. 
Urina vermelha ou vermelha acastanhada = Devido a presença pigmentos sanguíneos (hematúria = sangue na urina), medicamentos ou alimentos.
Urina amarela acastanhada ou verde acastanhada = Pode revelar lesão obstrutiva do canal biliar ou icterícia obstrutiva
Urina castanho escuro ou negra = Devido ao melanoma maligno.
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Elementos anormais
Bactérias, glóbulos vermelhos, glicose, albumina, acetona, pus...
 
Odor
Normalmente um leve odor aromático 
Urina turva com odor de amônia = bactéria clivadoras de ureia “proteus”, gerando infecções no TU.
Odor agressivo = ação bacteriana na presença de pus.
 
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GLOSSARIO
Poliúria = Aumento na quantidade de urina, volume acima de 1600 ml em 24h. Exemplo: Uso de diurético
Oligúria = Diminuição na quantidade de urina, débito entre 100 e 500 ml em 24h.
Anúria = Débito urinário total inferior a 50 ml em 24h.
Pneumatúria = Passagem de gás na urina durante a micção, causada por conexão fistulosa entre o
intestino e a bexiga e
 outras patologias.
 
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Disúria = Dor ou dificuldade na micção, sensação de queimação
Frequência = A micção ocorre com mais frequência que o normal quando comparada com ao padrão usual do cliente.
Urgência = Forte desejo de urinar e difícil de adiar
Nictúria = Micção excessiva a noite, que interrompe o sono
 
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Estrangúria = Micção lenta e dolorosa, apenas pequenas quantidades de urina são eliminadas
Enurese = Diurese involuntária, incontinência urinária durante o sono
Anurese = Diminuição anormal da urina
Retenção urinária = A urina não é excretada (lesão medular, distúrbios nervosos, trauma abdominal, inflamação, pós-operatório: abdominal, parto, bexiga, uretra). Obstrução (tumor, retração cicatricial, cálculos, hipertrofia próstata). Em alguns casos de retenção a quantidade e a frequência parecem normais, mas a bexiga é incapaz de esvaziar-se completamente (urina residual).
 
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Incontinência urinária por estresse = Extravasamento intermitente de urina devido ao aumento da pressão abdominal, como a tosse, espirro e esforço.
Incontinência urinária por urgência = Sensação de necessidade de urina seguida por perda súbita e involuntária de urinar.
 
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Incontinência urinária por hiperfluxo = Eliminação de urina provocada por hiperdistenção da bexiga. Associada á retenção urinaria completa.
Incontinência urinária total = Extravasamento contínuo de urina da bexiga. Ocorre com a lesão dos mecanismos esfinctéricos, colo da bexiga. 
Incontinência urinária funcional = Eliminação de urina devido ao comprometimento funcional que provoca dificuldade na deambulação ou destreza para ir até o banheiro e se posicionar par urinar.
Incontinência urinária mista = Combinação de dois ou mais tipos de Incontinência.
Bexiga neurogênica = Distúrbio vesical que resulta de uma lesão do sistema nervoso. Pode ser causada por lesão medular ou tumor, determinadas por doenças neurológicas. Exemplo: esclerose múltipla.
 
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