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* SONDAGEM VESICAL A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga, que pode ser realizada através da uretra ou por via supra-púbica, e tem por finalidade a remoção da urina. Cateter de látex recomendado uso de até 3 semanas. Fique atento para alergias Cateter de silicone puro ou teflon pode ficar de 2 a 3 meses. * Suas principais indicações são: obtenção de urina asséptica para exame; esvaziar a bexiga em pacientes com retenção urinária; preparo cirúrgico e mesmo no pós operatório; para monitorizar o débito urinário horário pacientes inconscientes, para a determinação da urina residual; pacientes com bexiga neurogênica que não têm controle do esfíncter. * A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o esvaziamento vesical sonda de nelaton * de demora, quando há a necessidade de permanência da mesmo. Sondas vesicais de demora podem ser de duas e três vias. * * PROCEDIMENTO: Quanto ao material necessário: pacote esterilizado contendo: cuba rim, campo fenestrado, pinça, cuba redonda; seringa de 10 ml; sonda vesical; bolsa coletora para circuito fechado; luvas esterilizadas; ampola de água destilada, frasco com solução antisséptica (clohexidina); saco plástico; gaze; agulha 40/12 recipiente para a coleta de urina; esparadrapo; lubrificante (xylocaína esterilizada). * Orientar o cliente sobre a necessidade do procedimento e a técnica utilizada; Após lavagem adequada das mãos, deve-se reunir todo o material necessário para o procedimento; Biombo; Quanto à melhor posição, mulheres a ginecológica e para os homens o decúbito dorsal com as pernas afastadas; Realizar a higiene da genitália; Abrir o pacote de cateterismo; * Calçar luvas estéreis; Conectar à extensão (coletor); Nas mulheres, realizar antissepsia diretamente do meato uretral, do clitóris ao ânus (da área de menor contaminação para a de maior contaminação); colocar campo fenestrado, entreabrir os pequenos lábios (com a mão não dominante) e fazer antissepsia, usando 1 pinça estéril, 1 gaze para cada área, seguindo do distal para o proximal; levando em consideração de que a mão em contato com esta região é contaminada e não deve voltar para o campo ou sonda; * Introduzir a sonda lubrificada no meato urinário até a verificação da saída de urina, acrescentar mais 3 a 5 cm. Libere os pequenos lábios e segure com firmeza o cateter com a mão não dominante, vagarosa- mente infle o balão. Se for uma sonda de Folley, insuflar o balão de segurança com água destilada, obedecendo o volume identificado na sonda. Fixar a sonda Reunir o material utilizado. Se for uma sonda de alívio, aguardar esvaziar a bexiga e remover imediatamente a sonda. * Fixação adequada: Nas mulheres na parte interna da coxa nos homens no pubis/ingnal. Esta é uma indicação em que pode variar de acordo com o conforto e preferência do paciente; (sempre deixando uma folga para facilitar a mobilização do cliente) Reunir o material utilizado; Deixar a unidade. * Nos homens a antissepsia da glande com movimentos circulares iniciando pela uretra até a base da glande (repita por 3 vezes. Para a passagem do cateter, traciona-se o mesmo para cima, introduzindo-se a sonda lentamente. (após introduzir + ou – 10 cm da sonda abaixar o pênis para facilitar a passagem na uretra bulbar) * Nas sondagens vesicais de demora, com o sistema de drenagem fechado, deve-se observar algumas regras para diminuição do risco de infecção do trato urinário: Nunca elevar a bolsa coletora acima do nível da uretra; * Esvaziar a bolsa coletora pelo menos a cada 8/8 hs. Se observar grandes volumes de urina, esvazie-a com mais frequência. Limpeza completa duas vezes ao dia ao redor do meato uretral ou mais vezes SOS; Nunca desconectar o sistema de drenagem fechada; * Quando há a necessidade de uma sonda de demora, é imperativo a utilização de um sistema fechado de drenagem, que consiste de uma sonda ou cateter de demora, um tubo de conexão e uma bolsa coletora que possa ser esvaziada através de uma valva de drenagem, tudo isto para a redução do risco de infecção. * Bolsa coletora * O risco de infecção é inerente ao procedimento; a colonização bacteriana ocorre na metade dos pacientes com sonda de demora por duas semanas e praticamente em todos os pacientes após seis semanas de sondagem. Estimule a ingesta de líquidos. Sonda de látex é recomendado o uso até 3 semanas (fique atento para alergias). Sonda de silicone puro ou teflon são mais recomendadas para uso por longa duração (2 a 3 meses). Sabe-se que as infecções do trato urinário são responsáveis por um terço de todas as infecções hospitalares, e que na grande maioria das vezes existiu um procedimento invasivo do trato urinário. * DRENAGEM VESICAL SUPRA-PÚBICA É realizada através da introdução de um cateter após uma incisão ou punção na região supra-púbica, a qual é preparada cirurgicamente, sendo que o cateter é posteriormente conectado à um sistema de drenagem fechada. * Suas indicações principais são: Pacientes com retenção urinária por obstrução uretral sem possibilidades de cateterização; Pacientes com neoplasia de próstata ou em pacientes com plegias, ou seja quando há necessidade de uso crônico da sonda. * Drenagem vesical supra-púbica * QUAIS AS ALTERNATIVAS PARA EVITAR O CATETERISMO QUANDO O PACIENTE NÃO CONSEGUE URINAR, OU AS MEDIDAS GERAIS PARA ESTÍMULO DA MICÇÃO? Estímulo: pressão sobre a bexiga, Som de água correndo, Sentar sobre a comadre ou vaso sanitário com água morna, Escorrer água morna sobre a região supra púbica., Utilizar absorventes. * Volume normal da urina 1500 a 1600 nas 24h Kg do cliente x 24h = volume nas 24h está satisfatório Ex: 70 kg x 24h = 1680 ml 70 kg = 70 ml/h 30 ml/h pode indicar problemas (anúria) * pH da Urina Reflete a capacidade do rim de manter a concentração do íon de hidrogênio no plasma e líquido extracelular – indica acidez ou alcalinidade da urina. pH normal em torno de 6 (ácida) variando entre 4,6 a 7,5 * Densidade específica Reflete a capacidade renal de concentrar ou diluir a urina, podendo refletir o grau de hidratação ou desidratação. Normal = 1005 a 1025 Especifica = 1010 * Coloração da Urina: Urina normal = amarelo - claro ou âmbar Urina diluída = Coloração palha Urina concentrada = Coloração amarelo escuro, devido a diminuição da ingesta de líquidos Urina turva = Nem sempre é patológica, pode relacionar com a precipitação de fosfato na urina alcalina e também quando permanece na temperatura ambiente. * Urina anormalmente turva ou acinzentada = Devido a presença de pus (piúria), gordura (quiluria), sangue, bactérias, partículas coloidais, células epiteliais, fosfato ou linfa. Urina vermelha ou vermelha acastanhada = Devido a presença pigmentos sanguíneos (hematúria = sangue na urina), medicamentos ou alimentos. Urina amarela acastanhada ou verde acastanhada = Pode revelar lesão obstrutiva do canal biliar ou icterícia obstrutiva Urina castanho escuro ou negra = Devido ao melanoma maligno. * Elementos anormais Bactérias, glóbulos vermelhos, glicose, albumina, acetona, pus... Odor Normalmente um leve odor aromático Urina turva com odor de amônia = bactéria clivadoras de ureia “proteus”, gerando infecções no TU. Odor agressivo = ação bacteriana na presença de pus. * GLOSSARIO Poliúria = Aumento na quantidade de urina, volume acima de 1600 ml em 24h. Exemplo: Uso de diurético Oligúria = Diminuição na quantidade de urina, débito entre 100 e 500 ml em 24h. Anúria = Débito urinário total inferior a 50 ml em 24h. Pneumatúria = Passagem de gás na urina durante a micção, causada por conexão fistulosa entre o intestino e a bexiga e outras patologias. * Disúria = Dor ou dificuldade na micção, sensação de queimação Frequência = A micção ocorre com mais frequência que o normal quando comparada com ao padrão usual do cliente. Urgência = Forte desejo de urinar e difícil de adiar Nictúria = Micção excessiva a noite, que interrompe o sono * Estrangúria = Micção lenta e dolorosa, apenas pequenas quantidades de urina são eliminadas Enurese = Diurese involuntária, incontinência urinária durante o sono Anurese = Diminuição anormal da urina Retenção urinária = A urina não é excretada (lesão medular, distúrbios nervosos, trauma abdominal, inflamação, pós-operatório: abdominal, parto, bexiga, uretra). Obstrução (tumor, retração cicatricial, cálculos, hipertrofia próstata). Em alguns casos de retenção a quantidade e a frequência parecem normais, mas a bexiga é incapaz de esvaziar-se completamente (urina residual). * Incontinência urinária por estresse = Extravasamento intermitente de urina devido ao aumento da pressão abdominal, como a tosse, espirro e esforço. Incontinência urinária por urgência = Sensação de necessidade de urina seguida por perda súbita e involuntária de urinar. * Incontinência urinária por hiperfluxo = Eliminação de urina provocada por hiperdistenção da bexiga. Associada á retenção urinaria completa. Incontinência urinária total = Extravasamento contínuo de urina da bexiga. Ocorre com a lesão dos mecanismos esfinctéricos, colo da bexiga. Incontinência urinária funcional = Eliminação de urina devido ao comprometimento funcional que provoca dificuldade na deambulação ou destreza para ir até o banheiro e se posicionar par urinar. Incontinência urinária mista = Combinação de dois ou mais tipos de Incontinência. Bexiga neurogênica = Distúrbio vesical que resulta de uma lesão do sistema nervoso. Pode ser causada por lesão medular ou tumor, determinadas por doenças neurológicas. Exemplo: esclerose múltipla. * * * *
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