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Dorothea E. Orem nasceu em Baltimore, Maryland-EUA em 1914. Pai trabalhador da construção civil e pescador, mãe dona de casa. Iniciou seus estudos de enfermagem no Providence Hospital School of Nursing, em Washington e concluiu nos anos 30. Em 1939 obteve o grau de Bacharel em Ciências em Educação de enfermagem e Mestre em Ciências em Educação de Enfermagem em 1945 pela Catholic University of América. Entre os títulos e graus honorários recebidos incluem o de Doutora em Ciências Georgetown University em 1976, Doutora em Ciências da Incamat Word College em 1980 e doutora em Humane Letters Llinois Westem University em 1988. Em 1992 foi nomeada membro honorário da América Academy of Nursing. Como profissional de enfermagem trabalhou como enfermeira de equipe e particular, educadora de enfermagem, administradora e consultora de enfermagem. No período entre 1949 a 1957 foi assessora de serviços institucionais do Conselho de Saúde do estado de Indiana e entre 1957 e 59 participou como consultora para Secretaria de Educação do Departamento de Saúde, Educação e Bem-estar em um projeto com objetivo de melhorar o treinamento de enfermagem prática, o que a levou a publicar em 1959 o conceito de enfermagem como autocuidado. O projeto de educação em enfermagem despertou para a indagação sobre “qual a condição existente numa pessoa, quando essa pessoa ou outras determinam que aquela deva submeter-se a cuidados de enfermagem? ” A reflexão sobre esta questão conduziu Orem ao desenvolvimento de “Nursing: concepts of practice”. Dando continuidade no desenvolvimento dos seus conceitos de enfermagem de autocuidado publicou em 1971 Nursing: Concepts of practice em quatro edições. A primeira enfocava o indivíduo; a segunda unidade multipessoais-família, grupos e comunidades; a terceira apresentava geral teoria de enfermagem de Orem constituída por três bases teóricas relacionadas autocuidado, déficit de autocuidado e sistemas de enfermagem e a quarta dando ênfase à criança, os grupos e a sociedade. Orem faleceu em 22 de junho de 2007, pouco antes de completar 93 anos, na cidade de Savannah, GA, Estados Unidos, em sua residência. Dorothea Elizabeth Orem (Teoria) 1914 nasce Dorothea Elizabeth Orem, em Baltimore, Maryland, EUA; 1930 se forma e recebe o título de Bacharel em Ciências e Educação de Enfermagem; 1939 conclui o Mestrado em Ciências em Educação em Enfermagem; 1945 Obteve Doutorado em Ciências; 1971 publicação do seu livro (Enfermagem conceitos da pratica "teoria do autocuidado"); 1980 a 1988 Nomeada Membro Honorário da Academia Americana de Enfermagem; 1992 continua a trabalhar como consultora de enfermagem e a desenvolver sua teoria de enfermagem. Desenvolveu sua teoria do autocuidado, que consiste, basicamente, na ideia de que os indivíduos, quando capazes, devem cuidar de si mesmos. Quando existe a incapacidade, entra o trabalho do enfermeiro no processo de cuidar. Para as crianças, esses cuidados são necessários mediante incapacidade dos pais e/ou responsáveis interferirem neste processo. - Teoria do autocuidado - Teoria do déficit do autocuidado - Teoria dos sistemas de enfermagem. Teoria do autocuidado. Baseada em ações voluntarias que o indivíduo e capaz de realizar, tendo a responsabilidade de cuidar de si mesmo para sua saúde e autoestima. O entendimento dos objetivos dessa teoria está diretamente relacionado com a compreensão dos conceitos de autocuidado, ação de autocuidado, fatores condicionantes básicos e demanda terapêutica de autocuidado. Dorothea Orem define que autocuidado é o desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Quando o autocuidado é efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o seu desenvolvimento. Esta capacidade de cuidar de si mesmo é afetada por fatores condicionantes básicos, como a idade, sexo, estado de desenvolvimento, estado de saúde, orientação sociocultural, modalidade de diagnósticos e de tratamentos, sistema familiar, padrões de vida, fatores ambientais, adequação e disponibilidade de recursos. Dorothea Orem vincula o autocuidado a três categorias de requisitos, que são: - Universal; - Desenvolvimento; - Desvio de saúde. Os Requisitos Do Autocuidado São De Três Tipo: 1. Requisitos Universais - aqueles que todos têm, seja por sua condição biológica, seja por sua condição sóciopsicológica, porém não serão iguais em qualidade e em quantidade para todos os seres humanos. 2. Requisitos de desenvolvimento de autocuidado - aqueles relacionados com o desenvolvimento individual, procurando adaptar-se durante o ciclo vital. 3. Requisitos de desvio de saúde – ocorre quando o indivíduo não reage, controla, ou não possui capacidade de realizar o autocuidado, aí necessitam de requisitos especiais que busquem: - Assegurar cuidados apropriados tanto no que diz respeito a agentes físicos ou biológicos específicos. - Consciência e observação com relação as condições patológicas. - Compreender o diagnóstico médico e executar a terapêutica e as medidas de reabilitação, prevenção ou tratamento de tipos específicos de patologias. - Ser consciente e observar ou regular incômodos ou efeitos nocivos das medidas de cuidado desempenhadas ou prescritas pelo médico. - Modificar o autoconceito para a aceitação de si mesmo, necessitando de formas específicas de cuidados à saúde. - Aprender a conviver com a condição patológica em um estilo vital de desenvolvimento pessoal e contínuo. Para Dorothea, aquele que cuida de si mesmo e presta este serviço a outras pessoas é chamado de agente de autocuidado. O enfermeiro pode ser agente de autocuidado quando o paciente não consegue fazer isso por si só. Os requisitos universais do autocuidado, preconizados por Dorothea Orem, estão relacionados, de uma maneira geral, com as atividades de vida diária do indivíduo a ser assistido. Esses são os requisitos principais: - Manutenção de uma ingesta suficiente de ar; - Manutenção de uma ingesta suficiente de água; - Manutenção de uma ingesta suficiente de alimentos; - Provisão de cuidados associados com processos de eliminação e excrementos; - Manutenção do equilíbrio entre a solidão e interação social; - Prevenção dos perigos à vida humana, ao funcionamento e ao bem-estar do ser humano; - Promoção do funcionamento e desenvolvimento do ser humano dentro dos grupos sociais, de acordo com o potencial, limitações conhecidas e desejo de ser normal (de acordo com a genética, características constitucionais e talentos dos indivíduos). Teoria do déficit do autocuidado. A enfermagem passa a ser uma exigência (uma ajuda) quando um adulto acha-se incapacitado ou limitado para prover autocuidado continuo e eficaz Os métodos utilizados para o autocuidado são: - Agir ou fazer para outra pessoa; - Guiar e orientar; - Proporcionar apoio físico e psicológico; - Proporcionar e manter ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal; - Ensinar. Teoria dos sistemas de enfermagem. O sistema de enfermagem planejado pelo profissional, baseia-se nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para execução de atividades de autocuidado Dorothea Orem explica o autocuidado e relaciona os vários fatores que afetam sua provisão, especificando quando a Enfermagem é necessária para auxiliar o indivíduo a administrar o autocuidado. As áreas de atividades para a prática da enfermagem, segundo Orem, são:- Iniciar e manter relacionamento com o paciente/família até estado de “alta” da enfermagem; - Determinar “se e como” devem receber apoio da enfermagem; - Estar atento às necessidades do paciente/família em relação à enfermagem; - Prescrever, proporcionar e regular a ajuda direta aos pacientes/família da assistência de enfermagem necessária; - Coordenar e integrar a enfermagem na vida diária do paciente. A Teoria dos Sistemas de Enfermagem define as necessidades de autocuidado em relação à capacidade do paciente para o autocuidado, em que, na ocorrência de déficit de autocuidado, a enfermagem pode e deve agir, interferir. Classifica em três situações, sendo: - Totalmente compensatório, - Parcialmente compensatório, - Sistema educativo de apoio Totalmente compensatório: Em que a incapacidade de autocuidado é atestada e a enfermagem se faz necessária, podendo ser socialmente dependentes de outros indivíduos que façam parte do grupo/família, possibilitando a continuidade de sua existência e seu bem-estar. É o caso das pessoas comatosas, dos conscientes, capazes de observar, julgar, decidir, mas não pode ou não deve desempenhar ações que exijam deambulação ou manipulação, ou ainda, dos que sejam incapazes de atender suas próprias necessidades e/ou tomar decisões, embora possam deambular e desempenhar algumas ações de autocuidado, embora com orientação e supervisão constantes (fraturas vertebrais C3-C4; retardo mental). Parcialmente compensatório: No qual o enfermeiro e o paciente assumem ações do cuidar e outras atividades envolvendo deambulação e manipulação, com o principal papel tendo a participação de um ou ambos. É o caso de cirurgias que limitem movimentos de deambulação, troca de curativos, etc. Sistema educativo de apoio: Em que o paciente pode, deve e assume as atividades de autocuidado, orientado e monitorado sempre. O enfermeiro atua como espécie de consultor e educador. Podem ocorrer situações em que uma ou mais situações se façam presentes e necessárias, simultaneamente. A Teoria de Dorothea Orem proporciona uma base compreensiva para a prática da enfermagem, com utilidade na educação, prática clínica, administração, pesquisa e sistemas de informação na enfermagem. Os principais conceitos de Dorothea Orem seres humanos, saúde, sociedade e enfermagem. De fácil entendimento e compreensão, define quando a enfermagem é necessária e a intensidade de sua intervenção, relacionada com as necessidades afetadas do paciente/familiar, em que o enfermeiro atua parcial ou totalmente, mas nunca deixando de ser o condutor, educador e orientador do processo de cuidar. Fundamenta sua teoria na promoção e manutenção da saúde, considerando os aspectos holísticos da assistência de enfermagem e a responsabilidade do indivíduo em relação ao processo do cuidar, tornando-se um sistema dinâmico, versátil e fluente em relação aos objetivos, sendo simples o entendimento, embora complexo na composição. Sua teoria continua a evoluir, universalmente, com impacto na profissão, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento das teorias de enfermagem.
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