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Avaliação 2013 – DIDÁTICA 	
Avaliação contínua – valor até 3,0: atividades desenvolvidas ao longo do semestre
Avaliação regimental – valor até 7,0
 Proposta básica:
1. desenvolver um texto que envolva conceitos relacionados ao conteúdo trabalhado-competências. (valor até 2,5)
2. elaboração de um texto crítico a partir de uma provocação dentro da temática da disciplina. (valor até 2,5)
3. Questão referente a construção de um plano de aula (valor até 2,0)
Critérios para avaliação escrita (avaliação regimental):
 1. Captação da problemática da questão proposta;
 2. Argumentação coerente e fundamentada na construção dos textos e/ou construção do plano);
 3. Redação clara e precisa.
Referenciais para avaliação:
Educação e Didática: conceito, objeto do estudo e papel;
Processo ensino aprendizagem (ensinagem) e seus elementos: 
aluno, professor, relação professor-aluno, objetivos, conteúdo (Diretrizes Curriculares Nacionais e fundamentos), metodologia (Jogos e Vivências) e avaliação;
O Planejamento da Ação Didática: conceitos, características e etapas (Plano, Projeto Pedagógico, Contrato Pedagógico, Plano de Ensino, Plano de Aula);
Ensinar, Aprender, Apreender: processos de ensinagem;
Construção da Identidade Docente e saberes da docência;
Competências para ensinar (Perrenoud) – (ver documento em anexo)
EDUCAÇÃO e DIDÁTICA
EDUCAÇÃO - condição básica para o desenvolvimento da personalidade humana.
Em termos etimológicos: origem de dois verbos latinos: Educare e Educere
EDUCARE significa alimentar, transmitir informações a alguém. Ideia de algo externo, acrescentado ao indivíduo - ênfase na transmissão social da cultura. 
EDUCERE significa extrair, desabrochar, desenvolver algo que está no indivíduo ideia de forças latentes para estimulação - desenvolvimento das potencialidades do indivíduo.
DIDÁTICA 
O termo "Didática" é conhecido desde a Grécia antiga e lá significava "ensinar, instruir, fazer aprender". O minidicionário Aurélio apresenta-a como a técnica de dirigir e orientar a aprendizagem, já o dicionário Caldas Aulete coloca-a como a arte de ensinar. A Pedagogia é o estudo sistemático da educação. É a reflexão sobre as doutrinas e os sistemas da educação. A Didática é uma seção ou ramo especifico da Pedagogia e se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento. Ambas estudam os métodos de ensino, porém a Didática julga o valor dos métodos de ensino, transformando-os em matéria de integração.
Didática, estuda os princípios, as normas e as estratégias que devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. Pressupõem decisões, princípios e diretrizes referentes a uma Teoria da Educação, dando visão geral da atividade docente.
O Objeto do estudo da DIDÁTICA PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, denominado por alguns teóricos como PROCESSO DE ENSINAGEM (Léa da Graças Anastasiou), vida e a profissão do professor, sempre analisado de modo a articular as dimensões: humanas, técnicas e político-sociais, mediadas pela ética. 
Papel da Didática
“No cerne da problemática está (...) a questão central da investigação da sala de aula e, consequentemente, da construção [de uma] nova didática, cujo saber implicaria, aqui, exatamente, uma mediação entre as questões postas pela situação de ensino na sala de aula, e na escola, e as questões postas em relação pela relação escola e sociedade. (Oliveira, 1993:57).
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM (ensinagem)
 
	 PROFESSOR 
	 RELAÇÃO 
 PROFESSOR
 ALUNO 
	 ALUNO
 
	OBJETIVOS
 
	 CONTEÚDOS
 
	METODOLOGIA
 
	Profissional
adulto, responsável pelo processo de educação escolar
 
com:
uma história individual e social 
 
com:
objetivos
necessidades
compromissos
princípios
	 
 PROCESSO
 
ENSINO – 
APRENDIZAGEM
 
	sujeito
co-responsável
pelo processo de educação escolar. 
 
com:
uma história 
individual e social 
 
com:
- objetivos
- necessidades
- compromissos
- princípios
	 pontos de chegada (valores)
referentes ao cidadão que queremos ajudar a formar bem em: 
SABER CONHECER
SABER FAZER
SABER SER
SABER CONVIVER
 a curto, a médio e a longo prazo.
	 tópicos selecionados dos conhecimentos em produção e/ou produzidos historicamente pela humanidade em:
- CIÊNCIA
- TECNOLOGIA
- ARTE
- FILOSOFIA
 dependem dos objetivos educacionais propostos
	 MÉTODOS
TÉCNICAS OU ESTRATÉGIAS
 MÍDIAS
 (RECURSOS)
	AVALIAÇÃO
ALUNO
Deve ser percebido como um sujeito concreto, situado no tempo e no espaço, síntese de múltiplas determinações, isto é, um sujeito real – com o qual a escola necessita trabalhar da melhor maneira possível. É fundamental que os educadores tenham condições e, definitivamente, assumam trabalhar com os educandos que se encontram nas escolas, oriundos das camadas majoritárias da população. Isso significa colocar fim à percepção preconceituosa que se faz desses alunos, rotulando-os com “fracos”, “mal-educados”, “preguiçosos”, etc., o que acaba comprometendo, negativamente, a relação pedagógica entre o educador e o educando, e, consequentemente, o próprio processo de democratização da educação escolar.
Quem são os alunos que frequentam a nossa escola? 
O que eles esperam da escola? 
O que você acha das expectativas deles?
Você criaria, nos alunos, outras expectativas? 
Quais? 
Como?
O aluno no processo educacional é visto como um fator essencial para a construção do conhecimento, e não só como um mero recebedor de conteúdos. Partindo desse pressuposto podemos dizer que o educando pode despertar a sua criticidade a partir do momento em que se deixa envolver pelas questões políticas, sociais e culturais relevantes que existem no meio em que vive, e leva essas discussões para dentro da sala de aula, interagindo com os demais, formando inúmeras opiniões com relação ao contexto social, político e cultural no qual está inserido.
PROFESSOR
“O papel do professor é, entre outras coisas, ensinar o aluno a aprender”. (...).
 A tarefa do (a) educador (a) é de “problematizar aos educandos o conteúdo que os mediatiza, e não a de dissertar sobre ele, de dá-lo, de estendê-lo, como se tratasse de algo feito, elaborado, acabado, terminado”. Nesse ato de problematizar os educandos, eles se encontram igualmente problematizado. (...) 
A prática pedagógica problematizadora, inquiridora e dialógica (...) implica em co-participação e co-responsabilidade, cabendo ao (a) educador (a) com os (as) educandos (as) buscarem, pesquisarem o conhecimento, (...). 
“aula é um encontro em que se busca o conhecimento”. (Paulo Freire)
O licenciado deverá ser identificado por múltiplas competências e habilidades.
Este profissional poderá lidar, tanto com educação formal quanto não formal, explorando criticamente a produção artística nas interrelações entre arte, cultura e educação.
 - preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica do mercado de trabalho;
 - percepção de diferentes contextos interculturais;
 - utilização adequada dos recursos proporcionados pelas novas tecnologias da informática;
 - domínio dos conteúdos básicos que são objeto dos processos de ensino e aprendizagem nos ensinos fundamental e médio;
 - domínio de métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição dos conhecimentos para os diferentes níveis de ensino.
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educaçãoé uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana. 
O professor deve preocupar-se com o processo de construção da cidadania do aluno e para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro, os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor.
OBJETIVOS
OBJETIVO "é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade.”. 
São pontos de chegada (valores) referentes ao cidadão que queremos ajudar a formar bem em: CONHECER - SABER FAZER – SABER CONVIVER - SER, a curto, a médio e a longo prazo. 
O estabelecimento de objetivos orienta o professor quanto à seleção de conteúdo, escolha de estratégias de ensino e elaboração de instrumentos de avaliação.
Os objetivos educacionais podem ser expressos em dois níveis:
a) Objetivos gerais - São aqueles previstos para um determinado grau ou ciclo, uma escola ou certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo.
b) Objetivos especificas - São aqueles definidos especificamente para uma disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento e na operacionalização dos objetivos gerais.
Apresentamos, a seguir, algumas sugestões que podem auxiliar o professor na elaboração dos objetivos educacionais:
Desdobrar os objetivos gerais em vários objetivos especificas, a serem alcançados a curto prazo;
Focalizar o comportamento do aluno e não o do professor o objetivo específico não se refere ao comportamento do professor, mas o do educando. Ele descreve o comportamento que se espera observar no aluno em decorrência da experiência educativa que lhe é proporcionada.
 Formular cada objetivo de modo que ele descreva apenas um comportamento por vez;
- OBJETIVOS COGNITIVOS
- HABILIDADES a serem desenvolvidas
- ATITUDES a serem trabalhadas
Os resultados podem ser de: 
CONHECIMENTOS (conceitos, fatos, princípios, teorias, interpretações, ideias organizadas, etc.). 
HABILIDADES (o que o aluno deve aprender para desenvolver suas capacidades intelectuais: organizar seu estudo ativo e independente; aplicar fórmulas em exercícios; observar, coletar e organizar informações sobre determinado assunto; raciocinar com dados da realidade; formular hipóteses; usar materiais e instrumentos como, dicionários, mapas, réguas, etc.). 
ATITUDES, CONVICÇÕES E VALORES que se deve desenvolver em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à realidade social (atitude cientifica, consciência critica responsabilidade, solidariedade, etc.).
Competências e Habilidades
As competências e habilidades exigem domínio de conhecimentos.
As COMPETÊNCIAS se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos. Essas competências estão relacionadas com o seguinte: operações mentais, capacidades para usar as habilidades e emprego de atitudes adequadas à realização de tarefas e conhecimentos.
As competências e habilidades estão inseridas nos pilares da educação moderna os quais formam a base para a aprendizagem significativa: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. 
Considerando competências como conteúdo, conhecimento, teoria e HABILIDADES caracterizadas pela função; por sua vez, as estão caracterizadas pela ação.
Dessa forma, competência é o saber construído, elaborado e desenvolvido pelas muitas descobertas e redescobertas, enquanto as habilidades referem-se ao saber quando e como fazer.
 Níveis de aprendizagem
Cognitivo: Refere-se à aprendizagem de determinados conhecimentos e operações mentais: apreensão consciente compreensão e generalização das propriedades e relações essenciais da realidade.
Gerais: expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos alunos. É o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico. Refletem as opções políticas e pedagógicas dos agentes em face das contradições sociais existente na sociedade.
São explicadas em três níveis:
Pelo sistema escolar – finalidade educativa determinada pela classe dominante;
Pela escola – estabelece princípios e diretrizes de orientação escolar – com base no plano pedagógico – didático representando o consenso do corpo docente;
Pelo professor – concretiza o ensino do conteúdo – sua visão de educação de sociedade.
Específicos: determinam exigências e resultados esperados das atividades dos alunos referentes a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem em processo de transmissão assimilação ativa dos conteúdos de estudo.
RESULTADOS ESPERADOS DOS ALUNOS – VERBOS (COLL, César. psicologia e Currículo. SP:Ática, 2002)
Fatos, Conceitos, Princípios: Identificar, reconhecer, classificar, descrever, comparar, conhecer, explicar, relacionar, situar ( no tempo ou no tempo), analisar, generalizar, interpretar, esboçar, indicar, resumir, distinguir, aplicar, comentar ...
Procedimentos: Construir, observar, testar, elaborar, simular, demonstrar, planejar, executar, coletar, compor, representar, aplicar, utilizar, confeccionar, reconstruir ...
Atitudes, Normas, Valores: Comportar-se ( de acordo com), respeitar, apreciar, perceber, sentir, interessar-se por, permitir, agir ...
Outros verbos utilizados: compreender, saber, entender, desenvolver, aprender, apreender, conhecer, adquirir, identificar, diferenciar, resolver, enumerar, comparar, justificar, distinguir, construir, selecionar, localizar ....
	CONTEÚDO
 “É um conjunto de assuntos que serão estudados durante o curso em cada disciplina. Assuntos que fazem parte do acervo cultural da humanidade traduzida em linguagem escolar para facilitar sua apropriação pelos estudantes. Estes assuntos são selecionados e organizados a partir da definição dos objetivos, sendo assim meios para que os alunos atinjam os objetivos de ensino.” (MACETTO, COSTA, BARROS, 2008, p. 3).
Problematização:
O que são conteúdos de ensino? Se perguntarmos aos professores o que são conteúdos de ensino, provavelmente responderão: são conhecimentos de cada disciplina do currículo que transmitimos aos alunos; dar conteúdo é transmitir o conteúdo do livro didático. Estas colocações são apenas alguns aspectos da conceituação. De fato, no ensino há sempre três elementos: o conteúdo, o professor e o aluno. O problema está em que os professores entendem esses elementos de forma linear, mecânica, sem perceber o movimento de ida e volta entre um e outro, isto é, sem estabelecer as relações recíprocas entre um e outro. Por isso o ensino virá uma coisa mecânica: o professor passa o conteúdo, os alunos escutam, repetem, decoram e depois devolvem maquinalmente os exercícios de classe e as tarefas de casa; aí reproduzem nas provas o que foi transmitido e começa tudo de novo. 
O que acontece? Primeiro, porque os conteúdos são tomados como estáticos, cristalizados, mortos, sem significado para os alunos. Segundo,porque se subestima a atividade mental dos alunos, privando-os de empregar suas capacidades e habilidades para aquisição consciente dos conhecimentos. Terceiro, porque o ensino dos conteúdos fica separado das condições socioculturais e individuais dos alunos e que afetam o rendimento escolar.
O que são conteúdos de ensino? Conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos na sua prática de vida. Onde são expressos? Programas oficiais, livros didáticos, nos planos de ensino, de aula, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios, métodos e formas de organização do ensino. Retratam a experiência social da humanidade.
Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96
↓
Explicita uma proposta curricular: TRANSDISCIPLINARIDADE
1º passo- Foram publicadas as DIRETRIZES CURRICULARES
O que são Diretrizes Curriculares Nacionais? O conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação – CNE -, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
2º passo – Publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais de cada disciplina, contemplando toda a organização do ensino brasileiro (Educação Básica e Educação Superior).
Trabalhados integradamente com os TEMAS TRANSVERSAIS
TEMAS TRANSVERSAIS - Temas críticos que envolvem a vida humana e social do educando. A priorização desses temas pode variar de acordo com o contexto, os níveis de ensino e as necessidades. Os temas são chamados transversais por causa da abordagem interdisciplinar e devem ser integrado no processo educativo com todos os conteúdos curriculares. Os Temas transversais tratam de questões sociais, como ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural, que são importantes para a formação global do aluno e que devem sempre estar vinculadas ao conteúdo das diferentes disciplinas. Os Temas transversais envolvem questões sobre: 
Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade).
Saúde (Autoconhecimento para o Autocuidado, Vida Coletiva).
Meio Ambiente (Os Ciclos da Natureza, Sociedade e Meio Ambiente, Manejo e Conservação Ambiental).
Orientação Sexual (Corpo: Matriz da Sexualidade, Relações de Gênero, Prevenções das Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil, Constituição da Pluralidade Cultural no Brasil e Atual, O Ser Humano como Agente Social e Produtor de Cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania).
METODOLOGIA
 Classificação geral dos métodos de ensino: quanto à forma de raciocínio
 DEDUTIVO
- quando o assunto estudado procede do geral para o particular. O professor apresenta conceitos ou princípios, definições ou afirmações, dos quais vão sendo extraídos conclusões ou consequências. 
 INDUTIVO
- quando o assunto estudado é apresentado por meio de casos particulares, sugerindo-se que se descubra o princípio geral que rege os mesmos. A redescoberta inspira-se na indução. Ao invés de apresentar o final, são dados elementos que originam as generalizações. A indução de modo geral, se baseia na experiência, na observação, nos fatos. 
 DEDUTIVO/INDUTIVO 
MÉTODOS DE ENSINO (José Carlos Libâneo)
Há muitas classificações de métodos de ensino, conforme os critérios de cada autor. José Carlos Libâneo coloca que: 
- os métodos de ensino consistem na mediação escolar tendo em vista ativar as forças mentais dos alunos para assimilação do conteúdo. 
Classificação: (Libâneo)
Método de exposição pelo professor
Quando os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentados, explicadas ou demonstradas pelo professor. Entre essas formas de exposição podemos citar: exposição verbal, a demonstração, a ilustração e a exemplificação. Formas que conjugadas podem enriquecer a aula expositiva.
Método de trabalho independente
Consiste de tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. 
Método de trabalho em grupo
Estratégias – “A arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando à efetivação da ensinagem.” (ANASTASIOU, 2004).
Aulas expositivas dialogadas, trabalhos vivenciais, jogos, dinâmicas, estudo de texto, portfólio, tempestade cerebral, júri simulado, dramatização, seminário ...
Aplicação de Jogos e Vivências
Principais objetivos de uma prática vivencial
- Apresentação, integração e aquecimento do grupo; - Desenvolvimento de potencialidades tais como: comunicação, inter-relação, criatividade, percepção e auto - percepção, auto revelação, confiança, vontade, liderança, motivação;
- Função didática: elucidando e esclarecendo o tema proposto.
FASES DE UM TRABALHO VIVENCIAL: experimentar – refletir – concluir – aplicar
CAMINHO METODOLÓGICO para o trabalho do professor em sala de aula
Metodologia de AÇÃO / REFLEXÃO / AÇÃO. 
visando contribuir para reinvenção das práticas pedagógicas
	CONHECENDO A REALIDADE: 
 
Olhar a escola, a sala de aula a partir de seus professores, alunos e de suas condições materiais. Valorizar as experiências e projetos positivos em desenvolvimento
COMPREENDENDO A REALIDADE ESCOLAR: 
 
(busca das raízes dos problemas). Identificar, analisar os problemas. Aprofundar, estudar e pesquisar.
ELABORANDO E PROPONDO: 
 
Oferecer propostas concretas – conjunto de ações e atividades exequíveis. Estabelecer prioridades e planos de ação a curto, médio e longo prazo.
 
AVALIAÇÃO
O que é avaliação? A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às habilidades, atitudes e competências desenvolvidas.
A avaliação é orientada para estabelecer o desenvolvimento das seguintes competências: 
Capacidade de observação;
 Capacidade de comparação; 
Capacidade de análise; 
 Capacidade de síntese; 
Capacidade de julgamento; 
AVALIAÇÃO: mito ou desafio? (Jussara Hoffmann)
O que é avaliar? 
Por que avaliamos?
O que avaliamos? 
Como avaliamos?
 Avaliação é movimento ação-reflexão-ação
As práticas avaliativas dos professores ainda “expressam princípios e metodologias de uma avaliação estática e frenadora, de caráter classificatório e fundamentalmente sentencivo”, sendo o fenômeno de avaliação, ainda hoje, algo definido. Jussara Hoffmann destaca, também, que há consenso de significado entre alunos e professores quanto a avaliar, considerando que “dar nota é avaliar, fazer prova é avaliar, e o registro de notas denomina-se avaliação”. 
Para a autora, dentre os diversos fatores que são considerados dificultadores de mudança da prática tradicional da avaliação, sobressai à crença dos educadores de todos os níveis de ensino na continuidade da avaliação classificatória como garantia de um ensino de qualidade, que assegure um saber competente aos alunos. Contudo, cabe lembrar que pensando numa escola que classifica segundo critérios rígidos de aprovação ao final de cada série, estabelecidos sem ter como base uma análise séria sobre o seu significado e com uma variabilidade enorme de parâmetros por parte dos educadores, não pode ser vista como garantia de qualidade de ensino. Ainda vale citar que a avaliação feita apenas em momentos específicos (provas, trabalhos isolados, etc.) é tremendamente vaga no sentido de apontar as falhas do processo, pois não mostra as reais dificuldades e facilidades dos alunos e dos professores, não sugere qualquer encaminhamento, porque “ discrimina e seleciona antes de mais nada”. 
Segundo Hoffmann,a melhoria de qualidade de ensino está embasada principalmente em: ter uma escola que seja para todos; que compreenda os alunos; que tenha o compromisso de torná-los conscientes e que dê a eles o direito de provar o quanto podem aprender e o quanto a sociedade poderá contar com elas: uma avaliação contínua. O que significa promover a avaliação contínua? O termo continuidade significa sequência, processo, gradação. 
Avaliar é acompanhar para promover o processo de construção do conhecimento do educando. Processo envolve transformação, evolução, algo que muda de forma e de jeito. 
Construção do conhecimento envolve uma visão muito diferente da visão bancária, de memorização de conteúdos e de treinamento que ainda perdura em muitas escolas. (...) A avaliação sempre deve estar a serviço do aluno. Isso significa que ela não tem como objetivo determinar as notas a serem enviadas à secretaria, mas acompanhar o caminho que o aluno faz descobrir suas dificuldades e necessidades e alterar os rumos se preciso. Ela é constante e a observação do aluno pode ser feita durante trabalhos em grupo, jogos e vivências. 
	Avaliação diagnóstica
	Avaliação Formativa (qualitativa)
	Avaliação somativa (quantitativa)
	
- Obter indicações sobre conhecimentos, aptidões, interesses (ou outras qualidades) do aluno.
- Determinar a posição dos alunos no início de uma unidade de ensino, período ou ano.
- Determinar as causas subjacentes de dificuldades de aprendizagem.
	
-"Feedback" ao professor e ao aluno relativamente ao progresso deste.
- Detectar os problemas de ensino e aprendizagem.
- Comparação dos diferentes resultados obtidos pelo mesmo aluno.
	
- Classificar os alunos no final de um período relativamente longo (por exemplo, unidade de ensino; período, ano, etc.). 
 	
O Planejamento da Ação Didática: conceitos, características e etapas.
A escola: necessidade de planejamento: Plano – Projeto – Contrato Pedagógico (níveis).
Planejar e pensar andam juntos. Ao começar o dia, o homem pensa e distribui suas atividades no tempo: o que irá fazer como fazer, para que fazer, com o que fazer etc. Nas mais simples e corriqueiras ações humanas, quando o homem pensa de forma a atender suas metas e seus objetivos, ele está planejando, sem necessariamente criar um instrumental técnico que norteie suas ações. Essas observações iniciais estão sendo expressas, apenas para chamar atenção sobre o aspecto cotidiano da ação de planejar e como o planejamento faz parte da vida. Aquele que não mais planeja, talvez já tenha robotizado suas ações, portanto, quem sabe, não tem a consciência do que está fazendo, nem se ainda pode construir alguma coisa. 
Por que PLANEJAR? Para criar uma trilha significativa que atenda os anseios da comunidade escolar.
Levar em conta: a visão do mundo, saber onde pisa e qual direção tomar. 
Do ponto de vista educacional, o planejamento é um ato político-pedagógico porque revela intenções e a intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que se pretende atingir. 
Mas o que significa planejamento do ensino e suas finalidades pedagógicas?
O que é o planejamento docente? O plano de aula? O projeto de disciplina? A programação semestral? O projeto pedagógico? 
Esses conceitos, atualmente, foram redefinidos, não só por conta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, do Plano Nacional de Educação, mas também como resultante do novo modelo de sociedade, onde alguns denominam de sociedade aprendente, outros, sociedade do conhecimento. O que é importante, do ponto de vista do ensino, é deixar claro que o professor necessita planejar, refletir sobre sua ação, pensar sobre o que faz, antes, durante e depois.
Plano Nacional de Educação: considerações
 Algumas ideias:
- Os Planos der Educação, Nacional, Estadual e Municipal são instrumentos que devem ser definidos tendo em vista a política educacional que queremos implementar, tanto com relação à legislação que lhe dá suporte, como às condições humanas, materiais e financeiras que precisam estar à disposição de toda a sociedade.
Em síntese, espera-se que os Planos de Educação, entre outros, tenham os seguintes objetivos: ampliação da educação obrigatória; definição e garantia de padrões de qualidade; garantia de instalações adequadas; democratização da gestão do ensino público; revisão dos processos avaliativos.
O PNE é gerador da elaboração dos demais níveis de planejamento do Sistema e da Escola
Planejamento Participativo
Entender o significado da escola e suas relações no sistema educacional, bem como com a sociedade, tornou-se uma exigência imprescindível para garantir um planejamento realmente participativo. 
A escola é influenciada por forças "externas" e "internas" a seus muros. Enquanto uma unidade social os "elementos que integram a vida escolar são, em parte, transpostos de fora; em parte, redefinidos na passagem, para ajustar-se às condições grupais; em parte, desenvolvidos internamente e devidos a estas condições. Longe de serem um reflexo da vida da comunidade, as escolas têm uma atividade criadora própria, que faz de cada uma delas um grupo diferente dos demais" (Cândido, 1987, p.12-13, grifo do autor). Nesse sentido a realidade de cada escola deve ser pensada e planejada segundo as suas características específicas. 
PENSE ...
A escola necessita formular objetivos, tendo como referência as suas necessidades e em articulação com o projeto político-educacional do sistema de ensino do qual faz parte. É necessário que a escola elabore planos de trabalho ou planos de ação onde são definidos seus objetivos e sistematizados os meios para a sua execução bem como os critérios de avaliação da qualidade do trabalho que realiza. Sem planejamento, as ações dos diversos atores da escola irão ocorrer ao sabor das circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução mecânica de planos anteriores e sem avaliar os resultados do trabalho. A falta de planejamento leva a equipe gestora a se especializar em apagar incêndios, mas, nem todos os incêndios podem ser apagados sem que haja sérios prejuízos. 
Algo que deve ser observado no processo de planejamento e na organização geral do trabalho é o tipo de gestão que se desenvolve na escola. O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e participativa nos processos desenvolvidos na escola. Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conte com o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação (...). 
O que é o Projeto pedagógico?
É um documento que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando as exigências legais do sistema educacional, bem como as necessidades, propósitos e expectativas da comunidade escolar. Revela os modos de pensar e agir dos atores que participam da sua elaboração, expressa a cultura da escola e, ao mesmo tempo, contribui para transformá-la.
Fases do Planejamento Participativo
Passos ...
1º) Descrição do contexto escolar;
2º) Identificação dos desafios e problemas;
3º) Definição dos objetivos, estratégias e metas.	
Contrato Pedagógico
Os alunos se tornam responsáveis pela aprendizagem quando combinam objetivos e tarefas com você. (Andressa Rovani) 
 Combinado, contrato pedagógico ou contrato didático. O nome pode variar, mas o conceito é um só: um acordo estabelecido entre o professor e a classe que leva todos a buscar um mesmo objetivo, a aprendizagem. (...)
 O contrato didático é útil tanto no começo do ano quanto no início de um projeto. Nesses momentos, você espera que a garotada se dedique ao estudo e tenha uma disciplina exemplar.Mas, do outro lado da sala também existem expectativas. Crianças e adolescentes querem saber o que vão aprender e de que maneira. Um consenso sobre o que podem ou não fazer e quais as consequências pelo não cumprimento de alguma regra é fundamental.
 Os bons resultados virão se crianças e jovens se sentirem responsáveis pela identificação de seus objetivos e pela criação dos meios para alcançá-los. Você passa a tutor dessas intenções, avaliando e fazendo intervenções. "Os alunos só assumem a própria aprendizagem quando é dada a eles oportunidade de uma participação ativa", diz Claudio Baptista, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Como fazer um combinado
 O melhor caminho para produzir um acordo produtivo entre você e seus alunos é ficar de olho no planejamento pedagógico e partilhar suas expectativas com a turma.
O contrato didático é uma forma de condução do aprendizado. Para que ele funcione, alguns pontos devem ser lembrados: os estudantes necessitam saber o que você espera deles durante o desenvolvimento de um determinado projeto ou tema de estudo; o combinado inclui não apenas regras de conduta ou metas de rendimento, mas cria um pacto de confiança entre você e a classe; as decisões não podem variar de acordo com o seu humor. Portanto, as regras ambíguas devem ser evitadas; o conteúdo do contrato vale também para você. Transgredir o que foi combinado é sinal de autoritarismo; um documento selando o acordo funciona como símbolo da formalização do que foi acertado. O papel pode ser substituído por qualquer forma de ritual, como uma plenária, por exemplo; não deposite no próprio acordo toda a responsabilidade pelo sucesso da aprendizagem da turma; há consequências conhecidas para quem não cumpre as regras. Quando houver problemas desse tipo, converse com o estudante em particular ou leve a questão à turma; se necessário, o contrato pode ser alterado pelo grupo.
Plano
 - consiste na sistematização do processo de organização da ação. No plano devem estar sistematizadas as ações que se pretende desenvolver, informações e princípios que balizam e sustentam essas ações. O plano se configura, portanto, num registro escrito, apresentado sob a forma de um documento.
Plano de Ensino
 “É a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico.” (LIBÂNEO, 1994, p.222)
Plano de Aula
É a sequencia de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) É a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem. (PILETTI, 2001, p.73
 “Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível.” (SCHMITZ, 2000, p.101).
ENSINAR, APRENDER, APREENDER e PROCESSOS DE ENSINAGEM (Léa das Graças Camargos Anastasiou)
Um dos elementos básicos para a discussão da ação docente envolve: ENSINAR – APRENDER – APREENDER
O verbo ensinar, do latim insignare, significa marcar com um sinal, que deveria ser de vida, busca e despertar para o conhecimento. Como outros verbos de ação, ensinar contém, em si, duas dimensões:
* uma utilização intencional
* e, uma de resultado
Assim, a intenção de ensinar e a efetivação dessa meta pretendida.
Quando o professor explica um conteúdo mas o aluno não de apropriou dele, posso dizer que ensinei ou apenas cumpri uma parte do processo?
 Aprender/Apreender
Existe uma diferença entre aprender e apreender. O apreender, do latim apprehendere, significa segurar, prender, pegar, assimilar mentalmente, entender, compreender, agarrar. 
Não se trata de um verbo passivo; para apreender é preciso agir, exercitar-se, informa-se, tomar para si, apropriar-se ... 
O aprender, derivado do apreender significa tomar conhecimento, reter na memória mediante estudo, receber a informação... É preciso superar o aprender. É necessário reorganizar a direção ao apreender.
Daí a necessidade de se revisar o “assistir a aulas” pela ação conjunta “fazer aulas”.
Nesse fazer aulas é que surgem as necessárias formas de atuação do professor com o aluno e a efetivação de estratégias diferenciadas que facilitem esse novo fazer.
	
Processo de ensinagem
O termo ensinagem, usado para “indicar uma prática social complexa efetivada entre sujeitos, professor e aluno, englobando tanto a ação de ensinar quanto a de apreender, em um processo contratual, de parceria deliberada e consciente para o enfrentamento na construção do conhecimento escolar”.
 O objetivo é a apropriação do conteúdo e do processo (momentos a serem construídos pelos sujeitos em ação, respeitando o movimento do pensamento).
O pensamento não é algo, mas pensamento de algo (...)
Destaque para o aspecto do SABER referente ao gosto ou sabor, do latim sapere – ter gosto
O saber inclui um: saber o quê; um saber como; um saber por que e um saber para quê.
A autora nos convida a ter outros olhares sobre o processo ensino-aprendizagem (processo de ensinagem):
- O nosso primeiro olhar deve recair sobre como o meu aluno aprende, para depois construir o meu ensinar. Desta forma, todo o trabalho pedagógico parte das características, necessidade, interesses dos alunos.
- O nosso olhar deve ir além do aprender. Levar o aluno a apreender (tomar posse, agarrar para si). Construir o seu conhecimento.
- Levar os alunos a trabalharem as operações de pensamento:
 Pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma e processo mental ou faculdade do sistema mental. Pensar permite aos seres modelarem o mundo e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e idéias revela justamente a vontade deste. O pensamento é fundamental no processo de aprendizagem (Piaget). O pensamento é construto e construtivo do conhecimento. O principal veículo do processo de conscientização é o pensamento. A atividade de pensar confere ao homem "asas" para mover-se no mundo e "raízes" para aprofundar-se na realidade.
Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo, podemos dizer que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.
OPERAÇÕES DE PENSAMENTO: - Comparação; - Resumo; - Observação; - Classificação; - Interpretação; - Critica; - Busca de suposições; - Imaginação; - Obtenção e organização de dados; - Levantamento de hipóteses; - Aplicação de fatos e princípios a novas situações; - Decisão; - Planejamento de projetos e pesquisas ...
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IDENTIDADE E SABERES DA DOCÊNCIA (Selma Garrido Pimenta)
DESAFIO: construção de uma identidade profissional docente
O que a autora entende por construir a identidade?
A identidade não é um dado imutável, nem externo, que possa ser adquirido. É um processo de construção do sujeito historicamente situado. O perfil do profissional professor emerge em dado contexto e momento históricos, como resposta às necessidades postas pela sociedade.
OS SABERES DA DOCÊNCIA
O SABER DA EXPERIÊNCIA 
O SABER DO CONHECIMENTO
OS SABERES DIDÁTICOS E PEDAGÓGICOS
1º saber: O saber da experiência
↓
Provenientes da:
- trajetória cotidiana
- e das trocas cotidianas
1ª. dimensão considerada pela autora: o aluno ao chegar ao curso de formação inicial já tem saberes sobre o que é ser professor.
DESAFIOS: Ver o professor como aluno a ver-se como professor
2ª. dimensão consideradapela autora: são também saberes da experiência aqueles produzidos no cotidiano docente, num permanente processo de reflexão sobre sua prática docente, mediatizada pela de seus colegas de trabalho e produções de educadores - TROCA DE EXPERIÊNCIAS -.
2º saber: O saber do conhecimento
Algumas questões para nortear a nossa reflexão:
Qual a diferença entre conhecimento e informação?
Como é trabalhado o conhecimento na escola? Quais os resultados obtidos?
O conhecimento – A construção do conhecimento segundo Edgar Morin 
1º passo informação 
2º passo trabalhar essas informações. COMO? Classificando-as, analisando-as e contextualizando-as
3º passo inteligência, consciência ou sabedoria. Inteligência para a arte de vincular o conhecimento de maneira útil e pertinente; consciência e sabedoria que envolve reflexão, isto é, a capacidade de produzir novas formas de existência, de humanização.
Papel do professor: Mediador entre a sociedade de informação e os alunos, no sentido de lhes possibilitar pelo desenvolvimento da reflexão, adquirir a sabedoria necessária a permanente construção do humano.
O 3º saber: Saberes Pedagógicos e Didáticos
O terceiro saber trás em si grandes contribuições, pois tenta salientar a importância de se relacionar os sabres pedagógicos com a experiência e conhecimento criando professores engajados na discussão de sua prática.
Selma Garrido Pimenta aborda a busca de refletir na ação, sobre a ação e a reflexão na ação com o objetivo de construir uma identidade profissional crítica, pois essa tendência confirma-se na denominação de professor critico reflexivo. O educador deverá pensar e discutir continuamente a sua prática através de trocas de experiências coletivas, práticas autônomas e de pesquisas. Essa é uma tendência formadora do pensamento questionador que aponta para a importância do triplo movimento sugerido por Schön, da reflexão na ação, da reflexão sobre a ação e da reflexão sobre a reflexão na ação, enquanto constituinte do professor compreendido como profissional autônomo.
A autora argumenta que existem novos paradigmas que visam muitas mudanças na formação docente com o intuito de criar práticas de reflexão e políticas educacionais que visem a problematização das práticas social, onde esse educador será sujeito do seu conhecimento. 
Proposta: TRABALHAR A PESQUISA COMO PRINCÍPIO FORMATIVO NA DOCÊNCIA (pesquisas da realidade escolar). 
OLHAR, VER E REALIZAR com olhos de PROFESSOR
Caminhos apontados: construção de saberes pedagógico a partir das necessidades pedagógicas colocados pelo real. O que é esse real? Fracasso escolar. Um passo importante: conhecer as novas colaborações da à psicologia e da sociologia educacionais, bem como, das iniciativas praticadas por diversas instituições. Procurar apoio na renovação de métodos e de sistemáticas de organização curricular e aperfeiçoamento (formação contínua – troca de experiências). Proposta: prática social como ponto de partida e como ponto de chegada.
PROPOSTA METODOLÓGICA PARA UMA IDENTIDADE NECESSÁRIA DE PROFESSOR: Refletir NA ação - Refletir SOBRE a ação - Refletir SOBRE A REFLEXÃO NA ação.

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