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PROTEÇÃO CONTRA 
INCÊNDIOS E EXPLOSÃO 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS ........................................................ 3 
1.1 Legislação Relacionada ................................................................................. 3 
2. TEORIA DO FOGO .............................................................................................. 4 
2.1 Tetraedro do Fogo.......................................................................................... 6 
2.2 Propagação do Fogo ...................................................................................... 7 
2.3 Limites Inferior e Superior de Inflamabilidade ................................................ 8 
2.4 Propagação de um Incêndio .......................................................................... 9 
3. NR 23 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................... 11 
4. CLASSES DE INCÊNDIOS ................................................................................ 12 
5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS ..................................................... 15 
5.1 Extintores de Incêndio .................................................................................. 15 
5.2 Sistemas de Alarmes ................................................................................... 17 
5.2.1 Tipos de detectores de incêndio ............................................................ 18 
5.2.2 Acionadores manuais ............................................................................ 19 
5.2.3 Alarmes ................................................................................................. 20 
5.2.4 Central de alarme .................................................................................. 20 
6. RISCOS DE EXPLOSÕES ................................................................................. 21 
6.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) .................................................................... 21 
7. BRIGADA DE INCÊNDIO ................................................................................... 23 
7.1 Plano de Abandono .......................................................................................... 24 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 
 
A prevenção de incêndios está diretamente ligada à atuação do profissional de 
segurança do trabalho, tendo em vista que seu objeto principal é a preservação da 
vida humana e do patrimônio. 
Na prática, a maior parte das empresas delega as ações de prevenção e 
combate a incêndios à área de segurança do trabalho. Isso ocorre porque esses 
profissionais já possuem na matriz curricular de seus cursos de habilitação e 
atualização as matérias específicas referentes à prevenção e ao combate a incêndios 
com carga horária significativa. 
 
1.1 Legislação Relacionada 
 
As principais legislações relacionadas à prevenção e ao combate a incêndios 
são a NR-23 – Proteção Contra Incêndios e as normas estabelecidas pelas 
legislações estaduais. 
No estado de São Paulo, por exemplo, foram instituídas diversas Instruções 
Técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros, as quais regulamentam e estabelecem as 
diretrizes básicas para a prevenção e o combate a incêndios a serem observadas nos 
diversos tipos de construção, empresas e habitações. 
Vale destacar que o profissional de segurança do trabalho deverá familiarizar-
se a legislação aplicável ao seu estado, haja vista a possibilidade de existirem 
peculiaridades relacionadas a cada um. Essa legislação delineará os procedimentos 
para licenciamento e autorização de funcionamento dos estabelecimentos e as 
respectivas medidas de proteção contra incêndios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. TEORIA DO FOGO 
 
O fogo é uma reação química entre oxigênio, combustível e uma fonte externa 
de ignição que resulta em luz e calor. As características do fenômeno fogo são a base 
do estudo para a prevenção e o combate aos incêndios. Para que tenhamos uma 
simples chama, por exemplo, se faz necessário que alguns elementos básicos 
estejam presentes simultaneamente: oxigênio em concentração adequada 
(comburente), calor (qualquer fonte de ignição para gerar calor), combustível 
(qualquer material que queime e alimente o fogo) e uma reação em cadeia. 
O oxigênio é o mais comum dos comburentes e está presente em grande 
concentração no ar que respiramos e em praticamente todos os ambientes. 
O comburente é o agente que alimentará a reação em cadeia, que somente 
acontecerá se o comburente estiver em uma concentração próxima a 21%. Para que 
se inicie e se mantenha o fogo, essa concentração deve ser mantida, ou seja, caso 
ela diminua ou aumente muito, o fogo se apagará. 
O calor é uma forma de energia que se transfere de um corpo para outro, o que 
ocorre graças à diferença de temperatura entre os corpos. São as fontes de energia 
que produzem o calor necessário para que se inicie um incêndio, por exemplo, fricção 
entre corpos gerando faíscas, energia elétrica, acendedor de cigarros, aquecedor 
elétrico, fósforo, isqueiro, entre outros. 
Por fim, considera-se combustível todo material passível de queimar, de 
sustentar um incêndio por meio da queima e alimentação do fogo. É interessante 
ressaltar que materiais diferentes queimam de maneiras diferentes em um incêndio e, 
ainda, diferenciam-se pela forma como produzem ou não resíduos após cessar o 
incêndio. 
Os materiais sólidos, de uma maneira geral, apresentam uma sequência de 
ignição; é preciso que sejam aquecidos para só então liberarem vapores que irão se 
misturar ao oxigênio, formando uma mistura inflamável. 
Para que tenhamos fogo, é necessário que essa mistura entre em contato com 
uma fonte de calor. Uma vez iniciado o fogo, essa mistura se sustentará até que falte 
um dos componentes essenciais para a manutenção do tetraedro do fogo (Figura 1). 
 
 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#fig3-2
 
 
Figura 1: Tetraedro do fogo. 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
Desde os primórdios do surgimento do homem até hoje em dia, o fogo é motivo 
de fascinação, curiosidade e temor em nossa sociedade. Fenômeno natural 
descoberto por nossos ancestrais, o fogo tem a finalidade de atender necessidades 
básicas do ser humano (cozimento de alimentos, aquecedor natural de ambiente etc.) 
até ́atividades de desenvolvimento do mundo moderno, seja nas áreas industriais de 
bens de consumo ou em instrumento bélico. 
Para o devido aproveitamento dos benefícios concretos que o fogo pode 
oferecer, é importante observar também os riscos que podem ocorrer quando não se 
conhecem os potenciais perigos, as características e seus efeitos em nosso habitat. 
Quando não há um mínimo de conhecimento na prevenção e na manipulação desse 
recurso natural, as chamas do fogo podem sair de controle, ocasionando o evento 
adverso incêndio. 
Por isso, é necessário adquirir orientações seguras para a não ocorrência 
desse tipo de sinistro, seja na etapa de prevenção com o aparelhamento de 
equipamentos indicadores e procedimentos de segurança, seja no combate do 
incêndio propriamente dito em sua fase inicial, estudando os melhores meios de sua 
extinção nas normas técnicas disponíveis, com o objetivo de evitar o máximo pos- 
sível de danos ao patrimônio, mas principalmente resguardar o maior bem universal, 
que é a vida. 
O fogo é um processo de transformação denominado combustão, em que 
materiais ou substâncias combustíveis sofrem reação química de oxidação de suas 
 
 
propriedades, com liberação de gases, fumaça, calor e luz. A quantidade de calor em 
combinação com o oxigênio é determinante para iniciar o processo de combustão, 
dando condições ao fogo para se autossustentar.Figura 2: Imagens após incêndio ocorrido no frigorífico Minas Gerais S.A. em 1955: no país, a 
empresa foi pioneira na adoção de políticas de prevenção contra incêndios. 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
2.1 Tetraedro do Fogo 
 
Os elementos necessários para o surgimento do fogo são combustível, 
comburente, calor e reação em cadeia. Esses quatro elementos dispostos de forma 
conjunta constituem o tetraedro do fogo e são responsáveis pela origem do processo 
de combustão. As particularidades de cada elemento do tetraedro e suas funções 
básicas nessa reação química são as seguintes: 
 Combustível: é todo material em seu estado sólido, líquido ou gasoso 
com capacidade para queimar e, assim, alimentar a combustão. 
 Comburente: é o elemento que possibilita vida às chamas, por meio do 
consumo do oxigênio no ambiente. 
 Reação em cadeia: é o processo contínuo do fogo por meio da 
combustão dos gases inflamáveis, da fumaça, de resíduos particulados e do oxigênio 
ainda presente, gerando mais fogo, e assim sucessivamente. 
 
 
 Calor: é uma forma de energia, na qual as moléculas aumentam sua 
velocidade e sua vibração, elevando a temperatura de determinado material ou 
substância, em virtude de um processo físico ou químico. 
 
Figura 3: O uso de um determinado agente extintor tem como finalidade eliminar um ou mais 
componentes do tetraedro do fogo, extinguindo, assim, a combustão. 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
2.2 Propagação do Fogo 
 
Apesar de ser um fenômeno natural, o fogo tem particularidades que dão a 
impressão de agir por vontade própria, como se tivesse vida, mas trata-se de uma 
reação química oxidante de alta destruição, que deve ser estudada para evitar 
desastres sem proporções e para ser combatida de forma a diminuir danos à 
comunidade, ao patrimônio e ao meio ambiente. 
Como o incêndio comporta-se em ambientes fechados, locomove-se e é 
influenciado por agentes externos, é de vital importância adotar procedimentos 
corretos em seu combate para res- guardar a segurança física dos brigadistas e do 
Corpo de Bombeiros. 
Um incêndio pode se estender de forma contínua e progressiva para outros 
setores, pavimentos e edificações vizinhas por meio do calor, propagando-se de três 
diferentes maneiras: 
 Convecção: transferência de calor por meio de camadas de ar quente 
(gases) de forma ascendente (subida). 
 
 
 Condução: transferência de calor, de molécula a molécula, 
multiplicando-se em um mesmo corpo sólido, aquecendo-o em toda a sua extensão. 
 Irradiação: transferência de calor por meio de ondas caloríficas, 
irradiando em todas as direções, possibilitando o surgimento de focos no que estiver 
ao redor. 
 
2.3 Limites Inferior e Superior de Inflamabilidade 
 
Os líquidos inflamáveis seguem um processo semelhante. Ao ser aquecido, um 
líquido inflamável libera vapores inflamáveis que se misturam ao oxigênio. Essa 
mistura inflamável, ao entrar em contato com uma fonte de calor, pega fogo. 
Entretanto, para que dessa mistura de vapores inflamáveis e oxigênio se inicie um 
incêndio, há uma particularidade a ser obedecida: ela deve estar dentro de uma faixa 
específica de concentração, que varia de substância para substância. 
Essa faixa de concentração ideal chama-se limites de inflamabilidade, tendo 
um valor mínimo conhecido como limite inferior de inflamabilidade (LII) e um valor 
máximo, limite superior de inflamabilidade (LSI). Isso significa que, para uma 
concentração ideal de oxigênio, a mistura inflamável ar/vapor inflamável só iniciará 
um incêndio se houver uma quantidade mínima de líquido inflamável e também uma 
quantidade máxima desse mesmo vapor inflamável. 
Exemplificando: quando há um vazamento de gás de cozinha e sentimos seu 
odor característico, existe a possibilidade de que, ao acender uma vela ou um isqueiro, 
não ocorra um incêndio ou explosão. Nesse caso, a quantidade mínima de gás no 
ambiente não foi atingida, ou seja, não foi alcançado o LII, a quantidade ou 
concentração mínima ideal de gás de cozinha para que se originasse um incêndio ou 
explosão. 
Da mesma maneira, se hipoteticamente preenchêssemos a totalidade do 
ambiente com gás de cozinha, ou seja, 100% de concentração de gás, poderíamos 
riscar um palito de fósforo que, mesmo assim, não se iniciaria o incêndio. Nessa 
situação, o LSI do gás de cozinha foi ultrapassado; como o gás ocupou todo o espaço, 
não permitiu a concentração suficiente de oxigênio. Em outras palavras, podemos 
dizer que não teríamos no ambiente uma quantidade mínima de oxigênio para formar 
o tetraedro do fogo. 
 
 
2.4 Propagação de um Incêndio 
 
O fogo se propaga de três modos diferentes, os quais, após o início do incêndio, 
ocorrem de forma simultânea: condução, convecção e radiação. 
Na condução, simplificadamente, temos dois materiais sólidos, um encostado 
ao outro, sendo que o calor daquele que estiver mais quente migrará para o material 
mais frio. Imagine que você esquente uma colher de metal e, logo em seguida, encoste 
a colher em uma pedra de gelo: o calor presente na colher será conduzido para o 
sólido mais frio, o gelo, derretendo-o. Esse processo é chamado de condução. 
Na condução direta, o próprio fogo ou chama fornece o calor para o material (o 
metal no exemplo da Figura 4). Na condução indireta, no lugar do próprio fogo ou 
chama, algum outro objeto anteriormente aquecido pelo fogo (o metal no exemplo da 
figura) é que fornecerá o calor para um segundo material (o algodão no exemplo 
da Figura 4). 
 
Figura 4: Exemplos de condução direta e condução indireta. 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
Já a transferência de calor por convecção ocorre entre dois fluidos, gases ou 
corpos. Ainda utilizando o exemplo da colher aquecida e do gelo, o calor pode ser 
transferido por convecção da colher para o gelo apenas aproximando-se a colher, sem 
que se encoste no gelo. O calor da colher será transferido para a pedra de gelo por 
 
 
meio do ar ambiente (fluido), que, aquecido, convergirá para a pedra de gelo, iniciando 
seu derretimento (Figura 5). 
A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é um modo de 
transferência de calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. Como essas 
ondas podem propagar-se no vácuo, não é necessário que haja contato entre os 
corpos para que ocorra a transferência de calor. Todos os corpos emitem radiações 
térmicas que são proporcionais à sua temperatura, ou seja, quanto maior a 
temperatura, maior será a quantidade de calor que o objeto poderá irradiar. Um 
exemplo desse processo é o aquecimento da Terra, que mesmo sem estar em contato 
direto com o Sol é aquecida por ele (Figura 6). 
 
Figura 5: Exemplos de condução direta e condução indireta. 
 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
Figura 6: Exemplo de transferência de calor por radiação. O fogo atinge a casa ao lado por calor 
radiante. 
 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#fig3-4
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#fig3-5
 
 
3. NR 23 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 
A NR 23 (Prevenção Contra Incêndios) trata da obrigatoriedade dos 
empregadores em adotar as medidas adequadas de prevenção contra incêndios, 
determinando os principais pontos a serem observados para o cumprimento dos 
aspectos legais, porém, sem especificar as instruções técnicas e outras diretrizes, 
como era antigamente, o que deixou o texto mais reduzido e superficial. 
Sendo assim, a deliberação das instruções técnicas fica sob o encargo do 
Corpo de Bombeiros e das legislações locais, o que não configura uma novidade, já 
que a própria NR 23 sempre foi fundamentada nas principais normas técnicas 
nacionais e internacionais de prevenção contra incêndio; a diferença é que,agora, os 
profissionais de segurança do trabalho devem consultar diretamente os especialistas 
em questão. 
A nova redação dada pela Portaria SIT no 221, de 06 de maio de 2011, 
determina (BRASIL, 2011k): 
 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de 
incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas 
aplicáveis. 
 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores 
informações sobre: 
 Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; Procedimentos 
para evacuação dos locais de trabalho com segurança; Dispositivos de alarme 
existentes. 
 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e 
dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-
los com rapidez e segurança, em caso de emergência. 
 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente 
assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. 
 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa 
durante a jornada de trabalho. 
 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de 
travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento. 
 
 
 
 
4. CLASSES DE INCÊNDIOS 
 
A classificação de incêndio tem como finalidade avaliar a periculosidade dos 
materiais envolvidos em possíveis ocorrências de incêndios e suas propriedades, e, 
com isso, utilizar o agente extintor adequado em seu combate, conforme as 
particularidades específicas de cada sinistro. Essa classificação foi elaborada pela 
NFPA (National Fire Protection Association, EUA) e é aceita interna- cionalmente 
pelos Corpos de Bombeiros, inclusive nas corporações do Brasil e nas instruções 
técni- cas vigentes no país, sendo as quais (SÃO PAULO, s.d.): 
[...] Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a 
seguinte classificação de fogo: 
 Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de 
queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, 
madeira, papel, fibra etc.; 
 Classe B: são considerados inflamáveis os produtos que queimem 
somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, vernizes, 
tintas, gasolina etc.; 
 Classe C: quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados 
como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios etc.; 
 Classe D: elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. 
 
Tabela 1: Classe de incêndio tipo A: símbolo, material combustível, características, modo de extinção 
e tipos de agentes extintores. 
Classe Símbolo Material 
combustível 
Características Modo de 
extinção 
Tipos de agentes 
extintores 
A 
 
Tecidos, 
papel, 
madeira, 
estopa, 
fibras, 
borracha 
Os materiais 
queimam na 
superfície e 
profundidade e 
deixam resíduos 
Resfriamento 
(retirada do 
calor) 
Retirada do 
material 
combustível 
Hidrante Extintor de 
água sprinkler (chuveiro 
automático) 
Fonte: (SOBRINHO, 2012). 
 
 
 
 
 
Tabela 2: Classe de incêndio tipo B: símbolo, material combustível, características, modo de extinção 
e tipos de agentes extintores. 
Classe Símbolo Material 
combustível 
Características Modo de extinção Tipos de 
agentes 
extintores 
B 
 
Graxas, óleo 
diesel, tintas, 
solventes, 
álcool, gasolina 
Os materiais 
queimam somente 
na superfície e não 
deixam resíduos 
Resfriamento 
(retirada do calor) 
Retirada do 
material 
combustível 
Abafamento 
Hidrante 
Extintor de pó 
químico seco 
Espuma 
Fonte: (SOBRINHO, 2012). 
Tabela 3: Classe de incêndio tipo C: símbolo, material combustível, características, modo de extinção 
e tipos de agentes extintores. 
Classe Símbolo Material 
combustível 
Características Modo de extinção Tipos de 
agentes 
extintores 
C 
 
Equipamentos 
elétricos 
energizados, 
instalações 
elétricas, motores 
energizados 
Os materiais 
queimam na 
superfície e 
profundidade e 
deixam resíduos 
Abafamento 
(retirada do 
oxigênio) Retirada 
do material 
combustível Cortar 
energia do 
material 
energizado 
Extintor de 
pó químico 
seco CO2 
Fonte: (SOBRINHO, 2012). 
Tabela 4: Classe de incêndio tipo D: símbolo, material combustível, características, modo de extinção 
e tipos de agentes extintores. 
Classe Símbolo Material 
combustível 
Características Modo de extinção Tipos de 
agentes 
extintores 
D 
 
Relacionado a 
incêndio de 
materiais 
específicos. 
Metais 
pirofóricos: 
titânio, urânio, 
zircônio, lítio, 
magnésio, entre 
outros 
Esses materiais são 
encontrados em 
indústrias de 
fundição, em 
automóveis que 
possuem rodas de 
magnésio ou no 
bloco do motor de 
um veículo 
Nesse caso são 
necessárias 
técnicas e 
aparelhagem de 
agentes extintores 
específicos, pois 
esses materiais 
podem reagir 
quimicamente a 
determinados 
métodos de 
extinção 
Dependem 
do material 
combustível 
Fonte: (SOBRINHO, 2012). 
 
 
 
 
 
Tabela 5: Classe de incêndio tipo K: símbolo, material combustível, características, modo de extinção 
e tipos de agentes extintores. 
Classe Símbolo Material 
combustível 
Características Modo de 
extinção 
Tipos de agentes 
extintores 
K 
 
Os incêndios 
em cozinhas 
industriais são 
enquadrados na 
classe K. A 
classe K, 
portanto, 
consiste nos 
incêndios em 
óleo e gordura 
de cozinhas 
Esses materiais 
são encontrados 
normalmente em 
cozinhas 
industriais. Os 
materiais queimam 
em superfície e 
deixam resíduos 
Resfriamento 
(retirada do 
calor) 
Abafamento 
Possuem hoje 
agentes extintores 
específicos, 
geralmente mais 
caros que os 
utilizados 
tradicionalmente, 
porém mais seguros 
e eficientes, 
fornecendo maior 
proteção a cozinhas 
industriais 
Fonte: (SOBRINHO, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS 
 
Para que a inibição do princípio de chamas, durante sua propagação 
descontrolada, não atinja o estágio de um incêndio generalizado em todo o ambiente, 
devem-se utilizar métodos e equipa- mentos adequados para a extinção do fogo. 
Sendo assim, é importante anular um ou mais elementos que compõem o tetraedro 
do fogo, quebrando o ciclo de alimentação do fogo. 
O procedimento correto para a interrupção desse ciclo constante é a utilização 
dos métodos de extinção de incêndio, adotando-se agentes extintores adequados, 
obedecendo às características de cada classe de incêndio e,desse modo, oferecendo 
um combate com maior eficiência e sem riscos adicionais ao combatente na hora da 
ocorrência. 
São métodos eficientes para a extinção do fogo: 
 Isolamento: trata-se da retirada do material combustível que ainda não 
foi atingido, evitando, assim, o aumento da área incendiada. 
 Resfriamento: consiste na retirada do calor do material combustível, 
diminuindo sua temperatura com a utilização de água. 
 Abafamento: é a retirada do comburente (oxigênio), eliminando o 
elemento que intensifica a propagação do fogo e utilizando agentes extintores de 
origens naturais (areia/terra) ou químicas (bicarbonato de sódio, sulfato de alumínio, 
grafite em pó etc.). 
 Quebra da reação em cadeia: consiste na interrupção da reação em 
cadeia, bloqueando o seu ciclo contínuo diretamente na área das chamas, com 
agentes extintores que reajam ao contato com o fogo e eliminem o comburente. 
 
5.1 Extintores de Incêndio 
 
A melhor opção para o combate de princípios de incêndio são os extintores 
portáteis, ou sobrerrodas, que têm como finalidade extinguir pequenos focos em 
ambientes pequenos ou outras situações em que o fogo não saiu do controle, porém 
deve ser utilizado com agilidade e manuseio correto, pois suas cargas são suficientes 
para ocorrências rápidas e podem esvaziar em pouco tempo. 
 
 
Como qualquer equipamento de segurança,de 
Produtos Perigosos – Gerenciamento de Emergência Química. 2a ed. Rio de Janeiro: 
Gerenciamento Verde Editora e Livraria Virtual, v. 1. 
 
BRASIL. Ministério de Integração Nacional; Secretaria Nacional de Defesa Civil 
(SEDEC); Política Nacional de Defesa Civil (PNDC). (2004) Resolução CONDEC no 2, 
de 12 de fevereiro de 1994. 
 
BRASIL. Ministério de Integração Nacional; Secretaria Nacional de Defesa Civil 
(SEDEC). Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDEC). (2012). Lei 
no 12.608, de 10 de abril de 2012. 
 
BRITISH STANDARDS INSTITUTE. Sistemas de gestão da saúde e segurança no 
trabalho: Requisitos BS OHSAS 18001:2007. [S.l.]: BSI; 2007. 
 
BRITISH STANDARDS INSTITUTE. OHSAS 18002:2008: Sistemas de gestão da 
saúde e segurança no trabalho: Diretrizes para a implementação da OHSAS 
18001:2007. [S.l.]: BSI; 2008. 
 
BREVIGLIERO E, POSSEBON J, SPINELLI R. Higiene ocupacional: agentes 
biológicos, químicos e físicos. São Paulo: Senac; 2012. 
 
CANETTI, M.D.; ALVAREZ, F.S.; RIBEIRO JÚNIOR, C.; BILATE, A. (2002) Manual de 
Medicina de Desastres. Rio de Janeiro: CBMERJ. 
 
CAROLI, E. (1998) Formação e performance de crescimento comparadas em cinco 
economias da OCDE. In: THÉREC, B.; BRAGA, J.C.S. (orgs.) Regulação econômica 
e globalização. São Paulo: UNICAMP/Instituto de Economia. 
 
CERQUEIRA JP. Sistemas de Gestão Integrado ISSO 9001, ISSO 14001, OHSAS 
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Perspectivas para a educação corporativa. São Paulo: Editora São Paulo. 
 
 
 
DINIZ MH. Dicionário jurídico universitário. 2. ed. São Paulo: Saraiva; 2014. 
 
DINIZ MH. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. vol. 7. 29. ed. São 
Paulo: Saraiva; 2015. 
 
DINIZ MH. Curso de direito civil brasileiro: obrigações. vol. 2. 29. ed. São Paulo: 
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SEITO AI (COORD.). A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto; 
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 Monitoramento de todas as áreas, inclusive saídas de emergência, 
escadarias e portas corta-fogo; 
 Sistema de comunicação direta com o Corpo de Bombeiros e a brigada 
de incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. RISCOS DE EXPLOSÕES 
 
Outra preocupação são os incêndios causados por explosões provenientes de 
armazenamento inadequado de produtos perigosos. É de suma importância o 
conhecimento das características e dos perigos de produtos utilizados nas 
dependências específicas de cada área de atuação (como os setores produtivos), 
para servir como parâmetro na adoção de medidas de prevenção, emergência e trei- 
namento. 
Quaisquer procedimentos de prevenção devem ser baseados em medidas 
técnicas, elaboradas por profissionais com conhecimento em segurança do trabalho, 
prevenção em combate a incêndios, profissionais da área ambiental e outros que 
estejam familiarizados com as normas técnicas vigentes quanto ao assunto em 
questão, como: 
 Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho; 
 Normas brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas); 
 Instruções técnicas dos Corpos de Bombeiros; 
 Legislações ambientais; 
 Outras leis e normas regulamentadas. 
 
6.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 
 
O GLP, ou gás de cozinha, como é popularmente conhecido, é um líquido 
inflamável derivado do petróleo, confinado sob pressão em recipiente metálico 
(botijão). Esse material é composto por propano e butano, não é tóxico, é asfixiante, 
mais pesado que o ar e inodoro (o cheiro ocorre em razão de um produto denominado 
mercaptana, adicionado ao GLP). Em áreas industriais e edificações residenciais, é 
obrigatório seu armazenamento em locais externos (baterias de gás) com forneci- 
mento canalizado. 
É importante a instalação de detectores desses gases em cozinhas industriais, 
refinarias e outros locais em que seja necessário, para a inibição de vazamentos, e, 
no caso de residências particulares, em que o histórico de acidentes é muito alto e 
geralmente os botijões estão em locais confinados, são necessários alguns cuidados 
em caso de vazamentos: 
 
 
 Nunca acionar interruptores de luz; 
 Abrir portas e janelas; 
 Fazer ventilação manual; 
 Isolar a área e acionar o Corpo de Bombeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. BRIGADA DE INCÊNDIO 
 
O incêndio é um evento de emergência. Se não houver uma preparação do 
contingente de pessoas envolvido no combate ao fogo, pode haver pânico e, 
consequentemente, mais vítimas, o que é possível de ser evitado com os exercícios 
de alerta, para que não ocorram danos maiores por falta de conhecimento técnico e 
operacional do fogo, seus equipamentos de combate e rotas de fugas. É necessário 
o apoio de pessoas treinadas para exercer a função de controlar a situação e ditar 
comandos e orientações, até a chegada do Corpo de Bombeiros. Por isso, é 
importante a implantação de uma brigada de incêndio, pois ela tomará as primeiras 
ações de combate ao fogo no seu início e fará o atendimento às primeiras vítimas, até 
a chegada de ajuda especializada. 
Mais que uma necessidade, a formação da brigada é obrigatória, como 
determina a Instrução Técnica no 17/2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São 
Paulo e outras corporações, bem como determina a NR 23, de Segurança e Medicina 
do Trabalho, que determina ao empregador a incorporação de grupos de pessoas que 
possam atender a essa finalidade. 
Com o intuito de alcançar uma preparação adequada, os candidatos a 
brigadistas devem passar por um curso de formação de brigada de incêndio para 
atender aos requisitos mínimos de treinamento e ter aproveitamento satisfatório tanto 
na aplicação prática quanto na teórica. 
Conforme IT no 17/SP, o profissional habilitado para a formação e a reciclagem 
da brigada de incêndio deve ter: 
 Formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho e ser 
devidamente registrado nos conselhos regionais competentes ou no Ministério do 
Trabalho; 
 O médico e o enfermeiro do trabalho só podem responsabilizar-se pelo 
treinamento de primeiros socorros; 
 Ensino médio completo e especialização em Prevenção e Combate a 
Incêndio (carga mínima de 120 horas-aula para risco baixo ou médio e 160 horas-aula 
para risco alto) e técnicas de emergências médicas (carga horária mínima de 100 
horas-aula para risco baixo, médio ou alto) para os componentes das Polícias Militares 
e dos Corpos de Bombeiros Militares. 
As principais atribuições da brigada de incêndio são: 
 
 
 Ações de prevenção: análise de riscos, notificações de irregularidades, 
orientação à população fixa e flutuante, participação nos exercícios simulados e 
conhecimento do plano de emergência. 
 Ações de emergência: alarme, abandono de área, acionamento do 
Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa, corte de energia, primeiros socorros, 
combate ao princípio de incêndio, recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros. 
 
Figura 9: Conhecer os equipamentos de combate a incêndio, como o devido acondicionamento e 
conservação das mangueiras, é uma das atribuições da brigada de incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: (SEITO, 2008). 
 
7.1 Plano de Abandono 
 
Para maior eficiência na retirada da população local em caso de ocorrência de 
incêndio, um plano de abandono deve ser implantado e seu treinamento deve ser feito 
por meio de exercícios simulados envolvendo todas as pessoas pertencentes à área 
de interesse (setores, pavimentos, edificações etc.). Esses exercícios devem atender 
a certos requisitos para um plano de abandono correto e bem preparado, sendo: 
 Realizados periodicamente; 
 De preferência, sem aviso; 
 
 
 O mais próximo da realidade; 
 Realizados sob a direção de grupos de pessoas capazes de prepará-los 
e dirigi-los. 
Tais exercícios têm a finalidade de averiguar a eficiência do que foi planejado 
e executado, como: 
 O tempo gasto no abandono; » o tempo gasto no atendimento de 
 Primeiros socorros; 
 A atuação da brigada; 
 O comportamento da população; 
 O tempo gasto até a chegada do Corpo de Bombeiros; 
 Falhas operacionais e de equipamentos; 
 Ponto de encontro. 
O plano de abandono é parte integrante do conteúdo de formação da brigada 
de incêndio e, sempre que possível, deve ser trabalhado em conjunto com integrantes 
de outras áreas, como os colaboradores envolvidos na segurança do trabalho 
(SESMT e a CIPA), e de outros setores da empresa (segurança patrimonial, 
manutenção e outros), com a intenção de melhorias no planejamento dos exercícios 
e de participação na parte preventiva. 
Para uma melhoria contínua, é importante que se atente a outros detalhes que 
possam ser úteis nos planos de emergência, como deixar em local visível e acessível 
telefones de emergência (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícias Civil e Militar, 
hospitais etc.), mapas dos arredores para possível locomoção de transporte das 
vítimas e planos de ajuda mútua com empresas e edificações vizinhas, em caso de 
necessidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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