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05. Direito Islâmico

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1 
História do Direito: 
Direito Islâmico 
Prof. Fabrício Ferreira 
2 
Direito Islâmico ou Muçulmano 
!   Origem: Idade Média (ano: 622); Península Arábica; 
!   Fundador: Mohamad ou Maomé; 
!   O ensinamento de Maomé era conhecido como ISLÃ, 
que quer dizer submissão a Deus. 
!   Origem: direito divino; 
!   1/5 da população mundial é muçulmana; 
!   Livro Sagrado: Alcorão; 
!   Fiéis extremamente ligados à doutrina religiosa; 
3 
Versão em Português: SEPAL Brasil (sepal@xc.org) 
A expansão do islã 
4 
Maomé 
!   Nasceu em 571 da era cristã; 
!   Órfão quando ainda criança, foi criado primeiramente por 
seu avô e, posteriormente, por seu tio, Abu Talibe. 
!   Seus primeiros anos foram obscuros e difíceis 
!   Conquistou fama de fidedigno: “Al Amin, o Fiel”; 
!   Aos 25 anos casou-se com uma viúva rica, chamada 
Khadija, cujos negócios passou a administrar; 
!   Viajava muito pelo deserto. Adquiriu experiência de vida; 
!   Aos 40 anos, Maomé passou por um período de grande 
tensão espiritual, culminando com a visão na qual 
recebeu a primeira das revelações das muitas que viria 
posteriormente; 
!   Ficou claro que recebeu um chamado divino para que 
advertisse o seu povo do dia do Juízo Final e para dizer-
lhes das recompensas dos fiéis no Paraíso, e dos castigos 
dos maus no inferno; 
5 
História do Direito Islâmico 
!   O Islamismo surgiu com Maomé, em Meca, que pregava aos 
comerciantes, de início, só alcançou êxito junto aos pobres e 
escravos, mas, em razão da influência que passou a exercer sobre 
aqueles, foi perseguido, passando, então, a pregar aos beduínos; 
!   A Tribo “coraxita” (maioria em Meca) passou a perseguir o ‘profeta’, 
considerado perigoso, pois atacava o paganismo árabe, fato que levou 
sua retirada para Iatreb (“Medina al Nabi” – que significa “Cidade 
do Profeta” - atual Medina - cidade comercial, assim como Meca); 
!   Essa fuga é conhecida como Hégira, e aconteceu em 622 d.C., data do 
início do calendário muçulmano 
!   Em Medina, Maomé encontrou uma população de tribos árabes e 
judaicas; as lides à ele eram submetidas, que invocando a Deus, as 
resolvia a contento, dessa forma, passou a ter, também, atribuições 
políticas, além das religiosas, fato que o levou a buscar a 
centralização do poder, utilizando-se da nova religião que pregava; 
6 
História do Direito Islâmico 
!   Os Judeus que passaram a opor resistência a Maomé, foram 
eliminados; 
!   Maomé, fortalecido pela pilhagem, invadiu Meca e construiu um 
acordo com os oligarcas da cidade, que ligavam apenas para o 
comércio e não para a religião; 
!   O Islamismo estava, então, implantado; 
!   Maomé faleceu dois anos depois dessa conquista, mas sua 
doutrina foi espalhada por todo o Oriente Médio. 
!   O Alcorão- ou Corão – significa “leitura em voz baixa” 
!   Maomé não ataca outras religiões – diz apenas que sua 
verdade é suprema 
!   Não exigiu templos. Cada quadrilátero de um tapete era 
uma mesquita onde os fiéis podiam fazer suas orações, 
desde que estivessem voltados para Meca. 
7 
!  Após a morte do Profeta, disputas 
in ternas no se io do Is lamismo 
aconteceram para que se identificasse 
quem seria o seu sucessor (político e 
religioso); 
!  Segundo o Alcorão somente os parentes do 
Profeta poderiam substituí-lo, mas a 
tradição dizia o contrário; 
!  Em razão deste fato, duas facções 
surgiram: os sunitas e os xiitas; 
8 
O Direito dos Muçulmanos 
!  Direito eminentemente religioso; 
!   É efetivo em países que se consideram Muçulmanos; 
•  “Numerosos Estados de População Muçulmana continuam a 
afirmar, nas suas leis e muitas vezes nas suas constituições, a 
sua ligação aos princípios do Islã. A submissão do Estado a 
estes princípios é, assim, proclamada pela constituição em 
Marrocos, na Tunísia, na Síria, na Mauritânia, no Irã e no 
Paquistão, no Afeganistão e na República Árabe do 
Yêmen; os Códigos Civis do Egito (1948), da Síria (1949), 
do Iraque (1951) convidam os juízes a preencher as lacunas 
da lei seguindo os princípios do direito muçulmano; a 
Constituição do Irã e as Leis da Indonésia prevêem os 
princípios do direito muçulmano”. (DAVID, 1996, apud 
CASTRO, 2008) 
9 
!   É na puberdade que a criança é preparada para 
obedecer às leis islâmicas, pois é nesta idade que se 
presume que o jovem passe a ter a exata noção de 
seus atos; 
!   FONTES DO DIREITO: 
!   O Alcorão (o livro sagrado); 
!   A Suna (tradição relativa ao Profeta, sua vida e suas 
decisões); 
!   O Idjmâ (acordo unânime da comunidade – doutores da lei 
- sábios); 
•  Segundo Maomé: ‘A minha comunidade nunca chegará a 
acordo sobre um erro’; 
•  É a interpretação infalível e definitiva do Alcorão e da Suna; 
!   O Qiyâs (raciocínio por analogia); 
10 
O Alcorão 
!  Livro sagrado: Maomé recebeu as palavras de 
Alah, do Anjo Gabriel; 
!  Não é dele a redação do Alcorão, e sim de 
seus sucessores, que, compilaram os mais 
diversos registros; 
!  É um documento final. “Perfeito”; 
!  Prega que a Sociedade Muçulmana é 
igualitária - Não há classe sacerdotal; quem 
dirige o culto na mesquita é uma pessoa com 
grande conhecimento da doutrina; 
11 
O Alcorão 
!   Estabelece recompensa aos que cumprem a Lei: 
!   “Anuncia aos que crêem e praticam o bem que deles será o Paraíso 
onde correm os rios; cada vez que lhe provarem os frutos, exclamarão: 
‘São iguais aos que comíamos na terra’. Lá terão esposas puras, e lá 
permanecerão para todo o sempre.” 
!   O inferno: É pintado pelo Corão como um lugar de chamas, onde os 
condenados não podem beber senão água quente e nauseabunda, e 
só tem para comer uma planta execrável, que não lhes mata a fome. 
!   O paraíso: Situa-se no alto de uma montanha, onde tudo é ameno e 
em nada lembra o vale ardente onde o jovem Maomé passou os 
primeiros anos. No paraíso, os eleitos bebem água fresca ou vinho e os 
homens tem companheiras de sua mesma idade. 
!   O Alcorão garante um lugar no paraíso a todo crente que morre 
combatendo os infiéis, isto é, os inimigos do Islã (pátria, família e 
religião) 
!   Aplicação da Lei de Talião; 
12 
O Alcorão 
!  Proibição de usurpação e suborno; 
!  Bebidas e jogos (só o supérfluo); 
!  Alimentos proibidos (caso de extrema 
necessidade); 
!  A peregrinação – é o perdão e possibilidade de 
remir os pecados – todo o muçulmano livre e 
com recursos necessários à viagem, sem 
prejuízo de sua família, tem a obrigação de 
efetuar a peregrinação. Pode ser feita por 
mulheres, desde que, acompanhadas; 
13 
O Alcorão 
!  O casamento é regra na sociedade, havendo, 
inclusive, o entendimento que o homem, e a 
mulher, só atingem o seu apogeu após terem 
filhos; 
!   O casamento em si é efetuado em dois tempos: 
primeiro se assina um contrato entre o marido e o 
representante legal da futura esposa; depois é 
necessário o consenso daquela, bastando, para 
tanto, o seu silêncio. 
!   No contrato são especificadas questões materiais 
(dote); 
!   Uma vez assinado o contrato, reputam-se casados e 
a ruptura do ajuste equipara-se ao divórcio; 
14 
O Alcorão 
!   O casamento só se completa com a “consumação da união”. Os 
noivos se afastam, e, posteriormente, o lençol com o sangue 
derivado do defloramento é exibido aos convidados, com toda a 
pompa e circunstância. 
!   O casamento deve ocorrer entre muçulmanos: 
•  “Não desposeis as idólatras até que se convertam: uma escrava 
crente é preferível a uma idólatra, mesmo que vos agrade. E não deis 
vossas filhas em casamento a idólatras até que se convertam: um 
escravo crente é preferível a um idólatra, mesmo que vos agrade”. 
•  Hipóteses de proibições do casamento (ler livro); 
•  É permitido o casamento de adúlteros, mas não entre adúlteros e 
não-adúlteros; 
!   A poligamia é permitida, atualmente, até o número de 4 esposas, 
devendo, todas, serem tratadas de forma igualitária. 
•  É preferível o casamento à hipocrisia; 
•  Não podendo o muçulmano se casar com mais de uma mulher, nada 
impede que este se “utilize”de suas escravas; 
15 
Testamento 
!  A herança divide-se em duas partes: 
!  A que se divide entre os herdeiros; 
• “Filhas recebem menos que filhos; mães menos 
que pais e irmãos mais que a mãe do defunto.” 
!  A que pode ser disposta em testamento; 
16 
Penas: 
!  Para o homicídio é possível a aplicação da 
pena de Talião, mas, há a previsão do perdão, 
e quando este ocorre, um parente da vítima 
deve ser indenizado; 
!   “Ó vós que credes, a pena de talião é prescrita 
contra quem infligir a morte: homem livre por 
homem livre, escravo por escravo, mulher por 
mulher. E aquele que for perdoado pelo irmão da 
vítima deve comportar-se honradamente e 
indenizá-lo no maior espírito. É um alívio e uma 
misericórdia a vós proporcionados pelo vosso 
Senho r. Quem depo i s de ag red i r se rá 
rigorosamente castigado.” 
17 
Penas: 
!  Apedrejamento (lapidação) para os 
adúlteros; 
!  Homossexuais devem ser mortos; 
!  Bebidas alcoólicas, danças e escolas 
mistas devem ser proibidas; 
!  Os juros são proibidos, os empréstimos 
não; 
18 
Mulheres: 
!   Possuem condição social inferior à do homem; 
!   O objetivo da vida da muçulmana é o casamento – todo o resto 
é supérfluo; 
!   Devem andar com o corpo coberto; 
!   Não devem possuir identidade civi l (observar com 
temperamentos); 
!   O divórcio é uma prerrogativa masculina, salvo se no contrato 
houver previsão e se aceito pela comunidade. 
!   Em caso de divórcio ou viuvez, a mulher deve guardar um prazo 
para que tenha a certeza de não estar grávida; (3 menstruações); 
!   Recebe a integralidade do seu dote (para fins de sustento); 
!   Não têm direito algum sobre os filhos; 
!   Ficam com ela, após o divórcio, até 7 anos, quando deverão ser 
devolvidos ao pai; 
19 
Aborto: 
!  “No caso do aborto, que é estritamente 
proibido a partir do momento em que o feto é 
um ser v ivo ( todo o in fant i c í c io é 
normalmente proibido), coloca-se a questão 
de saber quando ocorre a animação. Como a 
maioria dos sábios muçulmanos opinam pela 
animação a aprtir de 120 dias, muitos 
doutores da lei permitem o aborto durante os 
três primeiros meses da gravidez, proibindo-
o, por prudência, a partir do quarto 
mês.” (JOMIER, apud, CASTRO, 2008)

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