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50 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000
ARTIGO
DE REVISÃO
Cinética de lactato em diferentes intensidades
de exercícios e concentrações de oxigênio
Magnus Benetti, Renato Targino dos Santos e Tales de Carvalho
Laboratório de Fisiologia do Exercício – CEFID/UDESC, Clínica Cardiosport, Florianópolis, SC
Endereço para correspondência:
Magnus Benetti
Rua Crispin Mira, 458 – Centro
88020-540 – Florianópolis, SC
Tel./fax 48 223-0077
E-mail magnus@ativanet.com.br
ABSTRACT
Lactate kinetics in different exercise intensities and oxy-
gen concentrations
This review aimed at examining the physiological mech-
anisms possibly responsible for the increase of muscle-plas-
matic lactate. The increment of lactate concentration in
the blood is known to be related to the increase of glycolyt-
ic activity. However, there is a possibility of rise in the lac-
tate concentration even in predominantly aerobic condi-
tions, pathological conditions like chronic obstructive pul-
monary disease (COPD), congestive heart failure (CHF),
among others, and in extreme environmental conditions,
like acute exposure to great altitudes. Some studies con-
ducted in the 60’s and 70’s related plasmatic lactate in-
crease to respiratory alterations during intense physical
activity, and developed the non-invasive method of deter-
mining the anaerobic threshold, called ventilatory thresh-
old. Other reports in the 70’s and 80’s correlated the in-
crease and accumulation of plasmatic lactate, with fixed
blood concentrations (2 Mm and 4 Mm) or from different
values of lactate. The procedure to determine the anaero-
bic threshold from fixed values is invasive called lactate
threshold. Since then, the discussion was to find out which
of the methods presents greater reliability, reproducibility,
applicability and economy. This review also considered
which of them would be metabolically responsible for the
increase of the blood and muscle concentrations of lac-
tate, lactate kinetics in different concentrations of oxygen
and intensity of physical effort.
Key words: Lactate. Anaerobic threshold. Intense physical activ-
ity. Accumulation of lactate. Aerobic metabolism and
anaerobic metabolism.
INTRODUÇÃO
A capacidade de realizar exercício submáximo por um
prolongado espaço de tempo está diretamente relacionada
com a capacidade máxima de consumir oxigênio (VO2
máx.), sendo este um índice do metabolismo oxidativo1.
RESUMO
Este estudo de revisão objetivou discutir os possíveis
mecanismos fisiológicos responsáveis pelo aumento de lac-
tato músculo-plasmático. Sabe-se que o incremento na con-
centração sanguínea de lactato relaciona-se com aumento
da atividade glicolítica; entretanto, existe a possibilidade
de elevação na concentração de lactato mesmo em condi-
ções predominantemente aeróbias, condições patológicas
como doença pulmonar obstrutivo crônica (DPOC), insufi-
ciência cardíaca congestiva (ICC), entre outras, ou em con-
dições ambientais extremas, como exposição aguda a gran-
des altitudes. Alguns estudos realizados nas décadas de 60
e 70 relacionavam aumento de lactato plasmático com al-
terações respiratórias durante atividade física intensa; na
mesma época foi desenvolvido o método de determinação
não invasiva do limiar anaeróbio, que através desta meto-
dologia é chamado de limiar ventilatório. Outros relatos
das décadas de 70 e 80 correlacionavam o aumento e acú-
mulo de lactato plasmático com concentrações sanguíneas
fixas deste metabólito (2Mm e 4Mm) ou a partir de dife-
rentes valores de lactacidemia. O procedimento que deter-
mina o limiar anaeróbio a partir de valores fixos, é invasi-
vo e denominado de limiar de lactato. Desde então, discu-
te-se qual das metodologias apresenta maior confiabilida-
de, reprodutibilidade, aplicabilidade e melhor relação cus-
to/benefício. Discutiu-se também, neste artigo de revisão,
quais seriam os responsáveis metabólicos, pelo aumento
das concentrações sanguíneas e musculares de lactato, a
cinética do lactato em diferentes concentrações de oxigê-
nio e intensidade de esforço físico.
Palavras-chave: Lactato. Limiar anaeróbio. Atividade física inten-
sa. Acúmulo de lactato. Metabolismo aeróbio e
metabolismo anaeróbio.
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000 51
Por se utilizar de outros substratos energéticos, além da
glicose na geração de ATP, o metabolismo oxidativo é utili-
zado preferencialmente para fornecer energia de forma sa-
tisfatória durante longos períodos de esforço físico.
Muitos autores têm estudado as limitações do metabo-
lismo oxidativo, mas ainda existem vários pontos confli-
tantes, especialmente com respeito às causas do aumento
nas concentrações plasmáticas de lactato ocorrido a partir
de determinada intensidade de esforço físico. Essa discus-
são acabou gerando duas escolas de pensamento: os que
defendiam a idéia originalmente proposta por Margaria et
al.2, de que a formação do lactato ocorreria devido à limi-
tação na capacidade oxidativa muscular, ou por dificulda-
de de difusão através das membranas dos capilares e das
células; e alguns pesquisadores como Brooks et al. e
Brooks3,4, que defendiam a hipótese da limitação central,
relacionada à incapacidade de captação e transporte de
oxigênio e apropriados débito cardíaco e desvio de fluxo
sanguíneo pelo sistema cardiopulmonar. Entretanto, esse
tipo de limitação parece não ocorrer, a não ser casos pato-
lógicos como: doença pulmonar obstrutiva crônica, ane-
mia, insuficiência cardíaca congestiva, entre outras; ou em
condições ambientais extremas, como exposição aguda a
grandes altitudes3,4.
A utilização do oxigênio pela musculatura esquelética é
o passo final de série de reações metabólicas. A limitação
periférica pode aparecer por diferentes aspectos; quantida-
de e tamanho insuficiente de mitocôndrias, número e nível
de atividade reduzidos das enzimas oxidativas ou na defi-
ciência de quaisquer dos intermediários metabólicos, já que
se algum dos passos da via metabólica for inibido, todos
os passos posteriores também o serão.
O lactato é produzido no citoplasma a partir do piruvato,
e a transformação a lactato é apenas uma das possibilida-
des metabólicas a partir do piruvato. O piruvato se encon-
tra no meio de diversas reações metabólicas, tanto cito-
plasmáticas, como mitocondriais e, sendo assim, várias en-
zimas atuam sobre ele. O complexo piruvato-desidrogena-
se (PDH) o converte à acetilcoenzima A, que será conden-
sado com o oxaloacetato, gerando citrato no ciclo de krebs.
A piruvato-carboxilase (PC-E.C. 6.4.1.1) o converte a oxalo-
acetato, intermediário do ciclo de krebs. A alanina-amino-
transferase (AAT-E.C. 2.6.1.2) o converte a alanina e a lacta-
to-desidrogenase (LDH-E.C. 1.1.1.27) o converte a lactato,
ambos substratos gliconeogênicos.
No citoplasma, a enzima com menor km para o piruvato
é a LDH. A reação catalisada por essa enzima se encontra
próxima do equilíbrio, ou seja, tende a manter as mesmas
concentrações de piruvato e lactato. Sendo assim, o au-
mento da concentração citoplasmática de lactato ocorre
proporcionalmente ao aumento da concentração citoplas-
mática de piruvato. O transporte de piruvato para dentro
da membrana mitocondrial é ativo e depende de um trans-
portador de membrana. O km deste transporte (0,15mM) e
a energia de ativação (27kcal/mol) estão dentro da faixa
dos transportes mitocondriais, mas a velocidade máxima
(42nmol/min por mg de proteína a 37C) está muito abai-
xo5.
Esses números demonstram que o transporte de piruvato
para dentro da mitocôndria é lento e apresenta custo ener-
gético; portanto, sugerem que, em determinadas intensida-
des de exercício, a velocidade de produção de piruvato ex-
cede a capacidade do sistema de transporte mitocondrial,
tornando o piruvato mais concentrado no citoplasma, au-
mentando a formação de lactato, que ocorrerá independente
daoferta de oxigênio.
REVISÃO DE LITERATURA
Já em 1910, estudos relataram a ocorrência de aumento
de lactato plasmático durante atividade física intensa e, em
1924, esse aumento foi pela primeira vez relacionado à
participação do componente anaeróbio no processo meta-
bólico6,7. Em 1933, Margaria et al.2 propuseram que esse
aumento do lactato era desencadeado por um déficit no
suprimento de oxigênio para a célula muscular. A partir
desses primeiros estudos, começou a se consolidar a teoria
do “Déficit de O2”.
Em 1964, Wasserman8 e seus companheiros relaciona-
ram o aumento do lactato plasmático com as alterações res-
piratórias que ocorriam durante a atividade física intensa.
Com esse estudo, realizado em pacientes cardiopatas, Was-
serman et al. (1964)8 elaboraram o método de determina-
ção do limiar anaeróbio de forma não invasiva, através do
quociente respiratório (RER).
 O termo “Limiar anaeróbio” foi utilizado pela primeira
vez em 19739, conceituado como o nível de trabalho ou de
VO2 acima do qual a acidose metabólica e mudanças respi-
ratórias associadas ocorrem (aumento não linear da venti-
lação pulmonar). Atualmente, podemos encontrar na lite-
ratura diversas definições de limiar anaeróbio (LA). Davis
et al. (1976)10 conceituam o LA como um aumento da pres-
são parcial de oxigênio (PETO2) e da fração expirada de O2
(FEO2), sem correspondente aumento da pressão parcial de
dióxido de carbono (PETCO2). Wasserman et al. (1973)11 e
Hoolman (1985)6 relacionaram o LA com o aumento não
linear da produção de gás carbônico (VCO2) e do quocien-
te respiratório (RER). Em 1985, Olbrecht et al.12 definiram
o LA como um aumento não linear do lactato arterial e, em
1986, Mader et al.13 propuseram que o LA ocorreria para
concentrações fixas de lactato de 4mM.
Neste estudo chamaremos, o limiar anaeróbio através das
concentrações plasmáticas de lactato, de limiar de lactato
52 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000
(Llac) e o limiar anaeróbio determinado a partir das variá-
veis ventilatórias de limiar ventilatório (Lvent).
LIMIAR VENTILATÓRIO (Lvent)
A partir dos dados do estudo de Wasserman (1964)9, di-
versos autores relataram altos índices de correlação entre o
Llac e o Lvent9,10,14,15. Esses autores argumentam que essa
correlação existe devido a um estado de hipoxia pela mus-
culatura esquelética, a partir de uma determinada intensi-
dade de esforço físico submáximo, causando aumento da
produção de lactato e conseqüentemente concentrações
maiores, tanto na musculatura esquelética, como no plas-
ma. O aumento das concentrações de lactato seria respon-
sável pela queda do pH e íons H+ e pelo aumento do tam-
ponamento pelo bicarbonato de sódio, cujos produtos fi-
nais são água e CO2. Dessa forma existiria relação de cau-
sa e efeito entre o aumento do lactato plasmático e as alte-
rações respiratórias.
Entretanto, muitos pontos dessa teoria têm sido contes-
tados por diversos estudos mais recentes. A hipoxia teci-
dual, base da teoria do déficit de O2, nunca foi comprova-
da, mas, ao contrário, existem diversas evidências de que
ela não ocorra4. Em 1980, Adams e Welch16 não encontra-
ram diferença significativa entre o VO2 de indivíduos se
exercitando em condições de hipoxia e hiperoxia. As con-
centrações plasmáticas de lactato também não foram sig-
nificativamente diferentes entre os dois grupos. O equilí-
brio ácido-base, por outro lado, foi significativamente di-
ferente, sugerindo ser o pH, mais elevado durante a hipe-
roxia, o responsável pelo aumento da performance nesses
indivíduos.
Os achados de Adams e Welch (1980)16 foram confirma-
dos por Welch et al. (1981)17, que não notaram aumento de
VO2 em condições de hiperoxia. Connett et al. (1984)18
encontraram valores mínimos de pressão de O2(PO2) de
2,3 a 9,8Torr em exercícios com intensidade variando de
10% a 100% do VO2 máx, sendo considerados críticos os
valores abaixo de de 0,5Torr19. Na hipoxia induzida, esses
autores encontraram valores de lactato três vezes acima dos
preditos a partir de regressão linear para condições nor-
mais, com a mesma carga de exercício. Em 1972, Pirnay20
mediu a PO2 da veia femoral profunda durante exercício
submáximo e encontrou valores mínimos de 10Torr.
Brooks et al. (1992)3 encontraram diferenças nas con-
centrações plasmáticas de lactato e nas taxas de utilização
de glicose durante a exposição aguda a grandes altitudes,
porém nenhuma diferença significativa foi encontrada no
VO2, nas duas situações.
Outro ponto vulnerável desta teoria é de que muitos es-
tudos têm encontrado diferenças significativas entre o mo-
mento de ocorrência de Llac e do Lvent. Nos estudos de
Green et al. (1983)21 o Llac, determinado a partir de um
aumento não linear das concentrações plasmáticas de lac-
tato, ocorreu significativamente antes do Lvent, com uma
diferença de carga de aproximadamente 48%. Anderson e
Rhodes (1991)22 também relataram a ocorrência dos dois
limiares em momentos significativamente diferentes. Hu-
ghson e Green (1982)23 realizaram dois testes de exercício
com incremento de carga, em bicicleta: um com aumento
rápido de carga (65w/min) e outro com incremento lento
(8,2w/min). O Lvent não diferiu significativamente entre
os dois testes; entretanto, o Llac foi significativamente mais
alto no protocolo de incremento rápido. Heigenhauser et
al. (1983)24 relataram que indivíduos com os estoques de
glicogênio depletados antes da realização de um teste má-
ximo têm menor oxidação de carboidratos durante o teste,
menor RER, menor VCO2 e maior pH. Essas alterações de-
veriam resultar em menor ventilação pulmonar; entretan-
to, o que acontece é um aumento significativo do VO2 e da
ventilação pulmonar.
Brooks (1985)4 relata um diferente efeito do treinamen-
to físico sobre os dois limiares. O treinamento físico pro-
move grande incremento no VO2, pequeno aumento do Llac
e não altera o Lvent.
Davis (1985)25 chama a atenção para um limitação das
medidas ventilatórias para estimar o Llac, já que estas são
influenciadas por fatores que não alteram as concentrações
de lactato, como: ansiedade, dor, hipoxemia e hiperventi-
lação voluntária.
Cecca et al. (1986)26 realizaram dois protocolos de exer-
cício máximo, um iniciando a atividade com níveis nor-
mais de lactato e o outro iniciando com níveis plasmáticos
de lactato aumentado (média de 9,8 + 1,8mM/l). Não foi
encontrada diferença significativa nas respostas ventilató-
rias entre os dois grupos.
Outros relatos bastante conclusivos são os estudos reali-
zados com indivíduos portadores da síndrome de Mcardle,
deficiência da fosforilase muscular que determina um não
aumento dos níveis plasmáticos de lactato durante a ativi-
dade física. Esses indivíduos tiveram as mesmas alterações
respiratórias que os indivíduos normais, sugerindo uma
diferente causa para essas alterações, que não o incremen-
to do lactato plasmático27,28. Os dados acima são forte evi-
dência da não ocorrência da hipoxia tecidual. Uma hipóte-
se mais razoável seria, portanto, a proposta por Green e
Patla (1992)29 de que a limitação seja periférica, ocorrendo
devido a baixa atividade máxima das enzimas limitantes.
LIMIAR DE LACTATO
Segundo Brooks (1985)4, não há justificativa para se uti-
lizar o Lvent em lugar do Llac, já que este método é mais
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000 53
barato, menos incômodo, bem reproduzível, rápido e fun-
damentalmente mais fidedigno. Porém, existem também
alguns pontos conflitantes com respeito ao Llac. O primei-
ro deles é sobre utilização, ou não, de uma concentração
fixa de lactato para determinação do limiar anaeróbio.
Após os primeiros estudos que relataram aumento do
lactato plasmático durante a atividade física intensa, foi
proposto, em 1976, por Mader et al. (in 30), que o Llac ocor-
ria, para todos os indivíduos, próximo de uma concentra-
ção de lactatoplasmático de 4mM. Essa concentração fixa
passou a ser chamada de início do acúmulo de lactato no
sangue (OBLA – Onset of Blood Lactate Accumulation).
Vários autores utilizam esse conceito31-34.
Outra linha de interpretação de limiar anaeróbio surgiu
posteriormente defendendo a hipótese do Llac individual.
Green et al. (1983)21 encontraram valores médios de Llac
de 2,56Mm para homens e de 1,62Mm para mulheres, va-
lores significativamente diferentes de 4mM. Devido a es-
sas observações, Olbrecht (1985)12 propôs a determinação
do limiar de lactato a partir do ponto em que este começa a
aumentar não linearmente no plasma.
Existem também estudos que contradizem o Llac. Chir-
tel et al. (1984)35 relatam um aumento linear do lactato plas-
mático, não sugerindo ponto de quebra nessa curva. Yeh et
al. (1983)36 também relataram aumento do lactato plasmá-
tico de forma linear.
Alguns estudos compararam ainda as medidas de lacta-
to arterial e venoso. Yeh et al. (1983)36 e Robergs et al.
(1990)37 relataram que o aumento de lactato arterial é maior
que o venoso. Esses estudos indicam que é preferível a
utilização do lactato arterial, no lugar do lactato venoso,
pois esta não é uma informação do organismo como um
todo, sendo influenciado pela captação de lactato do teci-
do próximo ao local da coleta.
Muitos estudos foram realizados com intuito de demons-
trar uma relação entre o Lvent e o Llac e a performance,
tanto em indivíduos normais, como em atletas e em casos
patológicos8,12,33,34,38,39.
Farrel et al. (1979)38 mostraram que o treinamento físico
modifica a resistência do organismo ao aumento das con-
centrações plasmáticas de lactato, já que maratonistas cor-
reram uma prova de rua 3 a 7m/min mais rápido que a ve-
locidade na qual ocorria o Llac em teste de esteira.
METABOLISMO DO LACTATO
DURANTE O EXERCÍCIO
A idéia proposta originalmente, pela teoria do limiar
anaeróbio, era de que a quantidade de lactato produzida
durante a atividade física intensa seria reconvertida a gli-
cogênio durante o período de recuperação, sendo esta a
causa do VO2 aumentado no período de recuperação. Se-
gal e Brooks (1979)40 relataram que o VO2 da recuperação
não era influenciado pela quantidade de lactato plasmático
durante a atividade física, nem pelos níveis de glicogênio
muscular, apenas pela carga de exercício. Bertram et al.
(1967)41 relataram que a quantidade de O2 necessária para
metabolizar o lactato plasmático durante a recuperação
correspondia a apenas 25% do VO2 que permanecia nesse
período, acima dos níveis de repouso. Gaesser e Brooks
(1984)42 sugeriram que esse VO2 elevado poderia estar re-
lacionado com fatores que, direta ou indiretamente, esti-
vessem ligados com o consumo de O2 pela mitocôndria,
como: catecolaminas elevadas, tiroxina, glicocorticóides,
ácidos graxos, íons cálcio e temperatura, sendo a tempera-
tura, provavelmente, o mais importante. Brooks e Gaesser
(1980)43 relataram uma não correspondência temporal en-
tre o desaparecimento do lactato plasmático e o VO2 au-
mentado; e uma forte correlação entre o VO2 e a tempera-
tura aumentados durante a fase de recuperação.
Estudos sugerem que o metabolismo de lactato é bem
mais dinâmico do que a teoria inicial supunha. Em primei-
ro lugar, é importante ressaltar que as concentrações plas-
máticas de lactato são fruto do turnover de lactato, ou seja,
da entrada menos a captação pelos tecidos. Dessa forma, a
quantidade de lactato plasmático ao final do exercício é
muitas vezes menor que a quantidade de lactato total pro-
duzida durante o exercício.
Estudos realizados com lactato marcado demonstram que
o lactato produzido é rapidamente removido do sangue,
mas a concentração permanece constante, o que indica uma
liberação contínua44. Além disso, o nível de produção pa-
rece não se modificar de indivíduos não treinados para trei-
nados. O treinamento físico parece aumentar a captação e
não alterar a produção44.
Um outro estudo realizado por Issekutz et al. (1976)45
mostra que a via preferencial para o lactato, tanto em re-
pouso, como no exercício, é a oxidação. Entretanto, a taxa
de oxidação se altera muito pouco do repouso para o exer-
cício (50% no repouso e 55% no exercício), enquanto a
taxa de transformação de lactato à glicose no fígado au-
menta de 18% para 25%, do repouso para o exercício (neo-
glicogênese). A taxa de desaparecimento metabólico para
o lactato aumenta de três a quatro vezes para qualquer con-
centração plasmática de lactato durante o exercício, o su-
gere que a produção de lactato é um fator decisivo na dis-
ponibilidade do lactato como substrato energético para o
músculo esquelético, miocárdio e neoglicogênese.
Estudos com glicose marcada46 sugerem que o indiví-
duo treinado apresenta a capacidade de neoglicogênese duas
vezes maior que o não treinado. Durante o exercício inten-
so o indivíduo treinado utiliza mais glicose plasmática e
54 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000
menos glicogênio muscular que o indivíduo não treinado,
como substrato energético, sendo 40% do turnover de gli-
cose no plasma produto da neoglicogênese. Esse dados
sugerem que o lactato é de grande importância para o me-
tabolismo de carboidratos durante a atividade física e que
a concentração de lactato plasmático é menor para qual-
quer intensidade de exercício para o indivíduo treinado,
quando comparado ao não treinado, e que a oxidação de
lactato no exercício intenso é menor no indivíduo treinado
quando comparado ao não treinado, sugerindo aumento da
atividade neoglicogênica.
Turcotte et al. (1990)47 relatam que a importância da neo-
glicogênese aumenta conforme aumenta a intensidade do
exercício. A inibição da neoglicogênese em ratos causa di-
minuição do metabolismo de glicose em repouso e exercí-
cio causa maior depleção de glicogênio, hipoglicemia pre-
coce, hiperlactacidemia precoce e fadiga precoce durante
a atividade motora.
Outro estudo realizado por Brooks e Gaesser (1980)43
também conclui que a oxidação é a via preferencial para o
lactato, tanto em repouso, como durante o exercício, e no
período de recuperação. Em um estudo desenvolvido em
1990, com lactato marcado, Roth e Brooks (1990)48 relata-
ram ser o músculo esquelético o principal produtor e con-
sumidor básico de lactato.
BIOQUÍMICA DO METABOLISMO DE LACTATO
O piruvato se encontra no principal ponto de cruzamen-
to das reações catabólicas e anabólicas envolvidas no me-
tabolismo de carboidratos, aminoácidos e lipídeos nos te-
cidos de mamíferos49. As principais enzimas envolvidas em
seu metabolismo são: a LDH (E.C. 1.1.1.27), citoplasmática e
com Km para o piruvato de 50-200uM; a AAT (E.C. 2.6.1.2),
citoplasmática e mitocondrial (ação não significativa) e cujo
Km para o piruvato é de 30-90uM; o complexo PDH é mi-
tocondrial, com Km para piruvato de 25uM; e a PC (E.C.
6.4.1.1), que também é mitocondrial com Km para piruvato
de 100uM. As enzimas LDH e AAT catalisam passos rever-
síveis, cuja ocorrência depende das condições metabóli-
cas, e as demais enzimas catalisam etapas essencialmente
irreversíveis e que, portanto, são pontos de regulação do
metabolismo.
Os sistemas de transporte envolvidos nessas etapas são:
o transporte de piruvato (Km de 2.000uM) e de lactato (Km
de 10.000uM) para fora da célula e o transporte de piruva-
to para dentro da mitocôndria (Km de 150uM). O trans-
porte mitocondrial de piruvato depende de um carreador
específico, cujo Km para o piruvato é de 0,2 a 0,6uM.
As concentrações fisiológicas de piruvato variam de 25
a 200uM; todos os Km se encontram nesta faixa, menos os
de transporte da membrana. Todos os Km citados são para
pH fisiológico (7,0 a 7,5), sem levar em consideração os
efeitos de competição inibitória22. É importante ressaltar
que a atividade da AAT é limitada grandemente pela quan-
tidade disponível de aminoácidos ramificados.
A atividade detodas essas enzimas pode sofrer influên-
cia favorável ou desfavorável de diversos fatores. A LDH
que regula a formação de lactato existe sob a forma de qua-
tro isoenzimas, cujas subunidades são de dois tipos dife-
rentes, H e M. Essas subunidades aparecem em diferentes
proporções nas quatro isoenzimas. Quanto maior a propor-
ção de M, maior a atuação da enzima para formação de
lactato; quanto maior a proporção de H, maior a atuação
da enzima para reconversão de lactato a piruvato. O mús-
culo esquelético apresenta predominantemente o tipo M,
porém contém também o tipo H. O tipo H é altamente ini-
bido pelo acúmulo de piruvato. Dessa forma, notamos que,
no músculo, a formação de lactato é grandemente favore-
cida.
A LDH M é estimulada pelo acúmulo de piruvato no cito-
plasma, que por sua vez, é determinado pela taxa de pro-
dução de piruvato, menos a taxa de oxidação deste subs-
trato. A taxa de oxidação de piruvato depende da disponi-
bilidade de mitocôndrias, enzimas oxidativas e de um trans-
porte eficiente do piruvato para o interior da mitocôndria,
como também da disponibilidade de ácidos graxos livres
(AGL), cuja presença inibe a oxidação de piruvato50.
O transporte de lactato para fora da célula tem um Km
que nunca seria alcançado pelas concentrações fisiológi-
cas de lactato; entretanto, diversos fatores podem alterar
esse Km (Km de 40 + 4,6 Um e Vmáx de 139,4 + 4,8nmol/
mg/min). A elevação da temperatura aumenta o transporte
em 145% para uma concentração de 1Mm e em 210% para
uma concentração de 5Mm51. O transporte de lactato tam-
bém é influenciado pelo pH. Quanto maior o gradiente de
pH, maior a velocidade de transporte. O lactato vai sempre
do pH maior para o menor, ou seja, uma alcalose muscular
dificulta a liberação de lactato para o plasma, enquanto a
acidose facilita a liberação deste metabólito51.
O transporte de piruvato para dentro da mitocôndria tam-
bém é influenciado pelo gradiente de pH. Esse transporte
tem um Km de 0,15 + 0,02Mm, uma energia de ativação
de 27Kcal/mol e uma Vmáx de 42nmol/min por grama de
proteína a 37C. Esse transporte é inibido por substâncias
específicas, sugerindo a existência de um carreador espe-
cífico. A inibição desse transporte ocasiona uma diminui-
ção da captação de oxigênio pelo músculo51.
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