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DIREITO CIVIL 1 - RESUMO DOS BENS

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DIREITO CIVIL - DOS BENS
Os bens são definidos como coisas ou objetos que possuem utilidade e servem para atender uma necessidade humana. Eles podem ser trocados/vendidos numa relação jurídica por causa de seu valor econômico ou pelo interesse que desperta. Eles são classificados dentro do Código Civil dentro do livro  'Dos Bens'.
Além de ser apresentado no Código Civil, os bens são objetos de estudo importantes para as suas diferentes classificações, pois não se pode aplicar uma mesma regra a todos os bens, mas cada divisão possui uma lei específica.
O Código Civil classifica os bens como 'Bens Considerados em Si Mesmos', que por sua vez, dividem-se em:
Bens Considerados em Si Mesmos
BENS MÓVEIS
Os bens móveis são aqueles que podem ser deslocados, sem prejuízos em sua estrutura. Eles podem ser adquiridos por herança, comprados. Ex.: livros, eletrodomésticos, celular, etc. Podem ser classificados em:
Bens móveis por natureza – são bens que podem ser transportados naturalmente ou por uma pessoa. Ex.: animais, materiais que ainda não foram utilizados para construção ou os materiais provenientes da demolição de algum prédio.
Bens móveis por determinação legal – móveis com fins legais, como as energias com valor econômico, direitos pessoais patrimoniais e suas ações, direitos reais sobre os objetos móveis e suas ações. Ex.: o direito autoral sobre um objeto móvel, ou seja, toda a produção intelectual, como patentes, desenho industrial, obras artísticas, etc.
Bens por antecipação – aqueles incorporados ao solo, mas com objetivo de transformá-los em móveis, como por exemplo, as árvores cortadas para a produção de um determinado produto.
BENS IMÓVEIS
Os bens imóveis são aqueles que não podem ser deslocados, sem que haja danos em sua estrutura. Eles precisam ter uma escritura e registro em cartório. Ex.: Apartamento, casa, etc. Os bens imóveis podem ser divididos em:
Bens imóveis por natureza – o solo, a superfície com todos os seus elementos, como as árvores; Imóveis por acessão física industrial ou artificial – são aquelas adquiridas por meio do trabalho humano e incorporadas ao solo. Ex.: plantações, construções, etc.
Bens imóveis por acessão intelectual – são aqueles que se mantêm imóveis pela vontade do proprietário. Ex.: objetos de decoração, máquinas, etc.
Bens imóveis por determinação legal – são direito que não podem ser móveis ou imóveis, mas para fins de segurança jurídica o legislador considera imóvel. Ex.: penhor agrícola, apólices da dívida pública, etc.
Bens Fungíveis
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser trocados por outros semelhantes, conforme a qualidade e a quantidade. Ex.: dinheiro, roupa, gado, etc.
Bens Infungíveis
Os bens infungíveis não podem ser trocados, pois são únicos. Ex.: uma escultura, um quadro famoso, etc.
É importante destacar que um bem fungível poderá rapidamente se tornar infungível em determinada situação. Por exemplo, como foi dito, o dinheiro é um bem fungível, mas se o indivíduo for um colecionador ele se tornará infungível, pois esse indivíduo irá considerá-lo único.
Bens Consumíveis
Os bens consumíveis são aqueles são rapidamente eliminados ou consumidos. Ex.: alimentos, bebidas, etc.
Bens Inconsumíveis
Os bens inconsumíveis são aqueles que podem ser usados por um longo período, pois não se destroem rapidamente. Ex.: cds, roupas, etc.
Bens Divisíveis
Os bens divisíveis são aqueles que podem ser repartidos, sendo que após essa fragmentação será possível, apenas ter a parte econômica do todo. Ex.: terreno, barra de ouro, etc.
Bens Indivisíveis
Os bens indivisíveis são aqueles que não podem ser repartidos, caso contrário, o bem perderá o seu valor econômico. Ex.: animal, navio (deverá ser hipotecado), relógio, etc.
Bens Singulares
São bens, mesmo reunido, são considerados individuais e independentes. Ex.: um boi, um carro, mesmo fazendo parte de outra coisa maior (boiada, concessionária), pode ser vendido separadamente.
Bens Coletivos
São bens considerados universais de fato (rebanho) ou de direito (patrimônio). Outro exemplo é uma biblioteca, que não estaria seria uma se estivesse apenas um livro.
Bens Reciprocamente Considerados
Bens Principais
São bens que são independentes de outros. Ex.: um terreno.
Bens Acessórios
São aqueles que dependem do principal para existir. Ex.: as plantações que precisam de um terreno. Os acessórios, por sua vez, de acordo com o art. 60 do Código Civil, classificam-se em:
Frutos – aqueles produzidos em um período, sendo que se retirados não irão afetar o valor da coisa.
Produtos – aqueles que são extraídos de algo diminuindo a sua quantidade.
Benfeitorias – podem ser necessárias, quando feitas para conservação (obras, pagamento de impostos, etc.); úteis, quando servem para otimizar o uso de algo (adubação); voluptuárias, utilizadas para fins de beleza, como jardins, fontes, etc.
Bens Públicos
Os bens públicos são aqueles que pertencem a órgãos públicos, ou seja, da União, dos Estados e Municípios. São classificados em:
Bem de uso comum – é aberto e é de livre acesso a todas as pessoas. Ex.: praia, ruas, praças, etc.
Bem de uso especial – quando tem um fim específico. Ex.: escolas públicas, quarteis, etc.
Bens dominicais – responsáveis por formar o patrimônio do órgão público. Ex.: terrenos que fazem parte dos órgãos públicos e constituem seu patrimônio.
Bens Particulares
Os bens particulares serão aqueles usufruídos por pessoas ou empresas.

DIREITO CIVIL - DOS FATOS JURÍDICOS
Os fatos jurídicos são ações que surgem quer seja provenientes da atividade humana, quer sejam naturais capazes de criar, transformar, transferir ou eliminar direitos. Eles são tratados dentro do Código Civil, no livro 'Dos Fatos Jurídicos' e para que esses fatos produzam efeito no campo jurídico é necessário que estejam presentes:
O agente capaz;
Objeto lícito, possível, determinável ou indeterminável;
Determinação ou liberação pela lei.
Se não houver esses elementos, o ato não será aceito, mas nulo. Por exemplo, se uma mulher decide cozinhar e utiliza os fósforos para acender o fogão, isso não tem efeito na área jurídica, mas se esta mesma mulher que acendeu o fogão colaborar para a explosão de gás de cozinha, acarretando danos materiais e até morte a terceiros, esse fato terá influência no campo jurídico. Assim, todo ato lícito ou ilícito poderá influenciar dentro do campo jurídico. Ex.: desastres naturais, perda de propriedade, etc.
Os fatos jurídicos são classificados em Naturais e Humanos.
Fatos Naturais (Fatos Jurídicos Strictu Sensu)
Os fatos naturais são acontecimentos provenientes da natureza e não precisam da vontade humana para que sejam manifestados ou mesmo quando o homem colabora indiretamente para a sua ocorrência. Eles podem ser divididos em:
Fatos Naturais Ordinários – quando são esperados, como por exemplo, a morte, o nascimento, etc.;
Fatos Naturais Extraordinários – aqueles que são imprevisíveis, como terremotos, enchentes, raios, etc., que serão considerados apenas se gerarem consequências jurídicas. Ex.: Avião é atingido por um raio e todos os passageiros morrem.
Fatos Humanos (Fatos Jurídicos Latu Sensu)
Os fatos humanos são acontecimentos provenientes das atividades humanas. Estas ações são dependentes ou independentes da vontade humana e podem criar, modificar ou retirar direitos humanos e afetar a esfera jurídica. Elas são classificadas em atos lícitos e atos ilícitos.
Atos Lícitos
São ações realizadas pelo homem que estão em conformidade com as normas jurídicas, produzindo os efeitos desejados pelo agente. Eles podem ser classificados em:
Ato jurídico em sentido estrito – podem ser chamados de atos meramente lícitos e são cometidos pelo homem sem o interesse de influenciar na esfera jurídica, pois estão em conformidade com a lei. Ex.: teste de DNA para reconhecer a paternidade.
Negócio Jurídico – proveniente da relação entre duas ou mais pessoas que ao se reunirem podem ocasionar em efeitos jurídicos. Ex.: um contrato de aluguel.
Ato-fato jurídico– é todo aquele que considera o ato produzido em si e não pela vontade humana, ou seja, o ato terá maior relevância para a área jurídica do que o agente que pode ser um incapaz. Ex.: um menor de idade achar um tesouro. O agente não é importante no primeiro momento, mas sim o ato, apesar de ser menor, este terá uma parte daquilo que foi achado.
Atos Ilícitos
Os atos ilícitos são aqueles atos danosos que um indivíduo causa sobre outra pessoa que vão contra as normas jurídicas, assim, ele é obrigado a reparar os danos através da indenização. Nessa relação devem existir os seguintes elementos:
Agente
Indivíduo responsável por causar o dano. Há casos em que a lei considera vários responsáveis, um exemplo disso é quando os pais respondem pelos atos do filho menor de idade.
Dano
Prejuízo moral ou material sofrido pela vítima. Ex.: os danos morais, são lesões que atingem a personalidade da vítima, em situações de constrangimentos e dores que atinjam a sua moral.
No Brasil, a indenização por dano moral é decidida pelo juiz que analisará o fato.
Nexo Causal
É a relação jurídica entre o fato e o dano, ou seja, é o vínculo existente entre a ação do agente com as consequências por ele ocasionadas.
Dolo
É o desejo ou a intenção de causar danos a outrem.
Culpa
É quando mesmo sem intenção, o agente agir de forma a causar danos por negligência (quando o agente não teve precaução), imperícia (impossibilidade de exercer profissão ou arte) ou imprudência (pratica considerada perigosa pelo agente).
Há casos em que a indenização é cobrada, mesmo que a culpa não seja do agente, como acidentes de avião, desastres nucleares, danos ao consumidor e em casos em que o Estado seja responsável.
Obs.: A indenização só não ocorrerá se a vítima tiver culpa. Se a culpa recair sobre os dois, a indenização será reduzida.
Outro fato também é o descumprimento de contrato. O agente é obrigado a reparar o prejuízo, pois existe um documento que comprova a relação entre os sujeitos. Além disso, poderá ser extracontratual (aquiliana), ou seja, quando na lei civil, o agente deverá indenizar a vítima, já na lei penal, o agente sofre uma pena.
Prescrição
É quando há perda do direito subjetivo acionado em determinado período de tempo, ou seja, é quando um indivíduo perde o direito de reivindicar judicialmente após ter passado o período de tempo (prazo) imposto pela lei. Esse direito poderá ser oficializado pelo juiz.
A prescrição é eliminada pela presunção. A prescrição é renunciável, salvo os casos após sua consumação e ainda poderá ser suspensa, impedida ou interrompida.
Os prazos de prescrição, conforme art. 197 a 198 do Código Civil, não ocorrem quando os sujeitos forem:
Cônjuges, no casamento;
Ascendentes e descendentes, em poder familiar;
Tutor e tutelado, curador e curatelado;
Absolutamente incapazes;
Ausentes do país por prestar serviço público;
Pessoas servindo as forças armadas em guerra.
O prazo pode ser de 10 anos e de 1 a 5 anos em casos especiais, decididos por lei.
Decadência
A decadência é responsável por eliminar completamente o próprio direito, ou seja, não será possível exercer o direito de ação se o prazo tiver esgotado.
O prazo de decadência poderá ser legal quando declarada pelo juiz, sendo este irrenunciável; e convencional, quando for estipulado pelas partes.
Não será possível recorrer a decadência, exceto em casos especiais (art. 26, § 2º – Código de Defesa do Consumidor).

Direito das Coisas
O Direito das Coisas ou Direito Real é responsável por regular as relações entre as pessoas e os seus bens.
Bem é tudo aquilo que surgiu para satisfazer uma necessidade humana ou apenas o interesse econômico de uma pessoa. Assim, durante a história, foi necessária a criação de regras que disciplinassem as relações das coisas.
Para saber mais sobre os bens e suas classificações, leia o artigo “Direito Civil – Dos Bens”.
Direito de Propriedade
Desde a Roma Antiga, o conceito de propriedade tem sido defendido pelos romanos e perdura até os dias atuais. Assim ela pode ser dividida em três poderes:
Usar - quando uma pessoa utiliza o bem;
Fruir - retirar benefícios ou frutos do bem;
Dispor - é o direito de alienar ou destruir o bem.
Ex.: Quando compro um carro, adquiro o poder de usá-lo. Quando utilizo o carro em beneficio da empresa, estou utilizando-o para adquirir outros bens e realizar outras atividades. Quando o carro está velho ou quebrado, dispor dele seria destruí-lo ou vendê-lo.
Quando uma pessoa adquire esses poderes é chamado de proprietário pleno e este tem o direito de recuperá-lo caso esteja sendo utilizado por outra pessoa indevidamente. O direito de propriedade é limitado, isso significa que, apesar da posse, o proprietário não poderá fazer tudo o que quiser com o seu bem.
Limite Físico da Propriedade
Os romanos classificavam o limite da propriedade para cima até o céu e para baixo até o inferno. Eles tinham uma visão individualista e se fosse aplicada essa regra hoje, todo avião que passasse acima da propriedade alheia deveria pagar um aluguel, caso quisesse voar sob território.
Como a lei evoluiu, o limite físico da propriedade foi considerado vertical, ou seja, até o local que permite o interesse do proprietário. Ex.: Se um proprietário constrói uma garagem subterrânea, dependendo da profundidade que atingiu, ali será considerado o seu limite físico. Além desse limite, esse bem não é do proprietário por falta de interesse.
Benfeitorias
As benfeitorias são definidas como aperfeiçoar a 'coisa', ou seja, preservar ou valorizá-la. Essas benfeitorias podem ser classificadas em:
Benfeitorias Necessárias - quando é feita para preservação do bem pelo desgaste que adquiriu com o tempo. Ex.: fazer uma nova pintura da parede da casa.
Benfeitorias Úteis - é quando há um aumento ou ampliação o uso do bem. Ex.: construção de outro quarto dentro da casa.
Benfeitorias Voluptuária - é feita para atender as vontades do titular, sendo de origem supérflua. Ex.: construção de uma fonte ou um jardim para ornamentar a casa.
Modos de Aquisição da Propriedade
A propriedade pode ser adquirida de quatro formas:
Usucapião
É quando o proprietário adquire o bem por longos anos, sem que haja interrupção ou existência de contrato. É o caso do bem imóvel que pode ser conquistado após 15 anos, exceto se for seu local de habitação ou trabalho, reduzindo para dez anos, se o titular tiver 'justo título' (documento que comprove a posse) e 'boa-fé' (desconhece o risco de adquirir algo).
Há também, a usucapião especial, que é aquisição da posse de terra rural inferior a 50 hectares após cinco anos, e que pode ser produtiva para o trabalho ou urbana até 250 metros quadrados.
Já a usucapião de um bem móvel é conquistado após três anos se existir justo título e boa-fé, e cinco anos independente de título e boa-fé.
Esse reconhecimento só é adquirido em uma ação judicial para essa finalidade.
Acessão
É acrescentar algo mais na propriedade. Ela pode acontecer por:
Formação de Ilhas;
Aluvião - formados por depósitos e aterros naturais nas margens de correntes ou desvios destas e fazem parte dos donos de terrenos nessas margens, sem que hajam indenização;
Avulsão - quando uma porção de terra se desloca e se junta a outra;
Abandono de Álveo;
Plantações ou construções.
Transcrição
Para que haja transcrição é necessário que o comprador registre o imóvel, para assim tomar posse do título de transferência da propriedade, caso contrário, ela continuará sendo do vendedor.
Sucessão
A sucessão acontece quando o antigo titular falece, os seus herdeiros adquirem a propriedade.
Perda de Propriedade
A perda de propriedade acontece pelos seguintes critérios:
Renúncia;
Abandono;
Perecimento da Coisa;
Alienação - quando o bem é vendido pelo seu titular. Quando o bem é móvel, essa transferência dar-se-á por meio de tradição (entrega), se o bem é imóvel deve haver um registro do título no Registro Geral de Imóveis (RGI);
Desapropriação - é quando uma instituição pública, por força jurídica, retirade uma particular contra a sua vontade um bem móvel ou imóvel. Deve ser dado um pagamento justo para o antigo proprietário, apesar da obrigação de tomar o bem. Toda desapropriação deve ser feita sob um decreto que definirá a utilidade pública da propriedade a ser retirada.
Direito das Obrigações
ODireito das Obrigações ou Direito Pessoal é formado por um conjunto de normas que regulamentam as relações jurídicas, no que diz respeito ao patrimônio. Ele é um livro especial que faz parte do Código Civil.
Nesse direito há uma relação de troca entre credores e devedores. O credor tem o direito de exigir que seja cumprida a obrigação. Se o devedor, não quiser cumpri-la, o credor poderá procurar o poder judiciário e reivindicar os seus direitos.
Pelo sistema capitalista existente no mundo, esse direito torna-se essencial para resolução de relações obrigacionais definindo suas características, consequências e extinção. Por esse fato foram criadas regras que equilibrassem as relações entre os sujeitos.
Para reforçar, dentro do direito obrigacional deve existir uma relação entre:
Credor → Prestação ← Devedor 
Vínculo Jurídico
Saiba a definição de cada um:
Credor e Devedor (Sujeito Ativo e Passivo) - representado por uma pessoa física ou jurídica na relação obrigacional;
Objeto - a prestação;
Vínculo Jurídico - é a relação entre o credor e o devedor.
Esta relação poderá ser obrigação de dar, obrigação de fazer e obrigação de não fazer.
Classificação das Obrigações
Obrigação de dar
É a obrigação de entregar uma quantia de dinheiro ou algo a alguém ou simplesmente dar. Aqui uma pessoa poderá restituir a dívida que deve. Assim é preciso dar (nos casos em que a prestação é essencial para pagamento da dívida),entregar (nos casos em que a prestação é o usufruto da coisa) ou restituir (quando o devedor devolve algo que recebeu do credor). Essa obrigação poderá ser dividida em:
Obrigação de dar coisa certa - o devedor entrega um bem com características individuais, específico. Ex.: Empréstimo de carro, sendo que a devolução deve ser um mesmo carro, com cor, ano, marca, etc., iguais ao anterior.
Obrigação de dar coisa incerta - o devedor deverá pagar um bem que não, necessariamente, precisa ser semelhante, mas com mesma quantidade e gênero. Ex.: No empréstimo do carro deverá devolver um com o mesmo valor, não importando as outras características.
Obrigação de fazer
É quando uma pessoa se compromete a pagar uma dívida em prol da atividade profissional desejada. Ex.: pintura de um quadro. Pode ser classificada como:
Obrigação de fazer fungível - aquela dívida que pode ser paga por outra pessoa que não seja o devedor.
Obrigação de fazer infungível - dívida que somente pode ser paga pelo devedor.
Obrigação de fazer declaração de vontade - quando há um contrato de compromisso entre o credor e o devedor e existe um adiantamento em dinheiro/bem chamado de 'arras'. Esse contrato pode ser retratável (arrependimento), caso o comprador desista da compra há uma perda do dinheiro/bem, mas caso o vendedor desista, este deverá dar uma indenização em dobro ao valor do adiantamento; o contrato poderá ser também irretratável, ambas as partes não poderão se arrepender do acordo.
Obrigação de não fazer
É quando o devedor se compromete a não realizar determinado ato, em função do vínculo estabelecido com o credor. Ex.: direitos de imagem de um artista, que só poderá aparecer com exclusividade em determinada emissora.
Com relação ao modo de execução as obrigações são classificadas em:
Obrigações Simples - quando existe um credor e um devedor. Ex.: Obrigação de dar, de fazer e de não fazer.
Obrigações Complexas - quando há mais de um credor/devedor ou mais de um objeto. Podem ser:
Cumulativas ou Conjuntas - quando há mais de uma obrigação e o devedor só se livrará da dívida se cumprir todas as obrigações.
Alternativas - quando há mais de uma obrigação e o devedor poderá optar por livrar-se apenas de uma.
Facultativas - quando é definida uma obrigação, porém o devedor poderá, a seu critério, realizar o pagamento de outra prestação.
Descumprimento das Obrigações
Na relação obrigacional, se há um cumprimento daquilo que fora combinado entre os sujeitos, há uma extinção pelo cumprimento não gerando consequências para o campo jurídico. Mas, se essas obrigações são descumpridas, a vítima que foi lesada deverá recorrer a justiça que tal obrigação seja cumprida.
Na obrigação de dar é possível exigir esse direito através da força legal, ou seja, se o devedor não pagou a dívida ou entregou o bem como havia definido, estes poderão ser tomados, numa ação judicial, para penhora ou vendidos para pagamento da dívida.
Já a obrigação de fazer, quando não é cumprida tem uma solução diferente. Em casos em que há obrigações de fazer infungível, o credor poderá requisitar perdas e danos ou ainda executar uma ação judicial reivindicando um prazo para o cumprimento da dívida.
Se as obrigações de fazer forem fungíveis, o credor poderá requerer perdas e danos, mas também o poderá contratar outros serviços às custas do devedor.
Quanto a obrigação de não fazer, se ela for descumprida, o devedor deverá abster-se daquilo que foi comprometido. Ele pode requerer perdas e danos ou se possível, desfazer o acordo.
Cláusula Penal
É uma cláusula que está presente no contrato relacionada a perdas e danos.
Se houver um descumprimento no contrato, a vítima já poderá recorrer a perdas e danos, mas se as partes interessadas decidirem, já poderá constar no contrato uma cláusula com o valor das perdas e danos caso haja esse descumprimento total ou parcial da obrigação. Essa cláusula pode ser moratória (quando houver mora) ou compensatória (quando houver inadimplemento).
Mora: é quando há uma demora no cumprimento do contrato. Assim, a multa cobrada é de 2% nas obrigações.
Inadimplemento: é quando há o descumprimento total do contrato.
Essa cláusula não poderá ser superior ao valor da obrigação principal; e a moratória não poderá ultrapassar 2%.
Saiba mais 
Indenização por perdas e danos são os prejuízos que um terceiro sofre, por um ato ou fato, cuja responsabilidade de pagamento é do credor. De acordo com o Código Civil art. 402 o credor sofre pelo 'que ele perdeu e o que ele deixou de lucrar'.
Em linhas gerais, a indenização é formada pelo: dano emergente, ou seja, há uma redução do patrimônio do credor, sendo ele o responsável pelo que perdeu, como por exemplo, em um acidente de carro, o devedor deverá ser ressarcido através da reparação de seu veículo; e, lucros cessantes, é aquilo que o credor deixou de lucrar com essa perda.
Efeitos das Obrigações
O devedor deve pagar a dívida para o credor. Ele tem a obrigação de receber um recibo para constar que o pagamento foi feito conforme o acordo. O reciboé o principal instrumento para comprovar que foi cumprida determinada obrigação e, o sujeito fica livre de pagá-la novamente.
Mas, se o devedor paga para a pessoa errada ou o valor é incorreto, ela deverá efetuar um novo pagamento. Apesar disso, ela poderá abrir uma 'ação de repetição de indébito' e receber o valor que pagou erroneamente. Fazer um pagamento, torna a obrigação concluída, perfeita, já existem casos em que a obrigação é imperfeita,veja:
Dação em pagamento - quando o credor aceita receber outra coisa no lugar do pagamento. Mas isso só será permitido se houver uma permissão prévia do credor.
Novação - é quando é criado uma dívida nova para eliminar e suprir a dívida anterior. Ex.: se o sujeito deve ao banco R$ 10.000,00 e não tem condições de realizar o pagamento, a instituição reúne-se com esse devedor a fim de saldar a dívida, o credor reduz o valor da dívida e se esse valor for pago pelo devedor ocorre uma novação. Assim, se o nome do devedor estiver com restrição de crédito, ao pagar a dívida, ele limpa o seu nome.
Compensação - quando ambos (devedor e credor) tem uma dívida um com o outro, eles podem utilizar os 'créditos recíprocos'. Essa obrigação somente deve ser aceita se a dívida estiver vencida. Se um sujeitodeve R$ 500,00 para outro, e este deve R$ 300,00 para o primeiro, ao invés de um pagar para o outro, compensa-se os créditos e , somente o primeiro sujeito pagará R$ 200,00 para o segundo.
Transação - concordância de ambas as partes para encerrar um conflito. Ex.: em um processo trabalhista, a empresa estipula um valor para o ex-funcionário que se sentiu lesado e em concordância com ele encerra um conflito que poderia demorar, representando riscos para a empresa.
Remissão das dívidas - é quando o credor perdoa a dívida. Esse ato é chamado de 'ato voluntário de liberalidade'.

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