Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vacinas bacterianas None: Muriel Mattos de Fraga Professora: Tanise Gemelli Data: 17/09/13 Disciplina: Microbiologia Introdução: As vacinas bacterianas são suspensões de bactérias atenuadas ou mortas administrada para prevenção ou tratamento de doença infecciosa bacteriana. Podem ser produzidas a partir de microorganismos atenuados ou mortos, toxinas neutralizadas, ou simplesmente utilizando componentes de cápsula, membrana ou parede bacterianas. As vacinas, via de regra, são empregadas na profilaxia das infecções e raramente com finalidades curativas. Elas podem também ser aplicadas mesmo após a exposição do individuo ao agente infeccioso, pois são capazes de induzir a resposta imune no hospedeiro em tempo inferior ao requerido para instalação da doença. Vacinas de Polissacarídeos capsulados: É uma vacina polivalente, preparada a partir de polissacarídeos capsulares bacterianos purificados, não contendo nenhum componente viável. Ela é indicada como agente imunizante contra infecções pneumocócicas causadas por qualquer dos 23 sorotipos de Streptococus pneumoniae incluídos na vacina, os quais são responsáveis por cerca de 80 a 90% das doenças pneumocócicas graves, tais como pneumonias, meningites, bacteremias e septicemias. É aplicada pela via intramuscular ou subcutânea, em dose única de 0,5 ml. Indicada para crianças acima dos dois anos de idade pertencentes aos grupos de risco de contrair infecção pneumocócica. São eles: doentes com anemia falciforme, asplenia anatômica ou funcional, esplenectomizados, síndrome nefrótica e doença de Hodgkin. Em adultos é indicada nas seguintes situações: doença cardiopulmonar crônica, doença renal ou hepática e mesmo nos indivíduos sadios acima de 65 anos. Nos doentes que irão se submeter a esplenectomia eletiva, a vacina deve ser administrada 14 dias antes da cirurgia. Vacinas toxoides: São vacinas utilizadas na prevenção de doenças desencadeadas predominantemente por exo ou enterotoxinas. Nesses casos, não é necessária a presença de micro-organismos, visto que os imunógenos usados usados são as exotoxinas sintetizadas e liberada pelas bactérias, denominadas toxoides ou anatoxinas.O tétano é uma doença infecciosa, não transmissível de um indivíduo para outro, que pode ocorrer em pessoas não imunes ou seja, sem níveis adequados de anticorpos protetores. Os anticorpos protetores são induzidos exclusivamente pela aplicação da vacina antitetânica, uma vez que a neurotoxina, em razão de atuar em quantidades extremamente reduzidas, é capaz de produzir a doença, mas não a imunidade. O tétano pode ser adquirido através da contaminação de ferimentos (tétano acidental), inclusive os crônicos (como úlceras varicosas) ou do cordão umbilical (tétano neonatal). Vacinas de proteínas purificadas: A vacina, é preparada com um triturado de tecido muscular infectado pela doença, depositado em camadas finas, o qual sofre processo de dessecação na temperatura de 37 graus centígrados. Uma parte desse preparado é aquecido a temperatura de 100-140 graus centígrados durante sete horas, e outra parte aquecida durante o mesmo tempo, na temperatura variável entre 90-94 graus centígrados. A vacina é recomendada somente para pessoas expostas a alto risco, tais como trabalhadores de laboratórios que estão em contato direto com o Bacillus anthracis, trabalhadores que manipulam matérias-primas industriais que podem estar contaminadas, militares atuando em áreas de alto risco de exposição, trabalhadores agrícolas e veterinários que estejam expostos a produtos ou animais contaminados. A vacinação de rotina em populações fora dos grupos de alto risco não é recomendada. Vacinas de microrganismos mortos: Essas vacinas são preparadas com micro-organismos mortos ou com patógenos inativados por substâncias químicas (formol) ou por agentes físicos (raios ultravioleta). Os microoraganismos perdem sua capacidade de se replicar, mas seus antígenos derivados ainda são capazes de de incitar uma resposta imune. Normalmente, essas vacinas devem contar uma cepa antigênica grande e , para proporcionar uma imunidade duradoura, são necessárias doses de reforço. A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarreia. Apenas dois sorogrupos (existem cerca de 190) dessa bactéria são produtores da enterotoxina, o V. cholerae O1 (biotipos "clássico" e "El Tor") e o V. cholerae O139. O Vibrio cholerae é transmitido principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática (mais de 90% das pessoas) ou produz diarreia de pequena intensidade. Em algumas pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer diarréia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida (horas) para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea. Vacinas de microrganismos atenuados ou vivos: São vacinas em que o agente apesar de vivo, encontra-se modificado, impedindo sua reprodução e a consequente infecção do indivíduo imunizado. O estímulo antigênico criado a partir da multiplicação do patógeno no hospedeiro determina o desenvolvimento de uma proteção duradoura, de magnitude e localização semelhantes as desencadeadas pela infecção adquirida naturalmente. Essa propriedade é também fonte de desvantagens potenciais, visto que, na falha de uma resposta adequada ao estímulo antigênico, mesmo a versão atenuada da doença pode assumir proporções catastróficas, especialmente em imunocomprometidos. A tuberculose humana constitui um grave problema mundial (Beneson, 1992), sendo o Mycobacterium tuberculosis o principal agente causador de morte ou incapacitação do indivíduo. O Mycobacterium bovis agente etiológico da tuberculose bovina é patogênico para praticamente todos os mamíferos, inclusive o homem. Informações sobre a doença no homem causada pelo M. bovis são escassas. Cosivi et al. (1998) estimam que aproximadamente 3% dos casos de tuberculose em humanos são devidos ao M. bovis. A infecção natural com M. tuberculosis e M. bovis no cão tem sido relatada por mais de um século (Snider, 1971). Cães são sensíveis aoM. bovis e ao M. tuberculosis, e podem se infectar quando viverem em estreita relação com bovinos ou homens doentes. A infecção por M. Boviso corre principalmente pela via digestiva e por M. tuberculosis pela via aérea. Conclusão: A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir doenças. O Brasil tem evoluído nos últimos anos nessa área, especialmente com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, que facilitou o acesso da população às vacinas. Os avanços tecnológicos na produção e a introdução de novas vacinas no calendário de campanhas de imunização fazem do trabalho de pesquisa uma das prioridades do Estado brasileiro. Estudos avançados contribuem para o desenvolvimento de novos produtos, já que o Brasil tem o domínio tecnológico das mais modernas gerações de vacina. Referêcias: http://www.vacinas.org.br/novo/vacinas_contra_bact_rias_e_toxinas/a-conte_do.htm http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/programas-e-campanhas/campanhas-de- vacinacao-2 http://decs.bvsalud.org/cgi-bin/wxis1660.exe/decsserver/?IsisScript=../cgi- bin/decsserver/decsserver.xis&search_language=p&interface_language=p&previous_page =homepage&task=exact_term&search_exp=Vacinas%20Bacterianas FISCER, Gustavo Brandão; SCROFERNEKER, Maria Lúcia, Imunologia: Básica e Aplicada, p. 264-265, São Paulo: Segmento Farma, 2007. www.vacinas.org.br/novo/vacinas_contra_bact_rias_e_toxinas/pneumococos ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/doencas_agropecuarias/antraz_-_bacillus_anthracis.html www.cives.ufrj.br/informacao/tetano/tetano-iv.html
Compartilhar