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Nirvana: O Estado de Libertação no Budismo

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Estado de Nirvana: 
No Budismo, Nirvana é o estado de libertação do sofrimento (ou dukkha) 
segundo o pensamento dos monges shramana é o estado atingido pelos Arahant. 
De acordo com a concepção budista, o Nirvana seria uma superação do apego 
aos sentidos, do material e da ignorância; tanto como a superação da existência, 
a pureza e a transgressão do físico a qual busca a paz interior e a essência da 
vida. 
Sidarta Gautama, o Buda, ou na maioria das tradições budistas, também 
conhecido como Supremo Buda descreveu o Nirvana como um estado de calma, 
paz, pureza de pensamentos, libertação, transgressão física e de pensamentos, 
a elevação espiritual, e o acordar à realidade. O Hinduísmo também usa Nirvana 
como um sinônimo para suas ideias de moksha e fala-se a respeito em vários 
textos hindus tântricos, bem como na Bhagavad Gita. Os conceitos hindus e 
budistas de Nirvana "não devem ser considerados equivalentes". 
Com esse estado de liberação, quebra-se a roda do samsara, 
interrompendo o processo de contínuos renascimentos. 
A escola Mahayana entende uma diferença quanto à meta mais elevada 
do Budismo, considerando Bodhi mais importante que Nirvana. No entanto, seja 
para o budismo Theravada ou para as demais escolas dos ensinamentos do Buda, 
o significado de Nirvana é o mesmo. Para a os theravadins não há diferença 
significativa. 
A palavra significa literalmente "apagado" (como em uma vela) e refere-se, 
no contexto budista, a imperturbável serenidade da mente após o desejo, a 
aversão e a delusão terem sido finalmente extintos. 
 
Sidarta Gautama: 
 
Sidarta Gautama, popularmente dito e escrito simplesmente Buda, foi 
um príncipe da região do atual Nepal que se tornou professor espiritual, fundando 
o budismo. Na maioria das tradições budistas, é considerado como o 
"Supremo Buda" de nossa era, Buda significando "o desperto". A época de seu 
nascimento e de sua morte é incerta: na maioria, os primeiros historiadores 
do século XX datavam seu tempo de vida por volta de 563 a.C. a 483 a.C.; mais 
recentemente, contudo, num simpósio especializado nesta questão, a maioria dos 
estudiosos apresentou opiniões definitivas de datas dentro do intervalo de 20 
anos antes ou depois de 400 a.C. para a morte do Buda, com outros apoiando 
datas mais tardias ou mais recentes. 
Gautama, também conhecido como Śākyamuni ou Shakyamuni ("sábio dos 
Shakyas"), é a figura-chave do budismo: os budistas creem que os acontecimentos 
de sua vida, bem como seus discursos e aconselhamentos monásticos, foram 
preservados depois de sua morte e repassados para outros povos pelos seus 
seguidores. Uma variedade de ensinamentos atribuídos a Gautama foram 
repassados através da tradição oral e, então, escritos cerca de 400 anos após 
a sua morte. Os primeiros estudiosos ocidentais tendiam a aceitar a biografia do 
Buda apresentada pelas escrituras budistas como verdadeira, mas, hoje em dia, 
"os acadêmicos são cada vez mais relutantes em clamar como aptos 
os fatos históricos dos ensinamentos e da vida do Buda." 
 
Biografias tradicionais: 
 
As fontes primárias de informações sobre a vida de Sidarta Gautama são 
os textos budistas. Estes são compostos por uma grande variação de biografias 
tradicionais, nas quais estão incluídos o Buddhacarita, Lalitavistara 
Sūtra, Mahāvastu e oNidānakathā. Destes, o Buddhacarita é a biografia completa 
mais antiga, um poema épico escrito pelo poeta Aśvaghoṣa que data de por volta 
do começo do século II a.C. O Lalitavistara Sūtra é a segunda biografia mais 
antiga e a biografia Mahāyāna/Sarvāstivāda data do século III. 
O Mahāvastu extraído do Mahāsāṃghika Lokottaravāda é outra grande fonte de 
biografia, composto e incrementado desde o século IV a.C. Por último, 
o Nidānakathā da escola Teravada do Sri Lanca, composto no século 
V a.C. por Buddhaghoṣa. 
Das fontes canônicas, o Jātaka, o Mahāpadāna Sutta e o Acchariyaabbhuta 
Sutta incluem registros seletivos que, apesar de serem antigos, não são 
biografias completas. Os contos de Jātaka registram as vidas prévias de Gautama 
como um bodhisattva. A primeira dessas coleções pode ser datada entre os 
textos mais antigos do budismo . O Mahāpadāna Sutta e o Acchariyaabbhuta 
Sutta contam eventos miraculosos que ocorreram durante o nascimento de 
Gautama, como a descida do bodhisattva de Tuṣita dos céus para o útero de sua 
mãe. Os antigos indianos, geralmente, não se preocupavam com cronologias, se 
focando mais nos aspectos filosóficos. Os textos budistas refletem esta 
tendência, oferecendo uma concepção mais clara sobre o que Gautama poderia 
ter ensinado do que as datas dos eventos em sua vida. Estes textos contém 
descrições da cultura e do modo de vida da Índia Antiga, corroborados pelas 
escrituras Jainistas e fazendo, do tempo de Buda, o período mais antigo na Índia 
Antiga do qual significantes registros existiram. 
 
Concepção e nascimento: 
 
Siddhārtha nasceu em Lumbini, no atual Nepal, e foi criado no pequeno reino 
ou principado de Kapilavastu, território atualmente dividido entre Nepal e Índia. Na 
época do nascimento de Buda, a área estava na fronteira ou além da civilização 
védica, a cultura dominante no norte da Índia naquele tempo. É mesmo possível 
que a sua língua materna não fosse uma língua indo-ariana. Os textos antigos 
sugerem que Gautama não estava familiarizado com os ensinamentos religiosos 
dominantes do seu tempo até que partisse em sua busca religiosa, que foi 
motivada por uma preocupação existencial com a condição humana. Naquele 
tempo, uma multidão de pequenas cidades-estado existiam na Índia Antiga, 
chamadas Janapadas. Repúblicas e chefias com poder político difuso e 
limitado estratificação social não eram raros e eram chamados de gana-sangas. A 
comunidade de Buda não parece ter tido um sistema de castas. Não era uma 
monarquia e parece ter sido estruturado ou como uma oligarquia ou como uma 
forma de república. A forma mais igualitária de governo das gana-sangas, como 
uma alternativa política aos reinos fortemente hierarquizados, pode ter 
influenciado o desenvolvimento de shramanas (monges errantes) 
jainistas e sanghas budistas, enquanto que as monarquias tendiam para 
o bramanismo védico. 
Segundo a biografia tradicional, o pai de Buda foi o rei Suddhodana, líder 
do clã Shakya, cuja capital era Kapilavastu (Capilvasto), e que foi posteriormente 
anexado pelo crescente reino de Côssala durante a vida de Buda. Gautama era 
o nome de família. Sua mãe, rainha Maha Maya (Māyādevī) e esposa de 
Suddhodana, era uma princesa Koliyan. Como era a tradição shakya, quando sua 
mãe, a rainha Maya, ficou grávida, ela deixou Kapilvastu e foi para o reino de seu 
pai para dar à luz. No entanto, ela deu à luz no caminho, em Lumbini, em um jardim 
debaixo de uma árvore de Shorea robusta. Na noite que Sidarta foi concebido, 
segundo biografias tradicionais, a rainha Maya sonhou que um elefante branco com 
seis presas brancas entrou em seu lado direito e, dez meses mais tarde, Sidarta 
nasceu. "Sidarta” quer dizer "aquele que atinge seus objetivos". "Gautama" significa 
"condutor de gado" (gau, gado + tama, condutor). Outro registro relatado nas 
biografias tradicionais é a de que, durante as celebrações de seu nascimento, o 
eremita Asita, retornando de uma viagem às montanhas, anunciou que a criança 
iria se tornar ou um grande rei chakravartin ou um homem santo. 
O dia do nascimento de Buda é celebrado mundialmente, principalmente 
nos países de tradição teravada, e conhecido como Vesak. 
 
Juventude e casamento: 
 
Sidarta foi educado pela irmã mais nova de sua mãe, Maha Pajapati. Por 
tradição, ele deveria ter sido destinado por nascimentopara a vida de um 
príncipe, e tinha três palácios (por ocupação sazonal) construídos para ele. O seu 
pai, Śuddhodana, desejando para o seu filho o destino de ser um grande rei e 
preocupado com extravio do filho desse caminho, segundo relatos biográficos, 
tentou proteger o filho dos ensinamentos religiosos e do conhecimento do 
sofrimento humano. 
Quando chegou a idade de 16 anos, seu pai arranjou-lhe um casamento 
com uma prima da mesma idade chamada Yashodhara. Segundo o relato 
tradicional, ela deu à luz um filho, chamado Rahula. Sidarta teria passado então 
29 anos de sua vida como um príncipe em Kapilavastu. Embora seu pai garantisse 
que Sidarta fosse fornecido com tudo o que ele poderia querer ou precisar, 
escrituras budistas dizem que o futuro Buda sentiu que a riqueza material não era 
o objetivo final da vida. 
 
Partida e vida ascética:
 
 
Com a idade de 29 anos, de acordo com as biografias populares, Sidarta 
saiu de seu palácio para encarar suas inquietações. Apesar dos esforços de seu 
pai para escondê-lo dos doentes, moribundos e do sofrimento presentes no 
mundo, Sidarta teria visto um homem velho. Quando seu cocheiro 
Chandaka explicou para ele que todas as pessoas envelheciam, o príncipe partiu 
para viagens para mais além do palácio. Nesses encontros, avistou um homem 
doente, um corpo em decomposição e um asceta. Estas visões o deprimiram e 
marcaram profundamente, o que lhe deu motivos para o esforço de tentar superar 
a doença, velhice e a morte através do ascetismo. 
Acompanhado por Chandaka e por seu cavalo Kanthaka
,
 Gautama deixou seu 
palácio para a vida de um mendicante. Diz-se que os "cascos do cavalo eram 
abafados pelos deuses" para impedir que os guardas soubessem de sua partida. 
Gautama inicialmente foi para Rajagaha e começou sua vida ascética pedindo 
esmolas na rua. Tendo sido reconhecido pelos homens do rei Bimbisara, Bimbisara 
ofereceu-lhe o trono após a audição da busca de Sidarta, ele rejeitou a oferta, 
mas prometeu visitar o seu reino de Mágada primeiro, depois de alcançar a 
iluminação. 
Ele deixou Rajagaha e praticou sob dois professores eremitas. Depois de 
dominar os ensinamentos de Alara Kalama, ele foi convidado por Kalama para 
sucedê-lo. No entanto, Gautama se sentia insatisfeito com a prática e mudou-se 
para se tornar um estudante de Udaka Ramaputta. Com ele, ele alcançou altos 
níveis de consciência meditativa e foi novamente convidado a suceder a seu 
professor. Mas, mais uma vez, ele não estava satisfeito e mudou-se novamente. 
Sidarta e um grupo de cinco companheiros, liderados por Kaundinya, 
tomaram austeridades ainda maiores nas práticas yogicas. Eles tentaram 
encontrar a iluminação através da privação de bens materiais, incluindo a 
alimentação, praticando a auto mortificação. Depois de quase passar fome até a 
morte, restringindo a sua ingestão de alimentos para cerca de uma folha por dia, 
ele caiu em um rio durante o banho e quase se afogou. Sidarta começou a 
reconsiderar seu caminho. Então, lembrou-se de um momento na infância em que 
tinha estado a observar seu pai a arar o campo. Ele atingiu um estado 
concentrado, focado, feliz e abençoado: o jhana. 
 
Iluminação: 
De acordo com os textos mais antigos, após ter alcançado o estado 
meditativo de jhana, Gautama estava no caminho certo para a iluminação. Mas o 
seu ascetismo extremo não funcionou e Gautama descobriu o que os Budistas 
chamaram de o Caminho do Meio, o caminho para a moderação, afastado dos 
extremismos da autoindulgência e da auto mortificação. Em um famoso incidente, 
depois ter ficado extremamente fraco devido à fome, é dito que ele aceitou leite 
e pudim de arroz de uma garota chamada Sujata. Tal era a aparência pálida de 
Sidarta, que Sujata teria acreditado, erroneamente, que ele seria um espírito que 
lhe realizaria um desejo. 
Seguindo este incidente, Gautama sentou-se sob uma árvore (segundo a 
tradição budista, a árvore era uma Ficus religiosa), conhecida agora como a Árvore 
de Bodhi, em Bodh Gaya e jurou nunca mais se levantar enquanto não tivesse 
encontrado a verdade. Kaundinya e outros quatro companheiros, acreditando que 
ele tinha abandonado a sua busca e se tornado um indisciplinado, o deixaram para 
trás. Após 49 dias de meditação e com a idade de 35 anos, é dito que Gautama 
alcançou a iluminação espiritual. Segundo algumas tradições, isto ocorreu em 
aproximadamente quinze meses lunares, enquanto que, de acordo com outras 
tradições, o fato ocorreu em doze meses. Desde este tempo, Gautama ficou 
conhecido por seus seguidores como o Buda, termo derivado do páli buddha, 
que significa "desperto, iluminado, o que compreendeu, o que sabe". Ele é 
frequentemente referido dentro do budismo como o Shakyamuni Buda, ou "O 
Iluminado da tribo dos Shakya". Outro termo pelo qual Sidarta se tornou 
conhecido pelos seus contemporâneos foi Sugato, termo páli que, traduzido, 
significa "Feliz"
.
 
De acordo com o budismo, durante a sua iluminação, Sidarta compreendeu 
as causas do sofrimento e os caminhos necessários para eliminá-lo. Estas 
descobertas tornaram-se conhecidas como as Quatro Nobres Verdades, que são 
o coração dos ensinamentos budistas. Com a realização dessas verdades, um 
estado de suprema liberação, ou nirvana, é acreditado ser possível ao alcance de 
qualquer ser. O Buda descreve o nirvana como um estado perfeito de paz mental 
livre de toda ignorância, inveja, orgulho, ódio e outros estados aflitivos. Nirvana 
é também conhecido como o fim do ciclo samsárico, em que nenhuma identidade 
pessoal ou limites da mente permanecem. 
De acordo com a história do Āyācana Sutta - uma escritura, escrita em páli - 
e outros canônes, imediatamente após a sua iluminação, o Buda debateu se 
deveria ou não ensinar o dharma aos outros. Ele estava preocupado que os 
humanos, tão fortemente influenciados pela ignorância, inveja e ódio, poderiam 
nunca reconhecer o caminho, que é profundo e difícil de ser compreendido. No 
entanto, segundo o mito, Brahmā Sahampati tê-lo-ia convencido a ensinar a 
doutrina, argumentando que pelo menos alguns iriam entendê-lo. O Buda, após 
isso, concordou em ensinar o darma. 
 
Pregação: 
 
Após ter criado sua doutrina, Sidarta percorreu o país pelos 45 anos 
seguintes, difundindo-a. Teve grande aceitação por um grande número da 
população, havendo episódios de professores de outras linhas, juntamente com 
todos os seus discípulos, converterem-se a alunos seus. Também houve inimigos 
que tentaram o deter, normalmente Brâmanes que viam sua religião e seu status 
social ameaçados pela nova doutrina, e inclusive seu primo Devadatta, que apesar 
de ter se tornado discípulo do Buddha, posteriormente quis superá-lo e tomar o 
controle da Sangha. 
 
Morte: 
 
Sidarta morreu aos oitenta anos de idade, na cidade de Kushinagar, no 
atual estado de Uttar Pradesh, na Índia. Seu corpo foi cremado por seus amigos, 
sob a orientação de Ananda, seu assistente pessoal. As cinzas foram repartidas 
entre vários governantes, para serem veneradas como relíquias sagradas.

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