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Universidade São Judas Tadeu Faculdade de Tecnologia e Ciências Exatas Cursos de Engenharia Laboratório de Física Trabalho mecânico de um material Semi-Elástico Autor: Prof. Luiz de Oliveira Xavier θcos..dFW = Trabalho = Tensão X Deformação BANCADA: TURMA: Data: Aluno R.A 0 cm carga Tensão descarga Deformação - 2015 – GRUPO: NOTA: Trabalho Mecânico de um Material Semi-Elástico. 1. Introdução: Os materiais podem sofrer deformações quando submetidos a uma força de tensão. Se a quantidade de força aplicada não ultrapassar o limite de elasticidade, a deformação terá um caráter elástico e o material retornará à sua forma original após a retirada da força. Neste regime são necessárias grandes variações da força aplicada para produzir pequenas deformações elásticas. Se a força aplicada ultrapassar o limite de deformação elástica, o material sofrerá uma deformação que não será mais reversível sendo denominada deformação plástica. Neste regime, pequenos acréscimos de força podem provocar grandes deformações permanentes no material que poderá romper-se ao atingir o limite de ruptura. Estes comportamentos podem ser visualizados em um gráfico de tensão x deformação como o gráfico da Figura 1. Quando o material rompe após sofrer uma deformação plástica ele é chamado de dúctil. Os metais em geral possuem este comportamento. É o que ocorre, por exemplo, com um fio de ferro doce. Agora se o material quebra-se tão logo após ultrapassar o regime elástico ele é chamado de quebradiço. Para a borracha vulcanizada o comportamento é um pouco diferente. Durante a aplicação da força ela deforma-se elasticamente pelo caminho superior de uma curva conhecida como curva de histerese elástica, vista na Figura 2. Quando a tensão é removida a borracha retorna ao seu tamanho inicial pelo caminho inferior da curva de histerese. Este comportamento ocorre porque uma parte da energia aplicada durante a carga é perdida internamente quando a força é removida, pelo trabalho da força de atrito entre as moléculas que formam o material. É por esse motivo que a borracha é tão utilizada em engenharia para reduzir ruído e absorver impacto. Uma deformação plástica também pode ocorrer se a borracha não retornar ao seu tamanho original após a remoção da tensão. Este processo está ligado ao excesso de força aplicada e à fadiga do material. O trabalho realizado pela força de atrito entre as moléculas da borracha quando a força de tensão é removida diminui a quantidade de energia liberada durante o processo de descarga, ou seja, a borracha é capaz de absorver uma quantidade de energia e liberar uma quantidade menor sem sofrer deformações plásticas significativas. Neste experimento, você aprenderá a calcular a energia dissipada no processo. Esta energia é a energia perdida pelo trabalho da força de atrito entre as moléculas da borracha durante a remoção da força aplicada e corresponde à área entre as duas linhas do gráfico de histerese elástica da Figura 2. 2. Arranjo experimental: O arranjo experimental consiste em um suporte com uma régua, uma tira de borracha presa a um porta-massa e dez massas de 50 gramas. Observe a Figura 1. 3. Material: 1 porta-massa, 1 tira de borracha, dez massas de 50g , 1 cronômetro, 1 régua. 4. Procedimento: Neste experimento você realizará um ensaio de histerese elástica em uma tira de borracha. O ensaio consiste em submeter a tira de borracha a uma força peso que cresce linearmente de 50 em 50 gramas até o máximo de 500 gramas. Como a deformação da borracha muda com o tempo, a força peso deve ser carga Tensão descarga Deformação Figura 1 – Gráfico da Tensão x deformação dos materiais. Figura 2 – Gráfico da histerese elástica da borracha. aplicada à tira em intervalos de tempos iguais. Uma vez iniciado o ensaio você não deve pará-lo até o seu término. A cada 30 segundos uma nova massa de 50 gramas deve ser adicionada durante o processo de carga. Ao passar 30 segundos após atingir a carga máxima de 500 gramas, inicia-se o processo de descarga removendo-se a primeira massa de 50 gramas. Durante o processo de descarga as massas de 50 gramas são retiradas uma a uma a cada 30 segundos. Desta forma, o ensaio todo demorará apenas 10 minutos, ou seja, 300 segundos para a carga e 300 segundos para a descarga. Figura 1 – Arranjo experimental. Antes de iniciar o ensaio, ajuste o zero da régua na base do porta-massa conforme indicado na Figura 1. Adicione 50 gramas e dispare o cronômetro. Após 30 s anote o comprimento da tira de borracha na Tabela 1. Siga anotando o comprimento da tira de borracha a cada 30 s após a adição de novas massas de 50g. Ao término da carga máxima de 500 g e após 30 s anote o comprimento máximo da tira e remova uma massa de 50 g. Sem parar o cronômetro e após 30 s anote o comprimento de retração da tira na Tabela 2 para a carga de 450 g. Remova a segunda massa e após 30 s anote o comprimento retraído da tira para 400 g. Prossiga até o final do ensaio preenchendo toda a tabela 2. (2) TABELA 1 – Carga crescente. Carga(g) ZERO 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Deformação (cm) 0 (2) TABELA 2 - Carga decrescente. Carga(g) 450 400 350 300 250 200 150 100 50 ZERO Deformação (cm) 4.1 Construção do gráfico: Com os dados das Tabelas 1 e 2 construa um gráfico semelhante ao da Figura 2 na folha de papel milimetrado em anexo. A tabela 1 com carga crescente deverá fornecer a linha superior da curva de histerese da Figura 2 (carga) e a tabela 2 com carga decrescente fornecerá a linha inferior da curva de Figura 2 (descarga). Coloque o eixo y no lado menor do papel (força de tensão dada pela força peso em gf). Utilize a escala de 1cm = 50 gramas-força (gf). O eixo x ficará no lado maior do papel (deformação da tira de borracha em centímetros) e a escala será de 1cm =1cm de deformação. 4.2 Análise dos dados: Com o auxílio de uma tesoura recorte a região compreendida entre as duas linhas do gráfico. Recorte também um quadrado de 10 cm de lado do mesmo papel. Leve até o técnico que pesará a parte do papel compreendida entre as duas curvas e também o seu quadrado de área de 100 cm2 de referência. Ele anotará nos versos os valores das massas pesadas em uma balança com precisão adequada. SOLICITE AO TÉCNICO UM GRAMPEADOR E ANEXE ESTES RECORTES AO SEU RELATÓRIO. 4.2.1 Cálculo da energia perdida no processo: O trabalho realizado pela força peso para deformar a tira de borracha pode ser calculado com base nas escalas utilizadas no gráfico. Como cada cm de deformação equivale a 50 gf de peso, Podemos calcular a energia contida em 1 cm2 do gráfico feito naquela escala. 0 cm Sabemos que o trabalho de uma força é dado pela força vezes o deslocamento. Assim, a área abaixo da 1a curva do gráfico (curva de carga crescente) equivale à energia gasta para alongar a tira de borracha. A área abaixo da 2a curva (curva de carga decrescente) corresponde à energia liberada durante a remoção da tensão. A área entre as curvas representa a energia absorvida pela borracha e perdida no processo. Considere a gravidade local g = 978 cm/s2. O trabalho W realizado pela força peso no sistema C.G.S. de unidades fornecerá estas energias. Neste sistema de unidades a energia recebe o nome de erg. Para a área de 1 cm2 esta energia corresponderá a erg3109,48 × . Observe: ergcmscmgdmgdFW 32 109,48)(1)./(978).(50.. ×==== A área de 100 cm2 do seu quadrado de referência corresponderá a uma energia 100 vezes maior equivalente a ergEq 5109,48 ×= . Você calculará a energia perdida no ensaio de forma indireta utilizandoa informação das massas dos recortes que foram pesadas. Enquanto a massa do quadrado Mq equivale a uma energia ergEq 5109,48 ×= , a massa da figura recortada entre as duas curvas FM equivale a uma energia FE . Calcule a energia FE por regra de 3. Monte no quadro abaixo a sua conta com os seus valores de massa medidos na balança e a energia do quadrado de 100 cm2 , ergEq 5109,48 ×= . (4) Cálculo da energia perdida no processo FE . Não esqueça a unidade de energia no sistema C.G.S. (1) Pense e Responda: Um cálculo de integração aplicado ao gráfico da Figura 2 que é o mesmo tipo de gráfico que você construiu pode ser utilizado para calcular a energia perdida ? SIM ( ) NÃO ( ) Referência: Coleção de Exercícios de Física – Prof. Luiz de Oliveira Xavier – Editora Universidade São Judas. (6) Construa o gráfico de histerese da tira de borracha no papel milimetrado em anexo. Referência: Coleção de Exercícios de Física – Prof. Luiz de Oliveira Xavier – Editora Universidade São Judas.
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