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08-ANALISE_BALANCO

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ANÁLISE DE BALANÇOS E INDICADORES DE DESEMPENHO 
Ching sintetiza o interessa de cada um dos usuários das demonstrações financeiras na seguinte tabela:
1. Usuários das demonstrações financeiras
Fonte: Ching, H.Y. Contabilidade & Finanças para não especialistas. Pág. 100
Objetivo da análise: Detectar situações, verificar a tendência dos acontecimentos e dar subsídios para que a administração da companhia enfatize os esforços corretivos nas direções necessárias.
Podemos acrescentar mais um grupo de usuário: cliente. Rentabilidade? Capacidade de entrega dos produtos / serviços contratados?
Qualquer que seja a necessidade do usuário, a análise das demonstrações financeiras permite avaliar:
 capacidade de liquidez – situação financeira
 estrutura patrimonial – origem dos recursos (capital próprio ou de terceiros).
 rentabilidade do negócio – retorno sobre o investimento realizado
1. Usuários das demonstrações financeiras
Balanço Patrimonial
2. Estrutura das demonstrações financeiras
Investimento Total
Capital próprio
Capital de terceiros
Os valores absolutos dificultam a “leitura” das demonstrações financeiras.
Análises horizontal e vertical acrescentam números relativos (%) aos absolutos.
Na análise horizontal verifica-se a evolução – crescimento ou redução – de uma rubrica da demonstração financeira, de um período (mês, ano etc) para outro. A lei das S.A.s obriga que a publicação dos balanços contenha dados de 2 anos, permitindo, assim, analisar a evolução das contas, de um ano para outro.
Na análise vertical verifica-se a participação relativa (%) de cada item - ativo, passivo ou despesa - sobre o total.
3. Análise horizontal e vertical
3. Análise horizontal
3. Análise horizontal
3. Análise vertical
3. Análise vertical
4. Análise através de índices
Consiste na relação entre contas ou grupo de contas do Balanço e da Demonstração de Resultado, a fim de se evidenciar a situação da empresa quanto a liquidez, estrutura de capital e rentabilidade.
Comparação dos índices no tempo - A comparação de índices de dois períodos diferentes também enriquece a análise das demonstrações financeiras.
A comparação com padrões do segmento propicia as melhores conclusões sobre a situação econômico-financeira, visto que, dependendo do negócio, a estrutura de capitais, bem como a liquidez podem assumir características distintas.
Inúmeros são os índices possíveis de se calcular. A seguir, apresentamos alguns deles.
5. Índices de Liquidez
Indicam a situação financeira de uma empresa, ou seja, a sua capacidade pagar as dívidas.
Liquidez Corrente = Ativo Circulante(*)
		 Passivo Circulante (*)
(*) O circulante também é chamado de corrente
Indica quanto a empresa possui no ativo circulante para cada $ de dívida no passivo circulante.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
5. Índices de Liquidez
Liquidez Seca = Disponível + Contas a Receber
		 Passivo Circulante
Indica quanto a empresa possui em seus ativos mais líquidos – disponível, aplicações financeiras e valores a receber de clientes - para cada $ de dívida no passivo circulante.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
Se o índice de liquidez seca é ruim mas a empresa possui estoques de produtos acabados (não obsoletos ou deteriorados) em condições de venda rápida, pode indicar uma boa situação financeira.
5. Índices de Liquidez
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a longo prazo
		 Passivo Circulante + Exigível a longo prazo
Indica quanto a empresa possui em ativos de curto e longo prazos para cada $ de dívida total.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
6. Índices de estrutura de capital
Endividamento = Capital de terceiros x 100
		 Patrimônio Líquido
Indica a relação entre capital de terceiros e capital próprio.
Quanto menor, melhor, pois menor é a dependência do capital de terceiros para a manutenção da operação e, consequentemente, menor é o nível de despesas financeiras.
Entretanto, se o juro pago pelo capital de terceiros for menor do que lucro sobre o capital próprio, é vantajoso para a empresa (conceito de alavancagem financeira).
6. Índices de estrutura de capital
Composição do endividamento = Passivo circulante x 100
		 Capital de terceiro
Indica a relação entre as dívidas de curto prazo e as dívidas totais.
Quanto menor, melhor, pois significa que o pagamento da dívida ocorre em prazos mais longos.
Os financiamentos de longo prazo tendem a ter um custo menor do que os de curto prazo, especialmente se captados em entidades como BNDES ou FINEP.
6. Índices de estrutura de capital
Imobilização do PL = Ativo Permanente x 100
			 Patrimônio Líquido
Indica quanto do capital próprio está investido no ativo permanente. 
Quanto menor, melhor. Quando menor do que 100%, significa que o capital próprio, além de financiar os investimentos em ativo permanente, ainda gera recursos para o capital circulante.
Em empresas de capital intensivo, como siderúrgicas, hidroelétricas etc, é normal que esse índice seja superior a 100%, ou seja, há necessidade de recursos de terceiros para investimento.
7. Índices de rentabilidade
Giro do ativo = Receita Líquida
	 Ativo Total
Indica quanto a empresa vendeu para cada $ de investimento total (próprio e de terceiros).
Quanto maior, melhor. 
Quando se verifica uma redução nesse índice, de um período para outro, deve-se analisar a real causa. Uma hipótese seria a decisão da empresa de aumentar o preço de venda, com conseqüente redução nos volumes vendidos. Havendo manutenção ou aumento da margem líquida (próximo índice analisado), há ganho para a empresa (possivelmente provocado por reduções em custos fixos).
Indicam o retorno dos investimentos realizados.
7. Índices de rentabilidade
Margem Líquida = Lucro Líquido x 100
	 Receita Líquida
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 vendidos.
Quanto maior, melhor. 
7. Índices de rentabilidade
Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100
	 Ativo Total
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de investimento total (próprio e de terceiros).
Quanto maior, melhor. 
7. Índices de rentabilidade
Rentabilidade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido x 100
	 PL Médio
Patrimônio Líquido médio = (PL Inicial + PL Final) ÷ 2
Indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de capital próprio investido. 
Quanto maior, melhor. 
Representa a remuneração do capital próprio, que deve ser comparada com outros investimentos disponíveis no mercado, para avaliar a viabilidade de permanência no negócio. Evidente que a decisão deve levar em consideração o comportamento da rentabilidade no longo prazo, a fim de que não seja impulsionada por ocorrências anormais (tanto no mercado de atuação da empresa quanto nos alternativos como bolsa de valores, fundo de renda fixa etc).

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