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Benefício de Prestação Continuada - Impacto na Vida das Famílias

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
GICELY DOS SANTOS COSTA
JOILMA 
FIGUEIREDO 
LISBOA
VIVIANE VERAS PEREIRA
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC: SEU IMPACTO NA VIDA DAS FAMÍLIAS E DO MUNICÍPIO 
Paragominas
2015
Paragominas 
2015
GICELY DOS SANTOS COSTA
JOILMA
 FIGUEIREDO
 LISBOA
VIVIANE VERAS PEREIRA
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC: SEU IMPACTO NA VIDA DAS FAMÍLIAS E DO MUNICÍPIO 
Trabalho de Pesquisa apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
PARAGOMINAS
2015
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	O BPC	4
2.1	O BPC EM PARAGOMINAS	4
3	CONCLUSÃO	7
4	REFERÊNCIAS	8
5	ANEXOS	9
INTRODUÇÃO
O Benefício de Prestação Continuada, mais comumente conhecido por sua sigla, BPC, consiste em uma transferência monetária mensal no valor de um salário mínimo a seus beneficiários. A transferência, não condicionada a qualquer contrapartida comportamental, é seletiva e destinada a idosos ou pessoas com deficiências incapazes para o trabalho e vida independente cuja renda é muito baixa.
A definição do público a que se destina e o valor a ser transferido são previstos pela Constituição Federal de 1988. A rigor o BPC possui características institucionais distintas das de um programa social típica.
O BPC é parte da política nacional de Seguridade Social, mais especificamente da Assistência Social e, consequentemente, é de natureza não-contributiva; um candidato que preencha os requisitos de elegibilidade do BPC tem direito a recebê-lo independentemente de ter realizado contribuições anteriores para o sistema de seguridade. O BPC não exige contrapartidas de comportamento as chamadas condicionalidades de seus beneficiários, por isso os direitos dos idosos e pessoas com deficiências estão garantidos nele.
Ao fazermos esta reflexão, consideramos importantes aprender e analisar as condições do impacto na qualidade de vida das famílias beneficiaria, e qual o impacto financeiro no município.
A fim de atingir os objetivos propostos nesta pesquisa, realizou-se o levantamento bibliográfico buscando aprofundar as categorias de analise deste estudo: Benefício de Prestação Continuada – BPC: Seu impacto na vida das famílias e do município.
A pesquisa efetivou-se na Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Paragominas para adquirir dados que viessem a embasar a apreensão do objeto.
DESENVOLVIMENTO
O Benefício de Prestação Continuada é um benefício da assistência social, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e tem respaldo legal, através de um direito garantido pela Constituição Federal brasileira de 1988.
A partir de uma nova concepção da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em 2004, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) passou a constituir parte integrante da Proteção Social Básica. (BRASIL, 2006a). O objetivo principal do programa é fornecer às pessoas idosas e/ou com deficiência acesso às condições mínimas de uma vida digna.
Os elegíveis ao BPC são todos os idosos com 65 anos ou mais de idade que não possuem direito à previdência social e as pessoas com deficiência que não podem trabalhar e levar uma vida com independência e que recebem até ¼ de salário mínimo como renda familiar per capita.
Para requere o BPC o cidadão deverá procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS ou Secretaria Municipal de Assistência Social ou o órgão responsável pela Política de Assistência Social do município para receber as informações sobre O BPC e aos apoios necessários para requerê-los, e deve apresentar os documentos como: Cadastro de Pessoa Física, Certidão de Nascimento, Certidão de Reservista, Carteira de Identidade ou Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, o requerente também deverá apresentar o comprovante de residência e documentação de identificação dos componentes da família.
	
O BPC EM PARAGOMINAS
Atualmente são milhões de beneficiários idosos e com deficiência recebendo o BPC. No município de Paragominas atualmente temos 3.494 pessoas cadastradas, dentre elas 1.393 BPC idoso e 1.377 BPC Pessoa com Deficiência. No intuito de se entender quem são os sujeitos desta pesquisa, como vivem, quais condições de trabalho marcaram e marcam suas vidas não se pode deixa de realizar a aproximação necessária entre a universalidade e a singularidade – neste sentido faz-se necessário uma compreensão deste singular.
A tabela abaixo demonstra e caracteriza os sujeitos da pesquisa por segmento, idosos e pessoas com deficiência, conforme consta na listagem do SUAS/Web. Fez-se a estratificação dos beneficiários do BPC. Desta forma, a tabela arrola todos os beneficiários que possuem BPC do município de Paragominas.
Tabela 1:
	Tipo de BPC
	Total de Pessoas
	Idosos
	1.393
	Pessoas com Deficiência 
	1.377
	Total Geral 
	2.770
Em relação à idade dos beneficiários entrevistados, a faixa etária que concentrou maior incidência foi a dos idosos, sendo que do total de pessoas 49% possui 61 anos ou mais, 6% são crianças de 0 a 12 anos, bem como, 8% são adolescentes e adultos de 13 a 20 anos, com 21 a 40 adultos com 17%, adultos de 41 a 60 com 13% e adultos de 81 a 100 anos com 7% conforme podemos constatar na tabela e no gráfico abaixo:
Tabela2:
	Idade dos beneficiários 
	Total de Pessoas
	0 a 12
	175
	13 a 20
	214
	21 a 40
	468
	41 a 60
	351
	61 a 80
	1.373
	81 a 100
	189
	Em relação aos beneficiários que residem em zona urbana foi constado que 2.593 residem na zona urbana da cidade Paragominas e 177 residem na zona rural, sendo que o maior índice e de beneficiários é na zona urbana.
O valor que foi repassado para o município no ano de 2014 para os beneficiários do BPC em Paragominas foi de 23.598.188,59, já no ano de 2015 até o momento o valor repassado foi 21.827,600,00, cálculo foi realizado de janeiro de 2015 a outubro 2015.
Portanto, o BPC, sendo um direito social, deveria garantir aos seus beneficiários, a dignidade e a redução das desigualdades sociais, a fim de contribuir com a erradicação da pobreza e marginalização, alcançando o bem-estar e a justiça social. Ainda há o não direito ao benefício, ou seja, aquelas pessoas com deficiência, cuja renda per capita ultrapassou o limite estabelecido por lei, mas possuem gastos onerosos por conta da deficiência, que não são levados em consideração para a concessão do benefício. Ou ainda nos casos, em que a incapacidade para o trabalho não é comprovada, e ainda não possuem 65 anos, mas são pessoas que dificilmente conseguirão uma colocação no atual mercado de trabalho.
Em relação à pesquisa de campo realizada com cinco beneficiários por meio de entrevistas abertas, foi perguntado sobre o direcionamento do benefício, caso ele fosse deferido, todos os entrevistados responderam que usariam o benefício para o pagamento de despesas domésticas como comprar alimentos e pagar contas de água e Luz. Mais uma vez o a renda auferida através deste benefício assume caráter familiar, sendo que se constitui muitas vezes conforme já elencado anteriormente, um rendimento para a família, que muitas vezes se encontra em vulnerabilidade pelo estreitamento acirrado ao qual é submetido sua sobrevivência. Viver do trabalho assalariado nesta sociedade capitalista cada vez mais se torna um desafio, para muitas pessoas que apenas sobrevivem com o valor ínfimo que ele representa.
Embora o BPC expresse uma importante conquista da sociedade civil na luta pela inclusão social, caracteriza-se como um direito restrito, de pouco alcance no combate à exclusão social no país. Seu valor muitas vezes, é incapaz de garantir um padrão de inclusão que se traduza em qualidade de vida, autonomia/emancipação, desenvolvimento das capacidades humanas, sociais, políticas, e
produtivas dos cidadãos a que se destina.
CONCLUSÃO
Após o término desta pesquisa ficou claro para nós que o BPC é um direito constitucional a quem dele necessitar, se faz necessário o preenchimento de alguns requisitos, sendo que, um destes requisitos é a comprovação da renda per capta familiar, que não pode ultrapassar ¼ de salário, porém a maior dificuldade enfrentada pelo requerente idoso é a comprovação de sua vulnerabilidade social, pois em algumas situações, apesar de enfrentarem uma situação de quase miséria, ao declararem a renda per capta familiar, esta renda ultrapassa o limite em questão de centavos, causando assim, o indeferimento do benefício.
Mesmo com todos os percalços as políticas de transferência de renda vêm se consolidando como uma importante faceta do sistema de proteção social brasileiro. O BPC tem se expandido consideravelmente nos últimos anos e gerado efeitos relevantes sobre os índices de pobreza e desigualdade no país, embora não estejam isentos de críticas ou problemas.
Em termos comparativos, os programas brasileiros atingem seu público-alvo de maneira aproximadamente tão eficaz.
É sempre importante buscar aprimorar os programas, mas é difícil dizer em que medida isso poderia trazer melhorias significativas em relação à situação atual, uma vez que parte dos desvios observados pode estar relacionada a flutuações cíclicas na renda das famílias e a erros intrínsecos ao processo de focalização, cujo controle pode ser extremamente custoso.
Finalizamos este trabalho, dizendo que foi muito gratificante, está participando destas atividades de pesquisa, pois nos proporcionou mais conhecimento da área de Serviço Social no que se refere a concessão deste tão importante benefício.
No tocante as visitas realizadas aos beneficiários vimos a importância de estarmos frente a frente com as famílias desta comunidade e vendo o quanto é importante o BPC para as famílias carentes.
REFERÊNCIAS
Carta Capital. O Sucesso dos Programas de Transferência de Renda. 2011. Site: http://www.cartacapital.com.br/politica/tina-rosenberg-o-sucesso-dos-programas-de-transferencia-de-rendaacessado em 20/10/2015
Medeiros, Marcelo. Transferência de Renda no Brasil. Novos Estudos 79. 2007. Site: http://www.scielo.br/pdf/nec/n79/01.pdf acessado em 20/10/2015
Soares, Fabio Veras. Programas de Transferência de Renda no Brasil: Impactos sobre as Desigualdades. Brasília. 2006. Site: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1228.pdf Acessado em 20/10/2015
BPC – benefício de prestação continuada: “Conheça o que é e como funciona este direito sócio assistencial. Site: http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/Repositorio/33/Documentos/BPC_leitura.pdfAcessado em 20/10/2015
O STF E O ESTATUTO DO IDOSO. Site: http://stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=249643&caixaBusca=N Acessado em 20/10/2015
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 2015.
Decreto 6.214 de 26 de setembro de 2007. Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência e ao idoso de que trata a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Brasília, 2015
ANEXOS
ENTREVISTA COM A ASSISTENTE SOCIAL
1 - Há quanto tempo você é assistente Social na Secretaria Municipal de Assistência Social de Paragominas? 
Desde de 2013
2 –É realmente o que gosta de fazer?
Sim.
3 - A Sr.ª avalia que todas as suas atividades executadas são próprias do Serviço Social?
Sim, pois, temos toda uma legislação e o código de ética que regem nossas ações.
4 -A Sr.ª realiza a atividade de habilitação do BPC?
Sim.
5 - Como a Sr.ª avalia os critérios estabelecidos pelo governo para dizer quem tem direito ao BPC?
Vejo os critérios como uma forma de selecionar quem realmente precisa deste benefício.
6 -O que a Sr.ª entende por deficiência?
 Aquele que não tenha condições físicas, psicológicas e emocionais de não poder prover seu sustento.
7 - Qual o objetivo da avaliação social para acesso ao BPC?
Funciona como uma triagem, infelizmente hoje em dia muitos mentem, portanto precisamos checa e averiguar a verdade por traz dos relatos.
8 - A Sr.ª realiza visita domiciliar para conhecer as condições de moradia da pessoa com deficiência que solicita o BPC?
Sim. A visita é extremamente necessária.
9 -Qual a dinâmica da avaliação social e a relação assistente social e a pessoa com deficiência?
É um processo dialético, entrevista, pesquisa e averiguação dos fatos relatados.
10 –Quantas pessoas recebem o BPC em Paragominas?
2.770 destes 177 são da zona rural.

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