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Pesquisa em Psicologia [1: (Texto baseado no elaborado por Silvio Paulo Botomé – A dissertação de natureza científica e na dissertação de mestrado de Karin Letícia da Silva, com exemplo retirados do artigo: Leme, Vanessa Barbosa Romera; Marturano, Edna Maria & Anne Marie Fontaine Relação da separação conjugal com as práticas parentais e o comportamento dos filhos. Psychologia, 2010, nº 52 – vol. 1, 19-40.) ]
A psicologia pode ser considerada como o estudo científico do comportamento e dos processos mentais (Atkinson et. al. 2000) ou fenômenos e processos psicológicos (Botomé, 1997)
Para Botomé (1999), o objeto de trabalho do cientista são fenômenos, processos e relações que ainda precisam ser estudados e, a partir disso, produzir conhecimento, transformando as descobertas realizadas em um produto socialmente significativo.
São seis as subclasses de comportamentos que compõem a classe de produzir conhecimento sobre fenômenos psicológicos: 
Para desenvolver um processo de conhecimento científico, um pesquisador formula perguntas a respeito do problema de conhecimento em relação ao qual ele precisa ou tem interesse em produzir mais conhecimento.
Botomé (1997) alerta que esse processo é sempre resultado da história pessoal de desenvolvimento de quem formula o problema de pesquisa (hábitos de vida, as características do contexto onde vive a cultura da qual faz parte, as aprendizagens que desenvolveu durante a vida)
O comportamento requerido do pesquisador, após ter feito a delimitação inicial do problema de pesquisa, é o de explicitar as suposições contidas nas expressões que constituem a formulação do problema, expressões presentes na formulação do problema de pesquisa se referem aos conceitos que contêm suposições de diferentes tipos. 
Algumas competências requeridas para isso são: 
Identificar uma suposição, 
Analisar conceitos, 
Decompor conceitos, 
Distinguir entre propriedades acidentais e essenciais dos conceitos, 
Distinguir entre supostos, pressupostos, hipóteses a verificar e teses a demonstrar etc. 
É aprendendo a explicitar as suposições existentes na pergunta de pesquisa que o pesquisador terá condições de avaliar, na etapa seguinte do processo de conhecer, → quão apropriada é pergunta escolhida em relação ao conhecimento já produzido. 
O pesquisador terá condições para sistematizar o conhecimento, e verificar qual o conhecimento já existe sobre ele e como foi produzido esse conhecimento → possibilita demonstrar o quanto o problema de pesquisa ao ser respondido avançará o conhecimento a partir do que já existe.
Há, por exemplo, exigência de competências para redigir um texto demonstrativo que, por sua vez, exige noções de lógica (construir argumentos com base em premissas sólidas, adequadas e suficientes, entre outras), distinguir entre relevância social e científica, avaliar conceitos e definições presentes no conhecimento examinado etc.
O cientista pode realizar a próxima etapa do processo de produção de conhecimento, orientada pela pergunta: 
Quais são as informações que permitirão construir as possíveis respostas ao problema de pesquisa?”
“
Inicia-se o que é chamado de “método da pesquisa”→ Esse processo é constituído pela produção das informações necessárias para elaborar as respostas às questões que foram derivadas da pergunta central do problema de pesquisa. 
Para produzir as informações necessárias serão propostos procedimentos diversos condizentes com a natureza do problema de pesquisa e com a natureza dos fenômenos presentes no problema (Botomé, 1997)
A Redação de natureza científica
A ação de redigir é, em geral, classificado em três modalidades:
Narração - a narração reproduz (factual) ou cria (ficcional) acontecimentos que acontecem em uma progressão temporal;
Descrição – tem o objetivo de caracterizar seres, objetos e situações e não é, do mesmo modo, comprometida com a sequência temporal;
Dissertação – é realizada no plano das ideias, do conhecimento das abstrações, dos conceitos e seu objetivo é demostrar algo. Na dissertação há um trabalho reflexivo que consiste em organizar as ideias em uma determinada direção de raciocínio.
Na ciência o principal objetivo é discutir ideias (Zucolotto, texto não publicado):
O texto narrativo: há um relato das mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo com as pessoas e as coisas no decorrer do tempo (texto). Existe uma relação de anterioridade e de posterioridade. Os verbos podem estar em diferentes tempos e os adjetivos, metáforas e figuras de linguagem podem ser utilizadas sempre que forem uteis para envolver o leitor ou ouvinte com a narrativa. Ex 
Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
Manuel Bandeira
Em São Luís, jovem dá à luz na porta de maternidade Caso aconteceu em junho, mas só agora foi denunciado -Apesar do problema, criança passa bem.
Uma adolescente de 16 anos deu à luz no chão, na porta de uma maternidade de São Luís. Ela já vinha de outra maternidade, onde não havia vagas, e encontrou a porta fechada na hora de ter o bebê.
O caso aconteceu em junho e foi filmado pela irmã da jovem. Somente agora os pais da criança reuniram condições emocionais para denunciar o assunto. Apesar do problema, o bebê não teve complicações e passa bem, mas ficou o trauma na família. “O tratamento que ela recebeu foi pior do que o dado a um cachorro”, reclamou o pai da criança, Willian Barbosa. “Fiquei chocada. Parir assim na porta de um hospital e passar uma vergonha dessas. Foi muito triste e poderia acontecer alguma coisa à minha filha, que poderia ter batido a cabeça”, disse a mãe. 
(cont.) (http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/08/em-sao-luis-jovem-da-luz-na-porta-de-maternidade.html) 
A descrição é um tipo de texto em que são relatadas as características de uma pessoa, de um objeto de uma situação, inscritos em um certo momento estáticos do tempo. Este descreve as propriedades e aspectos destes elementos simultaneamente e não há relação de temporalidade. 
A descrição tem por objetivo transmitir ao leitor uma imagem do objeto descrito. Podendo ser:
Objetiva: quando retratamos a realidade como ela é.
Subjetiva: quando retratamos a realidade conforme nossos sentimentos e emoção.
DESCRIÇÃO OBJETIVA:
“A cômoda era velha, de madeira escura com manchas provocadas pelo longo tempo de uso. As três gavetas possuem puxadores de ferro em forma de conchas, nas duas laterais há ornamentos semelhantes àqueles de esculturas barrocas, os pés são redondos e ornamentados”
DESCRIÇÃO SUBJETIVA
“Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de outros tempos, só para si. Foi sempre assim, dona Cômoda: gorda, fechada, egoísta.”
A dissertação é um texto ou discurso que analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos. Neste as referências ao mundo ocorrem como recursos de argumentação, para demonstrar o que está sendo afirmado. O objetivo principal é a análise e a interpretação de algo relatado ou a demonstração de algo afirmado. 
Tipos de dissertação: 
Expositiva: é caracterizadapelo objetivo de discorrer sobre um tema no sentido meramente informativo. Deste modo, um autor pode dissertar sobre um assunto do ponto de vista científico, jurídico e moral, sem, no entanto, defender uma ideia, tese, posição a respeito do assunto. 
Argumentativa: tem por objetivo convencer o leitor (ou a audiência) de uma ideia, apresentada e defendida por meio do texto (ou discurso) que constitui a própria dissertação. 
A Estrutura básica de uma dissertação
A estrutura básica é composta do assunto ou tema, de um tópico (um aspecto de assunto ou tema) expresso em um título e de parágrafos de introdução, de desenvolvimento, e de encerramento (ou de conclusão). (os tamanhos podem variar – subtítulos)
Leme, Vanessa Barbosa Romera; Marturano, Edna Maria & Anne Marie Fontaine Relação da separação conjugal com as práticas parentais e o comportamento dos filhos. Psychologia, 2010, nº 52 – vol. 1, 19-40. 
A segunda metade do século passado foi marcada por muitas transformações sociais e económicas, tais como a redução dos empregos, o surgimento da pílula contraceptiva e a inserção da mulher no mercado de trabalho, que possibilitaram o aparecimento de novas configurações familiares. Face a esta realidade, verificaram-se mudanças que atingiram tanto a estrutura familiar como os papéis parentais. O modelo de família nuclear (pai, mãe e filhos) passou a coexistir com outros tipos de configurações familiares e o aumento exponencial das famílias monoparentais permitiu a construção de um novo cenário para o conceito de família (Wagner, 2002). Pelo que, desde meados dos anos 70 do século XX, pesquisadores de diversas áreas têm procurado investigar como a separação conjugal se repercute no desenvolvimento dos membros da família (Amato & Cheadle, 2005; Hetherington & Stanley-Hagan, 1999; Lansford, 2009; Strohschein, 2005).
Separação conjugal e práticas parentais
O tempo de separação conjugal
Separação conjugal e transição para o ensino fundamental
Frente a estes dados, é possível que a instabilidade e a imprevisibilidade verificadas no ambiente das famílias que passam pela separação conjugal sejam condições que potencializam o uso de práticas parentais coercitivas, permissivas ou inconsistentes, dificultam o apoio dos pais aos filhos em relação às exigências encontradas na transição para o primeiro ano e, desta forma, contribuem para o surgimento de dificuldades sociais e comportamentais.
Objectivos e hipóteses
É objectivo deste estudo investigar as práticas educativas de mães de famílias nucleares e monoparentais recentes (separadas há menos de três anos) e remotas (separadas há mais de três anos) e os comportamentos dos seus filhos (habilidades sociais e problemas de comportamento) que passam pela transição para o ensino fundamental. 
Tem-se por hipótese que as mães de famílias nucleares e monoparentais remotas apresentarão mais práticas educativas positivas tais como exprimir sentimentos positivos, oferecer atenção, participar de actividades de lazer com os filhos, monitorizar as actividades escolares, e menos práticas coercitivas, permissivas ou inconsistentes do que as mães de famílias monoparentais recentes. Paralelamente, espera-se que, segundo os relatos das mães, as crianças de famílias nucleares e monoparentais remotas apresentem mais habilidades sociais e menos problemas de comportamento em comparação com as crianças de famílias monoparentais recentes.
As hipóteses do estudo apoiam-se em pesquisas que sinalizam que os efeitos das transições familiares são passageiros, ou seja, com o passar do tempo (em torno de três anos após a separação conjugal), as famílias ajustam-se às novas configurações e as crianças deixam de apresentar as dificuldades emocionais e/ou comportamentais evidenciadas logo após a separação (Amato, 2000; Heterington & Stanley-Hagan, 1999).
Zucolotto (texto não publicado) apresenta um esquema de como deve ser construída a introdução no sentido de explicitar a delimitação do seu trabalho. Seu Campo
Sua proposta
Específico
Geral
A estrutura de uma dissertação contém mais componentes:
Um objetivo, que junto com a delimitação do tema, aparece no título do trabalho
O seu parágrafo introdutório é composto por uma sentença- tese que vai ser demostrada na dissertação. 
Sentenças de desenvolvimento que estabelecerão a ligação entre a sentença de abertura e a sentença-tese (parágrafos de desenvolvimento). 
O parágrafo de encerramento (conclusão) que é constituído por uma síntese da dissertação e retoma a sentença tese da dissertação e as sentenças núcleo dos vários parágrafos que a constituíram. 
O processo de elaboração de uma dissertação
Apresentação de um tema ou assunto de interesse
Delimitar a perspectiva ou o tópico que será examinado – tipo de leitor
Delimitar o objetivo da dissertação
Elaborar o título da dissertação (objetivo – explícito ou encoberto)
Elaborar esclarecer qual será o principal argumento – sentença tese (inicial)
A partir da sentença-tese – elementos que identificam os vários aspectos que constituíram os núcleos de raciocínio
Elaboração das sentenças núcleo ou parágrafos intermediários
Elaboração da sentença de conclusão – é constituído pelas sentenças tese e sentenças núcleo, apresentadas em palavras diferentes daquelas utilizadas na dissertação e na forma de encerramento e conclusão de um texto. 
Ideias são retomadas em forma de síntese
Rever o parágrafo introdutório
Exemplo: 
1.1. Separação conjugal e práticas parentais
Alguns pesquisadores elegem um conjunto de variáveis a considerar na investigação da separação conjugal, cuja actuação, directa ou indirecta, sobre os membros da família, podendo levar ou não à disfunção. De entre estas variáveis, realça-se o conflito conjugal (Amato, 2000; Lansford, 2009), a presença/ausência do cônjuge não detentor da guarda dos filhos (Hetherington & Stanley-Hagan, 1999; Kelly & Emery, 2003), o tempo de separação conjugal (Amato, 2000; Hetherington & Stanley-Hagan, 1999; Lansford, 2009), os factores económicos (Amato, 2005; Kelly & Emery, 2003), a idade da criança/adolescente na época da separação (Amato, 2000; Lansford, 2009), o sexo da criança/adolescente (Amato, 2000; Leon, 2003), a rede de apoio social (Hetherington & Stanley-Hagan, 1999; Kelly & Emery, 2003) e as práticas parentais (Amato 2000, Hetherington & Stanley-Hagan, 1999, Martinez & Forgatch, 2002; Wolchick e et al., 2000). O presente estudo seleccionou as práticas parentais e o tempo de separação conjugal como variáveis importantes no ajustamento familiar durante este tipo de transição. 
Alguns estudos têm encontrado diferenças entre as práticas parentais de famílias que passaram ou não pela separação conjugal (Costa, Cia & Barham, 2007; Hetherington, 1993). Para Alvarenga e Piccinini (2001), as práticas parentais podem ser definidas como estratégias utilizadas pelos pais para promover a socialização dos filhos. Vários estudos têm sinalizado que as práticas parentais tidas como coercitivas (tais como uso de agressão verbal e/ou física, ameaças e retirada de privilégios), permissivas (por exemplo, quando os pais não estabelecem limites aos filhos) e inconsistentes (tais como quando os pais ora estabelecem limites, ora não, ora expressam afeto, ora não) estão associadas com dificuldades comportamentais, emocionais e com baixo rendimento académico em crianças (Baumrind, 1971; Gomide, 2003; Dishion & McMahon, 1998; Hoffman, 1979; Kilgore, Snyder & Lentz, 2000). Por outro lado, as práticas parentais caracterizadas pela expressão de afecto, consistência nas práticas disciplinares, envolvimento parental com as actividades escolares e de lazer dos filhos e monitorização das atividades da criança estão relacionadas, muitas vezes, com um repertório elaborado de habilidades sociais, com um relacionamento satisfatório com pares e familiares e com um bom desempenho académico das crianças (Baumrind, 1971; Dishion & McMahon, 1998; Hoffman, 1979; Kilgore et al., 2000).
Segundo alguns autores (Fortgatch & DeGarmo, 1999; Martinez & Forgatch, 2002;Hetherington, 1993; Pruett ecols., 2003; Wolchick et al., 2000), determinadas circunstâncias que ocorrem após a separação conjugal podem contribuir para que pais e mães recorram a práticas parentais menos favoráveis, coercitivas e/ou permissivas. Forgatch e DeGarmo (1999), nomeadamente, afirmam que após a separação conjugal, o cônjuge detentor da guarda, na maior parte das vezes, a mãe, teria dificuldades em estabelecer limites aos filhos e trabalhar ao mesmo tempo, ficando muitas vezes sob efeito do estresse e fazendo uso de ameaças de agressões e/ou agressões verbais e físicas. Martinez & Fortach (2002) encontraram práticas parentais das mães menos positivas nos dois primeiros anos após a separação conjugal, pois há diminuição na comunicação e no controle dos comportamentos dos filhos, bem como nas habilidades de resolução de problemas maternos. Além disso, os autores encontraram associações positivas entre os problemas de comportamento e baixo rendimento acadêmico das crianças e as práticas coercitivas das mães.
Outros autores salientam que, após a ruptura conjugal, as mães também podem ficar deprimidas, e assim, expressam menos afecto e atenção aos filhos e apresentam menos consistência nas suas práticas educativas (Pruett et al., 2003; Wolchick et al., 2000). A maioria dos pesquisadores (Amato, 2000, 2005; Heterington, 1993; Lansford, 2009) tem também sinalizado que as crianças que passam por estas transições familiares podem apresentar, a curto, médio e longo prazo, mais problemas comportamentais, dificuldades académicas e menos bem-estar psicológico quando comparadas com as crianças provenientes de famílias nucleares. Entretanto, apenas uma minoria dessas crianças apresenta dificuldades sócio-emocionais e 1979), práticas educativas positivas e negativas (Gomide, 2003) e os estilos parentais autoritário, autoritativo e permissivo (Baumrind, 1971) comportamentais (Amato, 2000; Leon, 2003). Estas não ocorrem quando a criança convive com uma figura parental que apresenta práticas educativas positivas tais como oferta de atenção e afecto, monitorização das actividades escolares e de lazer da criança e que negoceia de forma adequada com o ex-cônjuge a guarda dos filhos (Heterington & Stanley-Hagan, 1999).
Parece haver pouco consenso entre os investigadores quanto à extensão e severidade das dificuldades apresentadas pelas crianças em resposta à separação conjugal (Hetherington, Bridges & Glendessa, 1998). No entanto, ainda que não haja um consenso a respeito dos efeitos da separação conjugal sobre o relacionamento entre pais e filhos e sobre o desenvolvimento infantil, o mesmo não acontece quanto ao reconhecimento das transições familiares como fonte de estresse para todos os envolvidos.
O texto dissertativo de tipo científico
A inflação corrói o salário dos trabalhadores
Eu afirmo que a inflação corrói o salário dos trabalhadores
Os dos enunciados pretendem apresentar a mesma informação no primeiro o “enunciador” ausentou-se no segundo não. 
No primeiro o objetivo é afirmar algo em relação a um fato e tal afirmação pode ser contestada, examinada, demonstrada se é falsa ou verdadeira, ou seja, pode ser objeto de demonstração.
No segundo caso, o que é afirmado é que “eu afirmo que...” e isso é evidente, não é o que interessa contestar, demonstrar, não é objeto de argumentação. 
O texto científico deve ser elaborado de maneira a enfatizar a informação em exame e não o autor da afirmação. Põem em destaque os enunciados (são evitados verbos na primeira pessoa, adjetivos, termos vagos, genéricos, metáforas) 
Más condutas científicas:
http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_fapesp0911.pdf
A gravidade de uma má conduta científica mede-se por quão seja evidente a intenção de fraudar ou grave a negligência com que tenha sido praticada; por quanto se desvie das práticas consensualmente tidas como eticamente aceitáveis pela comunidade científica; e por quanto maior seja seu potencial deletério em relação à fidedignidade dos pesquisadores e da ciência em geral.
As más condutas graves mais típicas e frequentes são as seguintes.
(a) A fabricação, ou afirmação de que foram obtidos ou conduzidos dados, procedimentos ou resultados que realmente não o foram.
(b) A falsificação, ou apresentação de dados, procedimentos ou resultados de pesquisa de maneira relevantemente modificada, imprecisa ou incompleta, a ponto de poder interferir na avaliação do peso científico que realmente conferem às conclusões que deles se extraem.
(c) O plágio, ou a utilização de ideias ou formulações verbais, orais ou escritas de outrem sem dar-lhe por elas, expressa e claramente, o devido crédito, de modo a gerar razoavelmente a percepção de que sejam ideias ou formulações de autoria própria.
O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.
No Brasil o plágio é considerado crime e sua principal referência é a lei 9.610. 9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm) Todavia, a lei 9.610 é voltada para a proteção de obras comerciais. Segundo essa lei seria possível copias "pequenos trechos", o que é inadmissível em um trabalho acadêmico. Para fins de trabalho acadêmico é mais adequado seguir-se as normas da ABNT, que não admitem exceções para textos copiados.

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