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105
Cruz das Almas-BA
Dezembro, 2004
Comunicado
Técnico
Manejo de Mudas de
Abacaxi
Getúlio Augusto Pinto da Cunha¹
Domingo Haroldo R. C. Reinhardt2
1 Engo. Agrônomo, D.Sc. Pesquisador, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Caixa Postal 07, 44380-000, Cruz das Almas-Bahia, e-mail: getulio@cnpmf.embrapa.br
Aspectos Gerais
O sucesso econômico no cultivo de produtos agrícolas
depende muito do uso de material de plantio de boa
qualidade, que se constitui no insumo mais importante de
qualquer cultura.
A situação do material de plantio de abacaxi no Brasil pode
ser definido como de escassez de mudas de boa qualidade,
que tenham vigor e sanidade adequados para garantir um
bom desenvolvimento inicial das plantas e um risco
mínimo de ocorrerem doenças e pragas.
O abacaxizeiro é uma planta cujo ciclo natural pode variar
de 16 a 36 meses para produzir a primeira safra – a
depender da cultivar, das condições climáticas e do manejo
da cultura –, e é propagado naturalmente, por meio de
rebentos ou mudas, denominados de filhotes, filhotes-
rebentões, rebentões e coroa. Os três primeiros tipos de
rebentos desenvolvem-se a partir de gemas axilares e
constituem ramos vegetativos com um novo meristema
apical e podem ser descritos da seguinte forma:
z z z z z rebentões: ramos constituídos de folhas que se
desenvolvem de gemas localizadas na parte basal ou
subterrânea do caule; apresentam a base achatada – em
forma de ‘bico de pato’ –, e podem ser aéreos e
subterrâneos; estes últimos emitem raízes rapidamente e,
por isso, são recomendados para o cultivo da soca, ou
seja, exploração da segunda safra no mesmo plantio;
z z z z z filhotes-rebentões: ramos foliáceos que surgem de
gemas encontradas na zona de transição do caule com o
pedúnculo;
z z z z z filhotes: ramos foliáceos que se desenvolvem a partir
de gemas axilares de folhas modificadas do pedúnculo,
logo abaixo do fruto, e que podem ser considerados,
morfologicamente, como frutos rudimentares ou
imperfeitos, com coroas exageradas ou anormais.
Apresentam uma curvatura na base e são vistos no
pedúnculo antes mesmo do fruto completar seu
desenvolvimento.
A coroa é a continuação do meristema original do eixo
principal ou caule da planta, formando um pequeno ramo,
simples ou múltiplo, podendo ter até 150 folhas e pesar
de 50 a mais de 500 g. Nas regiões tropicais, o tamanho
da coroa tende a ser pequeno, devido ao curto intervalo
entre a indução floral e a colheita. A coroa continua a
crescer até que o fruto atinge a maturação, quando, então,
torna-se dormente, e apenas retoma seu crescimento
2 Engo. Agrônomo, Ph.D. Pesquisador, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Caixa Postal 07, 44380-000, Cruz das Almas-Bahia, e-mail: dharoldo@cnpmf.embrapa.br
2 Manejo de Mudas de Abacaxi
quando destacada do fruto, do qual representa de 5% a
40% da massa total. Próximo da colheita, quando a coroa
entra em dormência, seu comprimento, massa e número de
folhas atingem os valores máximos.
O abacaxizeiro pode ser propagado, ainda, artificialmente,
por meio de mudas produzidas a partir do seccionamento
do caule e por micropropagação, neste caso sob condições
assépticas de laboratório, em meio de cultura.
O desenvolvimento das gemas que dão origem às mudas
começa apenas quando termina a dominância do meristema
apical do caule, que ocorre no momento da diferenciação
floral. Isso explica a influência das condições climáticas,
do nível de crescimento das plantas e do fitorregulador
usado na indução do florescimento sobre o número de
mudas produzidas por planta. Esse número varia, também,
de acordo com a cultivar. Considerando que um
abacaxizeiro possui dezenas de gemas axilares, a
explicação para que nem todas formem mudas é a inibição
que as primeiras gemas a se desenvolverem exercem sobre
as demais, que permanecem dormentes.
A muda do tipo filhote e a coroa apresentam um
crescimento sincronizado com o da inflorescência, que
paralisa durante o desenvolvimento e a maturação do
fruto. Isso indica uma competição entre os referidos tipos
de mudas e a inflorescência.
Os plantios de abacaxi podem, portanto, ser feitos com
mudas de vários tipos: coroa, filhote, filhote-rebentão,
rebentão, de viveiro e micropropagadas. Cada tipo possui
características que podem ser vantajosas ou não e devem
ser consideradas quando da sua escolha. No entanto, em
plantios comerciais do Brasil são utilizadas, basicamente,
as mudas dos tipos filhote – sobretudo onde se cultiva a
variedade Pérola –, e rebentão, nos plantios da cultivar
Smooth Cayenne. As mudas do tipo filhote ou “de cacho”,
inseridas no pedúnculo logo abaixo do fruto, são
produzidas em grande quantidade pelas plantas da cultivar
Pérola. De fácil colheita e de tamanho mais uniforme,
apresentam em geral vigor inferior e ciclo maior do que os
rebentões, que se acham inseridos na parte inferior do
caule da planta e são mais suscetíveis à floração natural
precoce. Em alguns países e regiões, principalmente em
plantios cuja produção de frutos destina-se à indústria, as
coroas são também bastante utilizadas, embora sejam
menos vigorosas do que os outros tipos de mudas,
tenham o crescimento mais lento – apesar do enraizamento
mais rápido, o ciclo mais longo (do plantio à colheita) –
em função da frutificação mais tardia, e sejam mais
facilmente afetadas por podridões, principalmente a
podridão-negra causada pelo fungo Chalara paradoxa.
A muda produzida em viveiro, a partir de pedaços do talo
ou caule de plantas que já foram colhidas, é adequada para
a implantação de plantios com melhor sanidade,
especialmente com relação à fusariose, e também para
multiplicação de novas variedades. Mas, na prática, é
pouco utilizada por falta de viveiristas dedicados à sua
produção. Já o uso da muda produzida “in vitro” por meio
de técnicas de cultura de tecidos – micropropagação –,
fica restrito à introdução de plantas matrizes de novas
variedades geradas em programas de melhoramento
genético. Esse último tipo de muda é de excelente
sanidade, porém muito caro para ser usado diretamente em
plantios comerciais.
Qualquer que seja o material de plantio utilizado, é
fundamental que o mesmo tenha boa procedência, seja
sadio (livre de fusariose, cochonilhas e danos mecânicos),
vigoroso e tenha sido colhido em plantios em bom estado
fitossanitário, com o menor número possível de plantas e
frutos doentes. Todas as mudas com goma ou resina e
danos mecânicos devem ser rigorosamente descartadas.
Etapas do Manejo
Após a colheita dos frutos, as mudas do tipo filhote e os
rebentões devem permanecer aderidos à planta-mãe para
continuarem o seu crescimento, até atingirem o tamanho
adequado para o plantio (mínimo de 30 cm e peso de 200
g). Esse período é chamado de ceva e pode durar de dois a
seis meses (no caso dos filhotes) ou dois a dez meses (se
forem rebentões). Para acelerar o desenvolvimento e
melhorar o estado fitossanitário das mudas durante a ceva
as seguintes práticas culturais podem ser realizadas:
continuação da irrigação, caso o plantio seja irrigado;
pulverização com inseticida e acaricida registrados para o
controle de cochonilha e ácaro; e adubação suplementar,
via pulverização foliar com uréia a 3% e cloreto de
potássio a 2%, sobretudo em plantas-mãe de pequeno
vigor. As pulverizações com defensivos e adubações
foliares podem ser feitas com intervalos de 15 a 30 dias.
A colheita das mudas é realizada quando a maioria delas
atinge o tamanho adequado para plantio. Com relação às
do tipo filhote, corta-se o pedúnculo com todo o cacho, o
que facilita o transporte para próximo ao local de plantio e
aumenta o rendimento do trabalho. Em seguida, essas
mudas são destacadas do cacho, fazendo-se, nessa
ocasião, uma seleção preliminar, eliminando-se todas que
estiverem doentes ou com presença de goma, murchas e/
ou muito pequenas.
Algumas vezes aparece na base da muda do tipo filhote
um frutoem miniatura, que deve ser arrancado, para evitar
que se constitua em foco de podridão após o plantio.
As mudas colhidas e pré-selecionadas devem ser expostas
ao sol, ainda no cacho ou já destacadas, com a base
virada para cima, durante três a dez dias – processo
3Manejo de Mudas de Abacaxi
chamado de cura. A cura visa cicatrizar a ferida que ocorre
quando a muda é destacada da planta, além de diminuir a
população de cochonilhas e reduzir o risco de ocorrência
de podridões, sobretudo em períodos de alta umidade.
As mudas depois de curadas devem ser selecionadas por
tipo (filhotes e rebentões) e faixas de tamanho (30 a 40
cm; 40 a 50 cm, 50 a 60 cm), para serem plantadas em
talhões separados. Durante a seleção deve ser efetuado um
descarte rigoroso de mudas menos vigorosas, geralmente
com comprimento inferior a 30 cm, e defeituosas (com
podridão, exsudação de resina ou lesões mecânicas) ou
com características diferentes do padrão da cultivar usada.
A seleção deve ser rigorosa porque as mudas são o
principal veículo de disseminação de pragas e doenças.
Mudas contaminadas pela fusariose devem ser queimadas
ou enterradas, visando à redução de focos dessa doença.
Entretanto, mudas que possuem apenas folhas basais com
seus bordos ou ápices secos não devem ser eliminadas,
desde que o cartucho central esteja em perfeito estado.
As mudas descartadas podem representar uma quantidade
significativa em cada hectare de lavoura (10% a 30% ou
20 a 60 mil). Isso implica em perdas econômicas para o
produtor (R$ 20 a R$ 60 por milheiro de mudas) e
contribui para reduzir a disponibilidade de material de
plantio, que pode ficar crítica em regiões com plantio em
expansão.
No caso de mudas oriundas de plantios com alta
infestação de cochonilha, recomenda-se seu tratamento por
imersão, durante três a cinco minutos, numa calda com
inseticida-acaricida, à base de Etiona, na concentração de
150 ml por 100 litros de água. Já com relação à
fusariose, o tratamento por imersão com fungicidas não é
recomendado, haja vista essa prática não ser eficaz, em
função dos produtos atualmente disponíveis não terem
efeito curativo.
A emissão e o desenvolvimento dos rebentões podem ser
acelerados, fazendo-se um corte das folhas à altura da
base do pedúnculo, com facão ou roçadeira. Tal prática,
realizada após a colheita do fruto e das mudas do tipo
filhote, facilita a colheita dos rebentões, que se encontram
firmemente fixados ao talo das plantas.
A redução do número de mudas do tipo filhote, mediante
desbaste, pode permitir maior fluxo de materiais nutritivos
para o fruto, que tende a aumentar de massa e vigor, sem
ter sua qualidade afetada. A massa das mudas
remanescentes também aumenta. A análise econômica
desse desbaste em plantas da cultivar Pérola indicou uma
relação benefício/custo positiva. O custo não foi superior a
R$ 120,00 (cerca de oito homens/dia por hectare), tendo
havido um aumento médio de cerca de 10% da
produtividade, o que pode representar uma renda adicional
para o produtor entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 por
hectare. As mudas eliminadas no desbaste não significam
perdas em renda, pois no desbaste parcial, de baixa
intensidade, apenas as mudas pequenas e menos
vigorosas são removidas. Tais resultados permitem
recomendar a realização do desbaste de mudas do tipo
filhote, eliminando-se, aos 90 a 100 dias após a indução
floral, cerca de 40% a 50% dos filhotes existentes – os
menos vigorosos – mantendo-se os demais para garantir
o material para o próximo plantio.
Estudos realizados na Embrapa Mandioca e Fruticultura
mostraram que as mudas descartadas podem ser
aproveitadas, se plantadas em canteiros, no espaçamento
de 10 cm x 10 cm (100 mudas por metro quadrado),
onde recebem uma adubação no solo com nitrogênio,
fósforo e potássio, além de molhações em dias alternados,
quando necessárias. A partir de quatro meses no viveiro as
mudas atingem tamanhos adequados para o plantio no
campo. Esses filhotes enviveirados apresentaram
desempenho agronômico comparável ao de filhotes
convencionais ao longo de um ciclo produtivo no campo.
Ficou evidente que filhotes com massas iniciais
semelhantes apresentam desenvolvimento vegetativo e
produção de frutos também similares, independente de
terem ou não passado por uma fase de viveiro. Portanto, é
possível obter-se material de plantio adequado a partir do
enviveiramento de mudas pequenas, mas com
investimento adicional para o crescimento das mesmas
numa fase de viveiro. Essa é uma alternativa válida,
sobretudo para situações de escassez e de alto valor do
material de plantio.
A exemplo das demais plantas frutíferas, o manejo
adequado da muda do abacaxizeiro é imprescindível para o
sucesso econômico do seu cultivo.
Referências
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1994, 70 p. (Coleção Plantar, 11. Série Vermelha).
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LIMA, V.P. de, REINHARDT, D.H.; COSTA, J.A.
Desbaste de mudas tipo filhote do abacaxi cv. Pérola - 2.
Análises de crescimento e correlações. Revista Brasileira de
Fruticultura, Jaboticabal, SP, v.24, n.1, p.101-107,
2002.
4 Manejo de Mudas de Abacaxi
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REINHARDT, D.H.; SOUZA, L.F. da S.; CUNHA, G.A.P.
da. Manejo do abacaxi ‘Pérola’ para produção de
rebentões. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das
Almas, v.18, n.3, p.319-327, 1996.
Exemplares desta edição podem ser adquiridos na:
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Endereço: Rua Embrapa, s/n - Caixa Postal 007
44380-000 - Cruz das Almas - BA
Fone: (75) 621-8000
Fax: (75) 621-8096
E-mail: sac@cnpmf.embrapa.br
1a edição
1a impressão (2004): 500 exemplares
Presidente: Domingo Haroldo Rudolfo Conrado Reinhardt.
Vice-Presidente: Alberto Duarte Vilarinhos.
Secretária: Cristina Maria Barbosa Cavalcante Bezerra
Lima.
Membros: Adilson Kenji Kobayashi, Carlos Alberto da
Silva Ledo, Fernanda Vidigal Duarte Souza, Francisco
Ferraz Laranjeira Barbosa, Getúlio Augusto Pinto da
Cunha, Marcio Eduardo Canto Pereira.
Supervisor editorial: Domingo Haroldo RudolfoConrado
Reinhardt.
Revisão de texto: Comitê de Publicações Local.
Editoração eletrônica: Saulus Santos da Silva.
Comitê de
publicações
Expediente
Comunicado
Técnico, 105
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento

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