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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO PROCESSO - monitoria 2015

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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO PROCESSO
PROPEDÊUTICA PROCESSUAL:
- Necessidade: É a falta de alguma coisa.
- Bem: É o elemento capaz de satisfazer uma necessidade do homem.
- Utilidade: É o valor de um bem para satisfazer uma necessidade.
- Interesse: É aquele que está entre a necessidade e um bem capaz de satisfazê-la. Sujeito: Homem. Objeto: Bem. Divide-se em interesse coletivo e interesse individual.
- Conflito intersubjetivo de interesses: Ocorre quando duas ou mais pessoas têm interesse pelo mesmo bem, que só a uma possa satisfazer. 
- PRETENSÃO: É a exigência da subordinação do interesse alheio ao próprio. É querer ter seu interesse satisfeito. (O autor pretende que seu direito seja reconhecido.)
- RESISTÊNCIA: É a defesa à situação de subordinação do interesse próprio ao alheio. É a não sujeição ao interesse de outrem. (O réu resiste porque acredita que o direito pertence a ele.)
- LIDE: É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS:
- Autodefesa ou autotutela:
É o emprego da força bruta ou força material contra o adversário para vencer a sua resistência.
Não garante a justiça, já que prevalece a vitória do mais forte.
- Autocomposição:
FORMAS:
Desistência: Renúncia à pretensão.
Submissão: Renúncia à resistência oferecida à pretensão.
Transação: Concessões recíprocas.
- Arbitragem:
Os sujeitos do conflito escolhem uma terceira pessoa que irá decidi-lo através de contrato.
- Processo:
Instrumento de composição da lide.
NOÇÕES DE DIREITO:
- Direito Objetivo:
É o direito imposto pelo Estado através das leis, que disciplinam a conduta dos indivíduos.
- Direito Subjetivo:
É a faculdade do indivíduo de agir conforme a lei.
- Direito Material ou Substantivo: 
Normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a BENS e UTILIDADES DA VIDA.
- Direito Processual ou Adjetivo:
Disciplina a SOLUÇÃO JURÍDICA dos litígios por meio dos órgãos judiciários.
O caráter do Direito Processual é PUBLICISTA (PÚBLICO).
- Sanções:
São medidas estabelecidas pelo Direito, como consequência da desobediência da lei.
Sanção penal: Consequência do descumprimento da lei penal – resulta em uma pena.
Sanção civil: Consequência do descumprimento da lei civil – resulta em pagamento.
- Relação jurídica:
É o liame jurídico que vincula pessoas.
- Relação jurídica processual:
- Teorias:
Linear: Exclui o juiz da relação processual. 		 J
							A-------R
Relação Jurídica Processual Bilateral: Os vínculos se dão entre autor e juiz e entre juiz e réu. 				 J
							 / \
						 A R
Relação Jurídica Processual Trilateral: Há vínculos ente as partes e o juiz e entre as próprias partes, em virtude da possibilidade de ACORDO.
							 J
							 / \
						 A------R
PRINCÍPIOS ********
- PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO:
a) LÓGICO: Forma os mais aptos para descobrirem a verdade e evitar o erro no processo.
b) JURÍDICO: Assegurar igualdade de tratamento aos litigantes no processo, bem como justiça na decisão. (Lembra da estátua do direito? Com a balança na mão e a espada...)
c) POLÍTICO: Deve-se aplicar o MÁXIMO DE GARANTIA SOCIAL, com o MÍNIMO DE SACRIFÍCIO INDIVIDUAL DA LIBERDADE.
d) ECONÔMICO: O processo deve ser acessível a todos os cidadãos, sendo menos oneroso e mais rápido
- PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL:
INVESTIDURA/JUIZ NATURAL 
Somente o magistrado é investido de jurisdição, tendo sido criado antes do litígio. Deve estar investido na atividade jurisdicional e também deve ser competente para julgar a lide. Impede a criação de tribunais de exceção.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I- A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
AÇÃO, DEMANDA, INICIATIVA DAS PARTES OU INÉRCIA DA JURISDIÇÃO
O processo não pode ser iniciado pelo juiz. Cabe a quem se sente lesado o direito de provocar o exercício da jurisdição
IMPARCIALIDADE DO JUIZ
Significa a equidistância do juiz das partes e seus interesses no processo em que atua.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício (...);
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público (...);
III - irredutibilidade de subsídio (...).
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
IGUALDADE DAS PARTES OU ISONOMIA PROCESSUAL
Impõe ao juiz tratamento igualitário em relação aos litigantes, 
Encontra exceções, portanto não é absoluto: 
Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
ACESSO À JUSTIÇA OU INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO 
Quando a pessoa sentir que teve um direito lesado, mesmo que pelo Estado, poderá recorrer ao processo. 
PUBLICIDADE
As audiências são públicas e qualquer indivíduo pode examinar o processo, o que garante a fiscalização sobre o trabalho do juiz, dos advogados e dos promotores de justiça.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.
IMPULSO OFICIAL
Cabe ao juiz, depois de instaurada a relação processual, movimentar o processo até a conclusão final, velando pela sua rápida solução.
LEALDADE PROCESSUAL
É consequência da boa-fé no processo. 
LIVRE CONVENCIMENTO OU LIVRE APRECIAÇÃO DA PROVA
O juiz deve apreciar livremente as provas apresentadas pelas partes, de acordo com as regras jurídicas.
ÔNUS DA PROVA
Cabe a quem alegar provar o que foi alegado.
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
PRECLUSÃO OU EVENTUALIDADE
Cada ato processual deve ser exercitado dentro da fase adequada, sob pena de se perder o direito de praticar o respectivo ato processual.
Preclusão é a perda do direito de realizar um ato dentro do processo pelo decurso do tempo.
VERDADE REAL
Proporciona ao juiz buscar, além do processo, os meios necessários para alcançar a verdade dos fatos, conforme ocorreram na realidade, não se conformando com a verdade formal.
NÃO AUTO-INCRIMINAÇÃO
Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, nem pode ser constrangido a confessar a prática de um ato criminoso.
IMPLÍCITO através da conjugação de três princípios:
Ampla defesa.
Presunção da inocência.
Direito constitucional ao silêncio.
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
O juiz que tenha iniciado a instrução (fase processual em que se produzem as provas) deve ficar obrigado a dar sentença.
Tem exceções nos casos de TRANSFERÊNCIA, PROMOÇÃO OU APOSENTADORIA, em que os processos serão passados a seu sucessor.
MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
Significa que o juiz deve explicar sua decisão, garantindo às partes a possibilidade de recurso.
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido
e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; (resumo do processo)
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; (análise das questões de fato e de direito)
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem. (resolução das questões)
PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA
Todos são presumivelmente inocentes até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
 “É preciso uma sentença penal condenatória transitada em julgado para que alguém seja considerado culpado.”
ORALIDADE
Os atos processuais se desenvolvem conforme um sistema predominantemente oral.
AMPLA DEFESA
O que passa a sofrer em condição de acusado, em processo (judicial ou administrativo) tem o direito de defesa. 
“FAVOR REI”
No caso de dúvida do juiz, este deve julgar em favor do réu.
PEREMPTORIEDADE RECURSAL
Os prazos recursais correm em cartório e são contínuos e fatais, não se interrompendo por férias, domingos e feriados.
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO OU RECORRIBILIDADE
É a possibilidade de recorrer à decisão proferida em 1º grau.
A expressão “duplo grau” significa que a decisão proferida pela jurisdição inferior pode ser revista pela jurisdição superior.
FUNGIBILIDADE RECURSAL
Admite-se um recurso por outro, desde que interposto dentro do prazo legal e de boa-fé.
INADMISSIBILIDADE DA PROVA ILÍCITA
Não são admitidas no processo as provas obtidas por meios ilícitos, ou seja, produzidas em contrariedade a uma lei.
SUCUMBÊNCIA
O vencido deve arcar com as despesas do processo, como despesas, custas e honorários despendidos pelo vencedor da causa.
ÍNTIMA CONVICÇÃO (JÚRI)
A grande diferença:
JUIZ TOGADO = livre convencimento/motivação da sentença
JÚRI = íntima convicção, pois o jurado julga de acordo com sua consciência, sem dar as razões de sua decisão.
Características:
Plenitude da defesa
Sigilo das votações
Soberania dos veredictos
Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida
São crimes dolosos contra a vida: homicídio, infanticídio, aborto e induzimento/instigação/auxílio ao suicídio.
DEVIDO PROCESSO LEGAL
É indispensável o desenvolvimento do processo perante juiz competente e imparcial, mediante amplo acesso ao Poder Judiciário e com a preservação do contraditório e da ampla defesa.
Decorrem os princípios:
Isonomia Processual
Juiz Natural
Ação (ou Inércia da Jurisdição)
Contraditório e Ampla Defesa
Inadmissibilidade da Prova Ilícita
Liberdade dos Atos Processuais
Duplo Grau de Jurisdição
Motivação das Decisões Judiciais
LEIS MATERIAIS OU SUBSTANCIAIS
São aquelas que fixam regras de conduta.
LEIS PROCESSUAIS OU INSTRUMENTAIS
São regras operacionais que disciplinam a aplicação das leis materiais.
LEI PROCESSUAL NO TEMPO: tem dois princípios vigentes.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: A lei não retroage, salvo no Direito Penal para beneficiar o réu.
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE: Exige aplicação imediata da lei processual nova.
Observações: I) Não se aplica a lei processual nova a processos findos ou exauridos. II) Processos pendentes são atingidos pela lei processual nova, respeitando os efeitos dos atos já praticados na lei processual antiga. III) Processos futuros são completamente regidos pela lei processual nova.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO: vigora o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE, devendo o juiz aplicar a lei processual em todo o território nacional.
JURISDIÇÃO
É o poder do Estado, através do Judiciário, de dizer o direito no caso concreto. 
ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO
DECISÃO
É dizer o direito no caso concreto.
COERÇÃO
Obriga as partes e as testemunhas.
DOCUMENTAÇÃO
Representação por escrito dos atos processuais praticados no processo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
INDELEGABILIDADE
O juiz não poderá atribuir a ninguém funções que são inerentes a seu cargo.
ADERÊNCIA DA JURISDIÇÃO AO TERRITÓRIO
Os juízes exercem a jurisdição dentro de determinados espaços territoriais estabelecidos pela lei.
INAVITABILIDADE
As partes não poderão escolher o juiz que solucionará o seu litígio.
INDECLINABILIDADE
O juiz não pode deixar de dizer o direito.
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
É a verdadeira jurisdição, que tem por objeto a lide. Os litigantes são chamados de PARTES.
Produz coisa julgada.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Não resolve litígios, refere-se apenas a certos negócios ou atos jurídicos que devem ser submetidos ao controle do juiz. 
Não produz coisa julgada, portanto pode ser revista na jurisdição contenciosa. 
AÇÃO
A ação é um direito subjetivo público de pleitear ao poder judiciário uma decisão sobre uma pretensão.
ELEMENTOS
- As partes: correspondem ao autor e o réu.
- O pedido: é o objeto da ação. 
Pedido imediato: é a decisão.
Pedido mediato: é o bem da vida. 
- Causa de pedir: é o fundamento jurídico da ação.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:
O pedido tem que estar presente em lei ou não ser proibido por ela.
INTERESSE DE AGIR:
É a utilidade do pedido e a necessidade de pedir ao Estado.
LEGITIMIDADE PARA A CAUSA:
É a identidade entre o direito e às partes.
CARÊNCIA DE AÇÃO
Não estando presente alguma das condições da ação, o juiz extingue o processo sem resolução do mérito.
CLASSIFICAÇÃO
AÇÃO DE CONHECIMENTO
São as ações que tendem a provocar um julgamento sobre a situação jurídica afirmada pelo autor.
Ação condenatória: o autor pretende obter do juiz uma sentença de condenação do réu ao cumprimento de uma obrigação.
Ação declaratória: visa obter do juiz uma sentença declaratória de certeza da existência ou inexistência de um direito ou de uma relação jurídica; ou autenticidade ou falsidade de um documento.
Ação constitutiva: visa obter do juiz a modificação de uma situação jurídica existente, criando uma situação jurídica nova.
AÇÃO DE EXECUÇÃO 
Visa o cumprimento forçado de um direito já reconhecido.
- Título executivo judicial: sentença condenatória.
- Título executivo extrajudicial: títulos de crédito.
AÇÃO CAUTELAR 
Visa uma medida urgente como fim de assegurar os efeitos da ação principal.
Tem como pressupostos específicos:
- “Periculum in mora”: perigo na demora. É o fundado temor de que, enquanto se espera aquela tutela, ocorra ao direito posto em juízo lesão de difícil reparação.
- “Fumus boni iuris”: fumaça do bom direito. A provável existência do direito para o qual se pede a tutela em via principal.
PROCESSO E PROCEDIMENTO
PROCESSO
É um meio ou instrumento de composição da lide. 
ESPÉCIES:
PROCESSO DE CONHECIMENTO OU COGNITIVO 
É o conjunto de atos que tendem a provocar um juízo de uma situação jurídica.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
É o conjunto de atos que o credor promove para tentar efetivar seu direito.
PROCESSO CAUTELAR
É o conjunto de atos que visam garantir o resultado de outro processo. Tem como pressupostos “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.
PRAZOS
É o lapso de tempo dentro do qual um ato deve ser praticado.
CLASSIFICAÇÃO
PRAZOS PRÓPRIOS: 
São aqueles em que parte deve realizar o ato processual, sob pena de preclusão.
PRAZOS IMPRÓPRIOS:
São os impostos aos juízes e seus auxiliares, e o não cumprimento tem consequência disciplinar, não processual. 
PRAZOS PARTICULARES:
Correm para apenas uma das partes. 
PRAZOS COMUNS:
Correm para ambas as partes ao mesmo tempo. 
PRAZOS LEGAIS:
São estabelecidos na lei. 
PRAZOS JUDICIAIS:
São fixados pelo juiz. 
PRAZOS CONVENCIONAIS:
São combinados pelas partes
PRAZOS ORDENATÓRIOS:
São aqueles que determinam alguma providência a ser cumprida. 
PRAZOS DILATÓRIOS:
São prazos fixados pela lei que podem ser modificados pelo juiz ou pelas partes.
PRAZOS PEREMPTÓRIOS OU FATAIS:
São prazos fixados pela lei que não podem ser modificados nem pelo juiz, nem pelas partes.
PRAZOS CONTÍNUOS:
Correm sem interrupção, inclusive nos feriados e férias.
CONTAGEM DOS PRAZOS
Exclui-se o dia do início e inclui-se o dia do vencimento.
COMPETÊNCIA
É a limitação da jurisdição.
CRITÉRIOS:
OBJETIVO:
- Em razão da matéria (da lide) – competência absoluta. Ex: cível, penal.
- Em razão da pessoa (parte) – competência absoluta. Ex: União (Just. Federal)
- Em razão do valor da causa – competência relativa.
FUNCIONAL:
É a competência hierárquica, decorrente do duplo grau de jurisdição – competência absoluta. Ex: recursos.
TERRITORIAL:
Em regra, é competência relativa.
- Pelo domicílio do réu – competência relativa.
- Pelo lugar de certos atos ou fatos – competência relativa. Ex: lugar do acidente de carro.
- Ações de propriedades de imóveis – competência absoluta.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA: Ocorrendo a incompetência absoluta, o processo será encaminhado para juiz competente e todos os atos decisórios serão declarados nulos.
COMPETÊNCIA RELATIVA: Ocorrendo a incompetência relativa, a parte lesada deve questionar a incompetência através da exceção. Aceita a exceção, o processo deve ser direcionado para juiz competente. 
EXCEÇÃO: É uma defesa processual em que a parte pede o afastamento do juiz da causa, por incompetência relativa, impedimento ou suspeição. 
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: É um efeito processual de quando a parte lesada não ingressa com exceção, tornando o juiz relativamente incompetente em competente.
PREVENÇÃO: Tendo mais de um juiz competente a julgar a lide, a competência será determinada pela prevenção e atribuída àquele que despachar em primeiro lugar. 
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO: Firmada a competência do juiz, ela perdurará até o final da demanda.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: Conflito positivo é quando dois ou mais juízes se declaram competentes, enquanto conflito negativo é quando dois ou mais juízes se declaram incompetentes.
RESPOSTA DO RÉU
CONTESTAÇÃO
É a defesa do réu contra o pedido do autor.
É oferecida em peça autônoma, no mesmo processo.
EXCEÇÃO
É uma defesa em que a parte pede o afastamento do juiz da causa, por incompetência relativa, impedimento ou suspeição. 
Será processada em apenso aos autos principais.
RECONVENÇÃO
É a ação do réu contra o autor, proposta no mesmo processo.
Regida pelo princípio da economia processual, versa questões conexas entre as mesmas partes.
DOS ATOS PROCESSUAIS
FORMA DE EXPRESSÃO: escrito ou oral.
LINGUAGEM: uso do vernáculo.
PRINCÍPIOS:
Princípio da tipicidade – os atos processuais devem corresponder a um modelo previsto em lei.
Princípio da instrumentalidade das formas – não há necessidade de uma forma definida a não ser quando a lei exigir.
Princípio da publicidade dos atos processuais – os atos processuais são públicos, com exceções.
ATOS DAS PARTES
Praticados pelo autor, pelo réu, pelas partes intervenientes ou pelo Ministério Público.
CLASSIFICAÇÃO:
Atos postulatórios – visam obter do juiz uma providência jurisdicional.
Atos instrutórios ou probatórios – visam convencer o juiz da verdade alegada.
Atos reais – se manifestam em coisas, e não em palavras. 
ATOS DO JUIZ
Confere, pelo princípio do impulso real, o andamento regular do processo até a sentença.
CLASSIFICAÇÃO:
Sentença – ato pelo qual o juiz resolve ou não o mérito da causa. 
Decisão Interlocutória – é o ato pelo qual o juiz no decorrer do processo resolve questão incidental.
Despachos – são os demais atos praticados no processo.
Acórdãos – julgamentos proferidos pelos tribunais.
ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
São atos destinados ao andamento do processo.
CLASSIFICAÇÃO:
Atos de movimentação – são aqueles destinados ao andamento do processo.
Atos de execução – são aqueles praticados em cumprimento de determinação judicial.
Atos de documentação – são aqueles em que os auxiliares manifestam a sua fé pública de que os atos determinados pelo juiz foram cumpridos.
DA SENTENÇA
REQUISITOS:
Relatório – resumo do processo. 
Fundamentação ou motivação – justificativa do juiz.
Dispositivo – é a conclusão da sentença.
CLASSIFICAÇÃO:
Sentença definitiva – quando há extinção com resolução do mérito.
Sentença terminativa – quando há extinção sem resolução do mérito.
Sentença condenatória – é a que impõe ao réu uma obrigação.
Sentença constitutiva – é a que o juiz cria, modifica ou extingue uma relação jurídica.
Sentença declaratória – é a que declara a existência ou falsidade de um documento.
Sentença homologatória ou vazia – é aquela em que o juiz reconhece o acordo das partes. Não há motivação.
Sentença mandamental – ocorre nas ações de mandado de segurança, mandado de injunção, habeas corpus e habeas data;
O LIMITE DA SENTENÇA É O PEDIDO DO AUTOR!!!!!
COISA JULGADA
COISA JULGADA FORMAL
Ocorre quando o processo é extinto sem resolução do mérito e não há mais a possibilidade de interposição de recurso. A parte pode ingressar com a mesma ação novamente.
COISA JULGADA MATERIAL
Ocorre quando o processo é extinto com a resolução do mérito e não existe mais a possibilidade de interposição de recurso. A questão não pode ser rediscutida em outro processo.
DOS RECURSOS
Recurso é o instrumento para se pedir o reexame de uma decisão judicial.
PRESSUPOSTO FUNDAMENTAL DO RECURSO: é a SUCUMBÊNCIA.
Pressupostos subjetivos
LEGITIMIDADE PARA RECORRER – as partes, o terceiro interessado e o Ministério Público.
INTERESSE PARA RECORRER – quem sofre prejuízo com a decisão judicial.
Pressupostos objetivos
RECORRIBILIDADE – são recorríveis apenas as sentenças, as decisões interlocutórias e os acórdãos. Os despachos são irrecorríveis.
TEMPESTIVIDADE DO RECURSO – o recurso deve ser apresentado dentro do prazo legalmente previsto. 
ADEQUAÇÃO DO RECURSO – o recurso deve estar adequado à lei.
SINGULARIDADE DO RECURSO – para cada decisão, ingressa-se com um único recurso. 
MOTIVAÇÃO DO RECURSO – o recorrente precisa expor as razões do recurso.
PREPARO DO RECURSO – é o pagamento das custas e despesas processuais, sob pena de o recurso ser considerado DESERTO produzindo a coisa julgada da decisão recorrida. São isentos de preparo: Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias e os beneficiários da assistência judiciária.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE OU JUÍZO DE PRELIBAÇÃO 
Aceita-se o recurso quando preencher todos os pressupostos recursais (requisitos de admissibilidade).
TEORIA DO PROCESSO PENAL
LIDE PENAL: é o conflito entre o direito punitivo do Estado e o direito de liberdade do acusado.
INQUÉRITO POLICIAL: é o conjunto de diligências realizadas pela polícia civil.
POLÍCIA PREVENTIVA: polícia militar – tem a função de garantir a ordem pública.
POLÍCIA JUDICIÁRIA OU REPRESSIVA: polícia civil – tem a função de auxiliar a justiça.
AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL PÚBLICA
É promovida pelo Ministério Público, através da denúncia.
INCONDICIONADA – independe de provocação ou representação
CONDICIONADA – depende de representação do ofendido ou de seu representante legal.
Representação é uma condição de procedibilidade da ação penal pública condicionada. Denúncia é a peça inicial da ação penal pública.
AÇÃO PENAL PRIVADA
EXCLUSIVA – deve ser promovida pelo ofendido ou por seu representante legal.
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA – promovida pelo ofendido ou por seu representante legal caso o Ministério Público não apresentar a denúncia no prazo (casos de ação penal pública).
PERSONALÍSSIMA – art. 236 – é aquela que pode ser promovida somente pelo ofendido.
Queixa-crime é a peça inicial da ação penal privada e deve ser apresentada através do advogado.
PROCESSO PENAL
PRINCÍPIOS:
Obrigatoriedade
A autoridade policial, nos crimes de ação pública, é obrigada a proceder as investigações; e o Ministério Público é obrigado a apresentar a respectiva denúncia.
(As autoridades públicas são obrigadas a cumprir as suas funções.)
Indisponibilidade
A autoridade policial não pode determinar o arquivamento do inquérito policial e o Ministério Público não pode desistir da ação penal pública.
(As autoridades públicas não podem dispor do direito da coletividade.)
Disponibilidade ou oportunidade
O ofendido pode dispor de seu direito tanto de promover a ação penal privada como de dar representação.
Iniciativa das partes no processo legal
Cabe ao Ministério Público propor a ação penal pública através da denúncia e, ao ofendido ou a seu representante legal, a ação penal privada, através da queixa-crime.
Material da Monitoria de TGDP do MIGUEL – 2015 – Monitora Isabella Branquinho

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