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Esboço - Semanas sobre Processo 1- 2015.2

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Esboço – TGP – Aulas Semanas Processo e Pressupostos Processuais – 2015.2 
– Prof.ª Eny R.Borgonhone 
 
Processo: conceito. Natureza jurídica do processo. Perfil histórico do processo: teorias. Classificação 
dos processos: conhecimento, execução. Retirada do processo cautelar do Novo CPC. 
 
CONCEITO: O processo é instrumento da Jurisdição se traduzindo no método pelo qual este 
poder atua para prestar a tutela jurisdicional e alcançar a entrega do direito material alegado 
em juízo. 
 * Vale lembrar que com a CRFB/88 processo é também GARANTIA. 
 
NATUREZA JURÍDICA: instrumento (ou para alguns método) da Jurisdição, vez que é através dele 
que a Jurisdição se movimenta e presta a tutela jurisdicional pleiteada. 
 *Ainda há aqueles que entendem que a natureza jurídica do processo é de ser 
relação processual, mas atualmente, tal entendimento se mistura a outros conforme abaixo. 
 
PERFIL HISTÓRICO: 
As principais teorias são: 
 Teoria do processo como contrato; 
 Teoria do processo como quase-contrato; 
 Teoria do processo como relação processual – Oskar von Bülow, 1868 – Teoria aceita 
até os dias de hoje, tendo em vista que efetivamente se instaura uma relação jurídica 
entre as partes e o Estado Juiz quando da quebra da inércia jurisdicional. 
 Teoria do processo como situação jurídica; 
 Modernamente existem também: 
 Teoria da entidade complexa; 
 Teoria da instituição jurídica; 
 Teoria da categoria jurídica autônoma; 
 Teoria do procedimento em contraditório – esta com certa adesão por 
parte dos processualistas, pois que bem analisada se verifica com 
clareza a existência de uma relação dialética dentro do contraditório 
estabelecido pela Constituição Federal como um dos fundamentos do 
processo moderno. 
 Processo como Instrumento ou método. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS: CONHECIMENTO, EXECUÇÃO, Ainda o Processo 
SINCRÉTICO (junção do conhecimento e da execução num mesmo processo e procedimento, com 
fases distintas). 
 
 A classificação do processo se estabelece de igual forma à classificação das tutelas 
jurisdicionais, por serem estas objeto daquele, entretanto, não há que se falar em 
“processo mandamental” ou “processo executivo lato sensu”, estes permanecem no 
nível apenas de tutelas mesmo, em especial, por observância à lei processual que 
delimita no Código de Processo Civil de 1973 apenas três espécies do gênero processo, 
assim ficando: 
 
PROCESSO 
 
Conhecimento Execução 
 
Cautelar 
 
 
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 PROCESSO SINCRÉTICO: já este é fruto da reforma da Lei 11.232/06, que congrega no 
mesmo procedimento as tutelas de conhecimento e de execução. 
 Sincretismo representa a união de dois ou mais elementos em um só. A unificação de 
todas as etapas processuais constitui-se em uma tendência no Direito Processual Civil 
Brasileiro, de forma a se prestar a tutela jurisdicional com maior agilidade, simplicidade 
e efetividade. 
 Em 1994 foi incorporado pelo legislador ao processo de conhecimento, a chamada 
antecipação de tutela (CPC, art. 273) e a sentença mandamental e executiva (Art. 461 
do CPC). 
 Em 2002, foi adotada a mesma sistemática para as obrigações de entrega de coisa (CPC, 
art. 461-A). 
 A Lei 11.232/2005, introduziu o Cumprimento de Sentença, que consiste na execução 
das decisões condenatórias a pagamento de quantia certa no próprio processo em que 
foram exaradas. 
 Lembrando que os provimentos condenatórios em obrigações de fazer, não-fazer e 
entrega de coisa, também de revestem desta natureza a partir da reforma processual. 
(art. 466, 461-A, CPC). 
 
 Já o NOVO CPC (2015) classifica o processo apenas em: 
 
 
PROCESSO 
 
Conhecimento Execução 
 
--------- 
 
Mas não deixa de contemplar as tutelas CAUTELARES (como tutela de urgência), significa dizer, 
que as situações que exijam proteção do provimento principal e/ou do objeto bem da vida terão 
o respaldo da lei, podendo o juiz conceder a tutela necessária conforme art. 294, seguintes c/c 
art. 305, seguintes, todos do NCPC. 
 
 
Pressupostos processuais de existência: órgão jurisdicional, partes e demanda. Exame individualizado 
dos pressupostos. Capacidades e suas dimensões no direito processual. Ausência e perda incidental de 
capacidade. Pressupostos positivos e negativos. 
 
Considerações: 
 
 A todos é assegurado o acesso à justiça com obtenção de uma resposta do Poder 
Judiciário. A partir da propositura da demanda haverá a formação do processo, método 
garantido pela CFRB para solução de litígios, ou instrumento abstrato da Jurisdição, por 
isso não tem realidade corpórea (Rios, p. 161) e não tem um fim em si mesmo, 
entretanto, é por meio dele que a Jurisdição poderá aplicar a lei (caso exista ou outra 
fonte do direito) ao caso concreto, dando solução às demandas que lhe são propostas. 
 
 Enquanto a ação (segundo a antiga visão da Teoria Eclética) depende de terminadas 
condições para seu legítimo exercício, o processo deve preencher determinados 
requisitos para ter desenvolvimento válido e regular, sem os quais o processo não 
alcança seu cume, qual seja, o provimento jurisdicional com resposta de mérito. 
 
 Para se chegar a este fim, há de ser verificadas pelo juiz as questões prévias, nesta 
ordem: os pressupostos processuais, abarcando a legitimidade para a causa e o 
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interesse de agir, conforme o Novo CPC. Todos são considerados “matérias de ordem 
pública”, devendo ser examinadas de oficio pelo magistrado. 
 
 Somentr quando preenchidos todos os pressupostos processuaisas e ultrapassada a fase 
de admissão, bem como questões formais, é que o magistrado poderá trabalhar com o 
o mérito. 
 
Classificação 
Três grandes grupos de pressupostos se destacam: 
1º) Quanto ao órgão jurisdicional. 
2º) Quanto às partes. 
3º) quanto à demanda. 
 
a) Pressupostos processuais de existência são aqueles que têm tal relevância que se não 
preenchidos levam à inexistência do processo. 
EXEMPLOS: 
Existência de jurisdição/órgão jurisdicional. 
Capacidade postulatória das partes (art. 103, 104, 106, 111, 112, NCPC). 
Existência de demanda. 
Existência de citação do réu. 
Sentença com assinatura, etc. 
 
b) Pressupostos processuais de validade são também de relevância tal que se não 
preenchidos levam à nulidade do processo. 
 
Nulidades absolutas: guardam relação com vícios na estrutura do processo e 
da relação processual, as demais são relativas (estas devem ser alegadas 
pelas partes). 
 
EXEMPLOS de pressupostos de validade: 
Competência/juízo competente; juiz imparcial. 
Capacidade civil/ capacidade de ser parte (mesmo para os entes despersonalizados). 
Capacidade processual das partes/capacidade para estar em juízo pó si só. 
Demanda regular/petição inicial apta, etc. 
 
Capacidade ≠ Legitimidade 
 
 Pressupostos positivos: todos os estudados acima são considerados 
“positivos”, vez que sua apresentação no processo é imprescindível. 
 
c) Pressupostos negativos: indicam circunstâncias que, ao contrário, devem estar 
ausentes exatamente para que haja a regularidade e a validade do processo. Por isso, a 
existência desses institutos processuais ensejará uma brusca interrupção com extinção 
da relação jurídica processual e, em conseqüência do próprio processo. 
EXEMPLOS: 
 Litispendência. 
Perempção. 
Coisa julgada. 
Compromisso arbitral, etc. 
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d) “Pressupostos” subjetivos e objetivos: o processo tem dois aspectos um objetivo e 
outro subjetivo. 
a) Objetivo: constitui-se de um conjunto de atos preordenados destinado a atingir a 
prestação jurisdicional. Também estes guardam seus requisitos, como, por 
exemplo, apresentação da PI (petição inicial)conforme o rito que manda a lei. 
b) Subjetivo: o processo, sem dúvida, estabelece uma relação entre o juiz (Estado/Juiz) 
e as partes (autor e réu), relação esta que se propaga no tempo, implicando em 
deveres, ônus, direitos, faculdades, etc., de cada um desses três sujeitos. Também 
esta relação tem seus requisitos, tais como, o dever do magistrado em ordenar a 
citação; o ônus do réu em contestar o pedido, etc.; 
 
Consequências da falta dos pressupostos positivos ou da presença de pressupostos negativos: 
a) No caso da inexistência de pressupostos positivos, deve o magistrado quando possível, 
determinar que o vício seja sanado, determinando prazo para tanto. 
 Ex.: Petição Inicial irregular, art. 321 e parágrafo único, NCPC. 
 Não sendo possível a correção (se tratando de vício insanável ou caso o vício 
sanável não tenha sido suprido), o juiz julgará extinto o processo sem resolução 
de mérito, como ordena o art. 485, incisos, §§, NCPC. 
b) No caso da existência de pressupostos negativos, a conseqüência será semelhante, qual 
seja, implicará em extinção do processo sem julgamento do mérito, vez que apresenta 
situações que impedem o exame do mérito daquela relação jurídica processual. Ex.: 
Compromisso arbitral, art. 485, inc. VII, CPC. 
c) Importante: Quanto à ausência de imparcialidade (suspeição e impedimento) e à 
competência absoluta do juízo, sua inobservância não leva à extinção do processo sem 
julgamento de mérito, mas sim haverá nulidade dos atos decisórios e a remessa dos 
autos ao juiz desimpedido ou absolutamente competente, conforme seja o caso. 
 
Ausência e perda incidental de capacidade. 
 Ver art. 485, IX, NCPC e a possibilidade de extinção do processo sem julgamento. 
 Ver também art. 108, 110, NCPC. 
 
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Ótimos estudos!!! Não deixem de analisar a doutrina e a jurisprudência, ta bom?! 
Abração em todos. 
Prof.ª Eny

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