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MODELO RELAXAMENTO DE PRISAO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PLANTONISTA DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _ 
José Alves, brasileiro, estado civil ___, fazendeiro e proprietário, nascido em ____, CPF _____, portador da cédula de identidade nº:______________, filho de ___ e de ___, residente na _______________, telefone ______, por seu advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente á presença de Vossa Excelência requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal e no artigo 310, I, do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I. DOS FATOS ·.
No dia 10 de março de 2011, o requerente após ingerir algumas taças de vinho, adentrou em seu automóvel e aproveitando-se de que a estrada que tangencia sua propriedade s estava totalmente deserta, resolveu dar uma volta, a fim de sentir-se novamente sobreo. Após percorrer aproximadamente dois quilômetros pela estrada, foi surpreendido e abordado por uma guarnição da Policia Militar, que fazia ronda no local buscando apreender um foragido do presídio da localidade.
 Procedendo-se à abordagem de Jose Alves, o Policial Militar requereu que ele descesse do automóvel e incisivamente o compeliu para que realizasse o teste de alcoolemia. Após ser compelido a realizar o teste, os Policiais o conduziram à Unidade de Policia Judiciária onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante Delito pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, combinado com o artigo 2º, inciso II, do Decreto 6848/06, embasando o fato, na prova produzida contra a sua vontade.
Após lavrado o Auto de Prisão em Flagrante e cerceada à liberdade do requerente sem motivo palpável, pois, conforme se verifica ele não causava nenhum perigo de dano ou mesmo perigo à sua incolumidade física, uma vez que transitava em uma estrada que tangencia sua propriedade rural e totalmente deserta, tem-se ainda que, há DOIS dias encarcerado na Delegacia de Polícia, a autoridade policial não permite que o requerente se comunique com seu advogado e nem com seus familiares, e também asseverou que não comunicará o fato ao juízo competente e tampouco a Defensoria Pública, fato que evidencia a ilegalidade da prisão.
II. DOS FUNDAMENTOS. 
II. I. Da ilegalidade da prisão
Conforme pode-se perceber pela narrativa acima, há uma incontestável discricionariedade da Autoridade Policial e um inenarrável descaso com as garantias fundamentais, pertencentes ao requerente, e previstas em nossa Carta Magna e no Código de Processo Penal. Tratando-se de flagrante ilegal, devendo ser imediatamente relaxado.
Em primeira análise, verifica-se que o requerente foi “incisivamente compelido” a realizar o teste de alcoolemia, descaracterizando sua vontade direta em realiza-lo, desse modo, a prisão há de ser considerada nula, sob a ótica do princípio constitucional de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.
Por se tratar de meio de prova bastante invasiva, ou seja, dependente da participação ativa do agente, a sua produção só é permitida no ordenamento jurídico de forma voluntária. No caso presente, o requerente foi compelido a produzir prova contra sua vontade, tornando a prisão em flagrante inquestionavelmente nula, por derivar de prova ilícita, portanto contrária ao princípio constitucional de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, segundo o art. 5º, incisos LXIII e LVI, da CF, conforme transcrição abaixo:
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos 
É evidente a violação da norma, pois, para que ocorra a subsunção do fato ao tipo penal do artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro é indispensável à realização de tal exame, em aparelho de ar alveolar, para se constatar se a concentração de álcool descrita no tipo penal fora ou não alcançada.
Ainda carece de legalidade a prisão por violação ao direito à comunicação entre o preso e o advogado, bem com familiares, como bem dispõe o artigo 5º, inciso LXIII:
COPIAR artigo 5º, inciso LXIII
Por fim, a respeito da ilegalidade da prisão, o artigo 5º, inciso LXII e o Código de Processo Penal em seu artigo 306 prevê de forma clara quais são as responsabilidade da autoridade Policial, quando lavrado o auto de prisão em flagrante, desse modo:
Art. 5º, LXII, CF: “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada”.
COPIAR ARTIGO 306, § 1º CPP
Visualizado o mandamento expresso de que se tratando de prisão em flagrante, deverão ser comunicados em até vinte e quatro horas o magistrado, os familiares e à Defensoria Pública, não nos parece crível que passados DOIS dias da prisão, a Autoridade Policial ainda não tenha comunicado e nem pretenda encaminhar o auto de Prisão em Flagrante, às autoridades competentes.
Nesse sentido, conforme observado pelo narrado acima é de vital importância que seja a relaxada a prisão do requerente, por tratar-se, claramente, de prisão ilegal, em desconformidade com o estribado nos termos da Constituição Federal e do Código de Processo Penal.
III DOS PEDIDOS 
Isso posto, requer:
- o relaxamento da prisão ilegal,
 
- proceda a expedição de ALVARÁ DE SOLTURA, encaminhando imediatamente para a autoridade policial coatora. 
O requerente compromete-se a comparecer a todos os atos de persecução penal, ocasião em que provará sua inocência. 
Termos em que, pede e espera deferimento. 
Local, data. 
Advogado
OAB 
II. DO DIREITO
Entrementes, Excelência, a prisão em flagrante não pode prosperar, visto que evidentemente ilegal.
Conforme relatado, o requerente foi compelido a realizar o chamado “teste do bafômetro” contra a sua vontade, em violação ao artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal, que prevê o direito de não produzir provas contra si.
Portanto, a prova que ensejou a prisão em flagrante do requerente é ilícita, nos termos do art. 5º, LVI, da Constituição Federal e do art. 157 do Código de Processo Penal, inexistindo razão para que a prisão subsista.
Ademais, não obstante a ilegalidade da prisão por licitude da prova, a autoridade policial impôs a incomunicabilidade ao requerente, que está inacessível aos seus familiares e ao seu advogado, em clara violação ao art. 5º, LXIII, da CF/88, bem como ao art. 7º, III, do Estatuto da OAB (Lei 8.906/94). Destarte, está demonstrado claramente mais um vício no auto de prisão em flagrante.
Por derradeiro, a autoridade policial não realizou a comunicação, no prazo previsto no art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal, da Defensoria Pública, configurando mais uma causa de mácula ao auto de prisão em flagrante.
Dessa forma, a prisão em flagrante é ilegal por três razões: a) a ilicitude da prova; b) a incomunicabilidade; c) a ausência de comunicação à Defensoria Pública.
No tópico “do direito”, é importante ser objetivo em suas razões. O tempo de prova é curto e o espaço para a elaboração da redação é limitado. Além disso, a correção é bem objetiva. O examinador procurará, em sua prova, somente as respostas do gabarito. O restante será simplesmente ignorado. Além disso, em meio a muita informação, existe o risco de que a resposta não seja encontrada por quem corrigir a prova. Basta escrever umas poucas palavras sobre a tese e fundamentá-la corretamente.

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