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Resumão Av2 Penal

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Resumão Av2
Ultimo Ratio - (Direito Penal é a ultima ratio, ou seja, é o último recurso ou último instrumento a ser usado pelo Estado em situações de punição por condutas castigáveis, recorrendo-se apenas quando não seja possível a aplicação de outro tipo de direito, por exemplo, civil, trabalhista, administrativo, etc.).
Conceito – a vida em sociedade exige normas disciplinadoras que estabeleça as regras indispensáveis que a compõe. O conjunto dessas regras denominadas de Direito positivo,
Ex. A mãe mata o próprio filho em estado porporal logo após o parto.
Fato típico – É tudo que este descrito, tipificado.
Antijurídico/Ilícito - 
Culpável - 
Fontes do Direito Penal:
O art. 22 inciso 1º da CF determina que a competência para criar norma penal é da União. O paragrafo único do citado artigo abre a possibilidade para a união delegar através de lei complementar aos estados membros legislarem sobre questões penais peculiares de cada estado. Não existe nenhuma norma em vigor.
2 Fontes formais e imediatos,
A fonte formal e imediata é a lei em seu estado estrito (lei incriminadora) e a norma de direito que também manifesta a vontade do estado na definição dos fatos proibidos e na comunicação das sanções.
Fontes Formais mediatas 
Costumes – são normas de condutas que as pessoas obedecem de maneira constante e uniforme com a convicção de obrigatoriedade.
Art 155 p 1º
O costume não é fonte de normas incriminadoras mas, por outro lado pode auxiliar em sua interpretação como ocorre por ex. e casos como: honra, decoro, reputação, ato obsceno etc.
Características da norma penal
1 Generalidade – ela terá eficácia contra todos “erga omnes”. O preceito primeiro da lei penal é dirigida a todas as pessoas, juntamente com o preceito secundário ( A pena).
2 Impessoalidade – a lei não é criada para ser aplicada a um caso concreto de determinado, mas sim a fatos futuros.
3 Imperatividade – é a possibilidade de aplicação da sanção penal a quem descumprir o seu mandamento.
4 Exclusividade – somente a lei penal pode definir crimes e sanções.
O garantismo penal dentre outros significados pode ser analisado sob o plano politico (como técnica de reduzir a violência e maximizar a liberdade).
Principio da legalidade, 
CP CF art.39
União de três outros princípios:
Reserva legal
Taxatividade
Anterioridade
Reserva legal - a lei em sentido formal conforme art. 39 da CF.
A competência para criar crimes é da união, mas a união através de lei complementar poderá autorizar os estados em casos específicos a criarem leis.
Exemplo: lei ordinária, lei complementar e a constituição federal através dos mandados de criminalização, onde existe a ordem para o legislativo criar crimes CF 1988.
Racismo 1989
Ex: crimes hediondos 1990.
OBS. Medida provisória não cria crime.
Taxatividade – a lei penal deve conter conteúdo determinado. Devera ser de fácil compreensão pelo cidadão, devera ser precisa e determinada.
Anterioridade – é necessário que a lei penal seja em vigor na data em que o fato for praticado.
Norma penal em branco – as normas penais em branco são, portanto as de conteúdo incompleto, vago, exigindo complementação por outra norma jurídica (lei, decreto, regulamento, portarias etc.), para que possam ser aplicadas ao fato concreto. Esse complemento pode já existir quando da vigência da lei penal em branco ou ser posteriores a ela.
Homogênea – O complemento do preceito primário deve ser formulado, pela mesma instância legislativa (união), que formulou a lei penal em branco, isto é, o poder legislativo da união.
Exemplo: art. 150 paragrafo 4º, art. 326 do CP com o art 1557 do CC.
Heterogenia - o complemento do preceito primário e formado por instância legislativa diversa da que formulou a lei penal em branco, ou seja por outra norma que não se origina do poder legislativo.
Exemplo: a lei 11343/06 de drogas, complemento portaria 344/97 da ANVISA.
Norma penal em branco inverso ou ao averso é aquela que possui preceito secundário incompleto. O preceito primário esta completo ao contrario da norma penal em branco.
Exemplo: a lei 2889/56 (crime de genocídio). 
 Retroatividade: Art. 2º do Código penal
Abolito criminis - o estudo sobre a lei penal no tempo e as muitas nuances existentes sobre o tema, passamos a verificar o instituto jurídico denominado de abolitio criminis, que pode ser definido como a supressão da figura criminosa.
In dubio pro reo Restringe o direito do estado e aumenta a liberdade individual.
na dúvida, a favor do réu. Ela expressa o princípio jurídico da presunção da inocência, que diz que em casos de dúvidas (por exemplo, insuficiência de provas) se favorecerá o réu.
O princípio in dubio pro reo, segundo René Ariel Dotti, aplica-se "sempre que se caracterizar uma situação de prova dúbia, pois a dúvida em relação à existência ou não de determinado fato deve ser resolvida em favor do imputado." 
Irretroatividade Amplia o direito de punir do estado e restringe a liberdade individual. 
O art. 2º do Código Penal e seu parágrafo único reafirmam a regra de que a lei penal benéfica deve retroagir, podendo modificar, inclusive, “sentença condenatória transitada em julgado”.
Novatio legis in mellius
Obs. O fato continua sendo criminoso. 
 Como citar este artigo: FONSECA NETO, Marcos Gomes da. A lei nº. 11.923/09 e a tipificação do seqüestro relâmpago no ordenamento jurídico brasileiro. Disponível em http://www.lfg.com.br. 22 julho. 2009.
Leis ultrativas e intermitentes O artigo 3o. do Código Penal Brasileiro (CPB) estabelece que "a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência".
Lei Excepcional - Modalidade cujo período de vigência está condicionado a fenômenos da natureza (terremotos, enchentes etc.) que ocasionam acontecimentos graves, especiais e esporádicos e reclamam tratamento especial. Revela ultra-atividade porque, embora cessadas as circunstâncias que as determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. Vide ultra-atividade da lei.
lei temporária - conforme ensinamentos de Damásio de Jesus (1995, p. 82) é aquela que possui “vigência previamente fixada pelo legislador. Este determina que a lei terá vigência até certa data”.Sendo assim, poderíamos citar o seguinte exemplo fictício:
“Art. 1º - Desperdiçar água, acima dos limites legais.
Pena: Detenção de 2 meses a 6 meses.
Lei penal do tempo – art. 4º considera se praticado o crime no momento da ação ainda que o momento da ação.
Tempo do Crime
A aplicação da lei penal no tempo está diretamente ligada ao caráter punitivo do Estado e da mesma forma unido ao princípio da legalidade, como preleciona a doutrina de Eugênio Raúl Zaffaroni e José Henrique Pierangeli no Manual de Direito Penal Brasileiro v.1, 7ª ed., p.199:
Teoria da Atividade:
Segundo esta teoria o momento da consecução típica do fato criminoso é o tempo a ação ou omissão, mesmo que outro seja o do resultado, desta feita embasado pelo princípio do tempus regit actum.
2) Teoria do Resultado:
Já aqui, como o próprio termo já nos afirma, tem-se como o momento do crime o do instante de seu resultado, consumação.
3) Teoria Mista ou da Ubiquidade:
Esta teoria defende tanto o momento da prática da ação ou da omissão como o do resultado como sendo o tempo do crime.
Princípio da Extra-Atividade
O princípio base da aplicação temporal das normas penais é o do tempus regit actum, contudo, nesse ponto, o que torna o Direito Penal distinto dos demais ramos da ciência jurídica é sem dúvida o Princípio da Extra-Atividade da lei penal.
Princípio da Ultra-Atividade
O termo “ultra” significa “além de”, o que retrata a transposição de alguma fronteira. No presente estudo revela-se pela atuação da lei penal além de sua “vida útil”, ou seja, além do término de sua vigência.
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido
no território nacional.
É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
 Como regra geral, como expressão da soberania, no Brasil se adota o princípio da territorialidade.
Para efeitos penais, o §1.º do art. 5.º do CP estabelece como extensão do território nacional as embarcações ou aeronaves brasileiras nas seguintes condições:
a) as de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro consideram-se parte do território nacional onde quer que se encontrem;
b) as mercantes ou de propriedade privada consideram-se parte do território nacional desde que estejam no alto-mar ou no espaço aereo correspondente ao alto-mar.
 É o que se chama de lei da bandeira (ou do pavilhão), resume ela que a nacionalidade sustentada pela embarcação ou aeronave define a incidência da lei brasileira.
) As aeronaves estrangeiras de natureza privada em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente ao território nacional (dentro da coluna atmosférica correspondente ao território) submetem-se à lei brasileira;
b) As embarcações estrangeiras de natureza privada submetem-se à lei brasileira quando em porto ou em mar territorial do Brasil.
 
Obs. 1 O Brasil ratifica o estatuto do ramo do tribunal pleno internacional de (TPI), de forma que no caso processo e julgamento de certos crimes ocorrido em nosso território (crime de guerra, contra a humanidade e genocídio) onde o (TPI) passará a ser competente o julgamento. 
OBS. 2 as embaixadas estrangeiras situadas no território nacional, não e considerados como extensão. 
Lugar do crime
Art. 6º CP
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (Código Penal, artigo 6º). Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos em território estrangeiro, os crimes: contra a vida ou a liberdade do presidente da República; contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
L – lugar do crime (teoria da atividade) é o local da conduta criminosa.
U – Umbiguidade/misto É tanto o ligar da conduta quanto do resultado
T – Teoria do resultado É o local da consumação.
A – Ação omissão 
Art 7º ficam sujeitos a lei brasileira embora cometidos no estrangeiro.
Comentários: o artigo 7º, do Código Penal, cuida do denominado princípio da extraterritorialidade da lei penal brasileira. De acordo com referido princípio em determinadas hipóteses aplicar-se-á a lei brasileira, embora o crime tenha sido cometido no estrangeiro.
Entendemos que as espécies de extraterritorialidade são três:
- incondicionada
- condicionada
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Este dispositivo descreve situações em que a lei brasileira se aplica a fatos que não foram praticados dentro do território nacional, mas que ainda assim o Brasil se reserva o direito de julgá-los.
 As hipóteses arroladas no inciso I do art. 7.º do Código Penal elencam situações em que se aplica a lei brasileira, ainda que tribunal estrangeiro já tenha conhecido o fato e condenado, ou absolvido, o seu autor (conforme §1.º do art. 7. do CP). Considera-se aqui a extraerritorialidade incondicionada.
Principio da dignidade pessoa humana - 
Elege a instituição do Estado Democrático, o qual se destina “a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais”, assim como o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça social, bem como, seguindo a tendência do constitucionalismo contemporâneo, incorporou, expressamente, ao seu texto, o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, inc. III) – como valor supremo –, definindo-o como fundamento da República.
Principio da insignificância - 
De acordo com Fernando Capez, "Segundo tal preceito, não cabe ao Direito Penal preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o bem jurídico." Ainda segundo o autor, o princípio não pode ser considerado em termos abstratos e exemplifica: "Desse modo, o referido preceito deverá ser verificado em cada caso concreto, de acordo com as suas especificidades. O furto, abstratamente, não é uma bagatela, mas a subtração de um chiclete pode ser."[2]
Principio da personalidade da pena -
O Princípio da pessoalidade é algo que nos chama muito atenção no curso de direito no primeiro ano, logo quando esta se conhecendo o que realmente é o Direito Penal e se apaixonando pelos princípios e tipos, antes mesmo de chegar ao mais concreto que são as penas. Com isso o objeto de estudo será o Princípio da Pessoalidade, aqui irei ao máximo tentar explicar o que para mim é esse principio.
Principio da anterioridade
O 'Princípio da Anterioridade da Lei Penal' só se aplica aos fatos praticados após sua vigência. Diz-se de tal princípio que ele implica também na irretroatividade da lei penal, já que ela não alcançará os fatos praticados antes de sua vigência, ainda que venham a ser futuramente tidos como crime.
Principio da reserva legal
O “Princípio da Reserva Legal”, também denominado “Estrita Legalidade”, é, antes de mais nada uma cláusula pétrea, uma vez que encontra-se disposto no artigo 5º, XXXIX de nossa Carta Magna, ou seja, trata-se de um Direito, e principalmente uma Garantia Fundamental, sendo portanto, inadmissível sua violação, supressão, ou desrespeito à sua prevalência em relação às normas infraconstitucionais.
Principio da taxatividade
O presente trabalho tem por objetivo abordar o princípio da taxatividade, desde o seu conceito até sua aplicabilidade no Direito Civil e Penal, bem como sua utilização no processo eletrônico.
Principio da intervenção mínima
        O princípio da intervenção mínima consiste que o Direito Penal só deve ser aplicado quando houver extrema necessidade, mantendo-se como instrumento subsidiário (ultima ratio) e fragmentário. (Capez, Fernando. Curso de Direito Penal, vol. 1, 2012)
Principio da fragmentariedade
O direito penal só deve se ocupar com ofensas realmente graves aos bens jurídicos protegidos. Tem-se, aqui, como variante, a intervenção mínima, que nasce o princípio da insignificância desenvolvido por Claus Roxin. Entende-se que devem ser tidas como atípicas as ofensas mínimas ao bem jurídico. Não há tipicidade material. Há, apenas, tipicidade formal.
Principio da lesividade
O princípio da lesividade indicará quais são as condutas que poderão ser incriminadas;
As funções do princípio da lesividade segundo Nilo Batista:
Proibir a incriminação de uma atitude interna;
Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor;
Proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais;
Proibir a incriminação de condutas desviadas que não afete qualquer bem jurídico.
Principio da culpabilidade
O princípio da culpabilidade não está dentro do rol de princípios expressos naConstituição
Federal da República. Pode ser extraído a partir do texto constitucional, principalmente do princípio da dignidade da pessoa humana.
Principio da insignificância - o princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação.
 Principio das individualidades das penas 
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida.
Princípio da adequação social
“Quando a conduta é socialmente aceita ou adequada, não deve ser considerada ou equiparada a uma conduta criminosa”. Com esse embasamento, o juiz da 10ª Vara Criminal de Goiânia, Adegmar José Ferreira, absolveu a feirante Priscila Monteiro da Silva do crime de violação de direito autoral, popularmente conhecido por pirataria, enquadrado no artigo 184 do Código Penal. 
Conceito do Crime
a)Conceito Formal de Crime
Afirma Damásio de Jesus que este conceito deriva da análise do crime sobre o "aspecto da técnica jurídica, do ponto de vista da lei" [1]. Neste sentido, abundam definições: "` Crime é o fato humano contrário à lei´ (Carmignani). ´Crime é qualquer ação legalmente punível.` (Maggiore) ´Crime é toda ação ou omissão proibida pela lei sob ameaça da pena.´ (Fragoso) ´Crime é uma conduta (ação ou omissão contrária ao Direito, a que a lei atribui uma pena.´ (Pimentel)" [2], " ´todo ato ou fato que a lei proíbe sob ameaça de uma pena´ (Bruno), ´o fato ao qual a ordem jurídica associa a pena como legítima conseqüência´(Liszt), ´ação punível: conjunto dos pressupostos da pena´ (Mezger), ´l´azione vietata dal diritto con la minacia della pena´ (Petrocelli)" [3]
b)Conceito Puramente Material do Crime
O conceito material busca a essência … do delito, a fixação de limites legislativos à incriminação de condutas" [7]. Desta forma, o crime é um "desvalor da vida social" [8], e, segundo "Garofalo - ´a violação dos sentimentos altruísticos fundamentais de piedade e probidade, na medida média em que se encontram na humanidade civilizada, por meio de ações nocivas à coletividade.
c)Conceito Moderno Material de Crime
Este conceito que foi inaugurado por Rudolf Von Ihering, e baseado neste, autores defendem que crime seria " ´o ato que ofende ou ameaça um bem jurídico tutelado pela lei penal´ " [11], o que, ao contrário do conceito anterior, vincula a avaliação do que seja socialmente valioso a noção de bem jurídico (valor juridicamente protegido).
d) Conceito Analítico de Crime
A classificação analítica tem várias vantagens, como demonstra a analogia de Machado: "Ainda que, formalmente, a água seja água e, materialmente, seja um líquido insípido, inodoro e incolor que serve para, entre outras coisas, saciar a sede, analiticamente a sua composição é H2O." [14]
Elementos do Crime
Fato típico em si – comportamento humano previsto como infração penal (é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é previsto em lei penal como infração.
Fato antijurídico – contrário ao ordenamento jurídico (é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico).
Culpabilidade – juízo de reprovação (não é característica, aspecto ou elemento do crime, e sim mera condição para se impor a pena pela reprovabilidade da conduta).
Divisão do Crime
Dividem-se os crimes, conforme o Código Penal, em doloso e culposo.
Crime Doloso – é aquele em que o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. Dolo é a consciência e a vontade na realização da conduta típica, isto é, a representação e vontade em referência a um fato punível, que o agente pratica sabendo ser o mesmo ilícito.
Crime Culposo – é aquele em que o agente causa o resultado por imprudência, imperícia ou negligência. Isto é, a culpa é a prática não intencional do delito, mediante imprudência, imperícia ou negligência.
Como todos conhecemos, por força da teoria tripartite, o crime é possuidor de TIPICIDADE, ANTIJURIDICIDADE E CULPACILIDADE. Ocorre que para essa teoria - Clássica -, o crime possui duas partes (não confundir com a bipartida dissidente), OBJETIVA e SUBJETIVA.
1) Parte OBJETIVA: a) Tipicidade + Antijuridicidade
2) Parte SUBJETIVA: Culpabilidade
Mas o que é o FATO TÍPICO para a teoria Clássica? O fato típico era composto por:
a) AÇÃO - inervação muscular produzida por energias de um im´pulso cerebral (Teoria causal / naturalista)
b) RESULTADO
c) NEXO CAUSAL
d) TIPICIDADE
Perceba que o dolo e a culpa não estão no FATO TÍPICO. Estão, sim, na CULPABILIDADE. A CULPABILIDADE é composta por:
a) Imputabilidade
b) Dolo / Culpa.
Assim, concluíndo, o dolo e a culpa são integrantes da culpabilidade e não da tipicidade. O referido sistema recebeu muitas críticas razão da problemática causada. Assim, no ano de 1939, Hans Welsel, em seu Tratado, 
Finalismo. Ele nada mais fez do que transportar o Dolo da Culpabilidade para a Fato típico (teoria Aristotélica). Criou-se a Teoria Finalista da Ação.
1 Crime comum, próprio e de mão própria - Crime comum é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo do crime. O crime de homicídio é comum: pode ser praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa.
O crime próprio, por sua vez, é o crime que exige uma qualidade especial do sujeito; qualidade esta exigida no próprio tipo penal. O crime de estupro, antes da reforma introduzida no Código Penal pela Lei nº 12.015/09 era um crime próprio, pois exigia a qualidade “mulher” do sujeito passivo.
Os crimes de mão própria estão descritos em figuras típicas necessariamente formuladas de tal forma que só pode ser autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível.
2 Permanente, instantâneo, continuado e habitual - Crime permanente X Crime continuado
Crime permanente é aquele crime que a sua consumação se estende no tempo.
Ex: Se um sequestro está em andamento, com a vítima colocada em cativeiro, havendo a entrada em vigor, de uma lei nova, aumentando consideravelmente as penas para tal delito, aplica-se de imediato a norma prejudicial ao agente, pois o delito está em plena consumação.
Sumula 711 do STF: "A lei penal mais grave aplica-se ao crimecontinuado e permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência".
Crime continuado quando o agente pratica várias condutas, implicando na concretização de vários resultados, terminando por cometer infrações penais de mesmas espécies, em circunstancias parecidas de tempo, lugar e modo de execução, aparentando que umas são meras continuações de outras. Em face disso aplica-se a pena de um só dos delitos.
Crime comissivo exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz o que a norma proíbe (ex: matar alguém mediante disparos). O crime omissivo distingue-se em próprio e impróprio (ou impuro).
Crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão) é o que exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. Exemplo: guia de cego que no exercício de sua profissão se descuida e não evita a morte da vítima que está diante de uma situação de perigo.
crime material ocorre com o resultado naturalístico, ou seja, com a modificação no mundo dos fatos. Ex. No homicídio, a morte da pessoa é o resultado naturalístico previsto no tipo penal.
o crime formal é aquele que independe de resultado naturalístico, pois sua consumação ocorre antes  de sua produção. Ex. Na extorsão mediante sequestro, o crime ocorre no momento que a pessoa é sequestrada, independente do recebimento do resgate. Na concussão, o crime ocorre no momento que a pessoa exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, independente do recebimento
da vantagem, etc.
o crime de mera conduta é aquele que não concebe o resultado naturalístico, diferentemente do crime formal que o resultado naturalístico pode até ocorrer, mas é irrelevante. Ex. Crime de desobediência, injúria, difamação, etc. Estes crimes não produzem resultado naturalístico.
Os crimes unissubjetivos (ou monossubjetivos, ou de concurso eventual) são aqueles que podem ser praticados por apenas um sujeito, entretanto, admite-se a co-autoria e a participação.
6 Os crimes plurissubjetivos (ou de concurso necessário) são aqueles que exigem dois ou mais agentes para a prática do delito em virtude de sua conceituação típica. Eles subdividem-se em três espécies de acordo com o modus operandi:
Crime unissubsistente é o conjunto de um só ato (ato único). Exemplo: injúria verbal. A realização da conduta esgota a concretização do delito. Impossível, por isso mesmo, a tentativa.
8 Crime plurissubsistente é o constituído de vários atos, que fazem parte de uma única conduta. Exemplo: roubo (violência ou constrangimento ilegal + subtração) etc.
Crime remetido - Na definição dessas condutas como crime, a Lei remete aos tipos comuns, acrescentando-lhes elementos especiais, em técnica que a doutrina denomina de crime remetido. Para os efeitos da Lei 11.340/06, portanto, os crimes de gênero são crimes remetidos, ou seja, necessitam de previsão típica comum acrescida de elementos especiais: conduta baseada no gênero e relação de afetividade entre os sujeitos.
 
 
Crime omissivo próprio - É o crime que se perfaz pela simples abstenção do agente, independentemente de um resultado posterior, como acontece no crime de omissão de socorro, previsto no artigo 135 do Código Penal, que resta consumado pela simples ausência de socorro.
Crime Omissivo improprio - É aquele em que uma omissão inicial do agente dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o dever jurídico de evitá-lo. É o que acontece quando a mãe de uma criança deixa de alimentá-la, provocando a sua morte.
Crime qualificado pelo resultado - é aquele que o agente pratica todos os elementos do tipo penal e ainda lhe acrescenta um resultado agravador, embora a primeira conduta já fosse suficiente para caracterizar a consumação do crime praticado. Fernando Capez ensina que “o crime qualificado pelo resultado é um único delito, que resulta da fusão de duas ou mais infrações autônomas. Trata-se de crime complexo.”
Ausência de Conduta 
Coação física - É o emprego de força física exclui a conduta diante da absoluta falta de vontade e o coacto não pratica crime, pois o fato será atípico,
Coação Moral Irresistível – Aqui exclui uma vez que ainda resta um resíduo de vontade, que é vencida o coacto pratica um fato criminoso, embora não responda por ele ante a ausência ou culpabilidade, será absolvido.
Dolo – É a vontade e a consciência de realizar e produzir o resultado.
Dolo Direito art. 18, I CP.
Teoria do Assentimento ou Consentimento - A Teoria do consentimento é resultado das divergências entre as Teorias da Vontade e da Representação.
Para essa teoria, também é dolo a vontade que, embora não dirigida diretamente ao resultado previsto como provável ou possível, consente na sua ocorrência ou, o que dá no mesmo, assume o risco de produzi-lo .
Segundo a Teoria do Consentimento, a mera representação intelectual não é suficiente para a configuração do dolo, mas deve-se analisar a atitude do agente frente a essa representação: além da representação o sujeito deverá prestar um consentimento para a realização do resultado, mostrando uma atitude de indiferença frente a sua configuração .
Dolo Eventual
O art. 18, I do Código Penal denomina crime doloso, na modalidade eventual, como sendo: “Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente [...] assumiu o risco de produzi-lo”. (BRASIL, 1940). Nucci (2010, p. 205), por sua vez, conceitua o dolo eventual como sendo “a vontade do agente dirigida a um resultado determinado, porém vislumbrando a possibilidade de ocorrência de um segundo resultado, não desejado, mas admitido, unido ao primeiro”. Damásio de Jesus (1991, p. 50) dá uma definição parecida de dolo eventual, ao retratá-lo como sendo “quando o sujeito assume o risco de produzir o resultado, i.e., admite e aceita o risco de produzi-lo”.
Ele não quer o resultado, pois se assim fosse haveria dolo direto. Ele antevê o resultado e age. A vontade não se dirige ao resultado (o agente não quer o evento), mas sim à conduta, prevendo que esta pode produzir aquele. Percebe que é possível causar o resultado e, não obstante, realiza o comportamento. Entre desistir da conduta e causar o resultado, prefere que se produza. 
O dolo direto ou determinado - configura-se quando o agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de realizá-lo. Já no dolo indireto ou indeterminado, o agente, com a sua conduta, não busca resultado certo e determinado. O dolo indireto possui suas formas, quais sejam, dolo alternativo e dolo eventual. Alternativo ocorre quando o agente prevê e quer um ou outro dos resultados possíveis da sua conduta, e o eventual, quando a intenção do agente se dirige a um resultado, aceitando, porém, outro também previsto e consequente possível da sua conduta.
A culpa consciente ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua habilidade. Na culpa inconsciente, o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível.
Dolo de dano - Modalidade em que o agente visa causar prejuízo ao bem juridicamente tutelado.
Ex. art. 121 art 155 futo.
Dolo de perigo Modalidade em que o agente visa apenas criar um estado de probabilidade de dano ao bem juridicamente protegido. 
Ex. art. 132. Art.133
Dolo geral / Erro sucessivo
O agente realiza a conduta visando certo resultado e, acreditando tê-lo produzido, passa a realizar uma conduta, com outra finalidade, mas esta última é que acaba produzindo o resultado inicialmente desejado.
Ex: Bruno, com intenção homicida, dispara tiros de pistola contra Sampaio, seu desafeto, e, acreditando ter atingido seu objetivo, arremessa o “cadáver” em um precipício. Ocorre que Sampaio estava vivo ao ser atirado no precipício, tendo morrido quando bateu com a cabeça em uma pedra pontuda, abrindo-lhe o crânio. Caracterizado está o dolo geral de Bruno, devendo responder por homicídio consumado.
Dolo geral erro sucessivo ou aberratio causae ocorrerá quando o agente, depois de realizar a conduta, acreditando ter produzido o resultado pratica o que entende ser um exaurimento e nesse momento atinge a consumação. O agente respondera pelo resultado o erro será irrelevante.
Dolo no Antecedente + Dolo no Consequente – Lesionar uma pessoa com intenção de atingir seu intento provocando-lhe deformidade permanente. Art.129 §2º IV CP
Culpa no antecedente + culpa no consequente – Incêndio culposo com resultado morte.
Atr. 250 §2º art. 258 CP
Culpa no antecedente + dolo no consequente – Atropelamento e omissão de socorro art. 303 § único CTB
Dolo no antecedente e culpa no consequente – quer praticar um crime, mas acaba excedendo-se e produzindo culposamente um resultado mais gravoso do que o desejado
Art. 129 § 3º do CP
Culpa – É o elemento normativo da culpa. Os tipos penais que definem os crimes culposos são chamados de crimes abertos (impossível descrever todas as hipóteses de culpa).
Culpa inconsciente – é a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o resultado, o que era previsível.
Culpa consciente – É aquela em que o agente prevê o resultado, embora não o aceite. 
1- Conduta
2 – nexo de casualidade
3 – Resultado Naturalístico
4 - Tipicidade
5 – Previsibilidade objetiva – É a possibilidades de qualquer pessoa dotada de prudência mediana para prever o resultado. 
6 – Ausência de previsão – Não existe culpa de Previsão.
7 – Quebra do dever objetivo de cuidado 
7.1- Imprudência - É a pratica de uma ação descuidada. (ação).
Ex. Excesso de velocidade, trafegar na contramão.
7.2 – Negligencia – É a culpa na sua forma omissiva (omissão).
Ex. Deixar de reparar os pneus, deixar remédios ao alcance das crianças. 
7.3 – Imperícia – É a demonstração de inaptidão técnica em profissão ou atividade. Consiste na incapacidade, na falta de conhecimento ou habilidade para o exercício de determinada atividade.
Ex. Medico, Dentista... 
Nexo causal - é o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido; examinar o nexo de causalidade é descobrir quais condutas, positivas ou negativas, deram causa ao resultado previsto em lei. Assim, para se dizer que alguém causou um determinado fato, faz-se necessário estabelecer a ligação entre a sua conduta e o resultado gerado, isto é, verificar se de sua ação ou omissão adveio o resultado. Trata-se de pressuposto inafastável tanto na seara cível (art. 186 CC) como na penal (art. 13 CP).
Teoria da conduta sine qua non, teoria da equivalência das antecedências – a causa é ação ou omissão anterior que contribui para a produção do resultado art. 13 caput. CP 
Obs. Fazer trabalhos Causas: (Independentes Absolutamente, Relativamente Independentes).
Resultado – É a modificação no mundo exterior provocado pela conduta (teoria naturalística).
 Crime Material
Conduta Resultado
 Crime Formal
 Crime de mera conduta
 Conduta
Conduta Material – É o crime que está tipificado na legislação penal e lá consta a conduta e o resultado para se falar em consumação é preciso chegar no resultado naturalístico. 
Obs. É importante a analise do nexo de casualidade. Ex. art. 121, 157
Crime Formal – é o crime que está descrito na legislação penal e lá consta a conduta e o resultado naturalístico e para se falar em consumação é preciso apenas da conduta. O crime formal também é conhecido como crime de consumação antecipada ou de resultado cortado.
Ex. art. 158, 159 e 316
Ex. caso yoki, ele morreu em decorrência dos tiros ou dos cortes?
Crimes de Mera Conduta – São crimes que descrevem uma conduta e nem menciona o resultado naturalístico.
Ex. art. 150, 330
Tipicidade – É a subsunção justaposição o enquadramento, o amoldamento entre a conduta praticado no mundo real ou descrito no tipo penal.
Iuter Criminis – É o caminho do crime 
Cogitação/ Atos Preparatórios – Crime Imputável 
Execução – Pratica do Verbo
Consumação 
Associação criminosa - não é um ato preparatório e sim a pratica de um crime.
Ex. a compra de arma ilegal (já é um crime).
Tentativa ou “Conatus” – É o ato de execução unificado cuja consumação não ocorre por circunstancias alheias a minha vontade. O crime deverá ser praticado com dolo.
Tentativa Imperfeita ou Inacabada – o agente não chega a praticar todos os atos do executor do crime por circunstancias alheias a sua vontade.
Tentativa Perfeita ou Acabada – O agente pratica todos os atos de execução do crime mas por circunstancias do crime alheias a sua vontade o crime não se consuma.
A tentativa e conhecida como uma norma de extensão art.14 II CP
Tentativa Branca ou Incruenta – O bem ou a pessoa não são atingidas.
Tentativa Vermelha ou Cruenta - O bem ou a pessoa são atingidos.
Crimes que não admitem tentativas - Culposo, Preterdoloso, Omissivo próprio, Contravenção Penal. 
Crimes que a lei só pune se ocorrer o resultado art.122 CP
Crimes que a lei só pune se a tentativa como crime consumado art. 352 CP
Desistência Voluntaria ou Arrependimento Eficaz – São espécies de tentativas acabadas o resultado não ocorre por influencia do agente. NÃO CABE nos crimes culposos.
Desistência Voluntaria – O agente interrompe a execução do crime, impedindo desse modo a sua consumação. 
Arrependimento Eficaz – o agente após encerrar a execução do crime impede a produção do resultado.
Ex. Responde pelo ato praticado.
Arrependimento Posterior – É uma causa obrigatória de redução de pena (1/3 a 2/3)
- Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa.
- Voluntariamente repara o dano ou restitui a coisa.
- Até o recebimento da denuncia ou queixa.
 As excludentes de ilicitude 
INTRODUÇÃO
 As excludentes de ilicitude (antijuridicidade) estão dispostas na Parte Geral, no Título II artigo 23 do Código Penal e prescreve que aquelas são: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. A primeira delas está definida no artigo 23, I, e conceituada no artigo 24, ao passo que a segunda está conceituada no artigo 25. As demais não foram conceituadas, restando a doutrina tal papel.
Este artigo busca um estudo delimitado de todas as excludentes legais de ilicitude, com o intuito de mostrar as diferenças mais pertinentes entre elas.
Buscou-se através deste compreender o porquê da exclusão de um dos elementos do crime realizada por cada uma das descriminantes e de um possível excesso nelas, respondendo assim o agente por este.
Para alcançar o objetivo geral, fez-se necessário realizar uma pesquisa bibliográfica em publicações atuais, e de autores especializados no assunto de âmbito penal.
A relevância da pesquisa constituiu-se na formação de juristas cientes da não punição do agente mediante a exclusão de um dos elementos do crime, bem como isto acontece.
 
DEFINIÇÃO DE ILICITUDE
 Segundo CAPEZ (2005), a ilicitude defini-se pela contrariedade da norma ao ordenamento jurídico. Desta forma a conduta (ação e omissão) torna-se ilícita, constituindo a ilicitude formal. É importante salientar que, o fato típico é, antes de mais nada, ilícito. Para que um fato típico não seja caracterizado como tal, faz-se necessário a presença de pelo menos uma das quatro das excludentes legais de ilicitude. A ilicitude material, outra espécie do gênero, é a contradição da norma ao sentimento comum de justiça da coletividade.
A tipicidade, segundo a teoria da ratio cognoscendi, que prevalece entre os doutrinadores, exerce uma função indiciária da ilicitude. Segundo essa teoria, quando o fato for típico, provavelmente também será antijurídico (...). A regra, segundo a teoria da ratio cognoscendi, é a de que quase sempre o fato típico também será antijurídico, somente se concluído pela licitude da conduta típica quando o agente atuar amparado por uma causa de justificação (GRECO, 2006, p. 336).
A distinção existente entre antijuricidade e injusto consiste no fato de que a primeira é a contradição da conduta em relação à norma penal, ao passo que a segunda é a conduta ilícita em si mesmo. Quanto à antijuricidade há a teoria subjetiva, a qual afirma que o comando da lei só poderá ser obedecido por aqueles que se dizem capazes. Outros doutrinadores, porém, vêem na antijuricidade o caráter objetivo, isto é, não se considera a capacidade de entender ou da imputabilidade (FABBRINI e MIRABETE, 2008).
A ilicitude subjetiva e objetiva são outras espécies de ilicitude. Esta independe da capacidade de avaliação do agente, ao passo que aquela considera que só é ilícito se o agente tiver capacidade de avaliar o seu caráter criminoso (CAPEZ, 2005).
 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
 O direito prevê causas que excluem a ilicitude (causas excludentes, justificativas, eximentes ou descriminantes). São normas permissivas, que segundo o entendimento dado não excluem também a tipicidade. Mas tendo em vista a teoria dos elementos negativos do tipo, estas normas eliminam aquela. Não há que se falar fato típico sem a antijuridicidade. A lei penal brasileira em seu artigo 23 adota a expressão “não há crime” quando o agente pratica a conduta mediante o estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. É importante salientar que as normas permissivas não estão somente instituídas na Parte Geral do CP, mas também
na Parte Especial, v.g., o artigo 128 e 142 (FABBRINI e MIRABETE, 2008).
CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DE ILICITUDE
 Além das causas descriminantes expressas em lei há outras que estão relacionadas em qualquer outro ramo do ordenamento jurídico e do costume. A lei apresenta casos padrões, mas não impede que outros sejam utilizados. Desta forma, as mesmas constituem numerus clausus (CAPEZ, 2005).
O juiz utilizando o disposto no artigo 4º da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), que prevê a possibilidade de decidir com a analogia, costumes e os princípios gerais do direito, poderá reconhecer a excludente, embora não contida em lei (JESUS, 2005).
CAUSAS LEGAIS DE EXCLUSÃO DE ILICITUDE
Estado de necessidade
O estado de necessidade está conceituado no artigo 24 e prescreve que o mesmo é caracterizado quando uma pessoa para salvar um bem juridicamente protegido (direito) próprio ou alheio, exposto a perigo atual, sacrifica bem de outrem. Como se pode notar, existe na referida excludente um conflito de bem-interesses. A ordem jurídica considera a importância igual dos bens ameaçados, proclama a situação como legítima. A Escola Clássica e Florian, da Escola Positiva não fazem igual ao CP, ou seja, não considera o estado de necessidade com excludente de ilicitude, mas de imputabilidade. Para os mesmos o autor não age livremente, mas mediante pressão das circunstâncias (NORONHA, 2003).
Doutrinadores há que afirmam que o estado de necessidade configura uma faculdade e não um direito. Exemplos clássicos de estado e necessidade são o furto famélico, a morte de um animal que ataca uma pessoa sem nenhuma intervenção dolosa ou culposa do seu dono, entre outros (FABBRINI e MIRABETE, 2008).
São requisitos do estado de necessidade segundo CAPEZ (2005):
         Existência de perigo atual - este é o perigo que já existe, que já está presente. Tal como leciona Miguel Reale Júnior, perigoatual é aquele que é presente, subsiste e persiste.
         Ameaça a direito próprio ou alheio - Ameaça a direito próprio ou alheio: Age em estado de necessidade não somente quem salva direito próprio, mas também quem defende direito de terceiro. A expressão “direito” abrange qualquer bem jurídico, como a vida, a liberdade, o patrimônio etc.
Involuntariedade na geração do perigo: O perigo não deve ter sido provocado intencionalmente ou voluntariamente pelo agente. Se o foi afasta a possibilidade de acobertar-se pela excludente.
Ex. Agente põe fogo no imóvel para receber seguro e mata alguém para escapar do fogo, não poderá alegar estado de necessidade por ter provocado a situação de perigo.
Ex. Dois homens estão num barco, sendo que o sujeito “A” causa o naufrágio da embarcação intencionalmente, e passa a disputar com o sujeito “B” a posse da única boia. Dessa disputa resultou a morte de “A”.
O sujeito “B” agiu licitamente e agiu em legítima defesa, porque o estado de necessidade requer que haja um conflito entre dois ou mais bens juridicamente protegidos, e no caso em tela, somente um bem era juridicamente protegido (o bem do sujeito “B”), tendo em vista que foi o sujeito “A” que gerou dolosamente a situação de perigo.
         Uma situação não provocada pelo agente;
         Inevitabilidade do comportamento;
         Razoabilidade do sacrifício;
         Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo;
         Conhecimento da situação justificante.
Legítima defesa -  A legítima defesa é prevista no artigo 23 do Código Penal Brasileiro e conceituada no artigo 25 do CP. Caracteriza-se por ser a defesa necessária utilizada contra uma agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro que inclui sempre o uso moderado, proporcional e necessário. O indivíduo quando repelindo as agressões atuais e injustas a direito seu, atua em franca substituição do Estado (da sociedade política juridicamente organizada) que nem sempre pode atuar em todos os lugares e ao mesmo tempo (LEITE, 2009).
Legítima defesa sucessiva- Ocorre a legítima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso. A ação de defesa inicial é legítima até que cesse a agressão injusta, configurando-se o excesso a partir daí. No excesso, o agente atua ilegalmente, ensejando ao agressor inicial, agora vítima da exacerbação, repeli-lo em legítima defesa.
Crime putativo - Delito inexistente, isto é, o indivíduo supõe ser uma conduta delituosa, entretanto não há lei... que a defina como infração penal. O crime putativo por erro de direito exclui a criminalidade. Crime putativo
Segundo NORONHA (2003), são requisitos da legítima defesa:
        Agressão atual e iminente e injusta: é toda agressão humana que ataca bem jurídico. Para configuração da legítima defesa é necessário que a agressão seja injusta, isto é, contrária ao ordenamento jurídico. Além disso, faz-se necessário que esta seja atual ou iminente, jamais futura ou passada. Neste ultimo casso estaria configurada a vingança. É importante salientar que injusto e ilícito não são expressões equivalentes e que agressão deve ser aferida independentemente da capacidade do agente;
        Agressão a direito próprio ou alheio: neste caso a legítima defesa poderá ser defesa de direito alheio (de terceiro) ou defesa de direito próprio;
        Moderação no emprego dos meios necessários: para que haja legítima defesa é necessário que haja proporcionalidade entre ataque e repulsa. Meios necessários são aqueles, a priori, menos lesivos colocados a disposição do agente no momento da agressão;
        Conhecimento da situação justificante: a legítima defesa será descartada quando houver desconhecimento da situação justificante pelo agente.
 Deve o sujeito ser moderado na reação, ou seja, não ultrapassar o necessário para repeli-la. A legítima defesa, porém, é uma reação humana e não se pode medi-la com um transferidor, milimetricamente, quanto à proporcionalidade de defesa ao ataque sofrido pelo sujeito. Aquele que se defende não pode raciocinar friamente e pesar com perfeito e incomensurável critério essa proporcionalidade, pois no estado emocional em que se encontra não pode dispor de reflexão precisa para exercer sua defesa em eqüipolência completa com a agressão. Não se deve fazer, portanto, rígido confronto entre o mal sofrido e o mal causado pela reação, que pode ser sensivelmente superior ao primeiro, sem que por isso seja excluída a justificativa, e sim entre os meios defensivos que o agredido tinha a sua disposição e os meios empregados, devendo a reação ser aquilatada tendo em vista circunstância do caso, a personalidade do agressor, o meio ambiente etc. A defesa exercita-se desde a simples atitude de não permitir a lesão até a ofensiva violenta, dependendo das circunstâncias do fato, em razão do bem jurídico defendido e do tipo de crime em que a repulsa se enquadraria [grifo nosso] (FABBRINI e MIRABETE, 2008, p. 181).
Segundo WELZEL, citado por BITENCOURT (2008, p. 320), “a ação de defesa é aquela executada com o propósito de defender-se da agressão. O que se defende tem de conhecer a agressão atual e ter a vontade de defender-se”.
Em face de uma agressão injusta, o agente poderá excede-se, e a partir disso responderá por este excesso. É possível, portanto, que o agente seja imoderado ou empregue os meios desnecessários. Surge assim o denominado excesso na legítima defesa. Se o mesmo é doloso (consciente), responde o agente pelo resultado dolosamente, caso contrário, se for culposo (inconsciente), reponde a título de culpa. O excesso exculpante, não deriva de dolo e nem de culpa, mas de erro plenamente justificado pelas circunstâncias (a chamada legítima defesa subjetiva). Há, portanto, a eliminação de dolo e culpa, excluindo o fato típico (JESUS, 2005).
Como ilustração, em decisão de 13 de junho de 1995, assim entendeu o ministro MELLO (1995), do STF – Supremo Tribunal Federal:
No recurso em sentido estrito, o Recorrente pleiteou o reconhecimento da legítima defesa putativa em seu benefício, pretensão que foi afastada porque: ‘Não obstante, à data do fato, o réu, previamente
armado, portando faca e revólver, dirigiu-se a Mauro, desferindo-lhe dois (2) tiros e ainda dando-lhe chutes. Acrescente-se que não há prova que revele atuar anterior imediato da vítima a conduzir ao recorrente a proteção de putativa’ (fls. 163). Verifica-se, assim, a improcedência da afirmativa, de que desfundamentado o aresto recorrido, pois afastada a legítima defesa putativa diante da ausência deprovas de sua ocorrência (AI n. 168955 – MG, 1995).
 Segundo BITENCOURT (2008), são quatro as formas de legítima defesa:
        Legítima real ou própria: é a tradicional legítima defesa, configurada com todos os seus requisitos;
        Legítima defesa putativa: é a errônea suposição da existência da legítima defesa por erro de tipo ou de proibição;
        Legítima defesa sucessiva: é a repulsa contra o excesso;
        Legítima defesa recíproca: é inadmissível legítima defesa de legítima defesa, ante a impossibilidade de defesa lícita em relação a ambos os contendores.
Estrito cumprimento de dever legal
 A conceituação de estrito cumprimento de dever legal não foi dada pelo CP, restando a doutrina tal papel. De maneira sintética, pode-se conceituar tal excludente legal de ilicitude como: a lei não pode punir a quem cumpre um dever que ela impõe (ARAÚJO, 2009).
Quem pratica uma ação em cumprimento de dever imposto pela lei não comete crime. Ocorrem situações em que a lei impõe determinada conduta e, em face da qual, embora típica, não será ilícita, ainda que cause lesão a um bem juridicamente tutelado. Nessas circunstâncias, isto é, no estrito cumprimento de dever legal, não constitui crimes a ação do carrasco que executa a sentença de morte, do carcereiro que encarcera o criminoso, do policial que prende o infrator em flagrante delito etc. Reforçando a licitude de comportamentos semelhantes, o Código de Processo Penal estabelece que, se houver resistência, poderão os executores usar dos meios necessáriospara defenderem-se ou para vencerem a resistência (...) (BITENCOURT, 2008, p. 322).
 A expressão dever legal restringe a abrangência da norma aos deveres impostos pela lei. São os destinatários do inciso III do artigo 23: os agentes do Poder Público, os servidores do Estado. Para evitar o abuso de autoridade a lei se referiu ao estrito cumprimento de dever legal. Desta forma, se houver excesso, o agente responderá por este a título de dolo ou culpa (COSTA JÚNIOR, 2000).
De acordo com CAPEZ (2005), é necessário o conhecimento da situação justificante, isto é, o agente deve estar ciente de que está praticando um fato imposto pela lei. Caso contrário, configura-se o fato típico.
Exercício regular de direito
  Não há também crime quando se estar acobertado por exercício regular de direito. Qualquer pessoa pode exercitar um direito e uma faculdade imposta pela lei penal ou extrapenal. A Constituição Federal de 1988 traz no artigo 5º, inciso II, o princípio da legalidade. Exclui-se assim, a ilicitude do fato. Exemplos clássicos são os seguintes: artigo 1470 do CC (penhor forçado), na defesa em esbulho possessório recente (artigo 1210, § 1° do CC), entre outros (FABBRINI e MIRABETE, 2008).
Segundo ainda FABBRINI e MIRABETE (2008), não há que se falar em exercício regular de direito no constrangimento ilegal ou as lesões corporais provocadas pelo cônjuge mediante recusa no cumprimento do débito conjugal.
Quanto aos ofendículos, doutrinadores há que acreditam que os mesmos constituem a legítima defesa preordenada. Os ofendículos são obstáculos utilizados para a proteção. São aparatos visivelmente perceptíveis, destinados a proteção da propriedade e qualquer outro bem jurídico.  Quanto à defesa mecânica predisposta são aparatos ocultos com a mesma finalidade dos ofendículos. Por este motivo, configura-se quase sempre delitos dolosos ou culposos (CAPEZ, 2005).
As intervenções médicas e cirúrgicas apontam-se também como exercício regular de direito, por ser tratar de atividades organizadas pelo Estado. É importante ressaltar que, para a configuração da excludente de ilicitude o agente tenha conhecimento da situação justificante (FABBRINI e MIRABETE, 2008).
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
 A ação do homem será típica sob o aspecto criminal quando a lei penal a descreve como sendo um delito. Numa primeira compreensão, isso também basta para se afirmar que ela está em desacordo com a norma, que se trata de uma conduta ilícita ou, noutros termos, antijurídica.
 Essa ilicitude ou antijuridicidade, contudo, consistente na relação de contrariedade entre a conduta típica do autor e o ordenamento jurídico, pode ser suprimida, desde de que, no caso concreto, estejam presentes uma das hipóteses previstas no artigo 23 do Código Penal: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal ou o exercício regular de direito.
 O estado de necessidade - e a legítima defesa são conceituados nos artigos 24 e 25 do Código Penal, merecendo destaque, neste tópico, apenas o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de um direito, como excludentes da ilicitude ou da antijuridicidade.
 A expressão estrito cumprimento do dever legal, por si só, basta para justificar que tal conduta  não é ilícita, ainda que se constitua típica. Isso porque, se a ação do homem decorre do cumprimento de um dever legal, ela está de acordo com a lei, não podendo, por isso, ser contrária a ela. Noutros termos, se há um dever legal na ação do autor, esta não pode ser considerada ilícita, contrária ao ordenamento jurídico.
Um exemplo possível de estrito cumprimento do dever legal pode restar configurado no crime de homicídio, em que, durante tiroteio, o revide dos policiais, que estavam no cumprimento de um dever legal, resulta na morte do marginal. Neste sentido - RT 580/447.
O exercício regular de um direito, como excludente da ilicitude, também quer evitar a antinomia nas relações jurídicas, posto que, se a conduta do autor decorre do exercício regular de um direito, ainda que ela seja típica, não poderá ser considerada antijurídica, já que está de acordo com o direito.
Um exemplo de exercício regular de um direito, como excludente da ilicitude, é o desforço imediato, empregado pela vítima da turbação ou do esbulho possessório, enquanto possuidor  que pretende reaver a posse da coisa para si (RT - 461/341).
A incidência da excludente da ilicitude, conduto, não pode servir de salvo conduto para eventuais excessos do autor, que venham a extrapolar os limites do necessário para a defesa do bem jurídico, do cumprimento de um dever legal ou do exercício regular de um direito. Havendo excesso, o autor do fato será responsável por ele, caso restem verificados seu dolo ou sua culpa. Nesse sentido é a regra do parágrafo único do artigo 23 do Código Penal.
Imputabilidade Excludente:
Culpabilidade Excludente:
Art. 26 – 27 – 28 §1º
Potencial consciência ilicitude art. 21.
No caso do art. 26 capt. Existira uma sentença absolutória e impropria onde o juiz ira absolver e aplicar a medida de segurança conforme o art. 386 inciso 6º da segunda lei maior do CP.
Semi Imputabilidade: 
Embriaguez não acidental voluntaria ou culposa - neste caso não isenta e nem diminui a pena conforme art. 28 inciso 2º . 
Embriaguez completa acidental - neste caso existira a isenção da pena.
A embriaguez incompleta acidental involuntária - neste caso não existira a isenção, mas apenas a diminuição de pena conforme art. 28 § 1º
A embriaguez pré ordenada agrava a pena art. 61 II Capt.
Potencial consciência de Ilicitude - Para que exista juízo de reprovação é necessário que o agente possua a consciência da ilicitude do fato ou que ao menos na circunstancias, tenha a possibilidade de conhece-la para ser imputado a pena é necessário que o agente tenha a praticado o fato sabendo ou tendo a possibilidade de saber que a sua conduta é proibida.
Erro de proibição - art. 21 CP
O erro de proibição dividirá em dia partes:
1º Ignorância da ilicitude
o agente não sabe que determinada conduta é proibida. 
2º Ignorância da lei, neste caso o agente não sabe acerca da existência da lei.
Ignorância quanto à lei - Consciência quanto a ilicitude poderá ser real ou potencial.
Na real o agente sabe que esta praticando, ele sabe que a conduta é criminosa. Já a potencial o agente tem a possibilidade de saber que determinada conduta é crime ou não.
Pode ser Erro de proibição: direto quando ocorrer erro sobre o conteúdo positivo da norma.
Ex. do holandês que viu pela tv um caboclo brasileiro fumando um cigarro de palha e acreditou que era um cigarro de maconha, pensou que fosse normal/licito no Brasil.
O erro de proibição indireto ocorre quando existe um erro na existência na discriminância putativa.
Ex. é o caso do pai que mata o estuprador da filha depois de 5 dias e acredita esta agindo por uma excludente de ilicitude.
Erro de Proibição Mandamental – incide sobre o mandamento nos crimes omissivos próprios.
As consequências de proibição poderão ser as seguintes:
1º se o erro for evitável a pena poderia ser diminuída de 1/6 para um 1/3.
Ex. os colegas das classes vão pescar na época do dispenso (piracema).
Se o erro for inevitável o agente terá a isenção da pena.
Ex. O caboclo mata a capivara.
Exigibilidade de conduta diversa - art. 22
Coação irresistível – para que a conduta seja reprovável, a lei da imputabilidade e potencial consciência e ilicitude deve se a verificar se o agente podia ter praticado a conduta em situação de normalidade.
Em situações anormais (coação moral irresistível e obediente hierárquica) é inexigível conduta diversa, hipótese em que não havia a culpabilidade.
Coação Moral irresistível – A aqui não exclui, uma vez que ainda resta um resíduo de vontade que é vencida, mas não eliminada e o coacto pratica um fato criminoso embora não responda por ele ante a ausência da culpabilidade, será absolvido.
Coação Moral resistível - o agente pratica o fato típico antijurídico e culpável. Nesse caso o agente terá uma atitude prevista no art. 65 III CP.
Coação física – o emprego de força física exclui a conduta diante da absoluta falta de vontade e o coacto não pratica o crime, pois o fato será atípico.
Obediência hierárquica:
1º tem que ocorrer num ambiente publico.
2º a ordem deve partir de superior hierárquico.
3º essa ordem não pode ser manifestante ilegal.
Se a ordem for legal - o agente praticara um fato atípico acabando por uma excludente de ilicitude (estrito cumprimento do dever legal).
Se a ordem for ilegal – manifestamente ilegal onde o agente cumpre ordem do seu superior.
Na ordem aparentemente Legal - ou manifestamente ilegal fica isento da pena.

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