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Resumo do livro - A sociedade do espetáculo - GUY DEBORD

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Resumo: “A Sociedade do Espetáculo” 
Na presente obra o autor apresenta 221 teses, que nos mostram diversas formas 
onde a realidade pode se constituir de espetáculos. Com isso podem ser usadas 
nos âmbitos de ordens, cultural, econômica, social, política e filosófica. Citando 
padrões estabelecidos por uma sociedade arcaica, onde existe inversão e 
modificação de valores, assim como a visão do ser humano, como ’’humano’’ no 
sentido literal da palavra. 
Em princípio o autor afirma que, a vida das sociedades onde reinam as modernas 
condições de produção, ocorre uma imensa acumulação de espetáculos e que 
tudo o que era vivido realmente se tornou uma grande representação. 
As imagens que se apresentam na vida, constituem um mundo à parte, isto é, 
as imagens possuem uma realidade própria, que acabam por se encerrar na 
construção de diversas realidades que se cruzam em um movimento dinâmico. 
O espetáculo unifica a sociedade, onde o espetáculo não é um conjunto de 
imagens, porem uma relação social entre pessoas. Dessa maneira o espetáculo 
pode intervir no real, porém não de forma abstrata, mas no seu contexto de 
acabado, por constituir a realidade em produto, isto é, real, mesmo sendo 
abstrato. 
Na sociedade em que se convive com a indústria moderna, o espetáculo inicia-
se nele e encera-se nele mesmo, transformando na principal produção da 
sociedade atual. Através da representação é possível relatar a realidade de 
muitos. Com a imagem, os aspectos da vida se fundem com o espetáculo, onde 
o mentiroso mente a si mesmo. 
O autor relata ainda que o espetáculo são imagens que viram uma interação 
social entre pessoas, mediante o espetáculo. É a irrealidade de uma sociedade 
real. Sob todas as formas; propaganda, publicidade, consumo direto do 
entretenimento, o espetáculo constitui de uma forma única de consumo. 
Segundo o autor, na fase inicial da economia há um desdobramento de 
definições sociais, onde o ser perde espaço para ter. Já na contemporaneidade, 
o ter perde espaço para legitimar o parecer, transformando imagens em 
realidade social, sendo, portanto, uma reconstrução material da ilusão religiosa 
trazendo à tona a necessidade de sonhar e nesse mundo de sonho, o sistema 
econômico separa o trabalhador de sua produção, acarretando uma produção 
circular de isolamento. 
O cotidiano das saciedades modernas está pautado em pelo menos dois 
registros, os comportamentos e os benefícios simbólicos que se espera obter. 
Dessa maneira, grande parte das ações, quando realizadas em um ambiente 
coletivo, por mais natural que sejam, são individuais e contém atos 
simbólicos. As simbologias, a nosso ver, estão ligadas à coletividade, por mais 
que quem as vive, seja um ato, ação, reação individual. 
Muitos fenômenos de grande diversidade se explica com o espetáculo, pois 
unifica a vida humana com uma vida de aparências. As mensagens transmitidas 
com o espetáculo é algo grandioso e indiscutível. 
A origem do espetáculo é a perda da essência do mundo, e a expansão 
gigantesca do espetáculo moderno revela o quão grande foi essa perda. Todo 
trabalho particular e a produção geral, se traduz perfeitamente no espetáculo. 
Desse modo, levando a sociedade espectadora a se distanciar do conhecimento 
de sua própria existência. O espetáculo na sociedade corresponde a uma 
fabricação concreta da alienação. 
Todo espetáculo, imagem, propaganda mostra uma gama imensa de tendências 
e objetos, com isso é capaz de ditar moda e até campanhas contra ou à favor de 
uma causa, denegrir ou arruinar, pois é a principal produção da sociedade atual. 
Essas tendências e a necessidade de ter, cresce com a economia que se move 
por si mesma, o espetáculo é o capital em um grau de acumulação que se torna 
imagem. É onde o desenvolvimento das produções foi a história real inconsciente 
que construiu e modificou as condições de existência dos grupos humanos. A 
ampliação destas condições, foi e é base econômica de todos os 
empreendimentos. A mercadoria torna se espetáculo e passa a preencher a vida 
social, onde o poder aquisitivo é que legitima uma potência desconhecida. 
O espetáculo trata se de uma ilusão religiosa. O trabalhador vive uma realidade 
ampliada, ao mesmo tempo é o consumidor real de ilusões. O dinheiro real troca 
se por mercadoria e sua realidade invade e consome a realidade concreta 
cotidiana. Portanto, uma interdependência entre economia e sociedade. 
A banalização da realidade vivenciada em meio às imagens das mercadorias, 
uma necessidade construída pela sociedade e pelo sistema. Nesse sentido, o 
irreal que o espetáculo proclama é a máscara da divisão de classes sobre a qual 
a realidade de produção capitalista e o proletariado é colocado como sujeito e 
representação. 
Para o autor, no desenvolvimento complexo e terrível que conduziu a época das 
lutas de classes para novas condições. Onde o proletariado industrial perdeu 
toda sua perspectiva autônoma e, suas ilusões, mas não o seu ver. Com isso a 
Teoria revolucionária passou a ser inimiga da ideologia revolucionária. A 
comunicação em massa tem uma manifestação esmagadora que invade a 
sociedade, como simples instrumentação mais conveniente ao movimento total. 
A comunicação é algo, unilateral, e o espetáculo é inseparável do estado 
moderno. Portanto, a forma como este foi construído ao longo do tempo, onde 
transformou se em irreversível a partir da ascensão da burguesia. 
O desenvolvimento do capitalismo, o tempo irreversível. Assim, o tempo visto 
como geral da sociedade, nada mais é do que um tempo particular originado no 
seio do sistema econômico da época. O tempo da produção, o tempo-
mercadoria, é uma acumulação infinita de intervalos. A abstração do tempo 
irreversível, e todos os seus segmentos devem provar pelo cronômetro a 
igualdade quantitativa. 
Assim, existe um tempo criado pela indústria, que possibilita às sociedades de 
consumo prezando o trabalho alienado. Esse tempo, é um tempo espetacular 
tanto como tempo do consumo das imagens, é nesse cenário que se encontram 
os instrumentos do espetáculo que passa a dominar o presente. 
Partindo desse ponto, percebe se que o capitalismo torna as sociedades 
externas em unidade. A comunidade global interliga uma à outra. Por isso a 
comunicação é algo inseparável do estado moderno. Devido a expansão 
econômica e produção industrial, concluiu que, quanto mais a vida se transforma 
em mercadoria, mais se separa dela. 
Para o autor, a cultura é a esfera do conhecimento e das representações do 
vivido, na sociedade. 
O desaparecimento da arte histórica que estava ligada à comunicação interna 
de uma elite, que tinha sua base social semi independente nas condições 
vividas pelas últimas aristocracias. Isso traduz também o fato do capitalismo 
experimentar o primeiro poder de classe que se confessa despojado de toda 
qualidade ontológica. A arte em sua época de dissolução, como movimento que 
prossegue a superação da arte em uma sociedade. 
Em uma sociedade de classes é pelo princípio do fetichismo que essa massa é 
dominada por coisas que o espetáculo realiza. Definindo a terra como mercado 
mundial, onde a economia tornou se um processo de desenvolvimento 
quantitativo. Essa ideologia, em ações, é, na verdade, o espetáculo. O 
espetáculo é o apagamento dos limites do eu e do mundo pelo esmagamento de 
eu, é também a supressão dos limites do verdadeiro e do falso pelo 
recalcamento de toda verdade vivida, diante da presença real da falsidade 
garantida pela organização da aparência. 
É sabido que a 2ª revolução industrial suplementou uma produção alienada, e 
todo trabalho vendido de uma sociedade que é taxada de mercadoria total, sendoesse fato um ciclo que deve prosseguir. No tempo primitivo onde os capitalistas 
não viam trabalhadores como alguém que necessitasse de lazer ou como ser 
humano no sentido literal da palavra. A ideia de classe dominante inverteu se 
quando perceberam que, essa classe poderia ser bons consumidores da utopia 
que se quisera que acreditassem e comprassem. Com a chegada da automação 
e um setor mais moderno, o espetáculo tornou se a outra face do dinheiro. A 
condição da vida aparente é objeto da vida que subdivide. 
O poder, férias, consumo, mostra todo poder e tipos de personalidade, onde 
muitos estilos de roupa surge de filmes, revistas lançam produtos e várias formas 
exprimem esses fatos em massa, e com isso tudo se torna mercadoria especial. 
As mercadorias atingem momentos de excitação fervente, com consumismo 
estratosférico. Cada nova mentira da publicidade é também confissão de uma 
mentira precedente. Existe uma máscara onde se roga; direito igual a todos; 
onde tudo o que era absoluto tornou se história. Segundo Hegel, a transformação 
do mundo, se fez por si mesmo com o espetáculo. 
A teoria de Marx, relatava que, o pensamento científico é a compreensão 
racional das forças exercidas na sociedade e que só havia dois tipos de classe; 
a burguesia e o proletariado, única classe revolucionaria da história. Já 
Bernstein, embora cheio de ilusões, tanto quanto os demais, tinha negado uma 
crise capitalista em um momento de profunda perturbação social que surgiu com 
a 1ª Guerra Mundial. 
Havia ainda quem acreditava no pecado, como se fosse uma representação 
socialista o que chamou de nova alienação, concluindo que; socialismo queria 
dizer trabalhar muito. O trabalho transformou as condições históricas. Aquilo que 
na teoria se apresenta abertamente como desviado, não é nada em si mesma, 
se não pela ação da história. A negação real da cultura é a única coisa que faz 
sentido. 
A ideologia é a base de tudo, da história, vida, utopia, dogmas, crenças e 
também por aquilo que inexiste. Ideologia é o espetáculo que manifesta sua 
plenitude a essência de qualquer sistema. O paralelo entre ideologia e a 
esquizofrenia estabelecido por Gabel (A falsa Consciência), deve ser inserido 
nesse processo econômico de sociedade ideológica.

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