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TCC - Ginástica Laboral - 18-02-14

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10 
 
 
FATECE – Faculdade de Tecnologia, Ciências e Educação 
 
 
 
 
 
 
ELVIS AUGUSTO 
 
 
 
 
 
 
GINÁSTICA LABORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirassununga 
2013 
 
11 
 
ELVIS AUGUSTO 
 
 
 
GINÁSTICA LABORAL 
 
 
 
 
 
 Monografia apresentada para a 
 conclusão do curso de Pós - 
 Graduação em Gestão de Pessoas 
 para a obtenção do Certificado de 
 Especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirassununga 
2013 
 
12 
 
Catalogação na Publicação 
Biblioteca FATECE 
 
 
ELVIS AUGUSTO 
 GINASTICA LABORAL/ELVIS AUGUSTO– Pirassununga, 
2013. 
 51 f. 
 
 Orientador: 
 Monografia (Pós – Graduação) – Faculdade de Tecnologia, 
Ciências e Educação, Especialização em Gestão de Pessoas, Pólo 
Pirassununga, SP, 2013. 
 
 
 
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE 
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO CONVENCIONAL OU 
ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A 
FONTE E COMUNICADO AOS AUTORES A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. 
Pirassununga, 16/03/2013. 
 
Assinatura: 
 
13 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Primeiramente, agradeço a Deus pela vida e em especial, a minha família, que me 
apoiou e motivou para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 Dedico este trabalho especialmente à minha família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO..................................................................................................................................17 
 
INTRODUÇÃO........................................................................................................................18 
 
1. A HISTÓRIA DA GINÁSTICA LABORAL.......................................................................19 
1.1 Primeiros Vestígios.............................................................................................................20 
1.2 A importância da ginástica laboral.....................................................................................20 
1.3 Benefícios da ginástica laboral...........................................................................................21 
1.4 Doenças que podem ser evitadas......,.................................................................................21 
1.5 LER/DORT.........................................................................................................................22 
 
2. A GINÁSTICA LABORAL.................................................................................................23 
2.1 Conceito..............................................................................................................................24 
2.2 Benefícios............................................................................................................................24 
2.2.1 Benefícios Fisiológicos....................................................................................................24 
2.2.2 Benefícios Psicológicos...................................................................................................25 
2.2.3 Benefícios Sociais............................................................................................................25 
2.2.24 Benefícios para Empresa................................................................................................26 
2.3 Qualidade de Vida...............................................................................................................26 
2.4 Adequação...........................................................................................................................27 
2.5 Exercícios............................................................................................................................28 
2.6 Tipos de Exercícios.............................................................................................................29 
 
16 
 
2.6.1 Ginástica Laboral Preparatória.........................................................................................29 
2.6.2 Ginástica Laboral Compensatória....................................................................................29 
2.6.3 Ginástica Laboral de Relaxamento..................................................................................29 
2.6.4 Ginástica Laboral Corretiva................................................................................,............29 
 
3. GINÁSTICA LABORAL NA INDÚSTRIA........................................................................31 
3.1 Na Indústria.........................................................................................................................31 
3.2 Prevenção de L.E.R/D.O.R.T..............................................................................................32 
3.3 A Ergonomia e a Prevenção de L.E.R/D.O.R.T.................................................................32 
3.4 Causas/ Fatores de Riscos...................................................................................................33 
3.5 Ginástica Laboral (GL) como preventiva de L.E.R/D.O.R.T.............................................34 
3.6 Efeitos Fisiológicos atribuídos a ginástica laboral..............................................................34 
3.7 Influências da Recreação....................................................................................................35 
3.8 Os Profissionais...................................................................................................................36 
3.9 Qualidade de Vida na Indústria...........................................................................................37 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................38 
 
REFERÊNCIAS........................................................................................................................39 
 
 
 
 
 
17 
 
 RESUMO 
 
 
Neste trabalho será abordado tanto a definição da motivação como a Teoria da Hierarquia das 
Necessidades de Abraham Maslow, os tipos de necessidades e outros assuntos mais. Pois, 
existem diversas maneiras de motivar um funcionário e ao mesmo tempo, um conjunto de 
fatores que não conseguem satisfazer todos eles. Este trabalho tem como objetivo geral 
analisar a importância da motivação em uma empresa do setor moveleiro localizada no 
interior de São Paulo. Possui como objetivos específicos: definir o conceito de motivação; 
analisar a Teoria da Hierarquia das Necessidades de Abraham Maslow; elencar os tipos de 
necessidades; explicar o que é motivação interna e externa; compreender que a motivação é a 
essência para a sobrevivência da empresa e entender como as empresas devem motivar osprofissionais. Para atingir os respectivos objetivos, a metodologia utilizada foi à pesquisa 
bibliográfica e a pesquisa de campo. Na pesquisa de campo foram entregues questionários a 5 
colaboradores do setor de produção de uma empresa moveleira para que opinem a respeito da 
importância da motivação no ambiente de trabalho. E por meio da coleta de dados, pode-se 
concluir que, a maioria dos colaboradores sente-se motivados no ambiente de trabalho. Pois, 
justificam que possuem grande autonomia para executarem sua função da melhor forma 
possível. Todos os colaboradores relataram que gostam muito da sua área de atuação na 
empresa e isso também é um aspecto motivador. Muitos colaboradores estão satisfeitos com 
seus salários, se relacionam bem com seu superior e com seus companheiros de trabalho. 
Porém, existe um fator que muito os desmotiva, que é a famosa injustiça no trabalho. Fator 
este que faz com que a auto-estima do funcionário tenha uma queda que tende a refletir em 
sua produção diária, em seu trabalho. Então, cabe a empresa e aos superiores analisarem 
muito bem cada situação, pois um funcionário desmotivado se torna descontente que pode 
ocasionar inúmeros problemas tanto para a empresa como para si próprio. Cabe a empresa 
reconhecer cada funcionário como um colaborador que possuem direitos, como por exemplo, 
benefícios. Fator este que está intimamente relacionado com a motivação. Sendo assim, um 
colaborador motivado é um indivíduo competente, organizado, que busca melhorar cada dia 
mais. 
 
 
 
Palavras – chave: Motivação. Teoria da Hierarquia das Necessidades. Profissionais. 
18 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Podemos conceituar ginástica laboral como sendo um programa de exercícios feitos 
em ambiente fechado utilizando profissionais qualificados como educador físico ou 
fisioterapeuta. 
É muito utilizado em empresas para seus funcionários tendo como principal objetivo 
diminuir as doenças do trabalho e estimular hábitos mais saudáveis nos funcionários, isto é 
são exercícios com ou sem aparelhos que englobam trabalhos localizados, alongamento e de 
fortalecimento. 
A ginástica laboral diminui o sedentarismo, aumenta rendimento no trabalho, melhora 
a qualidade física realizada durante o horário de expediente, para promover a saúde dos 
funcionários e evitar lesões de esforços repetitivos e doenças ocupacionais. 
Mesmo sendo uma ginástica coletiva, ela é moldada de acordo com a função exercida 
por cada trabalhador. Nascida em 1925, entre os operários poloneses, a ginástica laboral foi 
passada à Holanda, Rússia, Bulgária e Alemanha Oriental. 
Desde o tempo da Revolução Industrial até hoje, a jornada de trabalho excessiva torna 
o homem cada vez mais adepto ao sedentarismo, gerando ao mesmo uma série de problemas 
de saúde, provocando assim, uma diminuição significante em sua qualidade de vida. 
Na da década de 90 surgiram diversas situações desfavoráveis a saúde do trabalhador, 
tornando o indivíduo predisposto a vários tipos de lesões ou distúrbios relacionados a 
LER/DORT e é nesse contexto que surgiu à ginástica laboral com ações diretas e especificas a 
promoção da saúde do funcionário, prevenido, tratando e reabilitando o índice do surgimento 
de doenças ocupacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
1 A HISTÓRIA DA GINÁSTICA LABORAL 
 
 
Os novos tempos modernos trouxeram uma nova rotina aos trabalhadores, que 
geralmente têm uma vida sedentária, passando muitas horas na mesma posição e quase 
sempre repetindo movimentos milhares de vezes por dia, com isto, o número de trabalhadores 
com DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho aumentou 
consideravelmente. 
Antigamente era chamada de “ginástica de pausa”, a Ginástica Laboral começou na 
indústria com o objetivo de dar repouso ativo aos colaboradores, por alguns períodos durante 
sua jornada de trabalho1. 
Nos anos 60, já com o nome Ginástica Laboral consolidou-se sua obrigatoriedade com 
relação a determinadas tarefas industriais. 
Aqui no Brasil, no ano de 1973, a Escola de Educação Física da Federação dos 
Estabelecimentos de Ensino de Novo Hamburgo/RS (FEEVALE) tornou-se a pioneira da 
Ginástica Laboral com o “Projeto Educação Física Compensatória e Recreação”, que foi 
elaborado a partir de proposta de exercícios físicos baseados em análises biomecânicas2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 POLITO E, BERGAMASCHI EC. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. p. 
23. 
2
 Idem. p. 23-24. 
20 
 
1.1 PRIMEIROS VESTÍGIOS 
 
 
Como já fora dito anteriormente acima, aqui no Brasil, a semente brotou em 1973, na 
escola de educação FEEVALE com um projeto de Educação Física Compensatória e 
Recreação no qual a escola estabelecia uma proposta de exercícios baseados em análises 
biomecânicas. 
 A ginástica laboral está suprindo a necessidade de um espaço de liberdade, de uma 
quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia do trabalho. 
Ao começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um 
momento, talvez o único do dia. Onde podem ser eles mesmos de forma integrada, 
expandindo o corpo, a mente e o espírito e é possível relaxar e abrir mão do autocontrole, 
livres de risco de acidentes, erros e tensão decorrentes. 
O objetivo da ginástica laboral é o de preencher uma carência de atenção e valorização 
das pessoas, sendo percebida como uma diferença da empresa para com elas e um sinal de 
humanização do ambiente de trabalho. 
 
 
 
1.2 A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL 
 
 
A ginástica laboral é realizada para prevenção de doenças e para o bem-estar dos 
funcionários, ou seja, é necessário ter uma prevenção da saúde do trabalhador. 
Lima define Ginástica Laboral como: 
 
“A prática de exercícios físicos, realizada coletivamente, durante a jornada de 
trabalho, prescrita de acordo com a função exercida pelo trabalhador, tendo como 
finalidade a prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bem-estar individual 
por intermédio da consciência corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu 
próprio corpo3”. 
 
 
3
 LIMA DG. Ginástica laboral: metodologia de implantação de programas com abordagem 
ergonômica. Jundiaí, SP: Fontoura, 2004. p. 20. 
21 
 
Na ginástica laboral são feitos alongamentos e relaxamentos musculares para prevenir 
lesões por esforços repetitivos. 
 
 
1.3 BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL 
 
 
 A ginástica laboral promove benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais aos 
funcionários e benefícios financeiros para a empresa, como serão analisados no próximo 
capítulo. 
 
 
1.4 DOENÇAS QUE PODEM SER EVITADAS 
 
 
A ginástica laboral pode evitar vários tipos de doenças, assim como as Lesões por 
Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho 
(DORT). Segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social são as LER/DORT, atualmente, 
a segunda causa de afastamento de trabalho em nosso país. 
O DORT é uma doença ocupacional causada pelo uso repetitivo de tendões, esforços 
musculares e pela má postura do trabalhador, muitas vezes causada por falta de orientações da 
empresa. 
A LER é um tipo de doença causada pelo excesso de uso de determinada articulação, 
ou seja, o uso repetitivo do mesmo movimento, havendo afecção nos tendões, músculos, 
ligamentos, fáscias, nervos e sinoviais4. 
Existem várias doenças que se enquadram no grupo da LER, com algumas 
características diferentes, como: síndrome do túnel do carpo, tendinite dos extensores dos 
dedos, tenossinovite dos flexores dos dedos, tenossinovite estenosante (dedo em gatilho), 
epicondilite lateral, doença de Quervaine também a Bursite5. 
 
 
 
4
 MIRANDA CR, DIAS CR. LER - lesões por esforços repetitivos, uma proposta de ação preventiva. 
Revista CIPA 1999. p. 11. 
5
 FUNDACENTRO. LER/ DORT. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/>. Acesso em: 15 
set. 2012. 
22 
 
1.5 LER/DORT 
 
 
O termo Lesões por Esforços Repetitivos (LER), adotado no Brasil, está sendo, aos 
poucos, substituído por Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho são doenças ocupacionais 
relacionadas a lesões por traumas cumulativos. 
LER/DORT são afecções que podem acometer, isolada ou associadamente, tendões, 
sinóvias, músculos, nervos, fáscias e ligamentos, com ou sem degeneração de tecidos. 
As LER/DORT atingem, atualmente, trabalhadores de diversas áreas. Especialistas em 
medicina do trabalho estimam que de 5 a 10% dos digitadores são portadores de LER/DORT, 
por exemplo6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
 FUNDACENTRO. LER/ DORT. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/>. Acesso em: 15 
set. 2012. 
23 
 
2 A GINÁSTICA LABORAL 
 
 
A ginástica laboral se consiste em alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade 
das articulações, mesmo sendo uma prática coletiva, ela é moldada de acordo com a função 
exercida pelo trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
2.1 CONCEITO 
 
 
Conceitua-se ginástica laboral como a realização de exercícios físicos no ambiente de 
trabalho, durante o horário de expediente, para promover a saúde dos funcionários e evitar 
lesões de esforços repetitivos e doenças ocupacionais. 
Compreende em exercícios específicos de alongamento, de fortalecimento muscular, 
de coordenação motora e de relaxamento realizado em diferentes setores ou departamentos da 
empresa, tendo como objetivo principal prevenir e diminuir os casos de LER/DORT7. 
A ginástica laboral é exercida no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, 10 
ou 15 minutos, tendo como principais objetivos a prevenção e os efeitos negativos das 
LER/DORT, e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de 
relaxamento. 
Esse tipo de ginástica é prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador, 
tendo como finalidade a prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bem-estar 
individual, por intermédio da consciência corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu 
próprio corpo. 
 
 
2.2 BENEFÍCIOS 
 
A ginástica laboral pode reduzir a incidência de doenças ocupacionais e lesões de 
esforços repetitivos, e desta forma diminuir o número de afastamentos dos empregados na 
empresa8. 
Além de benefícios físicos, a ginástica laboral também pode trazer benefícios 
econômicos diretos para as empresas ao diminuir o afastamento e elevar a produtividade dos 
empregados. 
Para se observar o vário benefício que a ginástica laboral traz, abaixo elencará os 
principais benefícios, subdivididos em categorias, para uma melhor compreensão. 
 
 
 
7
 OLIVEIRA JRGO. A prática da ginástica laboral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. p. 19. 
8
 POLITO E, BERGAMASCHI EC. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. p. 
29-30. 
25 
 
2.2.1 BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS 
 
Segue abaixo alguns benefícios dessa categoria: 
• Aumento da circulação sanguínea na estrutura muscular; 
• Melhora a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo de 
ácida lático; 
• Melhora a mobilidade e a flexibilidade músculo - articular; 
• Diminui as inflamações e os traumas; 
• Melhora a postura; 
• Melhora a Flexibilidade; 
• Diminui as tensões musculares desnecessárias; 
• Diminui o esforço na execução das tarefas diárias; 
• Facilita a adaptação ao posto de trabalho; 
• Melhora a condição do estado de saúde geral. 
 
 
 
2.2.2 BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS 
 
Segue abaixo alguns benefícios dessa categoria: 
• Favorece a mudança da rotina; 
• Reforça a autoestima; 
• Mostra a preocupação da Empresa com seus funcionários: 
• Melhora a capacidade de concentração no trabalho; 
• Diminuição da percepção de depressão e/ou ansiedade; 
• Redução dos níveis de estresse. 
 
 
2.2.3 BENEFÍCIOS SOCIAIS 
 
Segue abaixo alguns benefícios dessa categoria: 
• Desperta o surgimento de novas lideranças; 
• Favorece o contato social; 
26 
 
• Promove a integração social; 
• Favorece o sentido de grupo – os funcionários sentem-se mais unidos; 
• Sensação de bem-estar no trabalho; 
• Melhora o relacionamento. 
 
 
2.2.4 BENEFÍCIOS PARA A EMPRESA 
 
Segue abaixo alguns benefícios dessa categoria: 
• Aumento da produtividade; 
• Diminuição de incidência de doenças ocupacionais; 
• Marketing social; 
• Redução do índice de absenteísmo e rotatividade dos funcionários. 
• Redução dos números de erros e falhas, pois os funcionários ficam mais 
atentos e motivados. 
• Menores gastos com despesas médios baixos custo de implantação do 
programa; 
• Aumento dos lucros; 
• Reduzir acidentes de trabalho e/ ou do afastamento. 
• Aumento da capacidade de concentração do ambiente de trabalho; 
 
 
 
2.3 QUALIDADE DE VIDA 
 
 
Para os funcionários de empresas e indústrias enfrentarem as dificuldades do dia-a-dia 
eles precisam ter ordem e energia, por isso o corpo humano precisa estar saudável para reagir 
às situações que causam grande desgaste físico e mental, isto é, é essencial que existam 
práticas positivas com os cuidados em relação ao organismo, pois essa atitude afeta 
diretamente a Qualidade de Vida. 
 Conforme Lima: 
 
27 
 
“Qualidade de Vida é uma expressão muito ampla que apresenta infinitas definições 
por variar de indivíduo para indivíduo, grupos sociais para grupos sociais, entre 
trabalhadores de diferentes funções, enfim, não existe unanimidade. A Qualidade de 
Vida pode ser melhorada através de várias maneiras: fisicamente, como exercitar e 
alimentar-se adequadamente; psicologicamente, como cuidar de si mesmo e, 
socialmente, interagindo com outras pessoas. Um fator importante que leva a 
resultados positivos para a qualidade de vida é a adoção de hábitos saudáveis9”. 
 
As atividades físicas é um desses hábitos que mais influenciam uma boa Qualidade de 
Vida. 
Sendo exercida no ambiente de trabalho, a Ginástica Laboral é um tipo de atividade 
física específica direcionada à musculatura mais requisitada durante as tarefas, preparando o 
organismo para o trabalho físico, promovendo a manutenção e normalização do tônus 
muscular e também compensando e relaxando qualquer esforço repetitivo10. 
Assim, podemos afirmar que o incentivo a realização da Ginástica Laboral como meio 
de auxílio aos trabalhadores deve ser sempre praticado por empresas e demais órgãos e 
instituições com enquadramento funcional. 
 
 
2.4 ADEQUAÇÃO 
 
 
Empresários se vêm a todo instante buscando alternativas para diminuírem o custo 
com despesas médicas e/ou afastamentos de empregados acometidos por doenças do trabalho 
justamente quando esses têm mais experiência profissional. 
Medidas simples podem ser adotadas tais como, rotatividade nas funções, 
treinamentos periódicos sobre ergonomia, saúde e segurança no trabalho, incentivo à 
atividade física, postos de trabalho adequados e implantação da ginástica laboral. 
 
9
 LIMA DG. Ginásticalaboral: metodologia de implantação de programas com abordagem 
ergonômica. Jundiaí, SP: Fontoura, 2004. p. 29. 
10
 JIMENES P. Ginástica laboral: bem-estar do trabalhador traz resultados surpreendentes. Revista 
CIPA 2002. p. 10. 
28 
 
 A L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos), é uma doença, cujos índices aumentaram 
muito atingindo diretamente os digitadores e as dores nas costas, coluna e problemas 
circulatórios atinge quem trabalha em pé, abaixando e levantando11. 
Quebrando a rotina no ambiente de trabalho todos se beneficiarão inclusive quem não 
geralmente faz, entretanto, a ginástica laboral deve ser adequada a cada tipo de trabalho em 
função das posturas adotadas e problemas de saúde a que estão sujeitos. 
Por isso, se faz necessário a presença de um profissional de Educação Física, pois ele 
apresenta conhecimento mais amplo nas áreas de fisiologia do exercício, ergonomia, técnicas 
de relaxamento, alongamento, segurança do trabalho, medicina ocupacional, massagem e 
dinâmica de grupo. 
 
 
2.5 EXERCÍCIOS 
 
 
Como já fora bem observado anteriormente, a ginástica laboral é uma atividade física 
diária, realizada no local de trabalho com exercícios de compensação por movimentos 
repetidos, para a ausência de movimentos e para postura incorreta no local de trabalho. 
Como já fora mencionado também, a ginástica laboral traz inúmeros benefícios, mas 
estes são necessários repetir: 
• Melhora a flexibilidade articular; 
• Previne a fadiga; 
• Diminui vícios posturais; 
• Melhora a disposição e ânimo; 
• Atividade respiratória melhorada. 
O alongamento é um tipo de exercício adequado para obter as mesmas vantagens de 
um individuo que pratica ginastica postural no seu local de trabalho. 
A Ginástica Laboral consiste em exercícios específicos que são realizados no próprio 
local de trabalho atuando de forma preventiva e terapêutica, sem levar o trabalhador ao 
cansaço, por ser de curta duração e trabalhar mais no alongamento e compensação das 
estruturas musculares envolvidas nas tarefas operacionais diárias. 
 
 
11
 MIRANDA CR, DIAS CR. LER - lesões por esforços repetitivos, uma proposta de ação preventiva. 
Revista CIPA 1999. p. 15. 
29 
 
2.6 TIPOS DE EXERCÍCIOS 
 
 
2.6.1 GINÁSTICA LABORAL PREPARATÓRIA 
 
 
É a atividade física realizada antes de se iniciar o trabalho, aquecendo e despertando o 
funcionário, com objetivo de prevenir acidentes de trabalho, distensões musculares e doenças 
ocupacionais. 
 
 
2.6.2 GINÁSTICA LABORAL COMPENSATÓRIA 
Tem por objetivo fazer trabalhar os músculos correspondentes e relaxar os músculos 
que estão em contração durante a maior parte da jornada de trabalho. 
São exercícios físicos praticados durante o expediente de trabalho, normalmente 
aplicando-se uma pausa ativa de 3 a 4 horas após o início do expediente, tendo como objetivo 
aliviar a tensões e fortalecer os músculos do trabalhador. 
 
 
2.6.3 GINÁSTICA LABORAL DE RELAXAMENTO 
 
 
É de grande importância desenvolver exercícios específicos de relaxamento, 
principalmente em trabalhos com excesso de carga horária ou em serviços de cunho 
intelectual. A Ginástica Laboral de Relaxamento, praticada ao final do expediente, tem como 
objetivo relaxar o corpo e, especificamente, extravasar tensões das regiões que acumulam 
mais tensão. 
 
 
2.6.4 GINÁSTICA LABORAL CORRETIVA 
 
 
A finalidade da Ginástica Laboral Corretiva é estabelecer o antagonismo muscular, 
utilizando exercícios que visam fortalecer os músculos fracos e alongar os músculos 
30 
 
encurtados, destinando-se ao indivíduo portador de deficiência morfológica, não patológica, 
sendo aplicada a um grupo reduzido de pessoas. 
A aplicabilidade dessa ginástica tem como objetivo trabalhar grupos específicos dentro 
da empresa, em conjunto com a área da medicina do trabalho, da enfermagem e da 
fisioterapia, com a finalidade de recuperar casos graves de lesões, de limitações e de 
condições ergonômicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
3 GINÁSTICA LABORAL NA INDÚSTRIA 
 
 
A ginástica laboral é uma atividade física programada no trabalho, de leve a 
moderada, os exercícios pré-definidos e instalados nas pausas programadas da jornada de 
trabalho, e são exercícios orientados e supervisionados por profissionais ou de autogestão. 
A ginástica laboral deve atuar sobre as sinergias musculares antagônicas às que se 
encontram ativas durante o trabalho. Este tipo de atividade visa proporcionar a compensação e 
o equilíbrio funcional, assim como também atuar com a recuperação ativa, de forma a 
aproveitar as pausas regulares durante a jornada de trabalho para exercitar os músculos 
correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, 
com o objetivo de prevenir a fadiga12. 
 
 
 
3.1 NA INDÚSTRIA 
 
 
O trabalho na indústria, principalmente representado pelos auxiliares de produção, tem 
uma relação estreita com o significado deste fenômeno para a sociedade. 
As características do trabalho na indústria geralmente envolvem as linhas de produção, 
seja na fragmentação e empobrecimento das tarefas, intensificação do ritmo de trabalho, 
controle rígido visando produtividade, associados a outros diversos fatores considerados de 
risco, que favorecem a manifestação de LER/DORT13. 
A representatividade da indústria para a saúde do trabalhador, especificamente com 
relação a LER/DORT, é tão antiga quanto às revoluções industriais, europeia e americana14. 
O trabalho coletivo nas indústrias é elaborado em função das exigências de produção e 
quase sempre não leva em consideração o organismo humano. 
 
12
 MENDES RA. Ginástica laboral: implantação e benefícios nas indústrias da cidade industrial de 
Curitiba. Curitiba, PR: Centro Federal de Educação Tecnológica (Dissertação de Mestrado em 
Tecnologia), 2000. p. 37. 
13
 BARBOSA EB, BORGES FD, DIAS LP, FABRIS G, FRIGERI F, SALMOSO C. Lesões por 
esforços repetitivos em digitadores do Centro de Processamento de Dados no Banestado, 
Londrina, Paraná, Brasil. Revista de Fisioterapia da USP 1997. p. 37. 
14
 MENDES RA. Ginástica laboral: implantação e benefícios nas indústrias da cidade industrial de 
Curitiba. Curitiba, PR: Centro Federal de Educação Tecnológica (Dissertação de Mestrado em 
Tecnologia), 2000. p. 39. 
32 
 
3.2 PREVENÇÃO DE LER/DORT 
 
 
A prevenção é apresentada como o principal fator com relação às abordagens 
referentes a LER/DORT. 
Necessidades de políticas preventivas efetivas, a partir dos diversos segmentos 
envolvidos com o trabalhador, com o trabalhar e suas múltiplas relações, é reconhecidamente 
uma prioridade, sendo, portanto, a medida mais importante envolvendo esse fenômeno15. 
É interessante considerar a natureza das atividades, do treinamento do trabalhador, da 
disponibilidade de relações de assistência e supervisão, que podem afetar a exposição, a 
satisfação, a atitude e o comportamento. 
Os princípios da prevenção de LER/DORT são as reestruturações do processo 
produtivo que resultem em melhoria da qualidade de vida no trabalho, proporcionando maior 
identidade com a tarefa, maior autoridade sobre o processo, ciclos completos e a eliminação 
de posturas extremamente rígidas normalmente existentes nas relações de trabalho16. 
 
 
 
3.3 A ERGONOMIA E A PREVENÇÃO DE LER/DORT 
 
 
Uma abordagem global para as LER/DORT, deve levar em consideração o sistema de 
trabalho composto dos seguintes elementos: o indivíduo, os aspectos técnicos do trabalho, 
ambiente físico e social, a organização e as característicasda tarefa, sendo que a Ergonomia, 
utilizada de maneira sistemática e rigorosa permite a transformação das situações de trabalho 
para que elas correspondam às possibilidades e às capacidades dos trabalhadores17. 
A aplicação dos resultados por sua vez, pretende ser pontual e definitiva, não 
envolvendo também os trabalhadores, a não ser para dar-lhes instruções de como devem se 
sentar, regular as cadeiras, fizer pausas ou ginásticas. 
 
15
 CAÑETE I. Desafio da empresa moderna: a ginástica laboral como um caminho. 2ª ed. São 
Paulo: Ícone, 2001. p. 21. 
16
 ANDRADE AL. LER: uma visão da doença. Revista Fenacon 2000. p. 29. 
17
 ANDRADE AL. LER: uma visão da doença. Revista Fenacon 2000. p. 29. 
33 
 
O comportamento do homem quando trabalha, bem como os determinantes das 
situações em que trabalha, envolve as características psicofisiológicas gerais do homem e a 
organização em que se dá a atividade de trabalho. 
As ações preventivas devem atuar a partir do adoecimento da própria condição de 
trabalho, buscando o saneamento e aprimoramento das condições ergonômicas. 
A abordagem ergonômica cujo objeto é o trabalhar as regulações decorrentes desta 
prática, os resultados produtivos só podem ser obtidos graças à capacidade de regulação da 
atividade desenvolvida pelos sujeitos, a análise Ergonômica do Trabalho se justifica por 
várias razões, entre elas, de que está centrada sobre a análise da atividade, podendo identificar 
as condições que determinam esta atividade18. 
Esta abordagem possibilita, na situação de trabalho, colocar em evidência o contexto 
da tarefa e o seu ambiente, colocando em evidência a maneira pela qual o trabalhador realiza a 
sua tarefa e como ele reage às más condições de trabalho. 
 
Conforme Figueiredo: 
 
“A Ergonomia integra os conhecimentos fisiológicos e psicológicos quando estuda o 
homem na situação real de trabalho para identificar os elementos críticos sobre a 
saúde e a segurança originados nestas situações e a partir daí elabora recomendações 
de melhoria das condições de trabalho, bem como desenvolve instrumentos 
pedagógicos para qualificar os trabalhadores19”. 
É interessante que na prevenção haja uma negociação entre trabalhadores e 
empregadores no sentido de estabelecer critérios uniformes de ação em todos os aspectos 
relacionados ao surgimento da doença nas empresas, como a organização, o conteúdo e o 
posto de trabalho. 
 
 
 
3.4 CAUSAS/FATORES DE RISCO 
 
 
Não tem como falarmos sobre uma causa única e determinada para a ocorrência de 
LER/DORT os fatores que podem ocorrer para a patologia são: estresse de visão próxima; 
 
18
 FIGUEIREDO F, ALVÃO MA. Ginástica laboral e Ergonomia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. p. 41. 
19
 FIGUEIREDO F, ALVÃO MA. Ginástica laboral e Ergonomia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. p. 41. 
34 
 
desempenho de trabalhos assimétricos e invariabilidade de tarefas; movimentos corporais 
restritos; ausência de pausas regenerativas; má postura; tensão fisiológica (físico-psíquica); 
insatisfação no trabalho; reatividade fisiológica excessiva (esforço físico demasiado e 
repetitivo); fraca ergonomia (ambiente de trabalho inadequado); choques, impactos e 
vibrações, e outros20. 
Todas essas causas também podem ser agrupadas pelo fato gerador, como a 
organização do trabalho, riscos ambientais, riscos psicossociais, fatores biomecânicos e 
fatores diversos, entretanto, esses fatores devem ser observado sem sua intensidade duração e 
frequência. 
 
 
 
3.5 GINÁSTICA LABORAL (GL) COMO PROPOSTA PREVENTIVA DE 
LER/DORT 
 
 
A introdução da Ginástica Laboral passou a ser comum nos ambientes de trabalho 
industrializados, passando a ocupar um grande espaço dentro das iniciativas de prevenção 
propostas pelos diferentes profissionais que atuam na saúde do trabalho. 
 
 
 
3.6 EFEITOS FISIOLÓGICOS ATRIBUÍDOS À GINÁSTICA LABORAL 
 
 
A ginástica laboral é utilizada também, como uma forma de acelerar os processos 
fisiológicos de recuperação, neste caso de forma ativa, durante uma pausa programada no 
trabalho. 
Na recuperação passiva são utilizados em diversas práticas desportivas o relaxamento, 
os banhos térmicos quentes ou frios, as duchas escocesas, as banheiras de hidromassagem, 
posições corporais específicas e o próprio repouso, todos utilizados como métodos para 
acelerar o processo de restauração das potencialidades fisiológicas do indivíduo, embora, o 
 
20
 MIRANDA CR, DIAS CR. LER - lesões por esforços repetitivos, uma proposta de ação preventiva. 
Revista CIPA 1999. p. 13. 
35 
 
trabalho de recuperação ativa vem sendo usado em alguns esportes a exemplo do futebol, 
onde após a partida os atletas continuam desenvolvendo uma atividade menos cadenciada 
com o propósito de acelerar a reabsorção do ácido láctico no ciclo das fontes energéticas. 
Um bom programa de atividade física em geral pode melhorar a capacidade de força 
dos membros superiores e inferiores, melhorarem as capacidades funcionais relacionadas com 
o transporte e utilização do oxigênio pelas células, favorecer e potencializar a função cardíaca 
e respiratória. 
 
 
 
3.7 INFLUÊNCIA DA RECREAÇÃO 
 
 
Com a criação e a influência da prática da ginástica laboral a relação entre a 
necessidade do homem em buscar prazer no ambiente de trabalho e a tentativa de amenizar a 
sobrecarga fisiológica sofrida. 
O desenvolvimento espontâneo e agradável do ser humano em seu tempo disponível, 
tendendo à satisfação de necessidades psico-espirituais incidentes no descanso, no 
entretenimento, na expressão, na interação e na produção criativa, define o sentido da 
recreação21. 
Ou seja, a ginástica laboral representa uma atividade que é livre e espontânea e na qual 
o interesse mantém-se por si só, sem nenhuma compulsão interna ou externa de forma 
obrigatória ou opressora. 
A recreação, como uma proposta alternativa para os setores produtivos de maior 
desgaste físico e mental, busca suporte no combate à monotonia e ao cansaço das tarefas 
repetidas e rotineiras. 
O trabalhador de hoje, que lida com teares modernos numa fábrica bem equipada, 
executa apenas uma operação, não sabendo, com frequência, onde o tecido pronto vai parar, 
nem experimentando, provavelmente, satisfação especial no seu limitado encargo22. 
 
21
 PIMENTEL GGA. A ginástica laboral e a recreação nas empresas como espaço de 
intervenção da educação física no mundo do trabalho. Corpociência 1999. p. 31. 
22
 Idem. p. 31. 
36 
 
Muitas empresas lançaram todos os esforços no sentido de determinar as necessidades 
e desejos dos trabalhadores. Uma vez identificados, as empresas tomaram as medidas 
necessárias que satisfizessem os trabalhadores. 
 
 
 
3.8 OS PROFISSIONAIS 
 
 
Outros profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais eventualmente figuram 
aventurando-se neste tipo de atividade. 
A intervenção dos profissionais da área de saúde no universo do trabalho não ocorre 
em condições ideais na atualidade. 
A expressão Ginástica Laboral e o fato de serem atividades coletivas acabam 
sugerindo ligação com a educação física, mas exercícios físicos têm sido chamados de 
ginástica desde a Grécia antiga23. 
A interdisciplinaridade, tão difundida na academia e frequente nos periódicos, livros, 
matérias de jornais e nas verbalizações sobre saúde do trabalho, parece relegada o segundo 
plano, justamente em uma área que exige, por sua própria complexidade, a ação integrada. 
Programas de ginástica laboral acompanhados constantemente por profissionais 
capacitadossejam eles fisioterapeutas ou professores de educação física, têm melhores 
resultados e adesão do que programas que utilizam multiplicadores de exercícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23
 MENDES RA. Ginástica laboral: implantação e benefícios nas indústrias da cidade industrial de 
Curitiba. Curitiba, PR: Centro Federal de Educação Tecnológica (Dissertação de Mestrado em 
Tecnologia), 2000. p. 29. 
37 
 
3.9 QUALIDADE DE VIDA NA INDÚSTRIA 
 
 
Cada vez mais este termo ganha mais popularidade e, vai se tornando, um dos pontos 
chaves para o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer ser humano em qualquer 
segmento. 
O trabalho é equilibrante quando permite a retomada, por parte do indivíduo, de suas 
aspirações e seus desejos mais profundos, contribuindo para a estruturação de sua 
personalidade, ajudando-o a se realizar24, com isto, percebe-se que muitas áreas de recursos 
humanos vêm desenvolvendo novas estratégias para que a Qualidade de Vida no Trabalho 
seja um ponto de excelência a qualquer organização. 
O trabalho humano, quando executado sob condições insalubres ou inseguras, tem 
efeito direto sobre o bem-estar físico e psíquico do homem, motivo pelo quais muitos 
pesquisadores e profissionais ligados à questão da saúde e do trabalho humano estão 
interessados em investigar as formas mais sutis com que o trabalho impacta o funcionamento 
psíquico do indivíduo. 
A qualidade de vida no trabalho é um conjunto de ações de uma empresa que envolve 
diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais 
dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento 
humano para e durante a realização do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24
 OLIVEIRA JRGO. A prática da ginástica laboral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. p. 49. 
38 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Ginástica laboral é a prática de exercícios físicos, realizada coletivamente, durante a 
jornada de trabalho, prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador, tendo como 
finalidade à prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bem-estar individual por 
intermédio da consciência corporal. 
Pode contribuir para diminuir o número de afastamentos nas empresas, pois ajuda a 
reduzir a incidência de doenças ocupacionais. Além dos benefícios físicos, a prática 
voluntária da ginástica laboral proporciona ganhos psicológicos, diminuição do estresse, 
aumento no poder de concentração, motivação, moral e consequentemente podem aumentar a 
produtividade dos funcionários. 
Existem um grande número de trabalhadores portadores de LER/DORT e os 
empresários ainda investem pouco em prevenção, entretanto, a ginástica laboral pode ser 
considerada uma alternativa para o problema, pois é considerado um exercício físico eficaz 
para prevenir doenças relacionadas ao trabalho e, assim, melhorar a qualidade de vida do 
trabalhador. 
Com relação aos resultados positivos da Ginástica Laboral, apresentados pelos 
diferentes autores, destacam-se o alívio das dores corporais, a diminuição dos casos de 
LER/DORT, o aumento da produtividade e um maior retorno financeiro para as empresas. 
As discussões sobre os efeitos da ginástica laboral e a importância do estudo 
ergonômico na empresa concentram-se basicamente na relação da eficiência objetivada ante 
aos pressupostos estabelecidos. 
Uma vez que o foco principal está na condição física do funcionário, toda a condição 
de levantamento de dados relacionada diretamente a queixas e somatização de sintomas 
reflete uma variável considerável, até mesmo porque se trata de uma resposta subjetiva. 
Além disso, o ambiente interno, a vida social, familiar e todos os aspectos 
relacionados ao cotidiano do funcionário, podem ter algum tipo de ação quando na 
compilação de resultados. 
 
 
 
 
 
39 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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BARBOSA EB, BORGES FD, DIAS LP, FABRIS G, FRIGERI F, SALMOSO C. Lesões 
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Banestado, Londrina, Paraná, Brasil. Revista de Fisioterapia da USP 1997. 
 
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Paulo: Ícone, 2001. 
 
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Estadual de Londrina (Monografia de conclusão de curso), 1998. 
 
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2005. 
 
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LIMA DG. Ginástica laboral: metodologia de implantação de programas com abordagem 
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MENDES RA. Ginástica laboral: implantação e benefícios nas indústrias da cidade 
industrial de Curitiba. Curitiba, PR: Centro Federal de Educação Tecnológica (Dissertação de 
Mestrado em Tecnologia), 2000. 
 
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MIRANDA CR, DIAS CR. LER - lesões por esforços repetitivos, uma proposta de ação 
preventiva. Revista CIPA 1999. 
 
OLIVEIRA JRGO. A prática da ginástica laboral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. 
 
PIMENTEL GGA. A ginástica laboral e a recreação nas empresas como espaço de 
intervenção da educação física no mundo do trabalho. Corpociência 1999. 
 
POLITO E, BERGAMASCHI EC. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 
2002. 
 
REVISTA ECONÔMIA E NEGÓCIO. Pausa para a saúde: trabalhadores mais saudáveis e 
produtivos reforçam a musculatura de empresas que investem em programa de ginástica 
laboral, 2001.

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