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DOENÇA DE HUNTINGTON

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DOENÇA DE HUNTINGTON
(COREIA DE HUNTINGTON)
Universidade do Estado do Pará
Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE
Licenciatura em Ciências Naturais – Física
Temas de Biologia III – Prof.ª Clarisse Beltrão Smith
Acadêmicos(as): Fernanda Freitas / Jéssica Maués 
O que é a Doença de Huntington?
A doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa, autossômica dominante, classicamente descrita como Coreia de Huntington (‘khoreia’ é a palavra grega para dança). A DH é a doença poliglutamínica mais comum e também a melhor estudada. Apresenta uma prevalência de 3 a 10 indivíduos por cada 100.000 no oeste Europeu e América do Norte.
DH
A DH foi descrita inicialmente no século XIX, mais precisamente em 1872, pelo médico George Huntington, que identificou as características clínicas da doença e o padrão de transmissão familiar. Contudo, foi apenas em 1993 que a mutação génica causadora da DH foi descoberta pelo consórcio organizado pela Hereditary Disease Foundation (Fundação de Doenças Hereditárias).
Quais as causas da doença?
A doença de Huntington é causada por uma deficiência genética de um único gene do cromossomo 4. Esse defeito faz com que uma parte do DNA, chamada de sequência CAG (sequência que codifica a glutamina), ocorra várias vezes mais do que deveria ocorrer. Normalmente, essa sequência se repete de 10 a 28 vezes. Em pessoas diagnosticadas com a doença de Huntington, no entanto, ela se repete de 36 a 120 vezes.
Classificação do risco de transmissão da DH com base no número de repetições CAG
Número de Repetições CAG
Risco de Transmissão para a Descendência
Manifestaçãoda Doença
< 28
Não há transmissão
Não há manifestação da doença
28-35
Intermediário (no caso da ocorrênciade mutações que levam a um aumento do número de CAGs na descendência)
Nãohá manifestação da doença
35-40
Penetrância incompleta
Possibilidade de vira manifestar a doença ou início mais tardio
40-50
Penetrância completa
A doença é manifestada na idade adulta
> 50
Penetrância completa
A doença é manifestada precocemente (duranteo período juvenil)
O desvio localiza-se no braço mais curto do cromossomo 4.
A proteína codificada por este gene foi denominada Huntingtina.
Para que a doença se manifeste, basta que um dos cromossomos homólogos contenha o gene com esta informação, por isso tem caráter dominante.
O desvio encontra-se no locus gênico 4p16.3;
A Huntingtina ocupa cerca de 210 kb perto da ponta do braço curto do cromossomo 4;
As regiões de repetição da sequência do trinucleotídeo CAG são instáveis, com os números de repetição em geral aumentando e às vezes diminuindo entre gerações.
Por ser autossômica não é transmitida através dos cromossomos sexuais, por isso, tanto o homem como a mulher têm a mesma probabilidade de herdar o gene. 
É transmitida de um progenitor para o descendente e, sendo dominante, os descendentes tornam-se portadores se receberem no mínimo um gene com a informação de Huntington. Logo, existe 50% de o filho nascer afetado.
Sintomas da Doença de Huntington
Os sinais e sintomas característicos da doença de Huntington surgem em decorrência da perda progressiva de células nervosas que ficam em uma parte específica do cérebro, os gânglios de base. Essa perda afeta a capacidade cognitiva (associada à memória e ao pensamento, por exemplo), os movimentos e o equilíbrio emocional. Os sintomas aparecem gradualmente, mas os que surgem primeiro variam muito de pessoa para pessoa, assim como aquele que mais influenciará e comprometerá a qualidade de vida.
Distúrbios de Movimento
Espasmos e outros movimentos involuntários (coreia);
Problemas musculares, como rigidez e contração muscular (distonia);
Movimentos oculares lentos ou anormais;
Anormalidades da marcha, problemas de postura e de equilíbrio;
Dificuldade para engolir ou falar.
Distúrbios Cognitivos
Dificuldade em organizar, priorizar ou focar determinadas tarefas;
Tendência em ficar preso a um pensamento, comportamento ou ação específicos;
Impulsividade;
Falta de consciência em relação aos próprios comportamentos e capacidades;
Lentidão de pensamento e, muitas vezes, dificuldade em estabelecer uma linha de raciocínio e exprimi-la;
Dificuldade de aprendizagem e de guardar novas informações.
Distúrbios Psiquiátricos
Irritabilidade;
Tristeza;
Apatia emocional;
Retraimento social;
Insônia;
Fadiga e perda de energia;
Pensamentos frequentes de morte ou suicídio.
Etapas da Doença de Huntington
Etapa Inicial:
	As manifestações incluem mudanças sutis na coordenação, talvez alguns movimentos involuntários, dificuldade de pensar sobre problemas e, frequentemente, humor depressivo ou irritável. Neste estágio, a medicação é frequentemente efetiva no tratamento da depressão e outros sintomas emocionais.
Etapa Intermediária:
	Os movimentos involuntários (coreia) podem tornar-se mais pronunciados. A fala e a deglutição começarão a ser afetadas. É importante consultar um fonoaudiólogo que poderá oferecer instruções e estratégias para melhorar as habilidades de comunicação e deglutição.
Etapa Avançada:
	As pessoas num estágio avançado de DH apresentam um estado de coreia grave, mas, mais frequentemente, tornam-se rígidas. Engasgos com a comida se tornam uma preocupação maior, bem como a perda de peso. O portador torna-se totalmente dependente de outros para todos os aspectos de cuidados, não podem mais andar e são incapazes de falar. 
Embora as habilidades cognitivas sejam intensamente prejudicadas, é importante lembrar que, em geral, a pessoa ainda está consciente do seu ambiente, continua capaz de compreender a linguagem e tem consciência dos familiares e dos outros.
As pessoas não morrem da própria DH, mas sim de complicações da imobilidade causada pela doença, tais como engasgos, infecções ou traumatismo craniano (devido às quedas sofridas).
Tratamento da Doença de Huntington
Nenhum tratamento disponível hoje pode alterar o curso da doença de Huntington. Apesar disso, os medicamentos existentes são capazes de diminuir os sintomas, especialmente os relacionados a movimentos e transtornos psiquiátricos.
Medicamentos:
	Entre os medicamentos mais indicados por especialistas para tratar doença de Huntington estão, principalmente, Tetrabenazine e alguns antipsicóticos, além de antidepressivos e estabilizadores de humor.

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