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ANTROPOLOGIA FILOSOFICA: INVESTIGAÇÃO NO CONTEXTO DA SINGULARIDADE TECNOLÓGICA

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA
RENAN DE GUSMÃO GUIMARÃES
ANTROPOLOGIA FILOSOFICA: 
INVESTIGAÇÃO NO CONTEXTO DA SINGULARIDADE TECNOLÓGICA 
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2015
ANTROPOLOGIA FILOSOFICA: 
INVESTIGAÇÃO NO CONTEXTO DA SINGULARIDADE TECNOLÓGICA 
Objetivo Geral:
Pretende-se, ao longo da pesquisa, investigar noções de extropia, entropia, singularidade tecnológica, fazendo uma relação desses conceitos com o movimento transhumanista e a antropologia filosófica do homem de Henrique C. Lima Vaz. 
Objetivos Específicos:
Compreender e relacionar os conceitos de extropia, entropia, singularidade tecnológica e transhumanismo.
Pensar como as tecnologias emergentes afetam as relações humanas conduzindo a um possível ponto de passagem para o transhumanismo.
Refletir acerca das implicações éticas e de poder presentes neste debate.
Problematizar a condição de humano e o homem a partir das investigações e da antropologia filosófica de Henrique C. Lima Vaz.
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA
O presente trabalho consiste na investigação e analise das questões antropológicas filosóficas e suas implicações com a singularidade tecnológica, a partir das noções de homem de Henrique C. Lima Vaz e dos conceitos de transhumano, extropia, entropia da filosofia emergente transhumanista. 
“a reflexão sobre o homem, aguilhoada pela interrogação fundamental “o que é o homem?”, permanece no centro das mais variadas expressões da cultura: mito, literatura, ciência, filosofia, ethos e política. Nela emerge com fulgurante evidência essa singularidade própria do homem que é a de ser o interrogador de si mesmo, interiorizando reflexivamente a relação sujeito-objeto por meio da qual ele se abre ao mundo exterior.”
(LIMA VAZ, 1991)
A justificativa do tema se apresenta acerca da necessidade de compreensão da concepção de homem moderno e suas possíveis mudanças em consideração ao tempo, buscando projetar ainda que em um futuro distante, possíveis resultados dessas transformações, para que na sociedade moderna que apresenta mudanças contínuas e inevitáveis, possamos tomar decisões sensatas para nosso futuro.
“ Essa situação problemática da concepção do homem em nossa cultura aponta para três tarefas fundamentais a ser cumpridas por uma Antropologia filosófica:
— a elaboração de uma ideia do homem que leve em conta, de um lado, os problemas e temas presentes ao longo da tradição filosófica e, de outro, as contribuições e perspectivas abertas pelas recentes ciências do homem; 
— uma justificação crítica dessa ideia, de modo que possa apresentar-se como fundamento da unidade dos múltiplos aspectos do fenômeno humano implicados na variedade das experiências com que o homem se exprime a si mesmo, e investigados pelas ciências do homem; 
— uma sistematização filosófica dessa ideia do homem tendo em vista a constituição de uma ontologia do ser humano capaz de responder ao problema clássico da essência: “O que é o homem?”. ”
(LIMA VAZ, 1991)
A princípio o homem, sendo possibilitado de questionar-se da utilização dos recursos e o desgaste do universo, a transição do humano para o pós-humano, se faz necessário investigar as noções de homem no momento transhumano, para que possamos compreender melhor a noção de homem e suas transformações em consideração do tempo moderno ao pós-moderno, para que possamos analisar as melhores formas de aperfeiçoar a tecnologia a nosso favor avaliando os possíveis riscos gerados por esses recursos.
“A tecnologia não é neutra. Estamos dentro daquilo que fazemos e aquilo que fazemos está dentro de nós. Vivemos em um mundo de conexões – e é importante saber que é que é feito e desfeito”.
(HARAWAY, 2009)
Desde seu momento mais primitivo o homem utiliza fontes de energia para seus trabalhos, trabalhos esses que garantem a sua subsistência, com o inicio do universo, seja pelo sopro divino ou pela teoria do big bang, foi possível adquirir energia para esses trabalhos, essa energia tornou possível à realização dos mais variados tipos de trabalhos, porém o homem sempre precisou renovar as maneiras de executar as tarefas que garantiriam e garantem até hoje a sua subsistência, mas a entropia (diminuição da quantidade de energia disponível para a realização de trabalho) pode ser um problema existencial do homem, desde a primeira pedra que se desgastou para martelar até a energia do sol, tudo um dia vai se desgastar até o fim do seu recurso, mas por enquanto nossa limitação espaço-temporal nos impede de utilizar todas as formas de energia até sua extinção, com avanços tecnológicos essa relação entre homem e entropia fica cada vez mais próxima, gerando implicações acerca do movimento de transformação do homem, assim como seu próprio desgaste.
A partir dessa premissa a extropia como antônimo da entropia apresenta um destino potencial transhumano da humanidade, sendo assim os avanços científicos e tecnológicos a fim de transformar continuamente a condição humana produzem uma tentativa de solucionar o problema da entropia, entretanto a extropia apresenta implicações para antropologia filosófica do homem, apresentado isso se investiga quais benefícios e riscos a extropia, as tecnológicas emergentes e a singularidade afetam a condição humana do homem, relacionando esses conceitos com as noções de homem analisadas nesta pesquisa.
“Transhumanismo não implica em otimismo tecnológico. Enquanto futuras capacidades tecnológicas carregam um imenso potencial para implantações benéficas, elas também podem ser utilizadas para causar danos enormes, que se estendem até a possibilidade extrema da extinção da vida inteligente. Outros resultados negativos em potencial incluem a ampliação das desigualdades sociais ou uma erosão gradual de patrimônios difíceis de quantificar com que nos preocupamos profundamente, mas que tendemos a negligenciar em nossa luta diária por ganho material, tais como relacionamentos humanos significativos e diversidade ecológica. Tais riscos devem ser levados muito a sério, como zelosos transhumanistas reconhecem plenamente.”
(BOSTROM, 2002)
METODOLOGIA
Leitura da obra de Henrique C. Lima Vaz antropologia filosófica, para constituição dos saberes e discursos sobre o homem.
Leitura de autores transhumanistas, artigos e ensaios sobre transhumanismo, tecnologias emergentes, singularidade, extropia e entropia.
Assistir palestras e vídeos sobre singularidade, transhumanismo, tecnologias emergentes e extropia.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VAZ, Henrique C. de Lima. Antropologia filosófica I. São Paulo: Loyola, 1991.
LYOTARD, Jean-François. O Inumano. Port. Portugal Estampa, 1997.
HARAWAY, Donna. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Organização e tradução Tomaz Tadeu, 2. Ed. Belo Horizonte : Autêntica Editora,2009.
FUKUYAMA, Francis. Nosso futuro pós-humano. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
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BOSTROM, Nick. A Vontade Superinteligente: Motivação e Racionalidade Instrumental
em Agentes Artificiais Avançados. Forthcoming in Minds and Machines, Faculty of Philosophy & Oxford Martin School University of Oxford (2012). - Tradução de Lucas Machado
VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia V: introdução a Ética filosofica 2. São Paulo: Loyola, 2000.
FERREIRA, Márie Dos Santos. O Conceito De Pessoa Humana No Pensamento De Lima Vaz. 148p. Orientadora: Profª. Drª. Marly Carvalho Soares. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Filosofia) – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Humanidades. Fortaleza, 2009.

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