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Acao_genica_entre_alelos

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Ação gênica entre alelos 
Prof. Denise Monnerat Nogueira 
Professor Adjunto – Genética Animal 
 2013 
Ação gênica ou Interação entre alelos 
 É o mecanismo genético que define a forma 
ou o modo como um gene se comporta em 
relação ao seu alelo. 
 
 
Dominância, Dominância total ou 
Dominância completa 
 O heterozigoto apresenta o mesmo fenótipo de um dos pais. 
 
 Considerando o caráter ausência (A) ou presença (a) de 
chifres em bovinos 
 
 Geração paterna seria representada por 
AA (mocho) x aa (com chifres) 
F1 100% Aa 
F2 ¼ de AA (mocho):2/4 de Aa (mocho):1/4 aa (com chifres) 
Razão fenotípica 3:1 
Razão genotípica de 1:2:1 
 
 
Dominância Completa 
Exemplo 1: Pelagem do gado da raça Aberdeen Angus 
Dominância Completa 
Dominância Completa 
 O alelo recessivo mutante não produz enzima, produz 
enzima não funcional ou com eficiência reduzida 
 
 Na dominância completa, o heterozigoto produz a mesma 
quantidade de enzima que o homozigoto dominante 
 
 
 
 
 
Dominância Incompleta ou Ausência de 
Dominância 
Dominância incompleta 
 Uma situação na qual um heterozigoto 
mostra um fenótipo quantitativamente (mas 
não exatamente) intermediário aos 
correspondentes homozigotos (exatamente 
intermediário significa sem dominância). 
Dominância incompleta 
Exemplo 1: Pelagem em Porco-da-Índia 
Codominância 
 Quando os dois alelos de um único gene 
são responsáveis pela produção de dois 
produtos gênicos detectáveis 
 
 O grupo sanguíneo MN em humanos ilustra 
esse fenômeno 
 
 Descoberto por Karl Landsteirner e Philip 
Levine 
 
Codominância 
 
 São antígenos que produzem identidade 
bioquímica e imunológica aos indivíduos 
 
 Em humanos há duas formas dessas 
glicoproteínas denominadas M e N. Um 
indivíduo pode apresentar uma ou ambas. 
 
 Está sob controle de um locus autossômico no 
cromossomo 4. 
 
 
Codominância 
 Em humanos podemos encontrar: 
 Genótipo LMLM, LMLN, LNLN 
 Fenótipo M, MN, N 
 
 Na herança codominante há evidência 
diferenciada de ambos os alelos. 
 
 
 
 
Codominância 
Codominância 
Exemplo 2: Pelagem do Gado Shorthorn 
P Genótipo R1R1 X R2R2 
Fenótipo Vermelho Branco 
F1Genótipo R1R2 
 Fenótipo Rosilho 
Codominância 
Exemplo 2: Espessura do toucinho da região lombar em 
suínos. 
Codominância 
Exemplo 2: Espessura do toucinho da região lombar em 
suínos. 
Codominância 
Exemplo 2: Espessura do toucinho da região lombar em 
suínos. 
Codominância 
Exemplo 2: Espessura do toucinho da região lombar em 
suínos. 
Genes Letais 
 Alguns genes podem causar a morte dos 
indivíduos que os possuem. 
 
 Esses genes são conhecidos como genes 
letais e, o indivíduo homozigoto recessivo 
não sobrevive. 
 
 Em alguns casos o alelo responsável pelo 
efeito letal em homozigose, resulta em 
fenótipo distinto em heterozigose, podendo 
ser facilmente detectado. 
Genes letais 
X 
P AA AA 
F1 F1Todos aguti 
100% Todos 
sobrevivem 
X 
AAY AAY 
F1 AA aguti sobrevive 
 AAY amarelo sobrevive 
 AAY amarelo sobrevive 
AYAY letal 
 2/3 amarelos 
 1/3 aguti 
 
X 
AA AAY 
F1 ½ AA aguti sobrevive 
 ½ AAYamarelo sobrevive 
 
O alelo amarelo (AY)é dominante em relação ao alelo aguti (A). 
No entanto o alelo amarelo (AY) é um letal recessivo. 
Logo, os indivíduos amarelos são heterozigotos. 
Alelos Múltiplos 
 Em uma população de indivíduos o número 
de alelos para um dado gene não está 
restrito a dois. 
 
 Cada indivíduo só pode ter dois alelos, mas 
na população várias formas alternativas do 
mesmo gene podem existir. 
 
 Quando três ou mais alelos são 
encontrados em um locus gênico o modo 
de herança é chamado alelismo múltiplo 
 
O sistema sanguíneo ABO em humanos 
 O sistema sanguíneo ABO (descoberto por Karl Landsteiner em 1900) 
 
 Os tipos sanguíneos A e B são caracterizados pela 
presença de antígenos na superfície das hemácias. O 
tipo O não produz antígenos. 
 
 Sob o controle de genes localizados no cromossomo 9. 
 
 O fenótipo ABO é detectado misturando uma amostra de 
sangue com o anti-soro contendo os anticorpos A ou B 
que causa aglutinação das hemácias. 
 
 
  Quatro fenótipos são revelados: 
 Genótipo Antígeno Fenótipo 
◦ IAIA A A 
◦ IAI0 A A 
◦ IBIB B B 
◦ IBI0 B B 
◦ IAIB AB AB 
◦ I0I0 Nenhum O 
 
 Notem que A e B são dominantes em relação a 
O, mas codominantes um ao outro. 
 
Sistema ABO 
 O tipo A possui ag A nas hemácias e ac 
anti-B no plasma 
 
 O tipo B possui ag B nas hemácias e ac 
anti-A no plasma 
 
 O tipo AB possui ag A e B nas hemácias e 
não possui ac no plasma 
 
 O tipo O não possui ag nas hemácias e 
possui ac anti-A e anti-B no plasma 
 O sangue doado não pode conter 
aglutinogênios (ag) que encontrem no 
receptor aglutininas (ac) contrastantes 
 
 Lembre-se que as hemácias que 
aglutinam são as do sangue doado que 
para tal devem ter antígenos estranhos aos 
encontrados no receptor. 
Sistema ABO 
Sistema ABO 
 O tipo A doa para A e AB e recebe de A e de 
O 
 
 O tipo B doa para B e AB e recebe de B e de 
O 
 
 O tipo AB doa para AB e recebe de todos 
 
 O tipo O doa para todos e só recebe de O 
Sistema Rh 
 Descoberto em 1940 por Landsteiner, Levine 
e outros 
 
 Acredita-se que existam três genes ligados, 
cada qual com dois alelos, responsáveis pela 
herança do fator Rh 
 
 Recebeu grande atenção devido à ocorrência 
da eritroblastose fetal ou doença hemolítica 
do recém-nascido, uma espécie de anemia. 
Sistema Rh 
 Ocorre em fetos Rh+ com mãe Rh- e pai Rh+ 
 
 Na primeira gestação o sangue do feto passa para a 
corrente circulatória da mãe durante o rompimento da 
placenta no parto 
 
 A mãe produz anticorpos anti Rh+ 
 
 Os anticorpos passam para o feto na segunda 
gestação e destroem as suas hemácias provocando a 
doença hemolítica. 
 
 É necessário administrar o anti-soro anti Rh 
imediatamente após o parto de mães incompatíveis de 
filhos Rh+. 
Alelos Múltiplos 
 Outro exemplo clássico diz respeito à pelagem de 
coelhos onde: 
 C (aguti)> Cch (chinchila)> Ch (himalaia)> c (albino) 
 
 CC, CCch, CCh, Cc fenótipo aguti 
 CchCch, CchCh, Cchc fenótipo chinchila 
 ChCh, Chc fenótipo himalaia 
 cc fenótipo albino 
Referências Bibliográficas 
 Armada , J.L.; Silva, H.D. ; Azevedo, P.C. 
Conceitos Básicos de Genética. 2009. 
 
 Ramalho, M.A.P.; Santos, J.B.; Pinto, C.A.B. 
Genética na Agropecuária. 5ª. Edição. 
Editora UFLA. 2008. 
 
 Klug, W.S. & Cummings, M.R. Concepts of 
Genetics. Prentice Hall. 1997.

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