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A Análise dos Sonhos - Psicanálise de Freud

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A Análise dos Sonhos - Psicanálise de Freud
 Freud percebeu que os sonhos dos pacientes podiam ser uma rica fonte de material emocional significativo, além de conter pistas para as causas subjacentes de um distúrbio. Devido a sua crença positivista na existência de uma causa para tudo, presumiu que os acontecimentos do sonho não eram totalmente desprovidos de significado. Muito provavelmente os sonhos eram resultantes de algum fato da mente inconsciente. Ele percebeu a impossibilidade da realização de uma auto-análise utilizando o método da livre associação, já que seria impossível desempenhar o papel de paciente e de terapeuta ao mesmo tempo; assim, decidiu analisar os próprios sonhos. Ao despertar logo de manhã, realizava uma análise dos sonhos pessoais. Escrevia as histórias dos sonhos da noite anterior e, em seguida, realizava a livre associação com o material obtido.
 
   Por meio da exploração do sonho, Freud acabou percebendo certa hostilidade que nutria pelo pai. Lembrou-se pela primeira vez da sua paixão sexual infantil pela mãe e sonhou ter desejos sexuais com a irmã mais velha. Essa intensa exploração do próprio inconsciente tornou-se a base da sua teoria. Desse modo, grande parte do sistema psicanalítico foi formulada a partir da análise dos próprios episódios neuróticos e das experiências da infância. Freud chegou a comentar com perspicácia que "o meu paciente mais importante fui eu mesmo" (apud Gay, 1988, p. 96).
   Prosseguiu com a auto-análise por cerca de dois anos, culminando com a publicação de The intepretation of dreams (1900), hoje considerada a sua principal obra. Mais tarde Freudchegou a declarar que o livro continha "a mais valiosa de todas as descobertas a mim contemplada" (apud Forrester, 1998). Ele esboçara pela primeira vez a teoria do complexo de Édipo, baseando-se muito nas experiências da própria infância. Embora os elogios não fossem unânimes, o livro recebeu mais críticas favoráveis. As publicações profissionais apresentaram resenhas do livro, assim como as revistas e os jornais de Viena, Berlim e de outras cidades da Europa. Em Zourique, Carl Jung leu o livro e tornou-se adepto da psicanálise.
   Freud adotava a análise dos sonhos como técnica de psicanálise-padrão e dedicava a última meia hora de cada dia para analisar os próprios sonhos. É interessante observar que os mais de 40 sonhos de Freud descritos no livro, poucos tinham conteúdo sexual, apesar da sua afirmação de os sonhos normalmente envolverem desejos sexuais infantis. O principal tema presente nos sonhos de Freud era a ambição, característica da sua personalidade que ele próprio não admitia (Welsh, 1994).
 
*Análise do sonho: Técnica psicoterápica que envolve a interpretação dos sonhos para revelar os conflitos inconscientes.

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