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A PSICOLOGIA 
E
A PSICOLOGIA JURÍDICA
Curso de Psicologia Jurídica
Prof. Ms Marcela Novais Medeiros
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A PSICOLOGIA 
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 O QUE É A PSICOLOGIA?
QUAL SEU OBJETO 
DE
 ESTUDO? 
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Psicologia
Psico = mente, alma / Logos = trabalho, estudo, sentido...
Psicologia Moderna: estudo científico do comportamento humano e dos processos mentais.
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Psicologia
Comportamento: ações
Processos mentais: experiências internas
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Psicologia
Paradoxo: seu tema de interesse é antigo, mas seu surgimento enquanto disciplina é recente. 
Filósofos: precursores da psicologia – estudo da mente
Nascimento: 1879
Profissão: regulamentada em 1962.
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A psicologia na atualidade
Áreas da Psicologia – ciência psicológica é uma só.
APA – 53 divisões.
Psicologia: Clínica, Educacional, Saúde, Econômica, Organizacional, Social, Hospitalar, Ambiental, Esportiva, Jurídica...
Linhas teóricas – escolas ou sistemas de base.
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Escolas de Base da Psicologia
Precursor da psicologia: Wilhelm Wundt – Fundador do Primeiro Laboratório de Psicologia em 1879 e da corrente estruturalista.
Virada do séc. XIX: divergências e convergências.
Escolas de pensamento: grupo de psicólogos que se associam ideologicamente.
 
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Escolas de Base da Psicologia
Forças contextuais – sociais, econômicas e políticas – influenciaram a mudança de foco da psicologia experimental para a aplicada.
Oportunidades econômicas - psicologia escolar.
Guerras – psicologia das organizações, posições de teóricos individuais.
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Escolas Psicológicas
Psicologia Experimental ( WUNDT)
Psicologia Comportamental; (John Watson, Pavlov, Skiner)
Psicologia da Gestalt;(Max Wertheirmer)
Psicologia Psicanalítica;(FREUD, Klein, Bion)
Psicologia Humanista e Existencial; (Roger, Maslow)
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Psicologia Experimental (WUNDT)
Objeto: estudo de processos comportamentais enquanto aprendizagem e condicionamento, motivação, sensações, percepção.
 Métodos de Pesquisas Preconizados: a introspecção, métodos subjetivos; método experimentais
População estudada: seres humanos adultos e animais.
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Psicologia Comportamental; (John Watson, Pavlov, Skiner)
Objeto: comportamentos e efeitos de estímulos, ênfase na aprendizagem;
Métodos de Pesquisas Preconizados: experimentais (observação, métodos de teste, método do relato verbal, método do reflexo condicionado), observação 
População estudada: pessoas e outros animais.
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Psicologia da Gestalt;(Max Wertheirmer)
Objeto: estudo da percepção
Métodos de Pesquisas Preconizados: a introspecção informal, métodos subjetivos; 
População estudada: pessoas.
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Psicologia Humanista e Existencial
1. Objeto: Busca compreender o sentido da vida, os valores da pessoa na sua trajetória de vida. 
3. Métodos de Pesquisas Preconizados: a introspecção informal, métodos subjetivos; 
4. População estudada: pessoas.
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A Teoria Psicanalítica 
Freud
Objeto: a personalidade normal e anormal; enfatiza papel de experiências infantis e do inconsciente.
Métodos de Pesquisas Preconizados: Para os pacientes. A introspecção informal para revelar experiências conscientes. Para os psicoterapeutas. A analise e a observação para descobrir material inconsciente. 
População estudada: pacientes adultos.
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A PSICOLOGIA JURÍDICA
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Psicologia e Direito
Objeto de estudo – comportamento.
Psicologia = compreensão das chaves do comportamento humano.
Direito = conjunto de regras que busca regular esse comportamento.
“... todos os saberes são obrigatoriamente convergentes na pessoa humana. O fim último de toda ciência é diminuir o sofrimento humano”. TRINDADE (2007,p. 22) 
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Psicologia e Direito
Mundo Moderno – necessidade de superar saber individualizado.
Direito – superação da crise – integração e conexão com os demais ramos do saber.
Construção de um verdadeiro espaço de interlocução = psicojurídico.
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Importância de um espaço psicojurídico
Questões judiciais foram vistas como suficientes para lidar com a garantia de direitos e deveres, cumprindo papel normativo, penal e regulador.
Reconhecimento da complexidade dos conflitos: 
 1. Necessidade de ampliar essa função para abarcar o papel de intervenção educadora e promotora de mudanças. 
 
 2. Necessidade de incorporar noções e conceitos de outras áreas, entre elas a psicologia. 
 
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Possíveis aproximações
A psicologia do direito: explica a essência do fenômeno jurídico, a fundamentação psicológica do direito, assemelha-se à filosofia do direito.
A psicologia no direito: estuda a estrutura das normas jurídicas como vetor das condutas humanas.
A psicologia para o direito: disciplina auxiliar, convocada para iluminar os fins do direito e aprimorar o seu exerc
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A psicologia para o direito como a psicologia jurídica das possibilidades atuais.
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PSICOLOGIA JURÍDICA: DEFINIÇÃO
Psicologia Jurídica: uma das especialidades da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça e produz conhecimento sobre comportamentos complexos em função do sistema jurídico (Popolo, 1996).
O termo é utilizado para descrever qualquer trabalho psicológico desenvolvido junto à ciência do direito.
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PSICOLOGIA JURÍDICA: DEFINIÇÃO
Várias nomenclaturas:
Argentina - Psicologia Forense
Europa – Psicologia e Lei
Brasil - Psicologia Jurídica / Forense.
Adoção do termo Psicologia Jurídica:
	Termo mais abrangente – refere-se ao Direito, incluindo tanto os processos nos tribunais quanto aqueles que são frutos da decisão judicial ou de interesse do jurídico ou do Direito (segurança pública, penitenciário, Conselho tutelar etc). 
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A psicologia jurídica no Brasil
Teve seu desenvolvimento anterior ao reconhecimento da psicologia como profissão na década de 1960.
Na década de 1920: Waclaw Radecke criou o primeiro laboratório de Psicologia da Colônia de Psicopatas de Engenho de Dentro. O objetivo inicial era trazer luz à dinâmica da produção do ato criminal.
Em 1955, Myra e Lopes editaram o livro “Manual de psicologia jurídica”.
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A psicologia jurídica no Brasil
A inserção dos psicólogos no sistema jurídico ocorreu de modo informal.
No DF: em 1988 criou-se a assessoria da 3ª. Vara de Família de Brasília, que tratava de casos de disputa de guarda.
Atualmente no DF: em 1992 criou-se o Serviço Psicossocial Forense.
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Um pouco de história....
Vídeo a Psicologia Jurídica em SP
 
http://www.youtube.com/watch?v=AhQNJJ_m4qY
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 Demandas da justiça à psicologia
Brasil 1980 – Área criminal = traçar um perfil psicológico do criminoso – Infância e Adolescência.
Em Varas de família, a atuação foi incialmente relacionada a perícia em casos de divórcio. 
Iniciaram-se no campo da psicopatologia-realização de diagnóstico solicitados por juízes, baseados no uso de testes (classificação e controle dos indivíduos).
 A função do psicólogo era fornecer um parecer técnico (pericial) que fundamentasse as decisões do sistema judiciário (avaliação da periculosidade, motivações para os crimes, condições de discernimento ou sanidade mental de partes em litígio.). 
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 Demandas da justiça à psicologia
Iniciaram-se no campo da psicopatologia-realização de diagnóstico solicitados por juízes, baseados no uso de testes (classificação e controle dos indivíduos).
 A função do psicólogo era fornecer um parecer técnico (pericial) que fundamentasse as decisões do sistema judiciário (avaliação da periculosidade, motivações para os crimes, condições de discernimento ou sanidade mental de partes em litígio.). 
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Contexto favorável à psicologia na justiça
Lei 7.210/84 - lei de execução penal e A lei 7.209/84 (nova parte do Código Penal)
 Determina a atuação do psicólogo no sistema penal Brasileiro (prisões) - preve exames de personalidade criminológico e parecer técnico das equipes interdiscipliares.
 Programa individualizador, acompanhando a execução da pena privativa de liberdade, propondo regressão, progressão, bem como
conversão da pena;
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Contexto favorável à psicologia na justiça
Lei 8069/90 - ECA – presença de psicólogos na área da família (crianças abandonadas e/ou infratoras).
 
 Afirma de forma incisiva a necessidade da presença do psicólogo para lidar com as questões próprias da área. 
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Para além da avaliação...
Questionamentos quanto à avaliação.
Crescente judicialização dos conflitos mostrando a necessidade de auxiliar as famílias a desenvolverem habilidades para resolverem seus conflitos - 
Antes da década de 90 – trabalho restrito – perícia e parecer. Atualmente, também de informar, apoiar, acompanhar e dar orientação pertinente a cada caso atendido nos diversos âmbitos do sistema Judiciário = preocupação com a promoção de saúde mental, eliminação da opressão e da marginalização.
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Principais Subdivisões da Psicologia Jurídica
Psicologia Jurídica e as questões da Infância e Juventude – abolição do termo “menor”.
 Adoção nacional, Guarda, Tutela, Suprimento de idade para o casamento, Suprimento do consentimento para o casamento, Suspensão ou perda do pátrio-poder, vitimização, abrigamento, ato infracional.
Psicologia Jurídica e o Direito de Família:
 Separação Judicial, Divórcio, Guarda de filhos, Alimentos, Regime de visitas, investigação de paternidade, anulação de casamento,situações de risco-vitimização – Perito e assistente técnico.
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Principais Subdivisões da Psicologia Jurídica
Psicologia Jurídica e Direito Civil: acidentes de trabalho, casos de interdição etc, Capacidade civil na tomada de decisões (contratos, testamentos, tutelas,mudança de sexo, esterilização de deficientes etc.) Interdição.
Psicologia Policial/Militar: treinamento e formação em Psicologia Policial, perícia em Instituição Policial ou militar.
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Principais Subdivisões da Psicologia Jurídica
Psicologia Penitenciária ou Carcerária: estudos sobre reeducandos, agentes de segurança, egressos, penas alternativas; Redigir o informe psicológico final que se integrará a proposta de classificação ou ao programa de tratamento; Estudar a personalidade dos presos, qualificando e avaliando suas mudanças temperamentais, características de personalidade, aptidões.
Psicologia Jurídica e Direito do trabalho: Assessorar os juizados em matéria de sequelas psicológicas em acidentes de trabalho.
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Principais Subdivisões da Psicologia Jurídica
Psicologia Criminal: Pesquisar e contribuir para o estudo do crime, do infrator e do controle social do comportamento delitivo.
Psicologia do Testemunho – estudos dos testemunhos nos processos criminais, falsas memórias; Comportamento do júri.
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Principais Subdivisões da Psicologia Jurídica
Mediação: Propiciar soluções negociadas aos conflitos jurídicos, prevenindo o dano emocional/social como alternativa à via legal no Direito de Família e Direito Penal. 
Vitimologia: Investigar e melhorar a situação da vítima (estratégias terapêuticas, redes de assistência, família de alto risco) - VDCA, Violência contra a mulher (perícia e atendimento).
Autópsia psicológica: avaliação psicológica retrospectiva com informações de terceiros.
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 Limites....
A avaliação psicológica nem sempre traz a “materialidade” esperada (Cesca, 2004).
O tempo para realização da avaliação é restrito e limitado.
Estas considerações implicam em 
Reconhecer o limite da perícia – recorte da realidade.
Verificar a validade dos instrumentos e referencial teórico utilizados.
Reconhecer a importância da compreensão multidisciplinar do fenômeno estudado para melhor abordá-lo em sua complexidade (Popolo, 1996).
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Limites....
Psicologia Jurídica ≠ Psicoterapia.
Psicologia no contexto jurídico é diferente de Psicoterapia e Tratamento Clínico.
A demanda de trabalho é dada pelos profissionais do judiciário. 
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Desafios....
Construção de um verdadeiro espaço de interlocução = psicojurídico.
Transdisciplinariedade.
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Psicologia Jurídica
“A psicologia, de um modo geral, pode permitir ao homem conhecer melhor o mundo, os outros e a si próprio. A psicologia jurídica, em particular, pode auxiliar a compreender o hommo juridicus e a melhorá-lo, mas também pode ajudar a compreender as leis e as suas conflitualidades, principalmente as instituições jurídicas, e melhorá-las também”
TRINDADE (2007, p.29)
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Visite o site 
da 
Sociedade Brasileira de Psicologia Jurídica:
http://www.sbpj.org/
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Marcela Novais Medeiros
Psicóloga, Terapeuta de casais e famílias, Mestre e doutoranda em psicologia.
marcelanovaismedeiros@yahoo.com.br
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