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MATÉRIA DE DIREITO FALIMENTAR

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Direito Falimentar Thalita Pimentel
Professor Antônio Pimentel
												07/08/15	
Lei 11 101/2005
- Recuperação judicial
- Recuperação Extrajudicial
- Falência
			RECUPERAÇÃO
		A recuperação é um meio de se evitar a falência!	ART 47 LF
“Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.”
A sociedade, mesmo sendo irregular ou de fato, estará sujeita a falência, mas não goza de recuperação.
** A sociedade de fato não possui atos constitutivos nem outros documentos que comprovem a existência da sociedade via de regra. A sociedade irregular possui atos constitutivos e subsequentes alterações, mas não os arquivava no registro competente.
A sociedade simples não está sujeita a falência, somente a sociedade empresária por força do ART 1º. Entretanto, não são todas as sociedades empresárias que estão sujeitas à falência, como bem dispõe o ART 2º.
“Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Art. 2o Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
ART 4º LEI 5 764/71 – Sociedade Cooperativa 
“Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:
I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;
II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes;
III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais;
IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;
V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;
VI - quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral baseado no número de associados e não no capital;
VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral;
VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social;
IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;
X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;
XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.”
Sociedade Atípica – Sociedade em conta de participação 
Porque mesmo que tenha sido registrada não vai surgir a personalidade jurídica. 
Na recuperação judicial primeiro deve pedir o beneficio legal ao juiz, que abre prazo de 180 dias para aprovar. 
Na recuperação extrajudicial o devedor vai até os credores para conversar e tentar parcelar a dívida. Assinado o plano de recuperação pelos credores, só então ele vai ao juiz para ter a homologação. Uma vez homologada obriga aos outros.
Onde requerer a recuperação? Na sede do estabelecimento principal ou matriz. Entretanto, há uma exceção quando a matriz estiver situada no exterior, pois a lei só surge efeito no território brasileiro. Ex.: A Volkswagem, que tem a matriz na Alemanha e pode requerer a falência da filial no Brasil. 
		
	O juízo da recuperação judicial e da falência é uno, indivisível e universal.
É competente para o exercício da jurisdição sobre todas as demandas relacionadas a bens, aos interesses e aos negócios do devedor. Com exceção de algumas reclamações, senão vejamos:
O juízo universal não tem competência para:
- Julgar ações trabalhistas
- Julgar crédito ilíquidos – que são aqueles que não tem valor certo
- Julgar as causas em que a empresa em recuperação estiver executando um outro (fornecedor, cliente etc).
		ADMINISTRADOR JUDICIAL – ART 21 LF
“Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.”
**Pessoa física escolhida pelo juiz, poderá ser também uma empresa especializada.
Administrador judicial na recuperação é um FISCAL. Quando ele é nomeado não tem poder de gestão, ele é um informante do juiz. 
Dr. Angelito Dornelles da Rocha ensina que "O Administrador na recuperação judicial possui semelhança a um fiscal, encarregado de acompanhar e fiscalizar o processo de recuperação judicial e o comportamento da empresa em recuperação e daqueles que a dirigem".
Se o administrador judicial for da falência, ele será o GESTOR da massa e assim sendo, será o representante legal.
Thalita Pimentel										10/08/15
Juízo universal: Falência jamais será julgada pela Justiça Federal, face a vedação constitucional contida no ART 109 CF.
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;”
R e c u p e r a ç ã o tem natureza jurídica de c o n t r a t o!
Quando o devedor requer uma recuperação judicial, o juiz abrirá um prazo de até 180 dias para a aprovação do plano. 
- Se o plano for rejeitado, o juiz é obrigado a declarar a falência.
- Se aprovado, haverá continuidade da recuperação.
Se a empresa que estiver sob o amparo de recuperação vier a falir, teremos então a falência incidental, isso porque o juiz irá convolar a recuperação em falência.
Se aprovar tem mais 30 dias para apresentar as certidões negativas.
Se não tiver dinheiro, apresenta a certidão positiva com efeitos de negativa. Essa situação ocorre quando o devedor obtém o parcelamento dos débitos fiscais.
Uma vez declarada a falência não existe a possibilidade de indicar bens a penhora.
**Crédito quirografário: não gozam de garantia, são os últimos a receber. 
Quirografário: 
1 que não goza de preferência com relação aos demais
1.1 não garantido por direito real de garantia ou direito obrigacional (hipoteca, anticrese ou penhor, valores depositados ou guardados) ou que não resulta de despesas realizadas, salários, honorários ou demais obrigações que gozem de preferência atribuída por lei (diz-se de dívida)
1.2 que não goza de preferência em caso de falência ou concordata, sendo pago após todos os demais credores (diz-se de credor) 
	ART 83 LEI 11 101
“Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: [...]”
	ART 187 CTN
	ART 97 – Quem pode requerer a recuperação judicial?
“Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade;
IV – qualquer credor. [...]”
**É importante lembrar que a recuperação é um benefício do devedor e não do credor
	ART 3º, ART 6º 
	ART 1039 CC - Sociedade em nome coletivo
	ART
1045 CC 
	ART 1052 CC
	Ação de Execução Coletiva = Falência
Basta um credor requerer, e se o pedido for procedente, os efeitos dessa sentença se darão em relação a todos os credores.
	Ação de Execução Singular - ART 585 CPC
Os efeitos da causa só surtem em relação às partes. 
ART 6º §3 - Reserva é uma importância destinada ao pagamento de um crédito que ainda não se tornou líquido.
Thalita Pimentel										14/08/15
	ART 7º LEI 11 101/2005 - HABILITAÇÃO DE CRÉDITOS
“Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
É um procedimento necessário para se apurar a real situação da empresa.
Somente haverá habilitação dos créditos sujeitos aos efeitos da recuperação. É por meio desse procedimento que possibilitará a elaboração do plano da recuperação, surgindo então o quadro geral dos credores.
Só haverá habilitação dos créditos vencidos ou vincendos existentes até a data do pedido de recuperação.
Os créditos surgidos após o pleito terão que ser pagos nos prazos contratados e, portanto, poderão ser utilizados para o requerimento da falência da empresa que obteve os benefícios da recuperação. 
ART 187 CTN
Na recuperação judicial não haverá créditos fiscais no plano. 
Porém se os créditos fiscais forem na falência, obrigatoriamente farão parte dos devedores.
A sentença que homologa o plano de recuperação tem efeito de uma novação, ou seja, todos os créditos velhos passam a ser créditos novos. 
ART 7º
Na recuperação qual é a atividade do administrador judicial?
- FISCAL. Ele é um intermediário, não pratica atos de gestão. 
E N T R E T A N T O, se ele denunciar ao juiz que a empresa está praticando atos contrários da empresa...
ART 7ºIV
Comitê de credores: não tem direito a remuneração. É uma possibilidade, não é uma obrigação. 
ART 8º - Na lei atual não é obrigatória a participação do MP.
ART 9º III, ART 10 LF
Thalita Pimentel										24/08/15
DO ADMINISTRADOR JUDICIAL – ART 21 e seguintes LEI 11 101/2005
Obs.: LF – substitui o comissário na concordata e o síndico na falência. DECRETO-LEI 7.661/45
O administrador judicial não precisa ser credor, porém tem que ser profissional com curso superior.
O cargo pode ser exercido por pessoa física ou jurídica. 
** Quando for pessoa jurídica deverá haver a indicação da pessoa física responsável e haverá necessidade de ser empresa especializada.
O administrador judicial é de livre escolha do juiz.
Na RECUPERAÇÃO JUDICIAL ou EXTRAJUDICIAL, o administrador será o FISCAL.
Se entretanto, houver o afastamento do devedor, o administrador judicial praticará os atos de gestão temporariamente até que o juiz faça a nomeação do novo gerente. ART 65 §1º LF
“Art. 65. Quando do afastamento do devedor, nas hipóteses previstas no art. 64 desta Lei, o juiz convocará a assembleia-geral de credores para deliberar sobre o nome do gestor judicial que assumirá a administração das atividades do devedor, aplicando-se-lhe, no que couber, todas as normas sobre deveres, impedimentos e remuneração do administrador judicial.
§ 1o O administrador judicial exercerá as funções de gestor enquanto a assembleia-geral não deliberar sobre a escolha deste. [...]”
Na FALÊNCIA, o administrador judicial será o GESTOR da massa falida, representando-a em juízo ou fora dele. 
No caso de sociedade, quando ocorre a falência, a sociedade será representada em juízo pelos seus administradores.
- Falência incidental
	Se vier a ser decretada a falência da empresa em recuperação, os créditos constantes do plano homologado pelo juiz não necessitará de uma nova habilitação. 
ART 21, 22 LF
Classificação dos créditos:
	Concursais – ART 83 LF
	Extra concursal – ART 84 LF
**ACC – Adiantamento de contrato de cambio (importação ou exportação). 
ART 266 CC – requisitos extrínsecos, intrínsecos e autenticação. 
ART 1181 CC
1º Ato para realização do ativo: Quando há produtos perecíveis – venda antecipada
2º Ato para realização do ativo: - continuação do negócio
Letra J – refere-se as ações em que a massa é autora para cobrança de direitos. Não corre em juízo universal porque ele não tem competência. 
Todas as procurações outorgadas pelo falido se extinguirão com a decretação da falência, SALVO as procurações outorgadas aos advogados que continuarão válidas até decisão do administrador judicial. Esse procedimento é necessário para evitar a revelia da massa falida. 
Thalita Pimentel										28/08/15
	MEMORIAL SOBRE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A definição de recuperação judicial está no ART 47 Lei 11 101/2005:
“Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.”
- Tem 180 dias para aprovar o plano
- A natureza jurídica da Recuperação é de contrato
Como se classifica o crédito tributário na Recuperação Judicial?
Não se classifica, porque o crédito tributário não está sujeito a Recuperação Judicial. 
ART 187 CTN
** Questão: Quando a certidão é positiva com efeitos negativos?
Thalita Pimentel										31/08/15
	CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL
1ª Condição: A empresa exercer atividade econômica
2ª Condição: Não estar inclusa no ART 2º LEI 11.101/2005
3ª Condição: Não haver vedação legal
								Ex.: ART 4º LEI 5.764/78
	Sociedade em Conta de Participação
Obs.: No caso da Sociedade em Conta de Participação, por ser uma sociedade atípica e não ter personalidade jurídica, não goza dos benefícios da recuperação, porém, os sócios, poderão requerer a recuperação no caso de exercer atividade econômica.
* A Sociedade Simples não goza dos benefícios da recuperação por força do ART 1º LEI 11 101/2005.
Como já mencionado por diversas vezes, o benefício da Recuperação só é concedido à empresa regular. Assim:
	- Terá que apresentar a prova de sua qualidade, NIRE, terá que provar de sua condição econômica, demonstrando a sua viabilidade.
	- Terá que presentar as certidões negativas de tributos ou, apresentar as certidões positivas com os efeitos de negativa. (Essa situação ocorre quando o devedor obtém parcelamento).
	- Terá que juntar a certidão de títulos protestados. Na lei atual não há impedimento para que seja concedida a recuperação caso haja título protestado.
	
** Prova de qualidade: ato constitutivo da empresa que está requerendo falência
No impedimento a empresa poderá demonstrar a sua viabilidade econômica mediante a cisão do seu patrimônio com a venda de bens, inclusive de filiais. 
>> Nesse caso, a venda estará livre de qualquer ônus, quer de natureza civil ou trabalhista.
	- Uma vez distribuído o pedido, inicia-se a contagem do prazo de até 180 dias para a aprovação do plano.
	- Nesse momento ocorre distribuição entre créditos sujeitos aos efeitos da recuperação e, portanto não poderão ser utilizados para o requerimento da falência do devedor.
	- Porém os créditos posteriores poderão ser utilizados para o requerimento da falência da empresa em recuperação e, nesse caso, se o pedido de falência for julgado procedente, o juiz convolará a recuperação em falência – Falência incidental.
	
	
	Insisto em afirmar que uma vez obtida a recuperação, o devedor NÃO PODERÁ desistir unilateralmente da recuperação.
A ÚNICA POSSIBILIDADE de desistência é se houver aprovação pela assembleia. 
O registro contábil tem que ser feito por meio do livro diário.
>> Para o planejamento do plano somente será levado em conta os créditos quirografários.
ART 1103 V CC 
ART 1072
§1º
ART 1023, CC
ART 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 63 LF
O crédito tributário não está sujeito a recuperação – ART 187 CTN
Thalita Pimentel										04/09/15
		
		FALENCIA
ART 75 - A falência pode ser direta, indireta, auto falência ou convolação
“Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa.
Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual.”
Se o juiz entender no indeferimento da falência que o credor agiu com dolo, na própria sentença ele fixará dano.
Para fins de falência deve usar o protesto obrigatório, sem ele o pedido de falência será inepto. Tem que ter também uma procuração com poderes especiais inclusive para requerer a falência. 
A falência deve ser requerida no estabelecimento principal. Tem que verificar onde estão os administradores com poderes para receber a citação. Mas existe a possibilidade de receber na filial. 
Só existe uma hipótese na falência em que é de competência o juízo prevento. O juízo na falência é universal. 	ART 6º §8º
“§ 8o A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor.”
O credor domiciliado no exterior para requerer a falência de empresa no Brasil tem que pagar uma CAUÇÃO, como garantia.
O devedor pode fazer um Depósito Elisivo
** Deposito elisivo é o deposito feito em juízo. Dinheiro que se deposita em juízo pelo devedor para mostrar que ele não está falido. 
Quando o credor for pessoa jurídica deve fazer a prova de qualidade – provar que está regular
ART 97 IV – pode requerer qualquer credor
Para requerer a falência o titulo deve ser liquido, certo e exigível, porque a falência é uma ação executiva, mas coletiva, pois um pede a falência, e surte efeito na coletividade de credores. 
			A Falência é chamada de execução concursal.
Thalita Pimentel										14/09/15
ART 4º LEI 5 764
ART 982 § ÚNICO CC
Sociedade Atípica: Sociedade em Conta de Participação
Não faz surgir a personalidade jurídica, mas os sócios estarão aptos a requerer a Falência se exercerem atividade econômica.
ART 933 CC
Sociedade Simples – ART 981 CC
ART 1º LF – Não inclui a sociedade simples
	Da Sentença que declara a falência NÃO CABE RECURSO!
Falir é perder a empresa para os credores
A falência é um dos modos de extinção de personalidade jurídica. 
No passado a falência podia ser revertida por meio da concordata suspensiva – não existe mais. 
A massa não pode prosseguir com a atividade da empresa, MAS pode continuar o negócio (concluir o contrato em andamento) e realizar a venda antecipada de produtos perecíveis ou alugar imóveis.
ART 76, 77
Vencimento Antecipado - Extraordinário ART 19 II DECRETO 2044
As dívidas a vencer após a declaração da falência, também chamadas de vincendas, serão consideradas vencidas no ato da declaração da falência. 
Classificação dos créditos – ART 83
ART 78 – pode ter vários pedidos de falência, mas a falência é somente uma, a do juízo prevento. 
ART 79, 80
Thalita Pimentel										25/09/15
SÚMULA VINCULANTE 25
			PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
Uma vez declarada a falência ninguém pode tirar nada da massa falida sem autorização do juiz. 
Quando não puder fazer pedido de restituição poderá ingressar com embargos de terceiros.
> Quando se faz um pedido de restituição, tem que receber em espécie(mesmo bem). Se o bem não existir mais na época da restituição dar-se-á em dinheiro. 
ART 85
ART 86 – Espécie não é dinheiro – É O PRÓPRIO BEM
II –O ACC não está sujeito a preferencia, a reputação e o valor deve ser devolvido.
** ACC: Adiantamento de contrato de câmbio
Thalita Pimentel										02/10/15
ART 94 III 
Retroação significa o período suspeito, que é fixado pelo termo legal.
** Termo legal é o período suspeito, no qual podem ter ocorrido atos com objetivo de prejudicar o credor. 
Em toda sentença declaratória de falência o juiz tem que fixar o termo legal. 
Thalita Pimentel										05/10/15
ART 98 - PROCEDIMENTO POSSÍVEIS PARA O DEVEDOR
Para se deferir de um pedido de falência o devedor pode:
1º - Requerer a Recuperação Judicial
2º - Contestar
3º - Contestar e Depositar
4º - Somente fazer o Depósito Elisivo
Uma vez feito o depósito elisivo, a falência não será declarada e, as partes, somente pelos meios ordinários poderão discutir os seus direitos.
O grande risco da Falência não ser declarada é a possibilidade de ter que pagar uma INDENIZAÇÃO.
	Se o juiz entende que houve a prática de dolo, na mesma sentença que não declarar a falência, imputará o valor da indenização a ser paga pelo requerente;
	Se não houver dolo, porém, ficar caracterizada a CULPA do requerente, por ação própria o prejudicado pode pleitear a INDENIZAÇÃO.
É exatamente por isso que o credor domiciliado no exterior terá que prestar CAUÇÃO para requerer a falência de empresa no Brasil. 
Por favor, não esquecer o que foi estudado no ART 224 CC e ART 157 CPC; A empresa domiciliada no exterior terá OBRIGATORIAMENTE que mandar traduzir os seus documentos em idioma nacional, por tradutor juramentado.
** O tradutor juramentado é aquele que possui matricula na junta comercial conforme depósito no ART 32 I LEI 8934/94.
Lembre-se mais uma vez do que já foi estudado por diversas vezes, que na contestação da falência não cabe indicar bens à penhora para fins de garantir o juízo.
Finalmente esclareço que atualmente a sentença que declara a falência é irreversível, SALVO, se reformada pelo tribunal.
Assim é que ao declarar a falência, o juiz afasta o DEVEDOR, via de regra, manda LACRAR o estabelecimento e já nomeia o ADMINISTRADOR JUDICIAL.
Da sentença que decreta a falência cabe agravo, que não tem efeito SUSPENSIVO ART 100 LF
“Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação.”
ART 32 I 	- Matricula
ART 32 II 	- Arquivamento
ART 99
ART 83 - Créditos chamados de dívida da massa.
ART 84 - Encargos da massa. Devem ser pagos primeiro. Pois se não pagar, responde pelos bens pessoais. 
Continuação provisória:
- ART 113 – bens perecíveis
“Art. 113. Os bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável desvalorização ou que sejam de conservação arriscada ou dispendiosa, poderão ser vendidos antecipadamente, após a arrecadação e a avaliação, mediante autorização judicial, ouvidos o Comitê e o falido no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.”
- Aluguel de bens [...]
Thalita Pimentel										16/10/15
ART 108 - DA ARRECADAÇÃO E CUSTÓDIA DOS BENS
“Art. 108. Ato contínuo à assinatura do termo de compromisso, o administrador judicial efetuará a arrecadação dos bens e documentos e a avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em que se encontrem, requerendo ao juiz, para esses fins, as medidas necessárias.”
É um procedimento de responsabilidade exclusiva do Administrador Judicial.
Essa arrecadação é um procedimento primordial com a finalidade de possibilitar o levantamento do inventário e avaliação dos bens, o que possibilitará se estabelecer a força da massa falida. 
Uma vez apurado esse valor, o procedimento previsto na lei falitária é a venda em bloco para fins de se observar a função social do empreendimento. 
Claro e evidente, conforme já mencionado por diversas vezes, o administrador terá que providenciar a venda antecipada dos bens perecíveis ou de custo acelerado de manutenção de bens, além de observar a necessidade de continuação provisória do negócio, só naqueles casos em que houver a possibilidade de concluir um negócio.
O outro ponto importante que terá que se observar é se há operações com bens imóveis. 
Se a
massa já deu a entrada para fins de pagamento e desistir do negócio, PERDERÁ o sinal (entrada já paga).
Se for o contrário, caso a massa já tenha recebido o sinal e desistir do negócio, terá que DEVOLVER EM DOBRO.
Os bens da massa serão vendidos em leilão por leiloeiro oficial (ART 32 I LEI 8984/71) e a venda terá que ser feita ao correr do martelo. Caso haja um arrematante para todo o bloco, a arrematação estará livre de ônus de qualquer natureza, quer trabalhista ou tributária.
Não havendo arrematante para o total, o juiz poderá autorizar a venda em bloco ou partes distintas.
A arrematação terá que observar os ditames da LEI 8.666/93, inclusive no caso de pregão.
Se ainda assim não ocorrer a venda, o juiz poderá autorizar a venda mediante propostas em envelope lacrado. 
Thalita Pimentel			 							19/10/15
DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DA FALÊNCIA 
OBRIGAÇÕES DO DEVEDOR (FALIDO) – ART 115 A 128
Basta uma simples leitura desses dispositivos para o seu amplo entendimento tendo em vista que os assuntos tratados são pertinentes aos já estudados em sala de aula.
Ex.: procurações
Extingue-se com a falência, SALVO aquelas outorgadas para advogados, para evitar a REVELIA da massa falida.
Outra atenção que devemos ter é no caso da Cláusula Del Credere, quando se tratar de Comissão Mercantil é também a possibilidade da devolução das mercadorias sem ter que arcar com os custos das mesmas, no caso do Contrato Estimatório.
Se um credor também for devedor da massa falida, poderá haver COMPENSAÇÃO. Se o saldo for favorável a massa, o devedor terá que efetuar o pagamento diretamente a massa.
Se, entretanto, o saldo devedor for da massa falida, o credor terá que habilitar o seu crédito na classe que lhe for própria (ART 83 LF).
Não se esqueça da jurisprudência em que foi decidido que se o bem em poder da massa falida já foi utilizado no processo produtivo da empresa falida não caberá restituição. 
PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO – LEI 10.931/2004
ART 123 - Sócio comanditário – mero prestador 
	Contrato – Sociedade de pessoas
	Estatuto – Sociedade de capital 
ART 123 §1º - Benefício de Ordem 
ART 966 CC – 	PF
ART 980 A CC – 	PJ 
LEI 12.441/11
ART 50 CC – Desconsideração da personalidade jurídica. 
Massa falida – sui generis 
ART 1056
Contra a massa falida não corre juros, SALVO se o ativo da massa concordar. 
Para apurar os juros da debenture é necessário primeiro os juros flutuantes. 
ART 127 – Coobrigados são os endossadores
Locupletamento – Se alguém fica com mais do que devia, é obrigado a devolver à massa. 
§4ª - aval X aval – simultâneo e sucessivo – ART 31 LUG, anexo I
Thalita Pimentel										23/10/15
	DA INEFICÁCIA E REVOGAÇÃO DE ATOS – ART 129 e seguintes
A revogação se dará em relação a atos praticados antes da declaração da falência.
O período anterior a falência no qual os atos poderão ser revogados é determinado pelo termo legal, que estabelece o período suspeito.
A revogação se dá por meio da Ação Revogatória, que é entendida como sendo um incidente. 
O ato mais comum e passível de revogação é a venda do estabelecimento sem a devida autorização dos credores.
Nesse caso, é muito comum o juiz revogar a venda e tornar indisponível os bens dos sócios que praticaram a venda. 
ART 131 – Não é passível de revogação
ART 135 – O próprio bem, não é dinheiro
	DA REALIZAÇÃO DO ATIVO – ART 139
Significa a venda dos bens da massa falida. Pode ser iniciada logo que concluída a arrecadação.
Atualmente, face ao relevante interesse social previsto no ART 75 LF, a lei dispõe que a primeira modalidade seja a da venda como um todo, ou seja, todos os bens de uma única vez, SALVO, CLARO, os produtos perecíveis.
De qualquer maneira, a lei impõe que a venda seja realizada observando-se os ditames da LEI 8.666/93, ou seja, por leilão propriamente dito ou até por meio de pregão.
Não acudindo interessados, o juiz poderá autorizar outras modalidades, inclusive, por meio da melhor proposta apresentada em envelopes lacrados.
Se um comprador oferecer um LANÇO, não poderá desistir sob pena de pagamento de multa. ART 142 §2º LF
												26/10/15
	DO PAGAMENTO AOS CREDORES – ART 149
Mais uma vez repito que os créditos extra concursais serão pagos em primeiro plano, isso porque esses créditos são de responsabilidade personalíssima do administrador judicial.
Tanto é que se a sua prestação de contas não for apurada o juiz declarará a indisponibilidade dos bens pessoais do administrador judicial.
Esses créditos decorrem normalmente da administração da massa falida, como por exemplo os empregados da massa falida, os tributos surgidos, cujo fato gerador tenha ocorrido após a Declaração da Falência, os valores devidos ao administrador judicial, o ACC (adiantamento de contrato de câmbio) etc.
Se houver algum caso de pedido de reserva, este valor ficará pendente até a decisão final da lide.
Se a decisão for favorável à massa falida, o valor será objeto de um novo rateio. 
Se a decisão for favorável ao credor, esse levantará o valor reservado.
Importante destacar é que se um credor não comparecer para receber o valor do rateio, que lhe é devido, ele será intimado a recebê-lo em até 60 dias.
Se não comparecer, perderá a parte naquele rateio, porém poderá participar dos seguintes.
Concluído o pagamento dos créditos extra concursais, imediatamente se iniciará o pagamento dos créditos concursais nos termos do ART 83, pagando-se em primeiro os créditos derivados da legislação do trabalho limitado o valor até 150 salários-mínimos e o excedente será classificado como Crédito Quirografário.
Ainda em relação aos créditos trabalhistas devemos observar o disposto no ART 151 LEI 11.101/2005.
Tome muito cuidado ao fazer a habilitação de crédito, isso porque, se for habilitado valor além do devido, o credor terá que fazer a devolução em dobro. 
	DO ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA – ART. 154 LEI 11.101/2005
É uma decisão exclusiva do administrador judicial. Ele tomará essa medida após a realização do ATIVO e pagamento do PASSIVO.
Claro e evidente que o administrador judicial só tomará essa medida quando a massa falida não tiver força para continuar o pagamento aos credores. Uma vez declarado o encerramento, o administrador judicial terá até 30 dias para apresentar as suas contas.
Se houver rejeição das suas contas, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens pessoais.
**Lembrando que o encerramento da falência diz respeito apenas a massa falida. 
Com o encerramento da falência, abre-se a oportunidade de se executar os bens pessoais dos sócios de responsabilidade ilimitada e solidária, o que só é possível, OBEDECENDO-SE ao PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO DE ORDEM.
É importante destacar que mesmo em se tratando de sociedade limitada, ART 1052 LEI 10.406/02, se houver sócio remisso, independentemente do número de quotas (cotas) possuídas, os bens de um determinado sócio poderão ser executados para o pagamento do capital subscrito e não integralizado.
Quando se tratar de sociedade em nome coletivo (ART 1039 CC) todos os sócios poderão ter seus bens penhorados por dívidas de massa.
Essa situação também ocorre quando se tratar do sócio COMANDITÁRIO na sociedade em comandita simples (ART 1045).
Na sociedade em comandita por ações em relação a qualquer acionista (ART 283 LEI 6.404) e na sociedade em comum em relação a todos os sócios (ART 990 CC).
Uma vez transitada em julgado a sentença de encerramento da falência inicia-se o prazo para o devedor requerer a EXTINÇÃO DAS SUAS OBRIGAÇÕES.

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