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Embriologia do Sistema Urinário

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Embriologia do Sistema Urinário 
Gustavo Ribeiro de Souza Filho 
INTRODUÇÃO 
O desenvolvimento do sistema urinário está intrinsecamente relacionado ao 
desenvolvimento do sistema genital, principalmente porque ambos sistemas 
compartilham estruturas. Tanto que o sistema urogenital se origina a partir de um folheto 
em comum, o mesoderma intermediário. 
Este mesoderma se desloca ventralmente durante o dobramento horizontal do embrião, 
formando uma elevação longitudinal, a crista urogenital. 
A crista urogenital se divide em duas partes, a parte que se relaciona com o sistema 
urinário é chamada de cordão nefrogênico, enquanto a parte referente ao sistema genital 
recebe o nome de crista gonadal. 
 
RINS E URETERES 
Os rins se desenvolvem a partir de 3 sucessões de estruturas, que crescem e degeneram 
até se chegar no rim definitivo. O primeiro rim formado é chamado de pronefro, este se 
origina na região do pescoço e forma uma rede de túbulos, os ductos pronéfricos, que 
desembocam na cloaca. 
Ao final da quarta semana o pronefro se degenera com exceção dos ductos que persistem 
como estruturas do novo rim que será formado. Assim, caudalmente onde era o pronefro 
surge o mesonefro. Esta estrutura é mais desenvolvida, possuindo glomérulos e túbulos, 
e persistindo por até 4 semanas. Os túbulos mesonéfricos desembocam nos ductos 
mesonéfricos (estrutura aproveitada dos ductos pronéfricos). 
O metanefro, primórdio do rim permanente, aparece enquanto o mesonefro ainda está 
funcional. Seu desenvolvimento está relacionado a duas estruturas: o broto uretérico; e o 
blastema metanefrogênico. 
O broto surge como um divertículo nos ductos mesonéfricos, próximo à cloaca. Já o 
blastema deriva da parte caudal do cordão nefrogênico. O que acontece é que o broto 
uretérico penetra no blastema, sendo que seu pedículo se torna o ureter, enquanto a parte 
cranial do divertículo forma os túbulos coletores. 
As extremidades destes túbulos sofrem invaginação por meio dos ramos das artérias 
renais, formando o glomérulo. A união destes túbulos e do glomérulo forma o néfron, 
estrutura funcional do rim. 
Semanas depois, com a degeneração do mesonefro, o metanefro entra em atividade, 
porém sua posição se encontra na pelve ao invés da cavidade abdominal. Com o 
crescimento do embrião, o rim acaba deslocando até a cavidade abdominal, além disso, 
há a sinalização da glândula suprarrenal para que ambas estruturas adquiram sua posição 
anatômica. 
Os rins e ureteres apresentam anomalias congênitas, entre elas podemos citar: agenesia 
renal; rim em ferradura; e ureter ectópico. A agenesia renal se divide em unilateral e 
bilateral, sendo que a primeira o paciente nasce sem um dos rins, o que leva a uma 
hipertrofia do outro rim para compensar o déficit. Enquanto na bilateral o indivíduo nasce 
sem ambos os rins, podendo desenvolver um quadro de oligoidrâmnio. 
Em casos de rim em ferradura a ascensão do rim é interrompida pela raiz da artéria 
mesentérica inferior, sem prejuízo de função na maioria dos casos. 
Na ocorrência de ureter ectópico, não há a abertura deste na bexiga, podendo abrir na 
vesícula seminal, próstata, vagina ou útero. 
 
BEXIGA 
Inicialmente temos o seio urogenital próximo ao septo urorretal. Este seio possui uma 
parte vesical, pélvica e outra caudal, porém, apenas a parte vesical dá origem à bexiga. O 
epitélio deste órgão é derivado do endoderma, enquanto as outras camadas são de origem 
do mesênquima esplâncnico adjacente. O trígono vesical provém dos ductos 
mesonéfricos. 
Em sua fase inicial, a bexiga é contínua com o alantoide, contudo esta estrutura sofre 
constrição e forma o úraco, que se estende do ápice da bexiga até o umbigo. O úraco 
posteriormente se transforma no ligamento umbilical mediano, que prende a bexiga na 
parede abdominal. 
Uma anomalia relacionada a este processo é a fístula do úraco, em que o úraco permanece 
aberto e permite o escapamento da urina pelo orifício umbilical. 
 
URETRA 
A maior parte do epitélio da uretra masculina e feminina provém do endoderma do seio 
urogenital. Nos homens, a parte mais distal da uretra deriva de células ectodérmicas, 
sendo um epitélio mais espesso. A musculatura lisa de ambos os sexos é por conta do 
mesênquima esplâncnico.

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