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Resumo Formação SNC

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Resumo Formação SNC
O sistema nervoso é originado do folheto embrionário mais externo dos organismos, sendo formado a partir do ectoderma. O espessamento desse folheto situado acima da notocorda origina a chamada placa neural. Essa estrutura cresce progressivamente tornando-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural e duas pregas denominadas pregas neurais. Com o aprofundamento do sulco e a elevação das pregas, ocorre a formação de duas proeminências chamadas goteiras neurais. As duas goteiras iniciam um processo de fechamento na porção cervical, depois avançado para as porções cranial e caudal, originando o chamado tubo neural . Pode haver fases em que temos tubo neural no meio do embrião e goteira nas extremidades, mas mesmo em idade mais adiantadas ainda existem orifícios chamados de neuróporo rostral – extremidade anterior – e neuroporo caudal – extremidade posterior, esses orifícios realizam comunicação com a cavidade amniótica e seu fechamento (por volta do 25º dia). As paredes do tubo neural se espessam para formar o encéfalo e a medula espinal.
Desenvolvimento da medula espinal – 
A medula se origina da porção caudal do tubo neural. Com o espessamento do tubo neural, a cavidade interior é diminuída, formando cum minúsculo canal central. As células neuroepteliais da parede do tubo neural originam os neurônios e células microgliais na medula, constituindo a chamada zona ventricular. As partes externas das células neuroepteliais compõe a zona marginal, que se converte na massa branca pelo crescimento dos axônios. Ainda é possível visualizar a existência de um zona intermediária, composta por neuroblastos. A proliferação e diferenciação das células neuroepteliais na medula espinal levam a formação de paredes espessas e delgadas placas do teto e do assoalho, estruturas que continuam se espessando e produzindo o sulco limitante, que separa a parte dorsal da ventral na medula. As partes dorsal e ventral produzem saliências logitudinais que se estendem por quase toda extensão da medula, que são os chamados cornos ( ventral, dorsal e lateral).
Os gânglios espinais são originados das células da crista neural, seus prolongamentos dao origem às raízes dorsais dos nevos espinais. O mesênquima que circunda o tubo neural dá origem a uma membrana, a meninge primitiva. A camada externa dessa membrana origina a dura-máter, a interna a pia-máter e as células da crista neural originam a aracnoide. 
Desenvolvimento do encéfalo -
A parte anterior do tubo neural origina o encéfalo. Antes mesmo do fechamento dessa porção, três vesículas distintas podem ser reconhecidas: prosencéfalo ( anterior), mesencéfalo ( médio) e rombencéfalo ( posterior). Durante a 5ª semana são formadas as vesículas encefálicas secundárias: o prosencéfalo se divide em telencéfalo e diencéfalo, o rombencéfalo se divide em metencéfalo e mielencéfalo e o mesencéfalo permanece inalterado. Durante o fechamento dessas partes, as flexões das pregas criam flexuras: flexura mesencefálica no mesencéfalo e flexura cervical na junção do rombencéfalo com a medula espinal. O crescimento desigual do encéfalo entre essas flexuras produz a flexura pontinha que torna o teto do rombencéfalo mais delgado. O sulco limitante avança cefalicamente, iniciando a separação da parte dorsal da ventral. 
Mielencéfalo – origina o bulbo. Os neuroblastos das placas basais – porção ventral que surge com o sulco limitante - originam os neurônios motores ( eferentes somático geral, visceral geral e visceral especial), enquanto os neuroblastos das placas alares – porção dorsal que surge com o sulco limitante – originam quatro tipos de neurônios ( aferentes visceral geral, visceral especial, somático geral e somático especial).
Metencéfalo - origina a ponte e o cerebelo. O cerebelo se desenvolve a partir da parte dorsal das placas alares, pela formação de intumescimentos cerebelares e fusão dos mesmos. É formada uma conexão entre os córtex cerebral e cerebelar através de fibras nervosas, o que origina a ponte. Ainda observa-se a diferenciação de neuroblastos em neurônios no córtex cerebelar.
Plexos corioides - as artérias da pia-máter realizam dobramentos que ocasionam em uma diferenciação e formação do chamado plexo corioide. Os plexos corioides secretam um líquido que se converte em líquido cefalorraquidiano.
Mesencéfalo – ocorre estreitamento do canal neural para formação do aqueduto cerebral, migração com posterior agregação de neuroblastos, se diferenciando em diversos tipos de neurônios ( colículos superior e inferior pareados, núcleos vermelhos, núcleos do terceiro e quarto nervos cranianos e núcleos reticulares). Também ocorre um processo de uma ampla camada da substância cinzeta em substância negra, e crescimento de fibras cerebrais, que formam o pedúnculo cerebral.
Diencéfalo – Nas partes laterais se desenvolvem três intumescências que se convertem em tálamo, hipotálamo e epitálamo. Ainda é possível notar o desenvolvimento da glândula pineal na porção caudal do diencéfalo, e o desenvolvimento da adeno-hipófise por evaginações do ectoderma e da neuro-hipófise por invaginações do neuroectoderma.
Telencéfalo - possui dois divertículos laterais que são chamados de vesículas cerebrais, essas se expandem até se encontrarem na linha média e originam os hemisférios cerebrais. A extremidade caudal de cada hemisfério gira no sentido ventral e depois no sentido caudal, formando o lobo temporal. Ainda observa-se processos intensos de invaginação, diferenciação e ligação de fibras, que fazem parte do processo final de formação do encéfalo.
Processo de mal formação –
Os retinóides estão envolvidos na proliferação e divisão de vários tipos celulares através da interação entre metabólitos do ácido retinóico com o receptor nuclear ( geralmente RAR e RXR). Por meio da interação, os receptores são ativados e atuam como fatores de transcrição, mas a ativação desse complexo no desenvolvimento fetal pode bloquear a ação de outros fatores de transcrição. Sem as transcrições realizadas da forma correta, a proliferação celular não ganha continuidade e o tubo neural pode não concluir seu fechamento assim como os neuroporos caudal e rostral. Isso caracteriza um defeito de tubo neural (DTN) que leva à defeitos e anomalias congênitas do SNC.

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