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mary helen PROJETO DE ENSINO 8ª SEMESTRE TCC EXCELENTE

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
MARIA HELENA DE SOUZA
INDISCIPLINA ESCOLAR –
Uma analise particular já nas séries iniciais
Porto Velho – RO
2015
MARIA HELENA DE SOUZA
INDISCIPLINA ESCOLAR –
Uma analise particular já nas séries iniciais
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como exigência requisito parcial para sua conclusão. Projeto Indisciplina Escolar, 8ª semestre. Orientador: Andréia de Freitas Zômpero
Tutora de Sala: Rejane Maria Schaefer Porto
 Porto Velho -RO
 2015�
Souza, Maria Helena. Indisciplina Escolar: 2015. 29 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Porto Velho, 2015.
 RESUMO
Este artigo traz uma reflexão sobre a questão da indisciplina escolar na educação básica. Inicialmente discute o próprio conceito de indisciplina escolar, considerando suas principais formas de expressão, explorando, a seguir, algumas das suas causas e características atuais. Destaca aspectos singulares da indisciplina escolar neste final de século e a importância do enfoque preventivo como estratégia mais adequada para enfrentar o problema. Ao final, apresenta algumas considerações sobre encaminhamentos preventivos em nível de escola, enfatizando a necessidade de uma postura compartilhada em relação à indisciplina, na forma de uma política definida, de bases democráticas. Para atingir os objetivos citados, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a temática a ser discutida. A partir das bibliografias levantadas foram feitas leituras, no sentido de eleger um referencial teórico que propiciasse uma visão mais qualificada sobre a violência no ambiente escolar bem como esta interfere no processo de ensino aprendizagem.
Palavras-chave: indisciplina escolar, conceito de indisciplina, causas da indisciplina, disciplina preventiva, educação.
RESUME
This article presents a reflection on the issue of school discipline in basic education. Initially discusses the concept of school discipline, considering its main forms of expression, exploring, then, some of its causes and current characteristics. Highlights unique aspects of school indiscipline end of this century and the importance of the preventive approach as the most appropriate strategy to tackle the problem. In the end, it presents some considerations about preventive referrals at school level, emphasizing the need for a shared stance on indiscipline in the form of a defined policy, democratic basis. To fulfill these objectives, a literature search on the topic under discussion was held. From the raised bibliography readings were taken in order to elect a theoretical framework that propitiate a more skilled view on violence at school and this interferes with the teaching and learning process.
Keywords: school discipline, concept of indiscipline, causes of indiscipline, preventive discipline, education.
SUMÁRIO 
1. Introdução.................................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica .................................................................................................07
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.................................................22
3.1Tema e linha de pesquisa ......................................................................................22
3.2 Justificativa ............................................................................................................22
3.3 Problematização ...................................................................................................23
3.4 Objetivos ...............................................................................................................23
3.5 Conteúdos .............................................................................................................24
3.6 Processo de desenvolvimento................................................................................24
3.7 Tempo para a realização do projeto........................................................................25
3.8 Recursos humanos e materiais .............................................................................26
3.9 Avaliação ..............................................................................................................26
4. Considerações Finais................................................................................................27
5. Referências .............................................................................................................28 
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos, problemas com a indisciplina escolar têm se agravado. Muitos profissionais da educação se vêem comprometidos em buscar uma solução, pois muitos já passaram, estão passando ou irão passar por situações constrangedoras e desestimulantes. Outro agravante está em nosso compromisso com a educação de crianças e adolescentes que cada vez mais perdem a noção de respeito para com o outro. A indisciplina escolar é um fenômeno caracterizado por diversos fatores que estão longe de serem consensuais. Uma mudança de princípios que vai do universal ao individual, caracterizada por uma sociedade moderna, onde o homem é marcadamente centrado no ter, não deixa espaço para uma base moral, alicerçada no respeito e na solidariedade.
O tema indisciplina escolar passou a ser, atualmente, para os profissionais da educação, um dos principais problemas pedagógicos em nível de sala de aula. A indisciplina envolve diferentes aspectos e fatores, causando assim uma grande complexidade no ambiente escolar. As manifestações indisciplinares em sala de aula causa transtornos, falta de atenção, desinteresse e por conseqüência baixo rendimento escolar.
Quando se fala em indisciplina no contexto da educação, não se restringe apenas à relação professor-aluno em sala de aula, nem tampouco à relação aluno-escola ao nível institucional, porque a disciplina só poderá ser eficazmente abordada se considerada num contexto mais amplo. Observamos, através dos meios de comunicação, relatos na própria vivência escolar, uma falência da autoridade dos pais em casa e a dos professores em sala de aula que não diverge quando o assunto é a classe social. É nesse contexto que se insere o presente trabalho, um estudo com o foco voltado pra tentar analisar e identificar dentro da perspectiva da representação social de indisciplina escolar dos professores do ensino fundamental , da Escola Estadual Herbert Azevedo, numa tentativa de compreender, reflexos de crenças, valores e referências culturais manifestas, fazendo com que persistam determinadas noções de escola e prática pedagógica que possam está alimentando o aumento da indisciplina no ambiente escolar.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Indisciplina Escolar
Indisciplina Escolar? Você já ouviu falar? vem sendo para designar certos tipos de comportamento manifestado por estudantes com propósito de agredir os colegas. Conheça um pouco sobre problema que ocorre no mundo inteiro e que pode ser identificado em toda e qual quer escola. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificativa, compreende todas as formas de atitudes, intencionais agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente.
A indisciplina escolar tem sido uma constante no dia-a-dia dos professores e demais agentes escolares, a todo o momento nos deparamos com ela. Esse enfretamento nas relações inter pessoais se apresenta como uma fonte de estranhamento de grupos diferentes que promovem
situações de estresse, particularmente quando associada às situações de conflito em sala de aula. De acordo com Serge Moscovici (1995): 
Devemos estar atentos à maneira como colocamos o problema indivíduo-sociedade, pois, sem nos darmos conta corremos o risco de o transformarmos não apenas em um problema difícil, mas principalmente em um problema que se revele impossível de ser tratado no plano científico. (apud, MOSCOVICI, 2003, p. 7). 
Concordamos com o autor. A indisciplina está sendo considerado um fenômeno de difícil abordagem, um “problema indivíduo-sociedade”, embora seja uma velha conhecida de todos, com aspectos que traduzem a impossibilidade de resolução.
A indisciplina escolar é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência da indisciplina escolar entre seus alunos ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.
Segundo Aquino, as crianças de hoje em dia não tem limites, não reconhecem a autoridade, não respeitam as regras, a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se tornado muitos permissivos. (AQUINO, 1998, p.7).
É muito importante que os responsáveis pelos processos educacionais identifiquem com qual tipo de aluno indisciplinado estão lidando, uma vez que existem motivações diferentes, muitos se comportam assim por uma nítida falta de limites em seus processos educacionais no contexto familiar,outros carecem de um modelo de educação que seja capaz de associar a auto realização com atitudes socialmente produtivas e solidárias. 
Existem ainda aqueles que vivenciam dificuldades momentâneas, como a separação traumática dos pais, ausência de recursos financeiros, por esses jovens é um fatos novo em seu modo de agir e, portanto, circunstancial. Frequentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento indisciplinado. Admite–se que têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinquentes ou criminosas. 
 São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. Têm poucos amigos, muitos passam a ter baixo desempenho escolar, Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.
 Os meninos, com uma freqüência muito maior indisciplina escolar estão mais envolvidos, Já entre as meninas, embora com menor freqüência. As medidas adotadas pelas escolas para o controle da indisciplina escolar se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para uma boa formação do aluno.
A indisciplina escolar não escolhe classe social, escola publica ou particular, urbanas ou rurais, todas as instituições estão passando por isso e cada vez mais comum ouvirmos falar da indisciplina escolar. E se este indisciplinado não for tratado por um bom profissional quando pequeno ele mesmo depois de adulto continuara sendo indisciplinado.
Os professores falam em indisciplina dos alunos como uma quebra ou descumprimento de regras determinadas ou subjetivas ao professor, que julga essa “desobediência” dos alunos. Tais regras são estabelecidas com o objetivo de disciplinar o convívio sem um significado estabelecido e significativo onde as crianças são sujeitas á punições como não brincar na hora do recreio, participar de brincadeiras, não poder falar na sala de aula e outras.
Observando o cotidiano escolar e na sala de aula percebemos que falar alto, correr, rir, brincar, entrar e sair de lugares sem permissão, questionar uma decisão da autoridade são os modos mais comuns de representação de indisciplina escolar. Segundo o dicionário Globo (FERNANDES, 2001), o termo indisciplina pode ser definido como “procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência; desordem; rebelião”. Assim, indisciplinado é aquele que não obedece a regras determinadas na qual se percebe uma noção de controle sobre a conduta escolar. Entendemos que uma situação está sob controle quando está da maneira que achamos correta e que sabemos que dará certo. O aluno que não assumi uma conduta dita disciplinar, ou seja, que não segue um determinado comportamento padrão, que segundo a sociedade17 visa à manutenção da ordem em qualquer organização, está fora do desejado e esperado por aqueles envolvidos. Assim, Kant (apud, LA TAILLE, 1996, P. 10), no fala que “a disciplina é necessária para arrancar do homem sua condição selvagem. Manter-se quieto é bom não só para o bom andamento da aula, mas para ensinar as crianças a controlar seus impulsos e afetos”.
 A escola é um lugar para aprender e educar-se, um lugar de ascensão pa-ra uma vida melhor, um lugar de educar se para paz. Esta seria a nossa definição para a área educacional, porem hoje não podemos, mas afirmá-la, tem muitos que passa despercebido do professor, pois a maioria dos alunos indisciplinados acontece longe dos adultos, tornando-se desconhecido aos olhos dos profissionais da escola.
A escola sempre foi um lugar de aprendizagem, lugar seguro para aprender tudo que precisa para viver em comunidade e ser um bom cidadão, lugar que nunca nos ofereceu risco, e ali tínhamos certeza que nada de ruim poderia nos acontecer.
O ritmo de vida e a necessidade do estabelecimento da ordem fazem com que um sujeito obediente seja requerido em toda instituição social. O sujeito obediente é produzido e sustentado por um poder pouco notado e difícil de denunciar: um poder que circula através dessas pequenas técnicas, numa rede de instituições sociais tais como a escola. (SILVA, 1994 p. 129). Ao contrário do sujeito obediente, o indivíduo indisciplinado é compreendido como um sujeito rebelde, ou seja, aquele que se faz contra, se revolta às regras e condutas pré-estabelecidas por um sistema. Assim, Indisciplinado é, geralmente, o aluno que não obedece, suas atitudes vão desde alguns determinados tratamentos durante a aula de alguns professores, passando por intimidações com outros professores e alunos chegando às agressões físicas e/ou verbais.
Para Garcia (1999, p.104) as expressões de indisciplina têm sido relacionadas a fatores internos ou externos à escola. Entre as razões internas estariam, por exemplo, “as condições de ensino e aprendizagem, a natureza do currículo, as características dos alunos, aos modos de relacionamento estabelecidos entre alunos e professores, e o próprio sentido atrelado à escolarização”. Entre os fatores externos destacam-se a violência social, a influência da mídia e o ambiente familiar dos alunos. Incluídos nos fatores ditos internos os professores e os agentes da educação, ainda, desejam ter alunos robôs, que sentam, falam e obedecem a ordens quando estão no espaço escolar porque é mais fácil, só dá problema de vez em quando.
 A educação moderna visa à razão, alicerçada nos saberes científicos e para que isso permaneça institui uma regra que precisa ser cumprida: a disciplina. Segundo Wallon (1975, p.379 apud TREVISOL, 2005, p. 03), muitos profissionais da educação buscam é “obter a tranqüilidade, o silêncio, a docilidade, a passividade das crianças de tal forma que não haja nada nelas nem fora delas que as possa distrair dos exercícios passados pelo professor, nem fazer sombra à sua palavra”. Percebemos tanto nos estabelecimentos de ensino público ou particular a falta de vontade para com os estudos por parte de muitos alunos, para isso muitos educadores representam esse gesto como indisciplina, pois alegam que esses, não têm respeito pela escola ou pela figura
do professor. Segundo Garcia (2000, p. 52) “a noção de indisciplina está relacionada com o verbo disciplina, na qual se percebe uma noção de controle sobre a conduta escolar”.
Em geral o conceito de indisciplina é definido em relação ao conceito de disciplina, que na linguagem corrente significa regra de conduta comum a uma coletividade para manter boa ordem e, por extensão, a obediência à regra. Evoca-se também a sanção e o castigo que se impõem quando não se obedece a regra. Assim, o conceito de disciplina esta relacionado com a existência de regra.(PARRATDAYAN, 2008, p.18).
Com o mesmo raciocínio de que a indisciplina estaria ligada a questão de transposição de regras, Bock; Furtado; Teixeira (2008, p.275) colocam: “enfim, a indisciplina está relacionada ao não cumprimento das regras postas pela escola como necessárias ao seu bom funcionamento.” Todavia os autores lembram que um clima de participação e interesse em sala não pode ser confundido com indisciplina. Com um olhar um pouco mais diferente, tirando o enfoque apenas do aluno, tem-se a seguinte constatação: 
A disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas tanto pelos professores quanto pelos alunos para que o aprendizado escolar tenha êxito. Portanto, é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, consequentemente, na escola. (TIBA, 1996, p.117).
Parrat-Dayan (2008, p.8) coloca também que: “ser disciplinado não é obedecer cegamente, é colocar a si próprio regras de conduta em função de valores e objetivos que se quer alcançar.” Ao definir indisciplina Weber (2009, p. 20) destaca: “disciplinar do original em latim significa ensinar, formar.” Com uma explicação mais piagetiana tem-se o conceito de Yves de la Taille: 
Não é tão simples. Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas, a indisciplina poderá traduzir de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o desconhecimento delas. [...] Aproveito para dizer que hoje segundo caso parece valer [...] Hoje o cinismo (negação de todo valor, e logo,de qualquer regra) explica melhor os desarranjos das salas de aulas. (TAILLE apud AQUINO,1996, p.10).
 Apesar das tantas definições deve-se levar em consideração que de acordo com Aquino (1996) o conceito de indisciplina não é estático, está relacionado com um conjunto de valores que são modificados com a história, em diversas culturas.
2. 2  FATORES QUE ACARRETAM A INDISCIPLINA ESCOLAR 
De  acordo com Aquino (1996),  a indisciplina  escolar não é um fenômeno estático;  ao contrário,  está  relacionada  a  um conjunto de  valores  e expectativas  que  variam e mudam ao longo da história, nas mais diferentes culturas da sociedade.
 Além disso, pode ser observada em diversas classes sociais, instituições e até mesmo dentro de uma mesma camada social. 
Conforme o autor há várias explicações para a indisciplina escolar, uma vez  que  as  causas desse  fenômeno podem estar relacionadas  a  diferentes  fatores. 
Aquino (2003) classifica  esses fatores  em Sociologizantes,  Psicologizantes e  do Campo Pedagógico.  
Como fatores  Sociologizantes  o autor faz referência  à família  e  às  mudanças da sociedade, além de outros aspectos externos ao indivíduo.	 A indisciplina,  desse ponto de  vista, é tida como fruto das  condições  sociais  e  familiares  hostis e  desfavoráveis.  Os  fatores  Psicologizantes  referem-se  àquilo que o indivíduo traz  consigo, como, por exemplo, os problemas emocionais, psicológicos, imaturidade. 			
Com relação aos fatores do Campo Pedagógico,  o autor faz referência  à  própria  escola (a  gestão,  organização,  currículo, atuação dos professores,  as  formas  de  lidar com indisciplina, as  atividades pedagógicas  e  estrutura) como responsável  pelos  atos  indisciplinados.  Alguns dos fatores citados nessa classificação ​ sociedade, família, fatores  psicológicos, a influência da mídia  e a  escola ​ serão detalhados a seguir. Ressalve se  que apesar de serem apresentados separadamente, todos estão imbricados  quando se  tenta explicar o fenômeno da indisciplina escolar. 
2.3. A INDISCIPLINA NO CONTEXTO FAMILIAR E ESCOLAR
Sabe-se que educar não é tarefa fácil, ainda mais quando existem inúmeros fatores que podem influenciar nesse processo. A família, por exemplo, é de grande importância neste processo educacional do aluno, e problemas de diversas ordens podem motivar a indisciplina escolar. Um ambiente desestruturado onde ocorrer muitos conflitos, por exemplo, pode fazer com que os alunos reproduzam falta de respeito na escola. 
Segundo Oliveira (2005, p. 38) “Toda indisciplina tem uma causa e que a mesma não é simplesmente uma ação, mas uma reação, e que existem vários fatores determinantes da indisciplina, e um deles é a família.” 
 A Família  Justo (2005), Oliveira (2005) e Vasconcellos (1998), entre outros, destacam a  família  como um dos  contribuintes  para  a indisciplina  escolar. Segundo esses  pesquisadores  as  práticas desenvolvidas no ambiente familiar exercem influências  na  formação e nas atitudes da criança, uma vez que as crianças observam os adultos e os  têm como exemplos. Segundo Justo (2005, p. 38), as pessoas com as quais as crianças  convivem, sejam elas, pais, avós, padrinhos etc, são 
Considerados esteios da produção de subjetividades, da formação de vínculos psicossociais rígidos, estáveis e duradouros, responsáveis por sua educação  e que a influenciará em sua conduta,  nos  valores e conhecimentos  territorializados,  visando à reprodução de estruturas sócio​afetivas  voltadas  para a fixação do sujeito num dado modo de agir, de pensar e sentir.  
Rappaport  (2006) afirma que  durante a  infância, os  pais representam as  figuras centrais  da  afetividade, são protetores, sabem encontrar soluções  para  as  dificuldades,  têm o poder de  tomar decisões sobre a  vida  dos filhos.  A  partir dessas  relações  com os  pais,  a  criança  vai  desenvolver um sentimento de identidade, vai  aprender a se conhecer. Formará uma idéia de si, da sua aparência, das dimensões de  seus  movimentos  corporais,  de suas  características  psicológicas,  seus  desejos,  suas  capacidades e limitações. A autora salienta que no processo de formação da criança, o conteúdo do diálogo,  a entonação da voz que a  criança ouve, as palavras de  afeto, de  amor ou de  rispidez, agressividade  ficarão nela  marcados,  contribuindo para o desenvolvimento da auto​estima, da confiança em si mesma e da qualidade do afeto e  do respeito aos pais. Além disso, sentimentos opostos como dúvidas, angústias e malestar, comportamentos indisciplinados no caso das famílias infelizes e desestruturadas,  poderão ser refletidos  na  relação da  criança  com os  colegas  e  com os  professores,  podendo gerar atitudes  indesejáveis na  escola que  culminam em desobediência, agressividade, falta de respeito perante os colegas, professores e outros.  De acordo com Newcombe (1999) a socialização é o processo pelo qual as  crianças  adquirem comportamentos,  habilidades  e motivações, valores,  convicções  e  padrões  característicos,  apropriados  e  desejáveis em sua  cultura. No processo da  socialização,  além dos  pais,  é preciso tomar como integrantes os  irmãos, colegas,  professores, membros do clero, assim como a televisão e outros meios de comunicação.  Embora  todos esses  agentes  possam influenciar a criança,  normalmente  a família é  a parte  mais  saliente do ambiente  da criança. Por essa  razão, o ambiente  familiar geralmente é considerado como o agente primário e mais poderoso da socialização, com o papel​chave de moldar a personalidade, as características e as motivações; de guiar o comportamento social;  e  de  transmitir  os valores, convicções  e  normas  que  podem variar de uma cultura para outra. As práticas e as técnicas de disciplina dos pais refletem a sua personalidade e o seu sistema de convicções. Pais emocionalmente maduros
e bem ajustados tendem mais a reagir com sensibilidade e aconchego aos sinais e necessidades  de seus filhos do que pais que são menos saudáveis psicologicamente. Exemplo disso são os efeitos adversos no desenvolvimento dos filhos de mães deprimidas que criam um ambiente familiar caracterizado por desordem,  hostilidade,  rejeição.  Já práticas  sensíveis promovem segurança emocional, independência, competência social e sucesso intelectual. Além do impacto da personalidade e das práticas dos pais sobre os filhos,  outro aspecto do ambiente familiar,  apontado por Justo (2005) como gerador de  comportamentos indisciplinados, deve​se às transformações do conceito tradicional de  família.  De  acordo com autor,  há famílias  que lutam para conservar a  moral, a  boa  conduta em seus lares, mas há também aquelas que, ao contrário, estão desorientadas,  desestruturadas, e cujos responsáveis não supervisionam atentamente a conduta de seus  filhos e não promovem uma rotina estável que favorece a aquisição de hábitos virtuosos  e outros  atributos  morais.  E  ainda  há  famílias que praticam ações  de agressões,  abandono e  descuido,  deixando para a  escola,  na  maioria  das  vezes,  toda  a  responsabilidade de  uma educação geral,  ficando a  cargo do professor ensinar às  crianças  desde amarrar os  sapatos,  dar iniciação religiosa  até  colocar limites e  desenvolver hábitos básicos para  a sua conduta  em sociedade. Nesse sentido, Aquino (2003, p. 43) esclarece que;
Os professore têm sido cada vez mais convocados a compartilhar questões de cunho privado (afetivas  e/ ou atitudinais)  do alunado, antes circunscritas  apenas  no âmbito familiar  e, por isso,  é bastante  comum, acreditarem que alguns  alunos  de fato padeceriam de falta de infra​estrutura moral  para o trabalho escolar. Daí os professores imaginarem que seria necessário ensinar​  lhe, sem cessar,  padrões  de conduta e assemelhados  – função esta suplementar à docência que teria sido negligenciada pela família.  
É claro que o comportamento da família sofre influências do meio social; o mesmo processo histórico social que  vem modificando a sociedade,  instituições,  organizações  sociais  e  a família reflete  no comportamento do aluno na  escola, na relação entre os colegas e professores. Para Aquino (1996, p.98) “é impossível negar, portanto,  a importância  e o impacto que a educação familiar tem (do ponto de vista  cognitivo afetivo e moral) sobre  o indivíduo. Entretanto, seu poder não é absoluto e  irrestrito”. Segundo esse  autor, para resgatar a  afetividade de sua função educativa, a  estrutura familiar precisa  adaptasse às  novas circunstâncias  e normas, sem deixar, no entanto, de constituir um modelo de referência para seus membros. Modelo este que, se  constituído de  um bom relacionamento,  respeito mútuo, valores  entre pais  e filhos,  facilitaria  a  criação de  um clima  de  equilíbrio emocional dentro de  casa  e,  conseqüentemente, contribuiria para o bom comportamento e desempenho dos filhos na  escola. 
A importância da participação da família no processo de aprendizagem é inegável e a necessidade de se esclarecer e instrumentalizar os pais quanto as suas possibilidades em ajudar seus filhos com dificuldades de aprendizagem é evidenciada ao manifestarem suas duvidas, insegurança e falta de conhecimento em como faze-lo. Conforme Martins (2001) “ essa problemática gera nos pais sentimentos de angustia e ansiedade por se sentirem impossibilitados de lidar de maneira acertada com a situação”.
Acredita-se que um programa de intervenção familiar seja de fundamental importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. O relacionamento familiar, a disponibilidade e interesse dos pais na orientação educacional de seus filhos, são aspectos indispensáveis de ajuda a criança. Em um trabalho de orientação a pais, de acordo com Polity (1998), é possível despertar a sensibilidade dos mesmo para a importância desdes aspectos, dando-lhes a oportunidade de falar sobre seus sentimentos, expectativas, e esclarecendo-lhes quanto as necessidades da criança e estratégias que facilitam o seu desenvolvimento.
Através das experiências e relações interpessoais, a família pode promover o desenvolvimento intelectual, emocional e social da criança. Ele pode criar situações no dia a dia que estimularão esses aspectos, desde que esteja desperta para isso. Alem disso, a participação da criança nas atividades rotineiras do lar e a formação de hábitos também são importantes na aquisição dos requisitos básicos para a aprendizagem, pois estimulam a organização interna e a habilidade para o “fazer” de maneira geral (MARTURANO, 1998).
A familia tem um papel central no desenvolvimento da criança, pois é dentro dela que se realizam as aprendizagem básicas necessárias para o desenvolvimento na sociedade, como a linguagem, sistema de valores, controle da impulsividade. As características da criança também são determinadas pelos grupos sociais que freqüenta e pelas características próprias, como temperamento.
As crianças possuem uma tendência natural, instintiva que as direciona para que não dificultem ou impeçam o crescimento espontâneo da criança. Pela falta de compreensão da natureza e necessidades básicas do ser humano, os pais, muitas vezes, prejudicam a busca do próprio desenvolvimento, pela criança. O modo como os pais lidam com seus filhos pode ajudá-los no desenvolvimento das suas potencialidades e nos relacionamento com o mundo, possibilitando-lhes o enriquecimento pessoal através das exigências que o meio lhe proporciona.
O processo educativo (desenvolvimento gradativo da capacidade física, intelectual e moral do ser humano) família deve ser adequado para possibilitar a criança o sucesso na aprendizagem, proporcionando-lhe a motivação, o interesse e a concentração necessária para a apreensão do conhecimento.
A adequação desse processo compreende o atendimento as necessidades da criança quanto a presença dos pais compartilhando suas experiências e sentimentos, orientação firme quanto aos comportamentos adequados, possibilidade de escolhas, certa autonomia nas suas ações, organização da sua rotina, oportunidade constante de aprendizagem e respeito e valorização como pessoa.
A criança necessita de equilíbrio entre conndutas disciplinares e dialogo, compreensão e carinho. Num processo educativo os pais experienciam a necessidade de um trabalho de auto-analise, de reestruturação de seus comportamnetos, crenças, sentimentos e desejos. Os pais precisam coonquistar, em relação a si mesmos, primeiramente, o que querem que os filhos sejam justos, disciplinados, honestos, responsáveis (GRUNSPUN, 1985). Esse processo ocorre nas vivencias do dia a dia, na medida em que pais e filhos comunicam-se de maneira transparente e sincera, falando de suas percepções, suas duvidas, objetivos, emoções, aprendendo uns com os outros.
Dificuldades escolares apresentadas pelas crianças, relacionadas a falta de concentração e indisciplina ocorrem e podem ser causadas pela ausência de limites. A primeira geração educou os filhos de maneira patriarcal, isto é, os filhos eram obrigados a cumprir as determinações que lhes eram impostas pelo pai. A geração seguinte contestou esse sistema educacional e agiu de maneira oposta, através da permissividade. Os jovens ficaram sem padrões de comportamentos e limites, formando uma geração com mais liberdade do que responsabilidade.
Tanto na família quanto na escola, segundo Tiba (1999) há “ AA necessidade de orientação as crianças quanto as regras disciplinares, para que elas possam desenvolver a capacidade de concentração e de apreensão dos conceitos”. A aprendizagem se da de maneira gradativa e não será possível sem a participação ativa do aluno, de maneira disciplinada, orientada.
Os pais devem preparar os filhos para arcarem com suas responsabilidades. Na medida em que a criança vai aprendendo a cuidar de si mesma, vai experimentando a sensação gratificante da capacidade de enfrentar
desafios. E casa realização é um aprendizado que servirá de base para um novo aprendizado. Assim, realizando suas vontades e necessidades, a criança vai gostando de si mesma, desenvolvendo a auto-estima.
O relacionamento familiar também é fundamental no processo educativo. A criança estará muito mais receptiva as instruções dos pais, se os membros da família se respeitar entre si, procurando conversar e colaborar um com o outro. É importante a participação dos pais na vida dos filhos, numa convivência como companheiros, compartilhando emoções, o que contribui muito para a disciplina.
Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera  a lista de queixas. Pesquisa realizada por NOVA ESCOLA com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de como o problema é desgastante, levando ao desestímulo com a profissão e, muitas vezes, até ao abandono.
Nos tempos atuais, família e escola parecem perder o poder e o espaço que tiveram outrora no sentido da formação do individuo. As crianças começaram a entrar mais cedo na escola, fato que pode favorecê-las ou desfavorecê-las, dependendo do acompanhamento escolar e familiar realizado. Caso a criança seja bem acompanhada, esse ingresso prematuro na instituição pode ajudá-la a se desenvolver melhor em todos os aspectos: sociais, cognitivos, etc. Porém, se a família coloca-a na escola, mas não acompanha pode gerar na criança um sentimento de descaso em relação ao seu desenvolvimento.
"Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes." (Lei 8.069). Segundo Oliveira (2005), toda indisciplina tem uma causa e que a mesma não é simplesmente uma ação, mas uma reação. Para ela, existem vários fatores determinantes da indisciplina, um deles é a família. Ela cita em seu livro indisciplina escolar: determinações, conseqüências e ações, que muitas das atitudes de indisciplina, são reflexos de uma educação recebida não apenas da sociedade, mas do ambiente familiar. O ambiente familiar do qual Maria Izete considera em seu livro é aquele em que a criança convive com os pais, avós, tios, padrinhos etc., pois são as pessoas, segundo ela, que a criança tomará exemplo e que direcionarão e influenciarão em sua conduta.
A escola é corresponsável nos casos da indisciplina, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam, na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais. O comportamento de indisciplina escolar não é novo, mas a forma como os professores vem enfrentando esses problemas procurar métodos eficazes com os pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental um bom diálogo franco entre eles.
O termo indisciplina quase sempre é empregado para designar todo e qualquer comportamento que seja contrário às regras [...]. No caso da escola todas as vezes que os alunos desrespeitarem alguma norma é vistos como indisciplinados. (SILVA, 1998).
O que acontece na escola como uma forma de espelho de casa onde família desestruturada, não consegue ensinar seus filhos limites e respeito aos outros, no caso do aluno indisciplinado onde a educação deste é feita somente aos gritos ou apanhando sempre, este por sua vez desconta em seus amigos da escola mais frágil, e onde para conseguir o que quer vale tudo, até magoar, excluir e humilhar seu semelhante .
A escola que por anos foi chamado de “segunda casa” ou “extensão do lar”hoje aparece como um lugar perigoso, onde não ha previsibilidade o que pode ocorrer dentro dela, portanto estamos vivendo uma crise na educação e a ajuda de todos e essencial para conseguirmos superá-la ou saná-la. estiverem envolvidas em participar na vida escolar dos seus filhos e conscientizar-lo, Portanto, devemos trabalhar em conjunto com os pais professores e comunidade para que a educação e a cultura ajude a eliminar as formas agressiva do aluno.
Para tanto, Vasconcellos (1989 p. 73-74):
Assegura que é importante que haja participação e comprometimento de todos os envolvidos no processo (pais, alunos, professores, equipe pedagógica, administrativa, etc.), na elaboração das normas disciplinares no âmbito escolar, viabilizando um projeto de participação democrática de forma consciente e interativa para que os problemas relacionados à escola sejam discutidos em conjunto.
Em outras ocasiões pode-se criar uma criança autoritária e desobediente por culpa dos próprios pais que por trabalharem demais e estarem ausentes da rotina do filho permitem, por um sentimento de culpa, que a criança faça tudo que desejar. Tal comportamento dos pais é prejudicial à própria criança, que fora do ambiente familiar não encontrará tamanha facilidade. A escola por sua vez, também procura subterfúgios para “escapar” da culpa pelos possíveis fracassos escolares de seus alunos, entre as desculpas mais freqüentes esta a de culpar os pais pela falta de tempo no convívio com os filhos. Fato que acaba gerando alunos com problemas de aprendizagem, relacionamento, etc.
Assim, ele poderá adotar comportamentos delinqüentes como: agressão, drogas, furtos, entre os outros. O aluno indisciplinado acredita que fazendo o uso da violência conseguirá tudo o que deseja.Por isso que pais, professores, amigos e comunidades devemos estar junto para ajudar estes alunos a se torna melhor, quando se cresce.
 
Indisciplina como se resolve?
A escola tem deixado de ser e ter um papel integração dos alunos. Na verdade as maiorias das escolas não estão preparadas para enfrentarem diversos problemas atuais. A indisciplina na Escola Pública é um problema de graves proporções, prejudicando ensino e aprendizagem e a construção de uma escola com alta qualidade de ensino.
Deve-se discutir e propor estratégias que resolva o problema, contratando profissionais capacitados e preparados para exercer juntos aos professores e demais educadores, com formação pedagógica, psicológica.
O professor passa a se preocupar com a motivação de seus alunos, tendo maior compromisso com seu projeto pedagógico e as questões afetivas, obtendo dessa forma uma relação verdadeira com seus educandus. Sob uma visão Piagetiana, o professor que na sala de aula dialoga com seu aluno, busca decisões conjuntas por meio da cooperação, para que haja um aprendizado através de contratos, que honra com sua palavra e promove relações de reciprocidade, sendo respeitoso com seus alunos, obtendo dessa forma um melhor aproveitamento escolar.
“Quando a gente faz a formação de professores no Brasil, a gente não forma ele para sala de aula. A gente não prepara esse professor para lidar com a indisciplina. Então ele tem que descobrir tudo isso na hora em que está lá, dentro da sala de aula, com 30, 35, 40 alunos, sem preparo”, avalia Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.
Realmente um dos maiores desafios enfrentados pelos professores atualmente é a indisciplina, e o engano em se achar que nos temos que educar os alunos no sentido literal da palavra, e não fornecer ferramentas necessárias para que eles desenvolvam o conhecimento de conteúdos diversos. No fim das contas, o professor é cobrado como pai, psicólogo, educador e mediador de conflitos em sala de aula.
A melhor estratégia para manter a disciplina em sala de aula é apresentar o conteúdo de forma atrativa. Os alunos precisam se interessar pelo que o professor diz e pela forma como ele diz. Quando isso acontece, aumenta o índice de concentração e retenção, resultando em uma melhora visível tanto no desempenho quanto no comportamento do estudante.
Para chegar a esse ponto é necessário que o educador planeje a aula, se prepare e utilize múltiplos recursos. Vale lançar mão de textos complementares, músicas, jogos, pesquisas, debates e outras metodologias que movimentem a
sala de aula ao mesmo tempo em que a disciplina é mantida.
Vale ressaltar que o comportamento indisciplinado não é resultante de fatores isolados, mas da multiplicidade de influencias que recaem sobre a criança e o adolescente ao longo de seu desenvolvimento.
Na maioria das vezes por falta de orientação sobre como agir diante da indisciplina em sala de aula, cada professor atua de forma que mais lhe convém, utilizando-se apenas de sua experiência e bom senso.
Regras convencionais, por sua vez, têm seu fundamento na negociação e na clareza de definição. Tome o exemplo da conversa. Mesmo numa sala que está barulhenta porque os jovens realizam um trabalho em grupo - e em função disso trocam idéias sobre um tema proposto -, o silêncio será necessário em algum momento. É preciso estar acertado que, quando um aluno ou você precisarem da atenção, o grupo deve parar para ouvir o que será dito. Também são consideradas regras convencionais não usar boné e ir para escola sempre de uniforme. Nesse grupo, entram imposições que em nada afetam o processo de ensino e aprendizagem. Há escolas em que o uso do uniforme é uma questão de segurança, pois ele permite identificar quem é ou não aluno. Em outras, isso pode não ser necessário. No caso do boné, é difícil encontrar uma justificativa válida, motivo pelo qual a regra é tão contestada. Normas desse tipo precisam de constante revisão e discussão. 
Cabe à escola cultivar um ambiente de cooperação e respeito, pois é de esperar que casos de indisciplina surjam sempre. Mesmo com a equipe capacitada para agir de forma mais confiante em relação ao problema, sempre haverá novos professores e alunos, que precisarão de tempo para se adequar a essa maneira de encarar os conflitos. Às vezes, os alunos agem de forma indisciplinada para demonstrar que alguma regra não funciona. Em alguns casos, eles querem chamar a atenção para as próprias idéias.
Mas mesmo os pais tendo papel primordial, as escolas também possuem a função de educador e, nesse caso, agir com autoridade, com diálogo e respeito ao aluno, além de deixar claro que o que é errado é o comportamento e não o aluno. Mostrar à criança que ela desrespeitou um dos combinados (regras) do grupo e, por isso, há uma conseqüência para a quebra dele. Lembrando que o professor(a) deve criar combinados (regras) com a turma de alunos logo no início do ano letivo. "O profissional erra quando exerce uma autoridade sem limites ou com exagero, desrespeita a criança com gritos, impõe suas regras e não leva em conta os combinados do grupo; isso não resolve a situação, pelo contrário, tende a criar novos problemas de indisciplina".
Uma outra boa sugestão é criar algumas regras comuns para o funcionamento das aulas. O professor pode fazer isso com a ajuda dos próprios alunos. Dentro destas regras podem constar: levantar a mão e aguardar a sua vez antes de perguntar ou falar, fazer silêncio em momentos de explicação, falar num tom de voz adequado, etc.
Com estas e outras atitudes, o professor vai ganhar o respeito de seus alunos. Este respeito é uma porta aberta para, através do diálogo com os estudantes, buscar soluções adequadas para melhorar as condições de aula na escola.
Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera  a lista de queixas. Pesquisa realizada por NOVA ESCOLA e Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os 
 principais problemas da sala de aula. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de como o problema é desgastante, levando ao desestímulo com a profissão e, muitas vezes, até ao abandono.
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa
 O tema abordado neste Projeto de Ensino será a indisciplina escolar, na linha de Gestão Escolar, a indisciplina escolar é um tema de suma seriedade e se faz necessário trabalhar. Este tema é de grande importância para o crescimento profissional o aprendizado.
3.2 Justificativa
Pensando nesta temática Indisciplina na Escolar que elaborei o presente projeto, indisciplina em sala de aula, o observei vários alunos da escola E.E.E.F. Herbert de Alencar do ensino fundamental, no municipio de Porto Velho – RO.
A justificativa desta pesquisa fundamenta-se em relatos de professores sobre o comportamento agressivo e desinteressado dos alunos das escolas, através deste projeto pretendo compreender melhor quais as razões que fazem com que os alunos sejam indisciplinados. 
A escola também pode promover projetos, os quais venham mobilizar todo âmbito educacional afim de uma interação entre todos, onde haja harmonia e participação autônoma, no empenho e coleta de materiais, que venham ajudar na construção, minimizar a indisciplina na escola será, propor aos jovens e as crianças gincanas, campeonatos, onde estes possam sentir e incentivados a estarem em interação com a escola e com os estudos.
Esta pesquisa se caracterizou por ser bibliográfica de cunho explicativo, onde foi desenvolvida a partir de material já elaborado e publicado constituído principalmente de livros revistas e artigos científicos. Segundo Ruiz (1996, p 58) A revisão literária enquanto pesquisa bibliográfica tem por função justificar os objetivos e contribuir para própria pesquisa. “E a pesquisa bibliográfica consiste no exame desse manancial, para levantamento e analise do que já produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa cientifica”.
 Segundo Marconi e Lakato (2008, p 43) “a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias é a que especificamente interessa a este trabalho, trata se de levantamento de algumas das bibliografias mais estudada em forma de livros revistas, publicações avulsas, sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com que já foi escrito sobre determinado assunto, com objetivo de permitir ao cientista poder analisar ou manipular suas informações com outras bibliografias já publicadas”.
3.3 Problematização
Em meio à situação vivenciada por todos os profissionais que trabalham direta e indiretamente  com a turma, o que se coloca é a necessidade de uma tomada de decisões baseada em uma linha de ações capazes de transformar este cenário em sala de aula e originar soluções que realmente sejam efetivas.
Um dos maiores desafios enfrentados pela escola está relacionado a indisciplina. 
Para tanto,  a pesquisa se orientou em torno das seguintes questões: quais as definições de indisciplina?   A que  atribui esse  problema?  Qual a influencia da família na questão da indisciplina? Que abordagens  teóricas sobre a  indisciplina  escolar,  descritas na  literatura  específica, podem ser identificadas? 
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 3.4 Objetivos
3.4.1. Objetivo Geral
O objetivo é entender os reais motivos dessa temática no contexto escolar, buscando chegar as suas verdadeiras causas, para que possamos alcançar um equilíbrio entre escola e alunos para que haja então um bom desempenho entre ensino e aprendizagem. 
Identificar os motivos da indisciplina escolar em sala de aula. Despertar consciência, atitude de respeito ao próximo, ao ambiente e a si mesmo, bem como induzir a participação de todos no processo, principalmente no ambiente escolar.
3.4.2. Objetivos Específicos
Promover situações de diálogo e construção do respeito com o outro.
Incentivar o cumprimento das regras da escola e sala de aula.
Propor situações desafiadoras em que a participação nas decisões seja efetivada.
Dar voz aos alunos para que sejam respeitados e aprendam a respeitar.
Abrir espaços aos alunos para discussões dos conflitos.
Interiorizar a importância de demonstrar valores para facilitar os relacionamentos.
Promover a autoridade do professor através do diálogo e da construção do respeito ao próximo.
 3.5 Conteúdos
Ética, Valores, Indisciplina
3.6 Processo de desenvolvimento
MENSAL- Orientação pela equipe gestora do projeto em cada sala de aula sobre a prevenção Indisciplina Escolar.
Atividade dinâmica com filme elaborado no projeto para orientação, divulgação e conscientização, com reuniões da direção, do conselho escolar, de pais e mestre juntamente com a comunidade e palestra com especialista na área sócio educativas.
 1ª etapa
SEMESTRAL - Eleger uma equipe de alunos, sendo dois representantes de cada sala para a desenvoltura do projeto. quais as principais situações de indisciplina escolar Cada uma deverá classificar as situações e apresentá-las. Fazer uma bibliografia, com uso da internet. analisar o papel da família na postura positiva dos filhos. Os alunos são de todos e deve haver parceria para transformar a situação. Troca ou substituição dos representantes do projeto quando necessário.
2ª etapa
 SEMESTRAL – O foco da discussão se desloca para a origem da indisciplina. A idéia é discutir a prática da equipe escolar, as propostas didáticas, o domínio do professor sobre o conteúdo, sua postura frente ao aluno e sua ação em situações de conflito. Eleger, uma equipe de professores e inspetores para orientar e fiscalizar o desenvolvimento do projeto. 
3ª etapa 
SEMESTRAL - Realize o acompanhamento direto do trabalho docente em sala de aula, com gravação em vídeo ou observação e registro em Ata realizado pelo coordenador durante as aulas, momentos de recreio, entrada e saída, dependendo de onde o problema se localiza. Em seguida, o grupo deverá discutir a postura do professor e dos alunos com base nos conceitos estudados. Orientação das equipes semanalmente no desenvolvimento do projeto. 
 
 4ª etapa 
SEMESTRAL- Atividades esportivas, campeonatos, gincanas com temas e atividades relacionadas ao projeto. Reunir-se semanalmente toda a equipe para tratar, decidir assuntos de interesse e necessários ao desenvolvimento do projeto. Participação total da unidade Escolar. Cria um ambiente de paz e harmonia entre todos envolvidos.
3.7. Tempo para a realização do projeto
No mínimo seis meses a um ano, com reuniões semanais no horário de trabalho coletivo. Os problemas não acabam depois desse período. O objetivo é que todos aprendam a lidar com eles.
3.8 Recursos humanos e materiais
Humanos
Alunos da unidade escolar;
Senhores pais e responsáveis 
Professores;
Professor mediador;
Toda Coordenação Pedagógica;
Inspetores e funcionários;
Diretor e Vice- diretor;
Matérias
Internet;
Ata da Assembléia;
Planilha de registro;
Equipe de fiscalização
Computador,DVD,data show;
Filme;�
3.9 Avaliação
 Avaliação do projeto foi de maneira descritiva após observação e analise dos alunos e professores.�
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 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o presente estudo do tema indisciplina escolar: Pude perceber que ainda há muitas coisas em torno deste tema para ser desvendados, pois apesar de algum tempo sendo estudado, ainda falta mais estudo, pois a indisciplina escolar é uma violência muito séria que ataca o psíquico do ser humano, trazendo traumas irreversíveis para toda a vida, e para todos que participam desta violência tanto o agressor, agredido e para testemunha.
Realizando essa pesquisa foi possível perceber que os problemas gerados por indisciplina vêm se tornando cada vez mais comuns na escola, porém não se pode afirmar que a causa está na escola. Durante o estudo realizado, através da pesquisa bibliográfica e em concordância com a vivência dos professores entrevistados, foi observado que as causas dos problemas gerados por indisciplina na escola estão vinculadas a fatores variados entre eles: as transformações sociais e culturais pelas quais a sociedade vem passando e a ausência da família na vida escolar dos filhos são alguns dos fatores que se destacam provocando grande mudança no comportamento dos adolescentes na escola. Constatou-se que a relação professor-aluno está desgastada. O professor tem encontrado dificuldade em realizar o seu trabalho por conta do comportamento dos alunos. Dentre outras consequências, pode-se destacar o baixo aproveitamento do aluno em relação à aquisição de conhecimento, a exclusão social gerada a partir de descontentamento com os colegas, desordem em sala de aula, alunos desmotivados, o desestímulo do professor e problemas familiares sendo refletidos na escola.
É necessário buscar alternativas válidas para combater a indisciplina em todos os ambientes escolares. Este processo requer esforço de uma equipe de ensino, mas também, participação ativa e presente da família na escola. Os professores precisam contar com o apoio dos pais e vice-versa no processo ensinoaprendizagem. É uma parceria que precisa ser reforçada para um bom desenvolvimento social e intelectual do aluno. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano Cabe à escola abrir as portas para a família e a comunidade, ser acolhedora, dinâmica, para que a família se sinta feliz e com vontade de participar de eventos culturais, esportivos, entre outros que a escola oferece, estreitando o contato entre família-escola. Marcar reuniões periódicas para conversar sobre o desempenho dos alunos e, principalmente, exercer o papel de orientadora diante das possíveis situações de conflitos que possam vir a surgir. Dar condições de trabalho aos professores, mantendo recursos atualizados, propiciando uma boa administração participativa, de forma a oferecer um ensino de qualidade para seus alunos. O controle da indisciplina também depende dos professores com aulas interessantes, dos gestores com autoridade, sem serem autoritários. Enfim, não basta ter na escola regras a serem cumpridas, mas também uma equipe que seja unida, que dialogue e entenda o outro, pois a partir daí a indisciplina, as dificuldades, os problemas tendem a ser amenizados.
REFERÊNCIA
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AQUINO, Júlio Groppa.  Indisciplina: o contraponto das escolas  democráticas.  São Paulo: Moderna, 2003. 
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de pscicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
GRUNSPUN,H. autoridade dos pais e educação da liberdade. São Paulo; Almed. 1985.
MARTINS, Nanci de Almeida Rezende. Analise de um trabalho de orientação a famílias de orientação a famílias de crianças com queixa de dificuldade escolar. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2001.
JUSTO,  José Sterza. Escola  no epicentro da crise social.  In:  LA TAILLE,  Ives de;  JUSTO,  José Sterza;  SILVA, Nelson Pedro.  Indisciplina/  disciplina: ética,  moral e  ação do professor. Porto Alegre: Mediação, 2005. p.23​54. 
PARRAT-DAYAN, S. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008.
POLITY, E. Pensando as dificuldades de aprendizagem a luz das relações familiares. In: POLITY, E. psicopedagogia: um enfoque sistêmico. São Paulo: Emporio do livro, 1998.
OLIVEIRA, Maria Izete de.  Indisciplina  escolar: determinantes,  conseqüências  e  ações. Brasília: Líber Livro Editora, 2005. 
SILVA, Maria Cecilia Almeida. Psicopedagogia: em busca de uma fundamentação teórica. Rio de Janeiro: nova fronteira 1998.
TIBA, Icami. Disciplina na medida certa. São Paulo: Gente, 1999.
VASCONCELLOS,  Celso dos  Santos.  Disciplina: uma  construção da  disciplina  consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1998. 
G1.globo.com/fantástico/noticia2015/03.falta-de-acompanhamento-psicologico-e-o-maior-problema-na-escola-dizem-professores.
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de ........
Orientador: Prof.
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