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Análise dos fatores da autoestima elevada na velhice. Analysis of the factors of high self-esteem in old age. Ayrson Almeida Junior Felipe Fernandes dos Santos Maria Carolina Pereira Gomes Natalia Abatte Capano Rafaela Oliveira Lima Carla Witter Resumo Levando-se em conta o constante aumento da população idosa, faz-se necessário maior aprofundamento de conhecimento quanto aos aspectos básicos de saúde física, mental e, portanto, de qualidade de vida. A autoestima é um dos fatores que afeta a qualidade de vida do idoso, sendo essencial para definir como o idoso avalia a si mesmo e seu relacionamento com o meio. Dessa forma, objetivou-se analisar os fatores que promovem a autoestima em homens e mulheres com mais de 60 anos que trabalhem, tenham contato social ou hobbies. Realizou-se pesquisa de campo com uso da escala de autoestima Rosenberg para se verificar o grau de autoestima e um questionário criado pelos pesquisadores, o qual visou responder aos objetivos específicos: caracterizar os participantes; verificar e analisar os fatores que promovem a autoestima na velhice e analisar a definição de autoestima dada pelos participantes. Os resultados indicaram que 60% da amostra foi composta por mulheres e 40% por homens, sendo que quanto à saúde, 60% tem pelo menos uma disfunção orgânica e do total, apenas 46,70% tem vida sexual ativa, e ainda, a definição de autoestima mais freqüente foi “Gostar de si”, com 46,70% das respostas. Palavras-chave: idosos - envelhecimento – qualidade de vida. Abstract 2 Keywords: old age – aging – quality of life. Introdução O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial, sendo que, no Brasil, tais alterações ocorrem de forma radical e bastante acelerada. Projeta-se que em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas (Veras, 2009). Envelhecimento é um conceito multidimensional que, embora geralmente identificado com a questão cronológica, envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociológicos (Witter e Buriti, 2011). Além disso, as características do envelhecimento variam de indivíduo para indivíduo (dentro de determinado grupo social), mesmo que expostos às mesmas variáveis ambientais (Santanna, 2003). O aumento da expectativa de vida é almejado por qualquer sociedade, no entanto, não se trata apenas de mera expansão cronológica e sim da qualidade dos anos adicionais que o indivíduo terá. Dessa forma, ao considerar a população idosa deve-se ressaltar o amparo a sua capacidade funcional, biológica, assim como suas necessidades de cuidado, autonomia, autoestima e inúmeros outros fatores que o tornam um ser biopsicossociocultural (Veras, 2009). De acordo com Silva, Carvalho, Lima e Rodrigues (2011), esse crescimento se deu devido a melhoria da qualidade de vida, diminuição do crescimento populacional e controle de agravos decorrentes da idade antes não tratados devidamente. Ainda segundo os autores, esse crescimento demanda ações de diversos setores buscando atender dignamente as necessidades dessa nova fatia de cidadãos brasileiros. Em países desenvolvidos, existe o crescente número de pesquisas buscando suprir esse tipo de necessidade, o que não ocorre no Brasil. Schilder (1981), citado por Benedetti, Petroski e Gonçalves (2003), define a auto-imagem como a representação e a figuração de nosso corpo formada em nossa mente, é como nosso corpo se apresenta para nós, enquanto que a autoestima decorre 3 da atitude positiva ou negativa que a pessoa tem de si mesmo. Considerada como um aspecto fundamental, a autoestima constitui um sentimento de juízo, de apreciação, valorização, bem-estar e satisfação que o indivíduo tem de si e expressa pelas atitudes que toma em relação a si mesmo (Rosenberg, 1965, citado por Sbicigo, Bandeira & Dell’Aglio, 2010). A autoestima é um fator gerador de confiança, que nos faz enfrentar problemas, acreditando que passaremos por todos os obstáculos da vida com excelência. A falta dela, por sua vez, leva à incerteza, sensação de incapacidade e sentimento de derrota; sendo assim há modificação no comportamento do indivíduo, o qual se altera devido à auto avaliação, culminando numa visão errônea de si mesmo e desencadeando, assim, atos prejudiciais ao próprio indivíduo (Diccini,Yoshinaga & Marcolan, 2009). Existem fatores que se relacionam com o aumento da autoestima, tais como: espiritualidade, que desde o princípio conforta e transmite segurança aos homens; a sexualidade dos idosos, que vem sendo ignorada pela sociedade como se não fosse importante nessa idade; a prática de exercício físico que pode evitar doenças e melhorar a disposição; o papel social que cada um desempenha nessa idade; a importância de um vínculo duradouro com a família; e a saúde, que é um dos fatores mais importantes para o bem estar. Quanto à fase da terceira idade, esta não representa somente doença e isolamento, existem também diversos ganhos nesta etapa da vida, uma vez que os idosos têm potencial, muitas vezes inexplorado, para mudar situações e a si mesmo. Os estudiosos de áreas como a Gerontologia têm se interessado em estudar os aspectos positivos do envelhecimento, defendendo o fato de que a estimulação, bem como o convívio social e o aprendizado de novas atividades, contribuem para o aumento do sentimento de valor pessoal, de auto-eficácia e autoconceito; fazendo com que os idosos se sintam realizados e atuantes em seu meio social (Luz & Amatuzzi, 2008). Segundo os estudos de Egito, Matsudo e Matsudo (2005), pessoas idosas que ingressam em atividades de lazer, como esportes e atividades físicas, estabelecem relações sociais com colegas ou professores, o que leva ao aumento em diversas esferas da autoestima. Por isso é considerado de grande importância as relações 4 sociais para a promoção de qualidade de vida na velhice e, consequentemente, de manutenção da autoestima de idosos. Dessa forma, o expressivo crescimento do número de idosos na população e das suas necessidades, faz observar o aumento da criação de espaços para atividades voltadas para esse público específico como, por exemplo, grupos de convivência com hobbies em comum, associações de aposentados com atividades físicas ou recreações, escolas abertas, universidades da terceira idade, etc. Segundo Irigaray e Schneider (2008), esses espaços ajudam o idoso e rever suas atitudes frente a estereótipos, preconceitos, promove auto-estima e resgata o senso de cidadania, além de incentivar independência e reinserção social. Ainda segundo os autores acima, entre os motivos da procura do idoso por atividades focadas para o público de terceira idade estão: a atualização de conhecimentos, busca por novas amizades e redes de apoio, busca por um novo sentido de vida também se mostrou importante devido às perdas típicas da velhice já citadas anteriormente. Além disso, o idoso procura ocupação do tempo livre e busca por lazer para fugir da rotina e adquirir maior bem-estar geral. Esses eventos e atividades para a terceira idade proporcionam trocas tanto entre a mesma geração quanto entre gerações diferentes, criando laços de amizade e compartilhamento de aprendizado, os quais substituem uma possível situação de abandono e solidão por momentos de interação e divertimento (Bulsing, Oliveira, Rosa, Fonseca & Aerosa, 2007). Almeida, Madeira, Arantes e Alencar (2010) destacam que a ideia de formar grupos de idosos vem sendo abordada em todo o país, pois é possível notar, a partir da convivência social, a diminuição do ônus para a família e serviços desaúde. A escassez de interação na velhice tem sido comparada a fatores danosos à saúde, tais como obesidade, pressão arterial elevada e fumo. Quanto à sexualidade, Catusso (2005) ressalta que a autoestima nos idosos pode ter se iniciado na infância ou ter sido determinada pelas vivências e objetivos estabelecidos ao longo da vida, sendo um fator muito importante para que a sexualidade seja vivenciada pelos idosos sem culpa e com qualidade. Além disso, a sexualidade na terceira idade é desejo particular de cada um e significa não apenas 5 sexo, mas também atos de carinho, vaidade e cuidado corporal, que podem criar uma atmosfera de proteção e intimidade. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo por meio de questionário com participantes, de ambos os sexos, que tenham presente em seu cotidiano pelo menos um dos seguintes fatores: convivência social, hobbies, trabalhem, pratiquem esportes ou atividades de lazer. Por não existir muitos trabalhos relacionados à autoestima na terceira idade, há uma defasagem quanto a novas variáveis que podem influenciar na autoestima do idoso. Este trabalho almeja auxiliar o desenvolvimento cientifico nesta área para que possa desenvolver novas práticas e métodos para uma vida mais saudável e uma autoestima melhor nesta fase. Objetivo geral Investigar e analisar os possíveis fatores que promovem a autoestima elevada em idosos. Objetivos específicos a) Caracterizar os participantes; b) Verificar e analisar os fatores que promovem a autoestima na velhice; e c) Analisar a definição de autoestima dada pelos participantes. Método A presente pesquisa é um estudo transversal, qualitativo, de campo e com levantamento de dados por meio de questionário. Dessa forma, os pesquisadores fizeram contato com idosos por conveniência e realizaram a aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas. 6 Participantes O grupo de participantes foi constituído por 15 indivíduos a partir da faixa etária de 60 anos que trabalham, possuem hobbies, praticam atividades físicas ou mantenham relações interpessoais; sendo esses os constituintes do critério de inclusão. Consideraram-se participantes que residam na cidade de São Paulo. Optou-se por tal idade por conta da Lei n o 10.741, de 1º de Outubro de 2003, a qual considera idoso aquele com 60 anos ou mais e garante a essas pessoas os direitos referentes ao Estatuto do Idoso, portanto, recebendo o título de pertencente à terceira idade. Dessa forma, para este projeto, foram considerados idosos com 60 anos ou mais. Como critério de exclusão, foram considerados os idosos que apresentassem dificuldades cognitivas que impossibilitassem responder ao questionário ou ainda que tenham obtido baixo escore na Escala de Autoestima de Rosenberg, pois os idosos deveriam apresentar autoestima elevada. Esses indivíduos, porém, só foram descartados da amostra no momento da plotagem dos dados em tabela, a fim de se respeitarem questões éticas. Material Inicialmente, foi aplicado a cada participante um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o qual apresentou o objetivo, as atividades que seriam realizadas e que os dados seriam mantidos em sigilo. Depois disso, os pesquisadores aplicaram um questionário de duas partes que contemplou perguntas referentes aos objetivos geral e específicos. A primeira parte do questionário trata-se da Escala de Autoestima de Rosenberg adaptada à população brasileira, elaborada por Dini, 2001. A Escala de Autoestima de Rosenberg, desenvolvida por Rosenberg em 1965, é conceituada pelo autor como um instrumento unidimensional capaz de classificar três níveis de autoestima: baixo, médio e alto. A baixa autoestima é dada pelo sentimento de incompetência, inadequação e incapacidade de enfrentar os desafios; a 7 média é caracterizada pela oscilação do indivíduo entre o sentimento de aprovação e rejeição de si; e a alta consiste no autojulgamento de valor, confiança e competência (Sbicigo, Bandeira & Dell’Aglio, 2010). A escala original foi desenvolvida para adolescentes e possui dez sentenças fechadas, sendo cinco referentes à “autoimagem” ou “autovalor” positivos e cinco referentes à “autoimagem negativa” ou “autodepreciação”. As sentenças são dispostas no formato Likert de quatro pontos, variando entre “concordo totalmente” e “discordo totalmente” (Sbicigo, Bandeira & Dell’Aglio, 2010). A segunda parte do questionário diz respeito a questões formuladas pelos pesquisadores com a finalidade de responder aos objetivos específicos; para tanto foram realizadas perguntas abertas e fechadas. As perguntas abertas eram de caráter reflexivo sobre temas como saúde, definição própria de autoestima e se considera que houve mudanças significativas nos últimos anos; as fechadas representam, de maneira mais pontual, aspectos quali-quantitativos da investigação. Procedimento Primeiramente, o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade São Judas Tadeu (C.A.E.E.: 44107615.1.0000.0089); a partir disso, os pesquisadores compareceram em ambientes freqüentados pelos participantes, como bailes de terceira idade, aulas de tricô e parques, para tanto estavam munidos do TCLE, tiraram as dúvidas dos participantes e aplicaram o termo. Depois, foi aplicada a escala de autoestima de Rosenberg (EAR) e as questões formuladas pelos próprios autores da pesquisa. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica do Excel. Neste momento, excluíram-se da amostra aqueles participantes que não apresentarem resultado de autoestima elevada segundo a Escala de Autoestima de Rosenberg. Os dados foram analisados segundo base teórica e de forma qualitativa, sendo que as questões abertas foram analisadas por meio da proposta de análise de conteúdo de Bardin (2011). 8 Resultados e Discussão O estudo foi realizado com 15 participantes, formado por 60% de mulheres e 40% de homens com média de idade de 63,93 anos, sendo que 73,30% tem origem no Sul e Sudeste do país e 26,70% no Nordeste do país. Do total, 60% eram são casados, 13,3% solteiros, 13,3% separados e 13,3%, viúvos, o que revela, possivelmente, que os idosos com companheiros têm maior chance de desenvolver uma autoestima elevada devido a relação intima com outra pessoa, a relação social, sentir-se desejado, troca afetiva e todos os fatores envolvidos na relação conjugal. Ramos (2002) em sua pesquisa bibliográfica mostra a quantidade de relatos e afirmações de estudos e pesquisas sobre estado civil dos idosos. A maioria dos autores enfatiza que as relações sociais levam a um melhoramento de saúde, que ajuda recebida e dada contribui para um senso de controle pessoal, e isso tem uma influência positiva no bem estar psicológico e da saúde dos idosos. Tabela 1: Tabela de Idosos com aposentadoria ou não Aposentado n % Sim 9 60 Não 6 40 Total 15 100 Considerando os dados da Tabela 1, observa-se que 60% dos idosos com autoestima elevada são pessoas aposentadas e 40% estão em condição de algum trabalho. Pode-se hipotetizar que a maior parte dos idosos aposentados tem um maior tempo em outras atividades sociais e momentos de entretenimento que possibilita condições deum cuidado próprio para saúde, conhecimento e bem estar que gera uma maior autoestima. Bulla e Kaefer (2003) relatam sobre a imagem contraditória da sociedade brasileira atual que por um lado considera a aposentadoria um direito e conquista do trabalhador e por outro desvaloriza o sujeito depois de aposentado que passa a ser visto como improdutivo. Os autores discutem os motivos pelo quais levam o 9 aposentado a continuar ou não trabalhando e mostram que o trabalho deve ser necessário na vida do idoso para seu desenvolvimento e reconhecimento social. A sociedade atual visa que os idosos tenham algum tipo de trabalho, mesmo aposentados, para benefícios diversos, como o próprio desenvolvimento cognitivo e físico, e reconhecimentos que podem proporcionar autoestima. Tal reconhecimento normalmente liga-se à profissão que foi exercida pelo idoso ao longo de sua vida, na atual amostra, 20% dos indivíduos exerciam trabalhos manuais, 13,30% trabalharam com vendas, 26,70% em funções administrativas, 13,30% exerciam funções do lar e cuidados da casa e 26,70% exerciam outras funções, como cantor e técnico de enfermagem. Tabela 2: Tabela da escolaridade de idosos com autoestima elevada Escolaridade n % Fundamental I 5 33,30 Fundamental II 4 26,70 Ensino Médio 3 20,00 Superior 3 20,00 Total 15 100 De acordo com a Tabela 2, observa-se o nível de escolaridade dos idosos com autoestima elevada, a maioria (33,30%) dos idosos estudaram até o Fundamental I. Observa-se que essa condição de escolaridade esta relacionada aos aspectos socioculturais da época, nas quais as condições de vida que resultavam em que as pessoas entrassem mais cedo no mercado de trabalho. Rosa, Benicio, Latorre e Ramos (2003) realizaram uma pesquisa na cidade de São Paulo com o objetivo de verificar quais fatores são importantes para a capacidade funcional dos idosos e, entre alguns encontrados, destacou-se a escolaridade. Os resultados da pesquisam mostraram que mais da metade da população estudada (53%) precisaria de ajuda em apenas uma atividade da vida diária. Os idosos com nível mais baixo de escolaridade (apenas lê e escreve/ analfabetos) apresentaram chance cerca de cinco vezes maior de ter dependência moderada/grave. 10 Observa-se que de acordo com a pesquisa citada, ter escolaridade mais avançada pode contribuir para melhor saúde na fase da velhice, emocionalmente como as relações familiares e sociais até físicas como a própria capacidade funcional, interferindo conseqüentemente em aspectos como a autoestima. Em relação aos fatores ligados à vida sexual dos participantes, constatou-se diferença proeminente entre homens e mulheres, podendo-se pensar que a autoestima de homens e mulheres possui alicerces distintos (Tabela1). Observa-se que o gênero feminino não tem uma vida sexual enquanto o gênero masculino se declara como ativo sexualmente. Tabela 3: Relação entre sexo e vida sexual Sexo Vida Sexual Ativa Inativa Total Feminino 2 28,6% 7 87,5% 9 60% Masculino 5 71,4% 1 12,5% 6 40% Total 7 100% 8 100% 15 100% Os autores Vasconcellos, Novo, Castro, Dury, Ruschel, Couto, Colomby e Giambi (2004), realizaram um inquérito com pessoas maiores de 60 anos sobre a percepção da sexualidade no processo de envelhecimento, comparando a população brasileira e portuguesa, segundo tais dados, apenas 13% das mulheres da amostra brasileira disseram não estarem interessadas em sexo, sendo que entre as portuguesas essa porcentagem é de 39%. Nesse mesmo estudo também se percebeu que praticamente metade das mulheres, tanto brasileiras quanto portuguesas, tem sonhos eróticos e com os homens portugueses isso ocorre em 75% dos casos. Os autores afirmam que 87% das mulheres brasileiras são interessadas em sexo, entretanto, segundo os dados obtidos aqui, apenas 28,6% das mulheres com autoestima elevada tem vida sexual ativa, o que pode indicar que as mulheres continuam com tal desejo e interesse sexual. Entretanto, pode significar que para as mulheres idosas, o fator vida sexual ativa não seja primordial, visto que 87,5% das mulheres com autoestima elevada tem vida sexual inativa. Os autores Almeida e 11 Lourenço (2010) explicam que tanto psicólogos quanto gerontólogos afirmam que a vida sexual não é algo obrigatório na vida das pessoas, mas que se praticada com frequência em outros momentos da vida, tende a ser bastante praticada na velhice também. Segundo Reis (2000), citado por Almeida e Lourenço (2008), os remédios como, por exemplo, o citrato de sildenafil (Viagra) para os homens e a reposição hormonal para as mulheres, são apenas coadjuvantes para os casais na terceira idade, sendo que a motivação para o ato sexual depende mais da saúde mental, da disposição para o ato e da qualidade de vida que da própria musculatura enrijecida. Na Tabela 4, nota-se que a maioria das pessoas com vida sexual ativa tem pelo menos um problema de saúde, o que vem ao encontro de tais autores, os quais esclarecem existirem outros fatores mais importantes que a disposição física para exercício da sexualidade. Os problemas de saúde podem impactar no desempenho e na vida sexual dos idosos, sendo importante estudar a relação entre essas variáveis e a autoestima, além de outros aspectos psicológicos que podem influenciar a percepção da qualidade de vida percebida pelo idoso. Tabela 4: Relação entre Problema de Saúde e vida sexual Problema de saúde Vida Sexual Ativa Inativa Total Sim 6 85,7% 3 37,5% 9 60% Não 1 14,3% 5 62,5% 6 40% Total 7 100% 8 100% 15 100% Um dos problemas de saúde que mais parece afetar a vida sexual, são os relacionados com o trato urinário, no estudo realizado por Lopes e Higa (2006), no qual analisou-se a qualidade de vida de 164 mulheres de 25 a 85 anos que sofrem com incontinência urinária, existem muitas queixas quanto às restrições sexuais que acontecem. Os resultados revelaram que 40,9% das mulheres sofrem de tal problema, 12 o qual é frequente na terceira idade, podendo indicar que o tipo de problema de saúde interfere em alguns casos como fator primordial. Quanto aos problemas de saúde, os autores Vitoreli, Pessini e Silva (2005) realizaram uma pesquisa para verificar a presença de doenças crônico-degenerativa na velhice. Nessa pesquisa foram entrevistados 14 homens e 16 mulheres. Os dados das amostras coletadas mostraram que 14 (100%) dos homens tiveram alguma doença, e 14 (87,6%) das mulheres também já adoeceram. O estudo atual revelou que 66,7% dos homens já possuíram ou possuem alguma doença, e 55,6% das mulheres, o que difere na amostra de gênero entre as duas pesquisas. Ainda no estudo de Vitoreli, Pessini e Silva (2005) também foi observado que entre os idosos com pelo menos uma doença crônica, as mulheres apresentaram mais autoestima elevada comparada aos homens, contando com 43,2% das mulheres e homens com 42,9%, assim como na atual pesquisa, em que a amostra é composta de 60% mulheres e 40% homens. Em uma pesquisa feita pelos autores Freitas, Santiago, Viana, Leão e Freyre (2006), foramentrevistados 120 idosos divididos em dois programas de exercício físico, nessa pesquisa constaram que 84,2% dos participantes que optaram por praticar exercício físico, tomaram essa decisão para melhorar a saúde, podendo-se pensar que esses participantes possuem ou possuíram algum problema de saúde, também mantendo um percentual alto de doenças. Comparado com a pesquisa atual, no qual foram entrevistados 15 participantes ao total, 9 dos participantes (60%) possuem ou já possuíram alguma doença. Outro aspecto investigado, diz respeito às mudanças que ocorrem no período da velhice e como elas podem afetar a autoestima (Tabela 5), sendo encontrado alguns padrões de respostas relatados pelos participantes quando indagados sobre se havia alguma mudança recente em sua vida. Tabela 5: Mudanças recentes relatadas pelos participantes Mudanças n % Trabalho 4 26,70 Transformação pessoal 5 33,30 Família 3 20,00 Nenhuma 3 20,00 Total 15 100 13 Na categoria relacionada ao trabalho, consideraram-se respostas que continham itens como aposentadoria recente, mudança de emprego ou desemprego; na categoria transformação pessoal, levou-se em conta as respostas que mostraram mudança de religião, mudança de autoimagem ou superação de conflitos internos. Já na categoria relacionada à família, tem-se respostas como adesão de novo membro à família, viuvez recente e mudanças de relacionamentos. Percebeu-se baixa porcentagem de mudanças relacionadas à família, com apenas 20% dos idosos expondo essa transformação como significativa. Segundo Silva, Silva Filho, Fajardo, Fernandes e Marchiori (2005), o papel da família tem grande valor, pois se espera que a relação familiar seja pautada em respeito e afeto, o que facilita que idoso seja melhor aceito, respeitando-se seus limites e as novas possibilidades. Segundo Castro (1998), a convivência com pessoas mais novas como filhos e netos permite que os idosos se tornem mais ativos. Os netos fornecem aos avós atividades e diversão, além de representarem o futuro e uma nova geração. O fato de estar ativo provavelmente traz ao idoso sentimentos positivos sobre sua própria capacidade e seus valores na sociedade, colaborando com sua autoestima. Quanto a isso, alguns participantes relataram ter ganhado netos e se aproximado da família, o que pode ter colaborado para a manutenção de sua autoestima. Outro fator encontrado dentre as mudanças familiares foi a viuvez, que é um fenômeno comum na terceira idade. A maneira como se vive esse luto, porém, depende de questões da história de vida do indivíduo, uma vez que aqueles que sempre apresentaram experiências positivas quanto à forma de encarar a vida tem maior probabilidade de aceitar bem o processo de luto. Além disso, os idosos que mantém ocupações, como participar de programas de terceira idade ou trabalho, também, passam pelo processo de elaboração do luto de forma mais tranquila (Both, Alves, Pereira & Teixeira, 2012). Assim, pode-se afirmar que a forma positiva que os idosos vivenciam o luto e as experiências na velhice advém de uma autoestima mais elevada, contribuindo para a manutenção da qualidade de vida. Quanto ao trabalho, segundo Bulla e Kaefer (2003), quanto mais dinâmica a sociedade, mais o homem precisa manter-se ativo e adaptar-se a ela. Na velhice, a adaptação à sociedade e ao trabalho ou aposentadoria se define pela própria história 14 de vida do indivíduo, ou seja, pessoas que costumam ver a vida de forma mais alegre e otimista passam por esse processo de forma mais tranquila do que aquelas que foram menos otimistas no passado. Assim, pode-se relacionar esse ponto com algumas respostas elaboradas pelos participantes acerca do tema autoestima, que a relacionam com o otimismo e a forma de perceber a vida, isto pode justificar o fato de 26,7% dos entrevistados terem apresentado mudanças em seu trabalho, uma vez que a sociedade brasileira tem envelhecido e demandado mais dos idosos que ainda atuam como mantenedores dos lares. Além disso, 33,30% dos entrevistados consideraram transformações pessoais como significativas e, conforme Sobral (2001), as características sociais, culturais e econômicas dos idosos podem inibir o desenvolvimento de sua própria história de vida, criando obstáculos ou facilitando sua transformação pessoal. Outro fator determinante da história de vida de uma pessoa da terceira idade é seu repertório passado, que inclui trabalho, formas negativas ou positivas de vivenciar experiências, sociedade vigente e a aprendizagem dos meios de comunicação. Em relação a isso, uma das mudanças pessoais apontadas pelos participantes foi a mudança de fé, o que pode ser explicado pelo fato de que na velhice a espiritualidade pode ser considerada um fator de enfrentamento para as situações adversas já que apresenta aspectos motivacionais e emocionais que, muitas vezes, proporcionam percepções de significado da vida e respostas positivas às demandas cotidianas (Gutz & Camargo, 2013). É, muito comum, os idosos desenvolverem a espiritualidade nesta fase da vida e a considerarem importante no enfrentamento de seus problemas, sendo que alguns idosos valorizam e reconhecem a espiritualidade como mais importante que a religião (Chaves, 2014). Também foi indagado aos participantes, o que estes entendem por “autoestima”. Observam-se na Tabela 6 as categorias das respostas mais freqüentes: Tabela 6: Definições de autoestima pelos participantes Definição n % Gostar de si 7 46,70 Ter disposição 2 13,30 Auto-conhecimento 2 13,30 Pensar positivo ou ser feliz 2 13,30 Outros 2 13,30 Total 15 100 15 Na categoria “Gostar de si”, agrupou-se respostas que tenham como essência o auto-cuidado e auto-aceitação; em “Ter disposição”, há respostas como gostar de passear, conversar, interagir e movimentar-se; “Auto-conhecimento” diz respeito a frases como “saber o que você quer” (SIC) e conhecer seus próprios sentimentos e emoções; “Pensar positivo ou ser feliz” relacionou-se com pessoas que classificaram autoestima como ter pensamentos positivos e não deixar-se abater com o cotidiano; e em “Outros” colocou-se respostas em que os idosos contaram fatos pessoais que exemplificavam sua definição ou respostas desconexas com o tema. Existem inúmeros conceitos de autoestima, mesmo entre os autores acadêmicos não há um consenso, segundo Felicissimo, Ferreira, Soares, Silveira e Ronzani (2013) a ausência da definição de tal termo e sua falta de clareza estão ligados a popularizaçãodo termo frequentemente associado ao senso comum, tornando difícil a compreensão de quais são os critérios para considerar o que é a autoestima, o que justificaria a diversidade de respostas obtidas a uma mesma pergunta. Para Dini (2001), a autoestima é o sentimento, o apreço e a consideração que uma pessoa sente por si própria, ou seja, o quanto ela gosta de si, como ela se vê e o que pensa sobre ela mesma, definição esta que vai ao encontro dos significados dados pelos participantes do estudo. Para o autor Rosenberg, 1965, citado por Sbicigo, Bandeira e Dell’Aglio (2010), a autoestima constitui um sentimento de juízo, de apreciação, valorização, bem-estar e satisfação que o indivíduo tem de si e expressa pelas atitudes que toma em relação a si mesmo. Percebe-se que a definição de autoestima é sempre relacionada com o auto- cuidado, o gostar de si e a positividade consigo próprio, o que vai ao encontro das definições dadas pelos participantes, de forma que o termo já mostra-se popular e conhecido por todos os idosos entrevistados, o que pode sugerir que o tema é freqüentemente citado no cotidiano e devidamente valorizado, visto que todos idosos o descreveram de forma coerente com o que é descrito por autores e publicado na comunidade científica. 16 Considerações Finais Com a atual pesquisa, pôde-se concluir alguns aspectos quanto aos fatores responsáveis para construção da autoestima elevada na velhice. Notou-se que a maior parte da amostra foi composta por mulheres, sendo que a média de idade dos participantes foi de 63,93 anos, com a maior parte nascida na região Sul e Sudeste do país, não tendo problemas de saúde e sem vida sexual ativa. A maioria da amostra é casada, tem pouco grau de estudo, com grande parte completando apenas o Ensino Fundamental I, sendo que se percebe em maior frequência a aposentadoria e vínculo com trabalhos administrativos. Quanto a presença ou não de mudanças da vida do indivíduo na velhice, percebeu-se que a maior parte passou por mudanças, sendo a maior mudança a de cunho pessoal, envolvendo transformações de religião, de autoimagem ou superação de conflitos internos. No que diz respeito a definição de autoestima, a grande maioria a considera como “Gostar de si”, citando o amor próprio e auto cuidado. Diante da análise dos resultados de artigos pesquisados, observamos que a maioria dos trabalhos enfatiza a autoestima baixa, sendo que há pouca produção de artigos baseados em autoestima elevada na terceira idade, contudo nossos objetivos foram alcançados, resultando em uma pesquisa aprimorada e nova apesar de escassos, verificamos que os objetivos propostos foram alcançados e concluímos, resultando em uma pesquisa mais aprimorada. Feita esta ressalva concluímos que seria importante que haja maiores investimentos em pesquisas sobre a autoestima elevada, com propósito de enfatizar sofre a eficácia de aspectos positivos também na terceira idade. Referências Almeida T., Lourenço M.A. (2008). Amor e sexualidade na velhice: direito nem sempre respeitado. RBCEH, 5(1), p. 130-140. Almeida, E. A., Madeira, G. D., Arantes, P. M. M., Alencar, M. A. (2010). Comparação da qualidade de vida entre idosos que participam e idosos que não participam de 17 grupos de convivência na cidade de Itabira-MG. 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