Buscar

aula 07 - hematologia - tromboses e trombofilias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hematologia 
 
Prof. Giovanny Rebouças Pinto 
 
 
Tromboses e trombofilias 
 
Considerações gerais 
Tromboses:manifestações e relevância clínica 
TEV como protótipo de doença multifatorial 
Doenças multigênicas 
Bases genéticas das trombofilias 
Deficiência dos anticoagulantes naturais: AT, PC e PS 
Resistência à proteína C ativada e fator V de Leiden 
Mutação G20210A da protrombina 
Interação de fatores de risco 
Tratamento antitrombótico 
 
Considerações gerais 
 
O mecanismo fisiológico e dinâmico da hemostasia, do 
mesmo modo que procura evitar a saída do sangue do 
interior dos vasos evitando a hemorragia, também 
mantém o sangue circulando na sua forma líquida. 
 
Se o equilíbrio hemostático se romper de modo a 
favorecer uma hipercoagulabilidade pode ocorrer uma 
trombose; ou seja, a passagem do sangue da forma 
líquida para a forma gel, em decorrência da formação de 
trombos (coágulos sangüíneos). Estes trombos, 
formados no interior de um vaso, podem se deslocar no 
sistema vascular e obstruir um outro vaso distante de 
menor calibre, resultando no fenômeno conhecido como 
tromboembolismo. O tromboembolismo, dependendo 
do tipo de vaso acometido, pode ser denominado 
tromboembolismo venoso (TEV) ou arterial. 
 
O tromboembolismo, seja ele venoso ou arterial, é um 
exemplo de doença multifatorial, pois é um processo 
influenciado pela complexa interação de fatores 
genéticos e ambientais, denominados genericamente 
fatores de risco. 
 
Os principais fatores de risco para tromboembolismo 
arterial são: hipertensão arterial, tabagismo, 
hipercolesterolemia, fibrilação atrial, diabetes, doença 
reumática cardíaca, insuficiência renal crônica e pela 
implantação de próteses valvares. No entanto, raramente 
fatores de risco genético estão envolvidos na patogênese 
desse tipo de trombose. 
 
Por outro lado, alterações genéticas que resultam em 
hipercoagulabilidade são identificadas em grande número 
de pacientes com TEV. Tal fato resultou na introdução do 
termo trombofilia para definir uma predisposição 
aumentada, usualmente genética, para a ocorrência de 
trombose venosa. Além disso, são fatores de risco 
adquiridos clássicos para TEV: idade avançada, 
imobilização prolongada, cirurgia, fraturas, uso de 
anticoncepcional oral, gestação, puerpério, neoplasias e 
a síndrome antifosfolípide. 
 
 
 
 
Tromboses: manifestações e relevância clínica 
 
O tromboembolismo arterial apresenta sintomas agudos 
de dor, como no infarto do miocárdio; palidez, como na 
oclusão de uma artéria, por exemplo de um membro 
inferior, além dos sintomas como dor, ausência de pulso 
arterial, paresia ou paralisia. 
 
As apresentações clínicas usuais do TEV incluem a 
trombose venosa profunda (TVP) de membros inferiores 
e embolia pulmonar (EP). O TEV tem início insidioso, 
evoluindo em dias, com sintomas de dor, calor, edema 
local e ingurgitamento venoso. Na EP, os sintomas são 
agudos de dispnéia, dor torácica e hemoptise. As TVP 
apresentam sintomas variados como dor e sinais de 
comprometimento vascular. 
 
O TEV é uma entidade clínica cuja importância pode ser 
apreciada analisando sua alta incidência em diversas 
populações: acomete cerca de 1/1.000 indivíduos por 
ano, sendo responsável nos EUA por 50.000 óbitos/ano. 
 
Pacientes com trombofilia de base genética exibem ainda 
predisposição aumentada para a ocorrência da TEV que 
tende a ser recorrente e acometer predominantemente 
indivíduos relativamente jovens, e em até 1/3 dos casos 
uma história familiar para TEV pode ser detectada. 
 
 
TEV como protótipo de doença multifatorial 
 
No início do século XX surgiram as primeiras descrições 
de famílias com predisposição aumentada para 
apresentar eventos trombóticos (em especial trombose e 
embolia pulmonar após operações e gravidez). 
Obviamente, o conhecimento limitado acerca da 
composição química do sangue e das propriedades dos 
sistemas que regulam a formação do coágulo de fibrina, 
assim como a disponibilidade reduzida de recursos 
diagnósticos de eventos trombóticos, limitaram 
investigações mais aprofundadas dessas condições 
naquela época. Entretanto, é interessante notar que já 
nos relatos da época podem ser identificados os 
elementos que compõem a visão mais atualizada que 
temos acerca da entidade clínica, a trombose venosa: o 
de que fatores de risco circunstanciais (operações ou 
gravidez, p. ex.) contribuem para a ocorrência do evento 
Tromboses e trombofilias 
 
 
2 
trombótico, mas que fatores genéticos (cuja existência 
poderia ser presumida pela tendência familiar à 
trombose) coexistem e também determinam o risco de 
trombose. 
 
 
Doenças multigênicas 
 
Em contraste com as doenças monogênicas, que 
resultam de mutações em um único gene, no caso de 
doenças multigênicas diferentes mutações em genes 
distintos interagem para ocasionar a doença. 
 
O risco de manifestação da doença associado a cada 
alteração genética isoladamente, é relativamente baixo, 
mas a presença simultânea de mutações em genes 
diversos culmina na sua ocorrência. 
 
 
Bases genéticas das trombofilias 
 
Deficiências dos anticoagulantes naturais: Antitrombina, 
proteína C e proteína S 
 
Durante a ativação do sistema de coagulação do sangue, 
diversas serinoproteases com alta capacidade pró-
coagulante são subseqüentemente produzidas, 
culminando na formação de um coágulo estável de 
fibrina. A atividade dessas proteases é regulada por um 
conjunto de proteínas genericamente conhecidas como 
anticoagulantes naturais ou inibidores fisiológicos da 
coagulação, cujos principais representantes são a 
antitrombina (AT), proteína C (PC) e proteína S (PS). 
 
A AT é o inibidor primário da trombina e também exerce 
efeito inibitório sobre diversas outras enzimas da 
coagulação, incluindo os fatores IXa, Xa, e XIa. 
Adicionalmente, a AT acelera a dissociação do complexo 
fator VIIa/FT e impede sua reassociação. Tendo em vista 
seu papel como inibidor fisiológico da coagulação, pode-
se compreender por que alterações moleculares, que 
resultam em deficiência de AT, são causas de trombofilia. 
 
De fato, a deficiência de AT foi a primeira anormalidade 
genética, associada a trombose familiar: em 1965, 
Egeberg descreveu família norueguesa em que diversos 
indivíduos, apresentando deficiência de antitrombina 
(concentrações plasmáticas entre 40 e 50% do normal) 
apresentavam fenômenos trombóticos. Desde então, 
numerosos estudos descreveram famílias, apresentando 
constelação similar de anormalidades clínicas e 
laboratoriais, consolidando o conceito de que a 
deficiência de AT é fator de risco genético para 
trombofilia. 
 
O padrão de herança da deficiência familiar de AT é, 
usualmente, autossômico dominante (ambos os sexos 
são igualmente afetados). A deficiência heterozigótica de 
AT é associada a risco aumentado para TEV de 
aproximadamente 10 vezes. Não foi descrito, até o 
momento, homozigose para deficiência de AT e 
especula-se que a mesma possa ser incompatível com a 
vida. Nos últimos anos, a identificação de diferentes 
mutações em casos de deficiência de AT revelou que 
suas bases moleculares são altamente heterogêneas, 
uma miríade de defeitos moleculares tendo sido 
identificados até então. É interessante notar que, após a 
descrição inicial da associação de deficiência de AT com 
TEV, reforçou-se, na época, a noção de que trombofilia 
seria uma doença monogênica com penetrância 
incompleta. Esta visão, conforme exposto abaixo, foi 
substancialmente modificada nas décadas subseqüentes. 
 
As deficiências de proteína C (PC) e proteína S (PS) 
envolvem defeitos em uma das vias de anticoagulação 
do sangue: o sistema da PC ativada. 
 
A PC é ativada após a ligação da trombina ao receptor 
endotelial trombomodulina; inibe a coagulaçãoclivando e 
inativando os fatores Va e VIIIa. Tais reações são 
potencializadas pela PS, que atua como um co-fator não 
enzimático. Nesse contexto, pode-se prever que 
deficiências dos anticoagulantes naturais PC e PS são 
associadas a um estado de hipercoagulabilidade e a 
risco aumentado para TEV. 
 
De fato, na década de 1980 defeitos genéticos resultando 
em deficiência de PC e PS foram reconhecidos pela 
primeira vez como causas de trombofilia familiar. 
Deficiências heterozigóticas de PC e PS são associadas 
a risco estimado para ocorrência de TEV 
aproximadamente 10 vezes maior em comparação a 
indivíduos normais. Homozigose para deficiência de PC 
ou PS é associada ao quadro clínico grave de purpura 
fulminans neonatal, caracterizado por trombose de 
microcirculação, que se manifesta logo após o 
nascimento. Assim, como no caso da deficiência de AT, 
as bases moleculares das deficiências de PC e PS foram 
desvendadas em diversas famílias, e exibem evidente 
diversidade genética. 
 
A heterogeneidade de defeitos moleculares subjacentes 
aos estados de deficiência de AT, PC e PS implicam em 
dificuldade óbvia na utilização de métodos moleculares, 
como rotina da investigação dos citados estados 
trombofílicos. De fato, as técnicas de análise gênica, que 
resultaram na elucidação das bases moleculares destes 
defeitos não são aplicadas como primeira linha de 
investigação em casos de trombofilia, sendo pouco 
provável que mesmo no futuro a procura de mutações 
nos genes dos três anticoagulantes naturais faça parte 
do armamentário diagnóstico de screening em pacientes 
com TEV. Dessa forma, o diagnóstico das deficiências de 
AT, PC e PS é estabelecido por meio da dosagem das 
respectivas proteínas no plasma, utilizando métodos 
funcionais ou imunológicos. 
 
Finalmente, vale ressaltar que embora as deficiências de 
AT, PC e PS sejam fatores de risco independentes para 
TEV, em conjunto, tais anormalidades respondem por 
apenas 5-15% do total de casos de TEV em diferentes 
populações até então estudadas. Portanto, essas 
deficiências, isoladamente, são causas bem 
estabelecidas, porém relativamente raras de trombofilia. 
 
Resistência à proteína C ativada e fator V de Leiden 
 
Em 1993, o fenótipo conhecido como resistência à 
proteína C ativada (RPCA) foi descrito como uma 
anormalidade altamente prevalente em pacientes com 
trombofilia hereditária. Utilizando um ensaio de TTPA 
modificado, foi observado que a adição de PC ativada ao 
plasma de 40% pacientes com TEV não resultava no 
prolongamento esperado desse tempo de coagulação. 
 
RPCA hereditária é, em pelo menos 95% dos casos, 
decorrente de uma mutação no fator V da coagulação: 
uma transição G�A na posição 1.691 do gene, 
resultando na substituição de Arginina (R) por Glutamina 
(Q) na posição do aminoácido 506 (que constitui sítio de 
Tromboses e trombofilias 
 
 
3 
clivagem da PC ativada na molécula do fator V). Esta 
mutação de ponto foi pela primeira vez descrita em 1994, 
sendo atualmente, conhecida como fator V Leiden (FVL). 
 
Em condições normais, o fator V é neutralizado pela PC 
ativada que, funcionando como uma enzima proteolítica, 
digere a molécula do fator Va em 3 sítios, neutralizando-
o. O fator V mutante é resistente à neutralização mediada 
pela PC ativada, o que resulta no fenótipo de RPCA. FVL 
é, portanto, associado a um estado de 
hipercoagulabilidade e susceptibilidade aumentada para 
a ocorrência de TEV. 
 
O FVL aumenta o risco para TEV em aproximadamente 
3-8 vezes em heterozigose e em 50-100 vezes em 
homozigose. Em contraste com a raridade dos defeitos 
genéticos, associados a deficiência de AT, PC e PS, a 
mutação do FVL é altamente prevalente em diversas 
populações caucasianas (freqüências variando de 1-
15%), correspondendo assim ao mais freqüente defeito 
genético, envolvido na etiologia das trombofilias, sendo 
encontrado em 10-60% dos casos de TEV. 
 
Técnicas de análise gênica, baseadas em amplificação 
por PCR do éxon 10 do fator V podem ser utilizadas para 
identificação precisa da mutação do FVL. 
 
A identificação do FVL como anormalidade molecular, 
presente em grande parte dos casos de TEV modificou 
sensivelmente a nossa visão acerca desta entidade 
clínica, que deixou de ser compreendida como doença 
meramente adquirida. Apesar da importância de fatores 
adquiridos, fatores genéticos contribuem 
significativamente para a ocorrência de TEV. 
 
Mutação G20210A da protrombina 
 
Em 1996, um novo fator genético envolvido na etiologia 
do TEV foi descrito: uma transição G�A no nucleotídeo 
2.0210 na região 3’ não traduzida do gene do fator II da 
coagulação (FII, protrombina). FII G20210A é associado 
a hiperprotrombinemia, formação aumentada de trombina 
e risco aumentado para ocorrência de TEV. 
 
Esta mutação é encontrada em 1-3% de indivíduos da 
população geral e em 6-18% dos pacientes com TEV. 
Desta forma, FII G20210A pode ser considerada a 
segunda anormalidade genética mais freqüentemente 
associada às trombofilias, e sua descrição veio reforçar o 
conceito de que fatores genéticos determinam o risco de 
TEV. 
 
O diagnóstico da anormalidade em geral é estabelecido 
por técnicas de análise gênica, baseadas na amplificação 
do DNA genômico por PCR e reconhecimento da 
mutação por digestão enzimática. 
 
 
Interação de fatores de risco 
 
Quando um fator de risco é reconhecido como tal, pode 
ser dito que ele aumenta o risco de trombose em certa 
extensão ou que ele aumenta a probabilidade de 
ocorrência da doença em indivíduos expostos ao fator, 
em comparação a indivíduos não expostos. Portanto, em 
princípio, as probabilidades de ocorrência de TEV são 
maiores naqueles com o fator de risco do que sem o 
fator. 
 
Sabe-se que herança combinada de fatores genéticos, 
associados à trombofilia, resulta em amplificação do risco 
para a ocorrência do episódio trombótico. Por exemplo, 
indivíduos com deficiência de PC, que também são 
portadores da mutação do FVL, apresentam risco 
aumentado para TEV em comparação a indivíduos com 
deficiência de PC sem a mutação do FVL. Achados 
similares foram descritos em famílias com deficiência de 
AT, deficiência de PS e com FII G20210A: a herança 
combinada de um dests defeitos com o FVL resulta em 
risco aumentado para TEV. Em conjunto, tais dados 
constituem exemplos de interação entre fatores 
genéticos, determinando o risco de TEV. Adicionalmente, 
esses achados sugerem que a heterogeneidade de 
manifestações clínicas (isto é, ocorrência de trombose) 
em indivíduos na mesma família e em diferentes famílias 
pode ser explicada pela presença ou ausência de 
defeitos genéticos adicionais ainda não identificados. 
 
Interação entre fatores de risco genéticos e adquiridos 
para trombose também ocorre, quando 2 fatores de risco, 
presentes em combinação, resultam em efeito que 
exceda a soma de seus efeitos (esperados) quando 
presentes isoladamente. A combinação de deficiência de 
AT, PC, PS, FVL e FII G20210A com fatores adquiridos 
para TEV, como gestação, puerpério, uso de 
anticoncepcional oral (ACO), por exemplo, pode resultar 
em efeito interativo e portanto em risco amplificado para 
a ocorrência de trombose. Esse conceito pode ser 
exemplificado, analisando-se especificamente a presença 
de interação entre o FVL e o uso de ACO: o risco de TEV 
em mulheres em uso de ACO, que são portadoras do 
FVL (28,5/10.000/ano) excede a soma dos efeitos 
separados dos dois fatores de risco (5,7 + 
3,0/10.000/ano). 
 
 
Tratamento antitrombótico 
 
A prevenção e o tratamento da trombose devem ser 
dirigidos procurando-se a correção dos fatores 
predisponentes à trombose, como tabagismo, diabetes, 
hipertensão, insuficiência cardíaca, manipulação cirúrgica 
demorada, próteses valvares etc. Além da correção dos 
fatores predisponentesconhecidos, deve-se agir na 
interferência dos fatores da hemostasia, como a 
integridade vascular, a função plaquetária, o mecanismo 
da coagulação e o sistema fibrinolítico. 
 
Para agir na integridade vascular, a terapêutica básica é 
evitar a lesão vascular ou a patologia que leva à lesão 
vascular, como também usar material em próteses 
valvares que não provoque aderência plaquetária na sua 
superfície, assim como remover os vasos patológicos 
que possam favorecer a aderência plaquetária e a 
deposição da fibrina. 
 
Pacientes com indicação de cirurgia devem ser 
analisados quanto ao risco de trombose levando-se em 
consideração a idade, a extensão do ato cirúrgico (tipo e 
duração), tempo de imobilização, fatores gerais 
predisponentes (neoplasia, obesidade, hipertensão, 
diabetes, p. ex.). Para os casos de grande e médio riscos 
deve-se indicar todas as medidas profiláticas além de se 
analisar a possibilidade do uso de drogas antitrombóticas 
profilaticamente. 
 
Em casos de obstrução parcial ou total de vasos como 
cava (com grande possibilidade de tromboembolismo e 
alto índice de mortalidade) tem-se indicado colocação de 
Tromboses e trombofilias 
 
 
4 
filtros intravenosos (cone de Greenfield etc.) para reter a 
migração dos êmbolos. Ainda como recurso cirúrgico tem 
sido usada a embolectomia, sucção do êmbolo por 
cateter ou ligadura do vaso comprometido. 
 
O uso de drogas como tratamento profilático vem sendo 
indicado cada vez mais, como os antiagregantes 
plaquetários e os anticogulantes. Os agentes fibrinolíticos 
são indicados com o objetivo de lisar o coágulo formado 
o mais precocemente possível, reconduzindo a 
circulação local e evitando os efeitos maléficos da 
trombose. 
 
O uso da heparina na trombose como droga 
anticoagulante é baseado na ação moduladora da AT. A 
heparina não dissolve o coágulo formado, mas forma um 
complexo com a AT, o qual ativado pode combinar com a 
ação da plasmina para reduzir o coágulo. A heparina 
deve se ligar à AT para ter atividade biológica. A 
heparina profilática deve ser considerada para gestantes 
que tiveram tromboembolismo prévio, particularmente se 
o evento anterior foi relacionado à gestação. 
 
 
Bibliografia 
 
• Hoffbrand AV, Pettit JE, Moss PAH. Fundamentos 
em hematologia. Artmed. 2004. 
• Lorenzi TF. Atlas de Hematologia, Clínica 
Hematológica Ilustrada. Guanabara Koogan. 2006. 
• Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. Hematologia: 
Fundamentos e Prática. Atheneu. 2004.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes