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Hematologia Prof. Giovanny Rebouças Pinto TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS Considerações gerais Indicações Doenças hematológicas malignas Doenças hematológicas não malignas Doenças auto-imunes Imunodeficiências Erros inatos do metabolismo Tumores sólidos Compatibilidade Antígenos leucocitários humanos Condicionamento Fontes de CTH Medula óssea Sangue periférico Sangue de cordão umbilical Processamento das CTH Transplante alogênico Transplante autólogo Transplante singênico A “pega” do enxerto Complicações Doença do enxerto contra o hospedeiro Infecções Rejeição do enxerto Outras complicações Considerações gerais O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade terapêutica que visa enxertar CTH em um paciente, com o objetivo de corrigir um defeito quantitativo ou qualitativo da medula óssea (MO) (ver adiante, Indicações). O desenvolvimento do TCTH, nas últimas décadas, permitiu o tratamento de doenças que, antes, eram invariavelmente fatais. A importância dessa abordagem terapêutica e de sua investigação clínica foi reconhecida com a atribuição do prêmio Nobel de Medicina, em 1990, ao médico americano Dr. Edward Donnall Thomas, um dos pioneiros da introdução do TCTH na espécie humana. De acordo com o doador, os TCTH são denominados de: alogênico (com CTH de outra pessoa, aparentada ou não), autólogo (com CTH do próprio paciente) e singênico (com CTH de gêmeo idêntico). Indicações O TCTH é indicado para o tratamento de doenças hematológicas malignas e não-malignas, doenças auto- imunes, imunodeficiências, erros inatos do metabolismo e de tumores sólidos. No entanto, o papel exato do TCTH no tratamento de cada doença é complexo e depende de fatores como: gravidade e subtipo da doença, estado clínico e idade do paciente e disponibilidade de doadores (transplante alogênico). São exemplos de doenças tratadas com TCTH: · Hematológicas malignas: leuceminas, linfomas, mieloma múltiplo, síndromes mielodisplásicas. · Hematológicas não malignas: talassemias, anemia falciforme, anemia de Fanconi, anemia aplástica, hemoglobinúria paroxística noturna. · Doenças auto-imunes: esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide. · Imunodeficiências: imunodeficiência severa combinada, síndrome de Wiskott Aldrich, síndrome de Chédiak-Higashi. · Erros inatos do metabolismo: síndrome de Hunter, doença de Gaucher, adrenoleucodistrofia. · Tumores sólidos: tumores de mama, pulmão, testículo, melanoma. Compatibilidade O TCTH se processa em várias etapas e inicia-se pela decisão da necessidade e da viabilidade do transplante, para qual os fatores a seguir devem ser levados em consideração: doença básica, estádio clínico, complicações presentes na fase pré-transplante e a superioridade dessa terapia frente às outras disponíveis, sempre levando-se em conta a idade do paciente e doador. Optando-se pelo transplante, busca-se um doador na família e, quando não existente, os registros de doadores voluntários de MO devem ser acionados. Esta necessidade deve-se a uma grande limitação ao êxito do transplante: se doador e paciente não forem geneticamente compatíveis o sistema imunológico do paciente irá combater as CTH transplantadas (fenômeno denominado de rejeição), ou o sistema imunológico do doador irá combater os tecidos do paciente (fenômeno denominado de doença do enxerto contra o hospedeiro - DECH) (ver adiante, Complicações). A probabilidade de se encontrar um doador não aparentado e compatível tornou-se mais alta na última década em virtude da grande expansão do número de doadores voluntários de MO registrados em numerosas instituições em vários países. Mais de 8 milhões de doadores estão registrados e a potencialidade do Transplante de células-tronco hematopoéticas 2 encontro de um doador compatível na população caucasóide, p. ex., atinge mais de 80%. A doação de MO é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento cirúrgico que necessita de anestesia geral. Em uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, é retirada do doador a quantidade MO necessária (menos de 10%), por meio de 4 a 8 punções na região pélvica posterior. Nos 3 primeiros dias, após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais após a 1º semana. A compatibilidade entre doador e paciente é avaliada pela tipagem, por métodos imunológicos e de biologia molecular, dos antígenos leucocitários humanos. Antígenos leucocitários humanos O braço curto do cromossomo 6 contém um aglomerado de genes que codificam antígenos leucocitários humanos (HLA). As proteínas HLA se ligam a antígenos intracelulares e os “apresentam” aos linfócitos T, para que seja iniciada uma resposta imunológica e são divididas em 2 tipos (classes I e II). As moléculas de HLA classe I (loci A, B e C) apresentam antígenos aos linfócitos T CD8+, e as moléculas de classe II (loci DR, DQ e DP) apresentam antígenos aos linfócitos T CD4+. Desse modo, o papel natural dessas proteínas é o direcionamento das respostas dos linfócitos T e quanto maior a diferença na identidade HLA entre doador e paciente, mais grave é a resposta imunológica contra as células transplantadas. Portanto, a tipagem HLA é um problema crítico na seleção de doadores para TCTH. A compatibilidade é avaliada com base na tipagem HLA de classes I e II, preferentemente os loci A, B e DR; pois, por serem altamente polimórficos, estes são os loci que aparentam predizer a probabilidade de rejeição ou de DECH. A identificação atualmente exigida é sorológica para os loci A e B e molecular para o DR. Como os loci A, B e DR estão próximos e geralmente segregam juntos, a chance de um irmão ser HLA idêntico ao paciente teoricamente é 25% (por causa de recombinações durante a meiose, a incidência real é um pouco menor). A identidade HLA é independente do sexo e do grupo sangüíneo. Na busca por um doador não aparentado para TCTH, o objetivo é a identidade nos loci A, B e DR entre o paciente e doador, portanto uma combinação 6/6 – visto que estamos considerando 3 loci, cada um com 2 alelos (1 paterno e 1 materno). Ocasionalmente uma única diferença (5/6) pode ser tolerada, mas é rara a aceitação de um doador com diferença maior que essa. No entanto, estudos indicam que nos TCTH de sangue de cordão umbilical os resultados são semelhantes mesmo com 2 loci HLA incompatíveis (4/6). Por este motivo, o TCTH de sangue de cordão umbilical aponta como uma alternativa promissora para o tratamento de pacientes que necessitem de transplante e não possuam doadores aparentados. Condicionamento Antes da infusão de CTH colhidas de doador HLA compatível, o paciente é submetido a um regime preparativo ou de condicionamento, com quimioterapia em altas doses (geralmente ciclofosfamida, bussulfan e etoposida) associada ou não à radioterapia. O regime de condicionamento clássico provoca: (1) mieloablação (destruição das células da MO), que permite criar espaço na cavidade da MO para acomodação do enxerto; (2) induz imunossupressão, para que não ocorra rejeição das CTH “estrangeiras”; e (3) trata a doença residual, na maioria das vezes um câncer hematológico – motivo da indicação do transplante. As CTH transplantadas são responsáveis pela reconstituição da hematopoese, que começa a se revelar no sangue periférico de 2 a 3 semanas após a infusão, períodocaracterizado por intensa aplasia medular e pancitopenia periférica. As complicações decorrentes do período de aplasia são: anemia, infecções e sangramentos. Mucosite (inflamação da mucosa de revestimento do tubo digestivo causada por um efeito citotóxico direto dos agentes quimioterápicos ou pela radioterapia) é uma complicação freqüente e quase sempre os pacientes necessitam de nutrição parenteral. O condicionamento também é mielotóxico e os pacientes recebem antibióticos, antifúngicos e antivirais profiláticos, por via oral durante o período de neutropenia. A fim de facilitar a coleta de sangue e a administração de medicamentos, a colocação de um cateter intravenoso de uso contínuo é providenciada previamente ao transplante. As CTH são infundidas através deste acesso e encontram o caminho para MO num fenômeno conhecido com homing, onde as células se fixam ao estroma medular e iniciam os processos de proliferação e diferenciação para reconstituir os sistemas hematopoético e imunológico. Fontes de CTH As CTH são encontradas em diferentes concentrações na MO, sangue periférico e sangue de cordão umbilical. Medula óssea Na MO as CTH são obtidas através de múltiplas punções, de ambas as cristas ilíacas, com o doador anestesiado. Após a coleta é realizada a contagem de células mononucleadas (categoria que inclui as CTH) MO para avaliar o rendimento da MO. Se o peso do doador for semelhante ao do receptor o volume de MO aspirada deve ser, aproximadamente, 10 mL/kg do doador. Sangue periférico No sangue periférico o número de CTH é menor que na MO e para se alcançar uma concentração suficiente para a realização do transplante é necessário proceder à mobilização das CTH da MO para o sangue periférico. Nos transplantes autólogos, por os pacientes serem a própria fonte de CTH e ao mesmo tempo portadores da doença base que motivou o transplante, algumas Transplante de células-tronco hematopoéticas 3 precauções devem ser tomadas. Primeiramente a mobilização das CTH é feita submetendo-se o paciente a um tratamento com agentes citostáticos (que inibem a divisão celular) em altas doses não mieloablativas, combinando-se com a administração de fatores de crescimento, particularmente G-CSF, no momento dos primeiros sinais de recuperação hematopoética. Nos transplantes alogênicos a mobilização das CTH é feita apenas pela administração de G-CSF no doador. Porém, a escolha entre o sangue periférico e a MO ainda não está definida, pois a vantagem de “pega” (enxerto bem-sucedido) mais rápida com CTH do sangue periférico e a menor incidência de recidiva (reaparecimento da doença que motivou o transplante) contrapõe-se com a maior freqüência de DECH crônica e maior mortalidade tardia. As CTH obtidas no sangue periférico são coletadas usando-se máquina separadora de células conectada no paciente (no transplante autólogo) ou doador (no alogênico) por uma cânula periférica. O sangue passa através da cânula e é bombeado para uma máquina onde há coleta de células mononucleares por centrifugação, antes que as hemácias voltem ao paciente. Esse processo contínuo pode levar algumas horas antes que sejam coletadas um número suficiente de células mononucleares para a realização do transplante. Sangue de cordão umbilical O sangue de cordão umbilical contém alta concentração de CTH, porém o volume obtido em cada coleta é pequeno (variando de 50 a 200mL); por esse motivo, o número de células mononucleadas é habitualmente suficiente para restaurar a hematopoese apenas em pacientes com peso inferior a 30kg, ou seja, em crianças. O uso de sangue de cordão umbilical para restaurar a hematopoese tem suas características próprias, pois há maior tolerância à incompatibilidade entre doador e receptor, porém a desproporção entre o número de CTH contida na unidade de sangue de cordão e o necessário para reconstituir a hematopoese pode ser um impedimento para sua utilização. Quando a situação clínica não permite a espera inerente ao processo de busca de doadores de MO não aparentados, os bancos de sangue de cordão umbilical constituem-se em uma alternativa mais rápida de obtenção de CTH para transplante. A expansão ex vivo (em laboratório) das CTH de sangue de cordão umbilical e a utilização simultânea de mais de uma unidade para um mesmo receptor são ações bastante promissoras para o maior uso desse material. Processamento das CTH Após a coleta, as CTH são processadas para que as hemácias sejam removidas e as células mononucleares sejam concentradas. Coletas autólogas podem ser purificadas por quimioterapia ou anticorpos monoclonais, na tentativa de retirar células malignas residuais. As coletas alogênicas podem ser tratadas com anticorpos monoclonais para remoção de células T, a fim de se evitar uma DECH. As CTH autólogas, via de regra, são congeladas até que sejam necessárias, enquanto as alogênicas usualmente são infundidas no paciente logo após o processamento. Transplante alogênico O transplante alogênico consiste na infusão de CTH originadas da MO, sangue periférico ou sangue de cordão umbilical de um doador geneticamente distinto do paciente, seja ele HLA compatível ou não, aparentado ou não. O transplante alogênico tem morbidade e mortalidade significativas e um dos motivos principais é a incompatibilidade imunológica (de sistema sangüíneo ABO, Rh e outros), mesmo que exista identidade HLA entre doador e receptor. A incompatibilidade imunológica pode manifestar-se como rejeição, DECH e imunodeficiência. Paradoxalmente, há também um efeito antitumoral do enxerto contra leucemia (GVL – graft versus leukemia), que contribui para a menor tendência de recidiva nesse tipo de transplante e é a base da maior parte do sucesso desse procedimento. Dada a variabilidade genética entre indivíduos, o transplante alogênico seria impossível sem a tipagem HLA para identificação de compatibilidade genética. Transplante autólogo O transplante autólogo consiste na infusão de CTH originadas do próprio paciente. Estas CTH são obtidas de forma programada, quando o paciente se encontra em remissão completa da doença, quase sempre, neoplásica, tanto hematológicas, quanto em alguns tipos de tumores sólidos. Em determinadas fases do tratamento da doença, podem ser indicadas altas doses de quimioterapia, com o objetivo de sua erradicação completa. Esta quimioterapia tão intensa produz, normalmente, aplasia medular irreversível ou muito prolongada. A reinfusão de CTH, coletadas previamente, reduz o tempo de aplasia medular e restabelece a hematopoese, minimizando as complicações do tratamento. Esse tipo de transplante tem menos risco que o alogênico, por não existir nenhum tipo de reação imunológica entre receptor e doador; por isso, pode ser usado em pacientes mais idosos. Entretanto, como o efeito antitumoral do GVL é menor, o índice de recidivas é maior. Transplante singênico O transplante singênico consiste na infusão de CTH originadas de um doador gêmeo idêntico ao paciente. A identidade genética entre doador e receptor é absoluta; portanto não se produz nenhuma complicação imunológica. Porém, não existirá o efeito antitumoral do GVL, podendo haver recidivas. Transplante de células-tronco hematopoéticas 4 A “pega” do enxerto Depois de um período típico de 2 a 3 semanas de pancitopenia intensa, surgem os primeiros sinais de enxerto bem-sucedido (“pega” do enxerto), com o aparecimento de monócitos e neutrófilos no sangue periférico, com subseqüente aumento na contagem de plaquetas. A recuperação imunológica ocorre de forma setorial e em diferentes fases. Os granulócitos alcançam númerosnormais dentro dos 3 primeiros meses após o transplante e a recuperação da imunidade humoral (mediada por linfócitos B) e celular (mediada por linfócitos T) é lenta, podendo não ser completa mesmo em 2 anos, particularmente nos pacientes com DECH crônica. As plaquetas e hemácias, geralmente, atingem números normais nos 3 primeiros meses. Fatores de crescimento tais como G-CSF e GM-CSF podem ser usados para diminuir o período de neutropenia. Para que o enxerto tenha sucesso é fundamental que as células infundidas proliferem no receptor permanentemente, evitando-se a rejeição e o novo sistema imunológico, originado do doador, tolere os tecidos do receptor, a fim de evitar a DECH grave e fatal. Complicações Doença do enxerto contra o hospedeiro A DECH é a complicação mais importante dos transplantes alogênicos (sem tratamento imunoprofilático, com ciclosporina e metotrexato, seria virtualmente inevitável) e pode ocorrer desde alguns dias, precedendo os primeiros sinais de pega do enxerto, até após muitos meses. A DECH é causada por reação de células imunológicas derivadas do doador, particularmente linfócitos T, contra os tecidos do receptor. Os fatores de risco relacionados à incidência e gravidade da DECH são: idade avançada do receptor, incompatibilidade HLA, doador não aparentado e intensidade dos regimes de condicionamento. Nos primeiros 3 meses, a DECH é denominada aguda e, após este período, crônica. A linha divisória entre as formas aguda e crônica nem sempre é bem definida, porém a patogenia é distinta, pois as células T infundidas juntamente com as CTH reagem diretamente contra alguns tecidos do receptor, determinando características clínicas próprias. Na forma aguda a pele, o trato gastrintestinal e o fígado são afetados. O exantema tipicamente afeta a face, as palmas das mãos, as plantas dos pés e as orelhas, mas, em casos graves, pode afetar todo o tegumento. O diagnóstico em geral é confirmado pela biópsia de pele que mostra inicialmente necrose celular na camada basal da epiderme. Tipicamente, há aumento de bilirrubinas e fosfatase alcalina, mas outras enzimas hepáticas estão relativamente normais. A DECH aguda geralmente é tratada com altas doses de corticosteróides, as quais são eficazes na maioria dos casos. Na forma crônica, que usualmente evolui a partir da DECH aguda, são envolvidos os mesmos tecidos, as articulações e outras superfícies serosas, a mucosa oral e as glândulas lacrimais. Podem surgir características de esclerodermia (doença do tecido conjuntivo que causa o enrijecimento da pele) e líquen plano (doença pruriginosa cutânea caracterizada por pequenas proeminências que aglutinam-se e formam placas rugosas e descamativas – placas elevadas). O sistema imunológico é prejudicado, por isso há risco de infecção. Má absorção e lesões pulmonares são freqüentes. Drogas como ciclosporina, corticosteróides e talidomida são usadas, embora as respostas possam ser pequenas. Ambas as formas (aguda e crônica) estão associadas à imunodeficiência, tanto humoral como celular, agravadas pelo uso de imunossupressores no tratamento e predispondo a complicações infecciosas oportunistas, as quais são as maiores responsáveis pela morte dos pacientes. Infecções Nos pacientes com antecedentes de prolongada neutropenia, o risco de infecção fúngica aumenta, especialmente para aqueles microrganismos do gênero Aspergillus, Mucor e Fusarium. No pós-transplante imediato, particularmente nos 2 primeiros meses, são comuns as infecções relacionadas a pancitopenia, a quebra de barreira mucosa induzida pelo regime de condicionamento e da pele, em conseqüência de cateter intravenoso. As infecções por bactérias gram-positivas e gram- negativas predominam e por isso o uso profilático de antibióticos é recomendado. A infecção viral pelo Herpes simplex também é comum, recomendando-se o uso profilático de aciclovir nos 2 primeiros meses após o transplante. Rejeição do enxerto A incidência de rejeição do enxerto varia de acordo com o cenário do transplante. Anemia aplástica, incompatibilidade HLA, depleção de células T do material a ser enxertado e número insuficiente de células infundidas são os fatores que favorecem a rejeição. Nos pacientes com doenças malignas, doador HLA inteiramente compatível, número ideal de CTH e repleta de células T, o índice de rejeição é <5%. Outras complicações Outras complicações incluem doença veno-oclusiva do fígado (manifesta-se com icterícia, hepatomegalia e ascite ou ganho de peso), insuficiência cardíaca como conseqüência do regime de condicionamento (especialmente altas doses de ciclofosfamida) e quimioterapia prévia sobre o coração. Hemólise devido à incompatibilidade ABO entre doador e receptor pode causar problemas nas primeiras semanas. Bibliografia · Hoffbrand AV, Pettit JE, Moss PAH. Fundamentos em hematologia. Artmed. 2004. · Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. Hematologia: Fundamentos e Prática. Atheneu. 2004.
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