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atps arte e recreação

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO
PROFESSOR EAD: Maria Clotilde Bastos
TUTORA: Fabrício Samuel da Silva
VALPARAÍSO-SP
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
ANGELA MARIA DE FRANÇA					RA: 7931687851
BRUNA EDUARDA PEREIRA BARBOSA			RA: 7931682829
ELAINE DOS SANTOS BELTRÃO				RA: 7931677350
FABIANA SANTOS SILVA						RA: 7931695192
JOELMA CRISTINA SILVA PEREIRA CAMPESATO		RA: 7931681445
“Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina Arte, Criatividade e Recreação”, sob orientação do professor-tutor à distância Maria Clotilde Bastos.
VALPARAÍSO-SP
24 de setembro 2015
Introdução
	Ao desenvolver este trabalho analisaremos de que forma a disciplina Arte pode ser aplicada na educação da criança, por sentirmos necessidade de entender e responder qual o valor dessa disciplina e como ela pode ajudar na educação da criança, visando estimular a sensibilidade do aluno, incentivando-o a pensar, sentir e agir de maneira diferente, por meio do uso das diversas linguagens artísticas, buscando favorecer o desenvolvimento do potencial criador do indivíduo. 
Etapa 1
Relato das memórias escolares relacionadas às práticas artísticas.
Angela: Tive aulas de educação artística no primário, me lembro que a professora sempre nos fazia desenhar para depois colorir, as vezes com giz de cera, outras com lápis de cor e tinta. Sempre feitos no caderno de desenho. Na época de ginásio tive aulas de geografia onde a professora aplicava atividades artísticas no caderno de cartografia, fazíamos os mapas e coloríamos, mostrando clima, relevo e vegetação. Foi um período muito importante para mim , mas uma prática bem menos usada hoje em dia, atualmente as atividades artísticas bem mais avançadas e mistas, utilizando materiais bem diversificados e fazendo com que a criança aprenda e se desenvolva brincando.
Elaine: Do primário ao ginásio tive aulas de educação artísticas não me recordo com carinho desta disciplina já que tudo o que se desenvolvia era em função de nota. Recordo-me que em datas comemorativas como no dia das mães fazíamos lembrancinhas e as notas atribuídas eram diferentes para cada criança, frustrando algumas já que tudo era feito com muito carinho e alguém julgava se estava bonito ou não através de A D e 1 a 10. No colegial melhorou um pouco já que aprendíamos a trabalhar com régua e compasso através de desenhos como rosáceas, pontos cardeais...Hoje a arte desenvolve o que a criança tem de melhor, aprendendo brincando, sendo o individuo valorizado por aquilo que consegui transmitir e não se está feio ou bonito.
Fabiana: Morava em Montezuma Minas Gerais e não teve aula alguma que envolva artes.
Joelma: Me recordo das aulas de Educação artística onde aprendi a misturar cores e obter outras, tudo era feito conforme orientação do professor não havendo liberdade para expressarmos nossa opinião.
Bruna: No meu tempo escolar, me lembro do estudo de quadro artístico e como era feita sua composição se sua arte era concreta ou abstrata, estudo das cores, havia uma liberdade mediana podendo expressar nossas vontades.
A maioria do grupo viveu a época escolar em que as artes eram conteúdos da disciplina de Educação Artística.
Esses conteúdos eram diferentes daqueles que vimos hoje em Artes. Eram inúmeras tarefas, poucas aulas.
Alguns utilizavam o caderno de desenho, com margem. Os desenhos eram abstratos, não tinham formatos definidos, estudamos as cores primárias, secundárias e terciárias.
Além do caderno, alguns utilizavam pastas catálogos com as atividades específicas como formar polígonos, desenhar objetos, desenhos quadriculados.
A música também estava presente, mas eram os clássicos instrumentais e algumas da MPB.
O folclore estava nas aulas de Educação Artística com apresentações de escola de samba, capoeira, folguedos, trava línguas e outras.
As recreações eram pular corda, brincar de queimada e pique bandeira. Quase não tínhamos contatos com artesanatos.
A Educação Artística não era uma disciplina reflexiva, não era preciso de muita criatividade para realizar as atividades.
Era uma disciplina diferente da de Artes a qual temos nos dias de hoje. As artes de antigamente (Educação Artística) não visava a formação integral do aluno e nem suas aptidões artísticas, não tinha um contato direto com as obras de artes, pois somente a elite tinha acesso à elas.
Os objetivos artísticos não eram valorizados, eram expressos de forma como passatempo, era uma aprendizagem sem um contexto lógico, sem sentido.
Hoje, com a nova visão artística é preciso propor atividades que façam o aluno refletir, pensar e criar, ter contato com as diferentes formas artísticas com a finalidade de conhecer e compreender essas formas.
ETAPA 2 
Qual o papel da Arte na Educação Contemporânea? 
Arte é a expressão da vida, que, associada ao processo de criação, transforma-se na capacidade de exercer plenamente a condição de ser humano. A Arte favorece o desenvolvimento integral do indivíduo, possibilitando a expressão livre do pensamento e das emoções, desenvolvendo seu raciocínio com criatividade e imaginação. Criando, o individuo torna-se mais seguro dos seus potenciais e conscientes dos seus limites, tornando-se mais autêntico e livre para fazer suas escolhas. A Arte protagoniza as mudanças sociais e o processo de construção da sociedade. Na Educação, ela forma um cidadão consciente, crítico e participativo, capaz de compreender a realidade em que vive. A ação educativa da Arte, tem como objetivo, a preparação do jovem para a vida plena da cidadania, buscando a formação de cidadãos que possam intervir na realidade, podendo ser considerada como um instrumento de transformação social. O uso da Arte na Educação aponta para um cenário em que as respostas moldadas e impermeáveis não podem mais ser seguidas por pontos finais. Devem sim, serem levadas para “seres humanos pensantes”, que possam reconstruí-las e adaptá-las às suas realidades e às suas necessidades. A Arte na Educação, busca a intensificação do interesse por novas criações, pela reflexão e pelo desenvolvimento de uma capacidade crítica, visando a formação de sujeitos ativos e autênticos. É exatamente neste sentido que a Arte na Educação atua como veículo de transformação e um canal para o vislumbre de novas possibilidades, novos horizontes. O aluno deve ser trabalhado na sua totalidade: corpo mente e espírito, pois através deste processo, ele automaticamente vê a razão sob uma nova ética. Na verdade, a inserção da Arte na Educação, propõe uma releitura integral e profunda do processo de aprendizagem, e não apenas de forma verborrágica. Educar com Arte, significa educar através do contato com o outro, do despertar dos sentimentos e da troca. 
 É importante ressaltar, que o objetivo da Arte na Educação, não é formar artistas,mas sim indivíduos conscientes e aptos a exercerem a cidadania, desenvolvendo suas capacidades de reflexão e crítica. Certamente, na nossa existência, um dos maiores presentes que temos é a nossa própria capacidade de pensar, elaborar... Por isso, deve-se sempre, estimular a criação, invenção, produção, reconstrução e reinvenção. A Arte na Educação refere-se ao desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada indivíduo. O aluno não pode ser manipulado como objeto. Deve ser tratado como ser humano único, próprio, espontâneo e com diferenças individuais, que anseiam por se manifestar. O ser humano não pode ser encarado como uma máquina copiadora, mas como algo novo, extraordinário, excepcional. Não pode ser moldado ou sufocado, mas orientado para expor toda sua originalidade, sua criatividade, reflexão, sua tendência para a liberdade, para a auto criação, sua capacidade de auto-limitar-se e de aspirar, e o seu poder de inquietação
interior, que o impele, até mesmo para o transcendental. Ao invés de desenvolver trabalhos impessoais, onde o educando apenas recria e transcrevem as técnicas aprendidas, a Arte o estimulará a se retratar em suas produções artísticas. Desta maneira, o educando é capaz de manifestar a sua própria realidade, com todos os seus conflitos e desejos. Esta possibilidade que se abre, contribui em muito, para o amadurecimento do indivíduo, para o seu autoconhecimento, o despertar dos seus sentimentos, para a manifestação de suas próprias opiniões e, principalmente, para o verdadeiro sentido do “viver em grupo”. Devemos saber dos acontecimentos como possibilidades, mas nunca como limites definitivos ou intransponíveis. O papel do cidadão não pode ser apenas o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém. Não podemos ser apenas objetos da História. Devemos ser sujeitos ativos. Ninguém pode estar no mundo de uma forma neutra, passiva, de braços cruzados. A chave que tanto procuramos está e sempre estará nas mãos de cada um. Chegou a hora de transformar.
Etapa 3
PLANO DE AULA
 TONS E CORES (EDUCAÇÃO INFANTIL) 
Área do conhecimento: Arte
Tema: Tons e cores 
Tempo de duração: 2 aulas 
Justificativa: • Descobrir tons de azuis, rosas, verdes, enfim, uma variedade de cores. Mostrar as cores primárias e explicar o porquê, elas são chamadas desta forma. 
 Objetivos: • Proporcionar a descoberta de novas cores e tons; 
• Explicar a origem das cores; Materiais: Tinta guache, papel sulfite, figuras de Cândido Portinari e Van Gogh 
1º aula: 
Conteúdo: Iniciaremos a aula com uma conversa sobre as variedades das cores, dos tons e a diversidade de cores que podemos obter quando misturamos uma cor com a outra.Para ilustrar melhor, levaremos obras de Cândido Portinari e a obra Sunflowers, de VanGogh, a fim de mostrar as cores e os tons utilizados nas pinturas. Com tinta guache e muita mistura, iniciaremos nosso trabalho na intenção de obter diferentes tons de cores. Com esta mistura, descobriremos tons de azuis, rosas, verdes, enfim, criaremos uma variedade de cores. 
2º aula: 
Tema: Cores primárias 
Objetivo: Explicar a origem das cores Materiais: Tinta guache, copinhos plásticos, pincéis e desenhos. 
Justificativa: A intenção desta aula é apresentar para as crianças as cores primárias. Conteúdo: Mostrar as cores primárias e explicar o porquê elas são chamadas desta forma. Explicaremos que o amarelo, o vermelho e o azul são chamados de cores primárias, porque são com elas que formamos outras cores: Amarelo, Vermelho e Azul. Como por exemplo: Amarelo+Vermelho= Laranja ou Verde e assim por diante. Após a explicação, fazer, junto com as crianças, misturas de cores em copinhos plásticos e com pincéis, as crianças irão pintar a sua própria obra de Arte.
Etapa 4
A importância da apreciação artística e do trabalho com obras de arte para o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade infantil.
A Educação em Arte no ensino infantil tem um papel primordial envolvendo os aspectos reflexivos, sensíveis, expressivos e culturais.  É bastante significativo, que o professor de arte entenda que sair da sala de aula e não ficar isolado entre as paredes da escola facilitaria a sensibilização da criança nos processos expressivos e culturais. Sugere-se então, interagir com os espaços culturais, museus, e outras instituições que produzem esse tipo de saber, para “buscar” os conteúdos apropriados para o ato de “brincar aprendendo”, com liberdade cognitiva na expressão dos sentimentos. Desse ato de “brincar” por meio do ensino da arte, conduz a criança a vivenciar-se, perceber-se e reconhecer-se, estimulando a sua natureza, elevando a autoestima, e fazendo com que reconheça o seu valor. O brincar e experimentar na arte, assim como experimentar vários materiais não estruturados como sucatas, cacos e outros elementos de composição criam situações planejadas não fixas, alteradas em seu próprio movimento, criando possibilidades da emersão do talento artístico, tornando o espaço escolar num espaço de experimentação, que educa e transforma. A experiência transformadora pode ser iniciada pela pintura, livro, desenho, música, teatro, dança, tecnologia ou todo qualquer impulso. A arte pode ser utilizada como estratégia para atingir esse caminho e um bom Professor de Arte tem a capacidade de colocar a criança nesse lugar – no espaço de experimentação. O desenho tem papel fundamental na formação do conhecimento e requer grande consideração no sentido de valorizar desde o início da vida da criança, considerando a bagagem que trás de casa, assim como seu próprio dia-a-dia. O ato de desenhar deve ser considerado um fator essencial no processo do desenvolvimento da linguagem.
A criança ao desenhar desenvolve a auto-expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, através da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, entre outros. É de ressaltar que o professor deve oferecer para seu aluno a maior diversificação possível de materiais, fornecendo suportes, técnicas, bem como desafios que venham favorecer o crescimento de seu aluno, além de ter consciência de que um ambiente estimulante depende desses fatores colocados, permitindo a exploração de novos conhecimentos.
Valorizando a arte, ou seja, o desenho na escola, o professor estará levando o aluno a se interessar pelas produções que são realizadas por ele mesmo e por seus colegas, bem como por diversas obras consideradas artísticas a nível regional, nacional e internacional.
Enquanto mediador do conhecimento, o professor é essencial para incentivar o aluno, seja ele pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no crescimento e formação do mesmo.
Conclusão
Concluímos que a escola deve ir além das vivências artísticas com as quais está acostumada, devendo ajudar a criança a conhecer outra épocas históricas, outras culturas,outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos socioculturais. Nós como professores, que em breve estaremos dirigindo nossas salas de aula, deveremos aguçar os sentidos dos nossos alunos, apresentando-lhes outros materiais e levantando questões sobre eles. Devemos também, como educadores, manter uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra, explorando o inusitado, junto com nossos alunos, aventurando-se a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação. Acreditamos, que para a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil,é necessário ligá-la ao lúdico,ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber,possibilitando à criança, não somente o conhecimento cognitivo, mas principalmente do sensível. Um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo esta se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitir que estas possam inventar descobrir e sonhar livremente, colocando no papel, as ideias que estão em seu pensamento dando asa a imaginação.
BIBLIOGRAFIA
ardiarte.blogspot.com.br/2007/09/o-papel-da-arte-na-educao.html
BLAUTH, Lurdi. Arte e ensino: uma possível Educação Estética. In: Revista Em Aberto. Brasília, v. 21, n. 77, p. 41-49, jun. 2007. URL:. Acesso em: 30 jul. 2013. SILVA, Marília. SILVA, Tatiane. A importância das artes na formação das crianças da Educação Infantil. IV EDIPE – Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino. PUC: Goiás, 2011. URL: . Acesso em: 30 jul. 2013. 
MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD,
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de
Assis Carvalho. 9. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2004. 
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987. 
SANS, Paulo de Tarso Cheida. A criança e o artista: Fundamentos para o ensino das artes plásticas. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 1995. (Coleção Ágere).

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