Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo Curso de Engenharia Civil Construção Civil I Professor: Eliezer Pedrosa de Almeida PISO MELAMÍNICO, CARPETES E PLACAS DE BORRACHA SINTETICA 6º B 207609, Cássio Rigo Altoé 209168, Igor Ignachitti Honório 208103, Jeferson Candido Bettero Cachoeiro de Itapemirim – ES Novembro/2015 2 Cássio Rigo Altoé Igor Ignachitti Honório Jeferson Candido Bettero PISO MELAMÍNICO, CARPETES E PLACAS DE BORRACHA SINTETICA Trabalho avaliativo apresentado ao curso de engenharia civil do Centro Universitário São Camilo ES na disciplina de Construção Civil I ministrada pelo Prof. Eliezer Pedrosa de Almeida Cachoeiro de Itapemirim – ES Novembro/2015 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 4 2. PISO LAMINADO MELAMÍNICO DE ALTA RESISTÊNCIA...................... 5 2.1 Considerações para início do serviço ........................................... 6 2.1.1 Cuidados com acessórios antes da instalação ........................ 6 2.1.2 Bases indicadas .......................................................................... 7 2.1.3 Bases não indicadas ................................................................... 7 2.2 Materiais, equipamentos e acessórios de instalação ................... 7 2.3 Ferramentas para instalação ........................................................ 11 2.4 Assentamento, procedimento e execução do serviço ............... 12 2.5 Manifestações patológicas que podem ocorrer ......................... 15 3 CARPETE ................................................................................................. 18 3.1 Tipos de Carpete ............................................................................ 19 3.2 Propriedades .................................................................................. 21 3.3 Características ............................................................................... 25 3.4 Mitos sobre o uso de carpetes ..................................................... 26 3.5 Manutenção do carpete ................................................................ 28 4 PISO/PLACAS DE BORRACHA SINTÉTICAS........................................ 31 4.1Forma de aplicação..........................................................................32 5 BIBLIOGRÁFIAS.......................................................................................33 4 1. INTRODUÇÃO O laminado melamínico, também é conhecido como Fórmica, por causa da marca líder. Na maioria das vezes que se pedem laminados melamínicos nas lojas, o vendedor fica sem saber do que se trata por conhecer esse produto pelo nome Fórmica. São fabricados a partir da impressão do papel com resinas (fenólicas e melamínicas) e se classificam de duas maneiras: placas de alta pressão, que se coloca diretamente no contra piso com adesivo de contato e placas de alta resistência. As duas são iguais, diferem na colocação. As laminadas são prensadas numa base rígidas dotadas de encaixe do tipo macho-e-fêmea. Essas bases variam de acordo com a marca do laminado, podendo ser HPP, HDF e MDF. O piso melamínico possui vários acessórios, como rodapés e perfis de transição entre os ambientes, que combinam com todos os padrões dos pisos, o que possibilita um acabamento perfeito. É um produto totalmente ecológico e hipo- alergênico. Por este motivo, não é adicionado à sua produção nenhum veneno contra cupim. Outro tipo de piso que está sendo usado cada vez mais é o carpete, com grande variedade de texturas e estilos disponíveis, os carpetes adaptam-se a qualquer decoração, oferecendo também muitos benefícios como: aparência, conforto, durabilidade, isolamento térmico e acústico e facilidade de manutenção. Os pisos de borracha também estão sendo usados em grande quantidade. A vantagem dos pisos de borracha é que são antiderrapantes, acústicos e absorvem impactos. Por isso são bastante indicados para salas de ginástica, recreação infantil e locais de alto tráfego. Dependendo do modelo, deve ser usado somente em áreas internas. Instalado diretamente sobre o contra piso, o revestimento é fixado com uma cola designada pelo fabricante. Porém o excesso de água prejudica este tipo de piso, podendo haver descolamento. Por isso não é indicado para ambientes externos e na área do box do chuveiro. 5 2. PISO LAMINADO MELAMÍNICO DE ALTA RESISTÊNCIA Os pisos laminado melamínico de alta resistência combinam com todos os estilos de decoração, reunindo beleza, praticidade e durabilidade. São fáceis de instalar e de manter, e podem ser utilizados tanto em ambientes comerciais como residenciais. São compostos por camadas de folhas finas de material ligno- celulósico impregnado de resinas aminoplásticas termofixadas (resina melamínica), sobre e sob um substrato (Painel de HPP, HDF ou MDF). Estes pisos não são colados ou pregados no contrapiso. São fixados com cola PVA, através de seu encaixe macho e fêmea. Isso torna sua instalação muito mais prática e rápida, evitando o barulho e a sujeira das reformas tradicionais. Figura 1 – Piso laminado melamínico • Overlay: A camada superior dos pisos laminados melamínicos é composta por um filme cristalino de celulose com partículas de óxido de alumínio, impregnado com resina melamínica. Responsável pela alta resistência a riscos e à abrasão, sua baixa porosidade evita a absorção de líquidos, facilita a limpeza do piso e ainda amplia seu ciclo de vida. • Papel decorativo: Revestimento decorativo de celulose impregnado com resina melamínica que determina o padrão do piso, proporcionando beleza ao produto. • Substrato: Chapas de HPP, HDF e MDF de alta densidade produzido com resina melamínica, podendo ser resistente a umidade ou não. • Balanceador: Camada constituída por lâminas de celulose impregnadas com resina melamínica. Tem a função de balancear, dar estabilidade dimensional e proteger o piso da umidade do contrapiso. 6 2.1 Considerações para início do serviço O contrapiso ou base, onde será instalado o piso laminado melamínico, deve estar isento de areia, poeira, sujeira etc. Para tanto, se necessário, faça a limpeza do local, porém nunca lave o contrapiso, pois a umidade acarreta danos ao piso. De preferência, instale primeiro os móveis e armários embutidos e depois o piso laminado melamínico. Deve-se escolher a classe correta do piso de acordo com o nível de uso do mesmo, conforme mostrado na tabela abaixo. Tabela 1 - Tabela de nível de uso 2.1.1 Cuidados com acessórios antes da instalação Deixe os pisos no local da instalação durante 48 horas, sem abrir a caixa, para permitir sua adaptação à temperatura e à umidade do ambiente. Caso contrário, poderão ocorrer alterações dimensionais no produto. Nunca instale o piso laminado em banheiros, saunas, lavanderias, cozinhas ou ambientes externos, pois a umidade desses ambientes é excessiva, acarretando danos ao piso. No armazenamento dos acessórios e do piso laminado, mantenha-os em suas embalagens originais, fechadas, no sentido horizontal, nunca em pé, afastados da parede e sobre uma base reta. Deve-se guardar o produto em local seco e protegido, evitando-seáreas úmidas e a exposição direta à luz do sol e/ou outras fontes de calor. 7 2.1.2 Bases indicadas O piso laminado melamínico pode ser aplicado diretamente sobre a maioria dos pisos, tais como concreto, piso vinílico, chapa metálica, cerâmica, granilite etc., tornando-o uma solução prática, econômica e eficiente no caso de reforma. Desta forma, são evitados os tradicionais quebra-quebras. Nunca instale o piso laminado melamínico sobre tacos ou outros pisos de madeira em pavimentos térreos em contato com o solo, exceto quando houver sido feita uma impermeabilização comprovada do contrapiso. O piso laminado melamínico só pode ser instalado sobre tacos e outros pisos de madeira que estejam em boas condições de uso, sem focos de insetos e em pavimentos superiores, obedecendo-se aos seguintes critérios: - Não pode haver peças soltas ou com problemas de fixação. Caso seja necessário, os espaços vazios devem ser cobertos com a regularização, respeitando-se o tempo de cura; - não pode haver foco de umidade no local; 2.1.3 Bases não indicadas Forrações, carpetes têxteis e carpetes de madeira. Para possível instalação do piso melamínico, deve-se remover os revestimentos mencionados anteriormente e, se necessário, preparar o contrapiso adequadamente, respeitando o tempo de cura. 2.2 Materiais, equipamentos e acessórios de instalação Cola PVA utilizada na junção macho e fêmea, evitando a penetração de líquidos. 8 Figura 2 – Cola PVA para junção Manta de polietileno utilizada para corrigir imperfeições de até 3 mm do contrapiso. É composta por filme de polietileno adesivado nas bordas e filme de polietileno expandido de 2 mm. Figura 3 – Manta de polietileno Manta acústica (Eucasoft Premium) proporciona a redução de ruídos no pavimento aplicado e entre pavimentos. Figura 4 – Manta acústica Materiais de acabamento: Permite o acabamento harmonioso entre o piso e a parede, que cobre o espaço de dilatação obrigatório. Com espaço para a passagem de fios. 9 Figura 5 – Modelos de rodapé Cantoneira meia lua: Acabamento mais delicado entre o piso e a parede que cobre o espaço de dilatação obrigatório. Figura 6 – Modelo de cantoneira Terminal: Perfil utilizado entre o piso laminado e uma superfície vertical (soleiras, paredes, lareiras, móveis, portas de correr, vidros, etc...) Figura 7 - Modelo de terminal 10 Junta de dilatação: Perfil T para criar uma transição suave entre o piso laminado e/ou outro tipo de piso de mesmo nível. Deve ser utilizado a cada 10 metros lineares para permitir a dilatação do piso laminado. Figura 8 – Modelo de junta de dilatação Frontal de escada: Permite um acabamento harmônico dos degraus. Figura 9 – Modelo de frontal de escada Perfil redutor: Permite a união na transição para outros tipos de pisos com níveis de instalação diferentes (pisos cerâmicos, carpete têxtil etc.). 11 Figura 10 – Modelo de perfil redutor 2.3 Ferramentas para instalação 1 - Esquadro metálico 2 - Alavanca metálica (barra) 3 - Serra de esquadria manual 4 - Batedor de régua 5 - Martelo de borracha 6 - Espaçadores 7 - Punção de bico 8 - Chave de fenda 9 - Alicate universal 10 - Martelo 11 - Suta (esquadro móvel) 12 - Óculos de segurança 13 - Grosa 14 - Formão 15 - Espátula 16 - Trena 17 - Nível 18 - Estilete 19 - Serra manual 20 - Cinta de tração 21 - Arco de serra fixo Figura 11 – Ferramentas manuais para instalação 12 1 - Serra de meia-esquadria 2 - Tupia 3 - Esmerilhadeira 4 - Serra tico-tico 5 - Serra circular 6 - Extensão elétrica Figura 12 – Ferramentas elétricas para instalação 2.4 Assentamento, procedimento e execução do serviço O contrapiso que irá receber o piso melamínico deverá estar plano, firme, estável, limpo e seco. Todas as irregularidades e infiltrações devem ser corrigidas antes de receber o produto. Pode-se constatar essas irregularidades colocando uma régua de piso ou uma régua de pedreiro seguidamente em vários pontos do ambiente. Caso haja diferença no contrapiso de até 3 mm, é aceitável, acima disto, é preciso corrigir. Pisos de concreto sempre transmitem umidade, especialmente tratando-se de contrapiso em contato direto com o solo (andares térreos). Figura 13 – Contrapiso limpo 13 Se precisar, utilize uma manta para melhoramento acústico e nivelamento de pequenas irregularidades, sobrepondo as abas plásticas de uma manta à outra e fixando-as com a parte adesiva. Figura 14 – Assentamento de manta Espaçadores: As lâminas são dotadas do tipo de encaixe macho e fêmea. Primeiramente, coloca-se as primeiras réguas com o encaixe fêmea para a parede, e posteriormente vai fazendo o encaixe macho e fêmea sucessivamente. Utilizar espaçadores para deixar a junta de dilatação (pelo menos 10mm) entre o piso e a parede. Figura 15 – Espaçadores para assentamento Cola: Aplicar a cola em toda a extensão da ranhura da fêmea, formando um filete contínuo na extensão do comprimento e da largura da régua, sem deixar espaços vazios. O excesso de cola deve ser removido imediatamente com um pano úmido e limpo. 14 Figura 16 – Aplicação da cola de assentamento Barra de tração: Após colocaras quatro primeiras fileiras de réguas, utilizar uma alavanca metálica, deixando as réguas perfeitamente unidas. Figura 17 – Barra de tração para assentamento Grampo de tensão/secagem: Sempre trave as 4 primeiras fileiras com o grampo de tensão e deixe secar por 20minutos.Mantenha os espaçadores para travar o piso em toda a área instalada e deixe secar por 12 horas. Figura 18 – Grampo de tensão/secagem Rodapés: Após 12 horas, retire os espaçadores e fixe os rodapés. 15 Figura 19 – Assentamento de rodapés Junta de dilatação: Se o local a ser instalado for mais largo ou mais comprido que 8m, ou em áreas de mais de 64m², a junta de dilatação é necessária em toda a passagem de ambiente e em vãos de portas. Figura 20 – Assentamento de junta de dilatação Limpeza: Após instalação, limpar o piso com um pano levemente umedecido. Não utilize ceranem materiais abrasivos na limpeza. Figura 21 – Limpeza do piso 2.5 Manifestações patológicas que podem ocorrer 16 As principais causas das manifestações patológicas são: Material com umidade inadequada; Material com desbitolamento; Má execução do contra-piso ou do revestimento; Armazenamento inadequado; Má aplicação da resina; Fatores externos; Insolação, produtos de limpeza inadequados, vazamentos, e outros. As principais manifestações patológicas são: Propriedade utilizada para a classificação dos pisos laminados, considerando níveis crescentes de condições de tráfego tanto para uso doméstico quanto para uso comercial. O limite normativo de resistência à abrasão estabelece os níveis mínimos de resistência ao desgaste, com impacto direto na vida útil do revestimento. Figura 22 – Desgaste por abrasão em corpos de prova de pisos melamínicos Inchamento do piso: Propriedade que avalia a expansão de uma placa de piso laminado sob exposição diretaa água. A madeira é um material sensível a água e, portanto, o piso laminado, apesar de ser impermeável devido a camada superficial de proteção, é um produto sensível a água, sobretudo considerando a possibilidade de penetração da água ou umidade pelo substrato. 17 Figura 23 – Manifestação patológica de inchamento do piso Figura 24 – Deslocamento da placa do piso laminado melamínico 18 3 CARPETE Os carpetes eram muito usados antigamente em apartamentos de todos os estilos, decorando não só dormitórios, como também salas de estar e salas de TVs. Por algum tempo houve diminuição da sua utilização, mas hoje, cada vez mais pessoas estão utilizando carpetes como piso em suas residências e empreendimento. Com grande variedade de texturas e estilos disponíveis, os carpetes adaptam-se a qualquer decoração, oferecendo também muitos benefícios como: aparência, conforto, durabilidade, isolamento térmico e acústico e facilidade de manutenção (BEAULIEU, 2015). Figura 25 – Ambiente decorado com carpete. A principal forma de ter um carpete adequado ao ambiente é saber quais situações ele estará exporto, é comum a análise e escolha do carpete somente pelos sentidos, visão e tato, desconsiderando outros aspectos de maiores importância, o que pode muitas vezes leva a erros de especificação. As aparências enganam e é muito fácil encontrar carpetes similares na aparência, porém diferentes no desempenho. A correta especificação de carpetes começa com a identificação das necessidades de cada ambiente quanto ao desempenho, aparência e orçamento. O cliente deve em primeiro lugar 19 responder duas questões fundamentais, como: o carpete se destina para qual tipo de ambiente-residencial ou empresarial? O tráfego de pessoas no ambiente será alto ou moderado? De acordo com a SUPPORT REVESTIMENTOS (2015), empresa pioneira na importação de revestimentos de piso no Brasil, especializada na importação, comercialização e instalação de pisos vinílicos e carpetes, a tabela a seguir ajuda a identificar as principais características de um carpete de acordo com o ambiente e tipo de tráfego a ser utilizado. Tabela 2 – Relação ambiente e nível de resistência necessária. 3.1 Tipos de Carpete São diversos os tipos de carpetes e suas características, um carpete de alta resistência não vai ser macio o tanto quanto um de baixa resistência, os principais carpetes são os de: 20 Pelo cortado: Macio, leve e elegante. O pelo cortado privilegia o conforto e tem uma aparência aveludada que mostra cada passo deixado. Ideal para área formal como salas de visita. Figura 26 – Carpete pelo cortado. Pelo Cortado Texturizado: É mais resistente que o pelo cortado clássico e pode ter cores mescladas, gerando rusticidade e um ar contemporâneo. Adequado para ambientes mais casuais. Figura 27– Carpete pelo cortado texturizado. Boucle: O loop tem fios contínuos, não mostrando cortes no pelo e por isso resiste bem a alto tráfego sem perder o brilho e suas características iniciais. O boucle e amplamente utilizado em carpetes comerciais e quando tem laçadas maiores, também em residências. Figura 28– Carpete Boucle. 21 Boucle e pelo cortado: Esse estilo combina o pelo cortado com o boucle para obter uma textura padronizada. E possível criar uma infinidade de texturas, oferecendo estilos tanto para ambientes casuais quanto sofisticados. Figura 29– Carpete Boucle e pelo cortado. Frieze: Fios muito torcidos dão ao frieze um visual contemporâneo. Uma ótima escolha para áreas movimentadas em ambientes residenciais. Figura 30– Carpete Frieze. Shag: Mais atrevido, o shag tem um estilo diferenciado com uma variedade de espessura e comprimentos em seus fios, gerando uma textura moderna que chama atenção. Figura 31– Carpete Shag. 3.2 Propriedades SUPPORT REVESTIMENTOS (2015) ainda fala sobe as propriedades especiais dos diferentes tipos de carpetes. 22 • Resistência a manchas: Acidentes com bebidas, alimentos e outros tipos de substâncias criam áreas com cores e tonalidades diferentes das originais na superfície do carpete. A resistência a manchas é a capacidade do produto de dificultar ou impedir a fixação desses materiais. As matérias-primas sintéticas são as mais resistentes nesse aspecto, porque sua composição molecular dificulta que elas absorvam os materiais causadores de manchas. Apesar disso, a remoção imediata desses materiais é um fator a mais na prevenção contra o aparecimento de manchas. Vários selos oferecem garantias especiais indicadas para diferentes ambientes e necessidades. • Resistência à sujeira: De toda a sujeira encontrada nos carpetes, aproximadamente 80% vêm de áreas externas e são trazidos pelas solas dos sapatos dos usuários. Por isso, os locais sujeitos a ficar mais sujos são os de acesso onde, em geral, se dá a transição dos pisos frios para o carpete, soleiras de porta, halls de entrada, lobbies de hotel, elevadores, e outros. Resistir à sujeira depende da associação de diversos fatores para, de forma preventiva, dificultar que ela se fixe no tapete. A aplicação de impermeabilizantes forma uma camada invisível protetora em volta do fio, conferindo-lhe repelência a partículas sólidas e líquidas. Filamentos com superfície lisa oferecem menor área na qual a sujeira pode aderir. Assim, filamentos sintéticos apresentam melhor desempenho do que fios naturais. Quanto mais denso for o carpete, mais difícil será a penetração de partículas entre os seus fios, facilitando a aspiração da poeira. • Resistência ao amassamento: Essa propriedade é de grande importância, pois está associada à conservação da aparência de "novo" do produto. A resistência ao amassamento refere-se à capacidade do pelo de voltar à posição original após sofrer pressão resultante do tráfego de pessoas e da permanência de móveis e objetos em um mesmo local. Não existe garantia contra amassamento, mas existe garantia contra abrasão, que se chama garantia de uso. O fabricante garante que o carpete não perderá mais do que um determinado percentual de fio em determinado período de tempo. 23 Comparado a outras matérias-primas, o nylon, devido a sua elasticidade, apresenta melhor desempenho quanto ao amassamento. A densidade também é fundamental, pois o fio pode ter grande torção oferecendo mais densidade de fibra por metro quadrado. Os carpetes do tipo boucle apresentam maior resistência ao amassamento do que as demais construções. Cada construção privilegia um aspecto como conforto ou durabilidade e o boucle oferece mais resistência a amassamento. Outro aspecto a ser observado é a existência de tela secundária, detalhe fundamental que acrescenta resistência ao amassamento, além de oferecer maior estabilidade dimensional ao carpete. Caso seja utilizada a espuma de látex sob o carpete, a resistência ao amassamento torna-se ainda maior. Ela age como um amortecedor e pode aumentar em até 100% a vida útil do produto, dependendo da sua espessura e densidade. • Resistência à abrasão: É a capacidade do carpete de resistir à perda de pelo causada pela abrasão, produzida pelo tráfego de pessoas e/ou pelo deslocamento de móveis e objetos. A perda de pelo gera um desgaste na superfície do carpete, provocando a aceleração do processo de envelhecimento do produto. Mais umavez, a base secundária tem um papel importante, pois evita ondulações. Uma ondulação cria um ponto no carpete de mais atrito ao tráfego, que pode transformar-se em uma pequena falha. O filamento contínuo (BCF) de nylon é a matéria-prima de melhor desempenho quanto à resistência à abrasão, pois não solta pelos com facilidade. • Isolamento acústico: O isolamento acústico refere-se à capacidade do carpete de absorver ondas sonoras e atuar como barreira à passagem de ruídos externos para o ambiente e vice-versa. Principalmente em ambientes comerciais, o carpete contribui para a redução dos ruídos e consequentemente, o aumento da concentração e a redução do "stress" nas pessoas. O carpete absorve ondas sonoras porque é capaz de reter ar entre seus fios. Comparado com outros revestimentos de piso (ex.: cimento, madeira, 24 porcelanatos), é o que apresenta melhor desempenho quanto ao isolamento acústico, perdendo somente para painéis acústicos, que são materiais produzidos especificamente para este uso. Na maioria dos casos, carpetes do tipo loop pile (boucle), instalados sobre cimento, apresentam um desempenho superior aos de cut pile (pelo cortado). Já carpetes com base secundária são mais eficientes neste mesmo quesito do que carpetes que não a possuem. Para aumentar o isolamento acústico recomenda-se a instalação de espuma de látex sob o carpete. • Isolamento térmico: É a capacidade do carpete de conservar a temperatura do ambiente, independentemente da temperatura externa. Deve-se ao seu poder de reter ar entre os fios e varia de acordo com as matérias-primas utilizadas na sua fabricação. Carpetes com matérias-primas sintéticas, como o nylon e o polipropileno, que são maus condutores de calor, tem maior capacidade de isolamento. Ao contrário, carpetes de lã, de fato, podem esquentar o ambiente. A questão é que o carpete cria uma atmosfera de aconchego e conforto, passando a impressão de calor. Em edifícios inteligentes, com temperatura e umidade controladas, o carpete tende a diminuir a intensidade de refrigeração já que não deixa o ar dissipar-se através do piso. • Resistência ao fogo: Para haver fogo é necessário que três elementos existem simultaneamente: um material inflamável, uma fonte de calor e oxigênio. No caso dos carpetes, resistência ao fogo corresponde a sua capacidade de opor-se à combustão pelo maior período de tempo possível. São basicamente dois os fatores que correspondem pelo desempenho do carpete quanto à resistência ao fogo: o tipo de matéria-prima de sua superfície e sua densidade. A inflamabilidade dos materiais depende de sua estrutura molecular. No que se refere à densidade, vale o seguinte princípio: quanto mais denso o carpete, menor é a quantidade de oxigênio encontrada entre os fios, reduzindo as possibilidades de propagação das chamas. 25 Para avaliar o comportamento do carpete na ocorrência de fogo, a indústria americana passa por testes realizados em laboratório e deve apresentar desempenho satisfatório nas seguintes etapas de incêndio: ignição e propagação; crescimento e extensão para outras áreas. A CPSC (Consumer Product Safety Commission), uma comissão criada pelo governo americano que visa garantir a segurança do consumidor, é a responsável pela criação de um padrão federal que garante, sobre rigorosas condições de testes, que o carpete não propaga chamas e é auto-extinguível. Um carpete produzido nos Estados Unidos que não atenda a esse padrão constitui um crime federal punível de prisão. Figura 32– Características principais dos carpetes. A decisão de escolha do carpete deve ser baseada em um conjunto de informações. É preciso avaliar vários aspectos para adequar o melhor produto a suas necessidades e quatro fatores devem ser levados em consideração: base, fibra, densidade e construção. 3.3 Características Um carpete superior deve sempre ter um balanço equilibrado de cada característica: • Base: Também conhecida por tela. A base é importante, pois uma maior rigidez vai evitar ondulações e ajudar o carpete a durar muito mais tempo. Um bom carpete deve ter duas bases: a primária, diretamente colada sob a estrutura do carpete, e a secundária, que adiciona ao carpete estabilidade dinâmica (menos ondulação). Alguns carpetes de qualidade superior oferecem um 26 acabamento na base secundaria que facilita a instalação e oferece ainda mais resistência a ondulações. • Fibra: Carpetes podem ser fabricados em vários tipos de fibras. Nylon é a superior, a mais nobre e mais cara. Um carpete de nylon oferece maior opção de cores e mais durabilidade. O poliéster oferece grande conforto e maciez e é uma alternativa mais econômica em substituição ao nylon. O polipropileno é a fibra mais rústica, utilizada em carpetes sintéticos. Sua durabilidade vai depender diretamente da construção e quantidade de fibra utilizada na fabricação do carpete. • Densidade: Um dos fatores mais importantes e freqüentemente relevado na escolha do carpete. O número de densidade reflete a quantidade de fibra em uma determinada área. Quanto maior o número, maior a resistência do carpete, pois contém mais fibra e, portanto, fica mais resistente ao tráfego. Muitas vezes um carpete de polipropileno é mais resistente ao tráfego do que um carpete de nylon, simplesmente porque contém mais fibra. • Construção: A forma como a fibra é trançada na tela determina a sua construção, um dos grandes fatores que podem oferecer ao carpete mais resistência ou conforto. Normalmente, um carpete de alto tráfego não parece muito confortável, mas mais uma vez, é preciso determinar o que é mais adequado a cada necessidade. 3.4 Mitos sobre o uso de carpetes Muitas pessoas deixam de usar o carpete como piso por causa de vários comentários que são falados pelas pessoas que muitas vezes não tem conhecimento sobre o assunto, os principais mitos que são falados sobre o uso de carpete como piso são os seguintes: • Carpete acumula sujeira: De toda a sujeira encontrada nos carpetes, aproximadamente 80% vêm de áreas externas e são trazidos pelas solas dos 27 sapatos dos usuários. Por isso, os locais sujeitos a ficar mais sujos são os de acesso onde, em geral, se dá a transição dos pisos frios para o carpete, soleiras de porta, halls de entrada, lobbies de hotel, elevadores e outros. Resistir à sujeira depende da associação de diversos fatores para, de forma preventiva, dificultar que ela se fixe no tapete. A aplicação de impermeabilizantes forma uma camada invisível protetora em volta do fio, conferindo-lhe repelência a partículas sólidas e líquidas. Filamentos com superfície lisa oferecem menor área na qual a sujeira pode aderir. Assim, filamentos sintéticos apresentam melhor desempenho do que fios naturais. Quanto mais denso for o carpete, mais difícil será a penetração de partículas entre os seus fios, facilitando a aspiração da poeira. • Carpete provoca alergias: Antigamente os fios não tinham a tecnologia que tem hoje. Scotchgard, teflon e novas fibras sintéticas possuem propriedades antialérgicas que combatem a umidade e a proliferação de microrganismos (fungos, bactérias, ácaros). A propriedade antialérgica é encontrada em carpetes produzidos 100% com materiais sintéticos. Já o uso de fios de lã na superfície e de juta na base secundária, por serem matérias-primas naturais, pode propiciar o surgimento de mofo no carpete, podendo desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes microrganismos. Nos anos 70/80, na Suécia, pesquisas demonstraramque as ocorrências de reações alérgicas não decresceram com a redução do uso de carpetes nas residências, pois os outros revestimentos de piso não possuíam a capacidade de reter pequenas partículas em suas superfícies. Com as partículas devidamente retidas no carpete, o ar torna-se mais limpo e livre de microrganismos que podem causar alergias. Como solução para evitar o acúmulo e propagação destes microrganismos, existem substâncias químicas desenvolvidas para aplicação em produtos têxteis que criam ambientes nada hospitaleiros. No caso de carpetes, são produtos de grande durabilidade e eficiência, como demonstra pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Fabricantes de Carpetes. Um carpete lavado profissionalmente 15 vezes ainda apresentava as propriedades originais quanto às propriedades bactericida, fungicida e acaricida. Considerando que, em residências, recomendamos uma 28 lavagem profissional por ano, o resultado alcançado pelo teste superou e muito a vida útil média de um carpete. • Carpete encarde: Muitos carpetes não são construídos na sua cor efetiva, com fios inicialmente transparentes e depois tingidos. De acordo com o tráfego, sua tinta vai saindo e sua aparência transparente volta a aparecer, criando um aspecto desbotado com a aparência de sujo. Processos de tingimento e fixação inovadora tornam os carpetes sintéticos resistentes ao tráfego, à ação da luz em condições normais de uso e à utilização de produtos de limpeza adequados. É o caso dos carpetes Solution Dyed SD, que aumentam a solidez da cor e a resistência ao desbotamento causado pela ação da luz e/ou de produtos de limpeza, inclusive alvejantes a base de cloro. Solution Dyed SD são filamentos de ultima geração em que a cor é incorporada ao filamento no momento da sua fabricação, passando a fazer parte integrante do fio. • Carpete não aguenta tráfego: A decisão de escolha do carpete deve ser baseada em um conjunto de informações. Não apenas por ser de nylon um carpete é superior. É preciso avaliar vários aspectos para adequar o produto às necessidades do ambiente. Um exemplo de resistência vem de um dos aeroportos mais congestionados dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Atlanta tem toda sua área de tráfego revestida em carpete, pelo qual caminham cerca de 2 milhões de usuários ao mês. Carpetes modernos tem total capacidade de aguentar tráfego pesado desde que corretamente especificados. 3.5 Manutenção do carpete Para realizar a manutenção deve ser observado o problema: Alimentos e bebidas: Acidentes são comuns em nosso dia-a-dia e os carpetes estão cada vez mais resistentes a manchas. Em caso de acidentes, limpe o carpete imediatamente seguindo as recomendações do fornecedor. 29 Tráfego: Áreas de maior tráfego exigem mais atenção na limpeza. Se possível, mude eventualmente os móveis de lugar para criar novas áreas de tráfego, distribuindo melhor o desgaste e aumentando a vida útil do carpete. Mobílias: Use um calço sob móveis pesados para evitar amassamento e manter a aparência original do carpete. Luz solar: A incidência direta de raios solares pode descolorir o carpete. Procure manter cortinas fechadas nos horários de maior incidência ou opte por cores claras em áreas onde a luz solar é inevitável. Ondulações: A umidade e o calor podem provocar ondulações no carpete, que devem ser imediatamente neutralizadas a fim de evitar um desgaste prematuro. Chame o instalador do carpete para neutralizar ondulações. Capachos: A incidência direta de raios solares pode descolorir o carpete. Procure manter cortinas fechadas nos horários de maior incidência ou opte por cores claras em áreas onde a luz solar é inevitável. Animais de estimação: Aspire o carpete com frequência e limpe acidentes com desodorizadores. Os animais tendem a repetir acidentes nos mesmos locais devido ao cheiro que ficou no carpete. Algum carpete tem características especiais para desodorizar ambientes, consulte-nos para mais informações. Fumo e queimaduras: Retire as fibras queimadas com uma pequena tesoura e limpe a área com detergente suave sem descolorante (recomenda-se fazer um teste para certificar-se de que o detergente não vai descolorir o carpete). Rotina de manutenção: Aspirar o carpete com regularidade retira impurezas do ar presas nas fibras e o deixa com aspecto fresco e saudável. Procure sempre trocar filtros e bolsas de sujeira do aspirador de pó e prefira aspiradores com escovas giratórias em sua base de sucção, pois ajudam a soltar as impurezas presas no carpete. 30 Figura 33– Limpeza do carpete 31 4. PISO/PLACAS DE BORRACHA SINTÉTICAS Para MUNDO DAS TRIBOS (2009) os pisos de borracha vem ganhando um grande espaço no mercado brasileiro por oferecer fácil instalação aos seus usuários, em alguns casos esses pisos são vendidos em placas ou mantas, o que dispensa o uso de argamassas na hora de sua instalação e sem contar na facilidade que ele oferecer na hora de realizar a sua limpeza, porque para limpa- lo pode ser usado apenas um pano úmido com água e sabão neutro, para que não tenha nenhum tipo de problema ou complicação nessa tarefa. Figura 34– Piso de borracha De acordo com CARDOSO (2015) esses pisos são fabricados com borracha sintética, estes pisos têm sido usados principalmente em áreas de grande trânsito de pessoas, por suas características de alta resistência e superfície antiderrapante. São placas de piso com espessura geralmente entre 4 e 15 mm, de superfície partilhada, estriada ou lisa, geralmente de cor preta, mas que também pode ser encontrada em outras cores. É indicado para áreas de grande fluxo de pessoas, por suas qualidades acústicas e pela segurança que proporciona sua superfície antiderrapante. Além disso, é fabricado em duas linhas básicas: pisos de assentamento com argamassa e pisos colados. Os de assentamento com argamassa são recomendados para locais de tráfego intenso, em áreas internas ou externas. 32 São fabricados em duas espessuras: o de 9mm para locais de acesso público restrito como escolas, corredores, piscinas internas e áreas de rampa. O outro é chamado piso industrial, com 15mm de espessura, indicado para o uso mais pesado, em locais de grande movimentação como aeroportos, estações rodoviárias, estações de metrô e trem, supermercados, passarelas públicas e, recentemente, na Europa, vem sendo utilizados até em estábulos e indicado inclusive para usinas hidrelétricas. 4.1 Forma de aplicação A forma de aplicação do piso deve ser cuidadosa para evitar problemas. • Depois de pronto e seco, o contra piso deve ser molhado e limpo, para receber uma nata pastosa, espalhada com desempenadeira. Esta nata pastosa é composta por cimento, cola branca e água. • Após a cura deve-se lixar e limpar o contra piso deixando-o bem liso e isento de poeiras, graxas e outros. • Passar cola nas placas e no contra piso em área de no máximo 10m². • Esperar a secagem, ou seja, esperar evaporar o solvente da cola. • Somente após atingir o ponto de aderência da cola, as placas serão assentadas e niveladas. A fixação do piso colado é feita com adesivo e não é recomendado para locais úmidos ou sujeitos a lavagem, devendo ser utilizado somente em áreas internas, principalmente em regiões de rampa e escada. É fornecido com superfície pastilhada, estriadaou lisa, e espessura de 4,5mm. Está sendo colocada no mercado uma linha especial, para aplicação em escritórios. A pastilha em relevo, neste caso, foi reduzida para permitir a movimentação de móveis. As principais características do piso de borracha são: antiderrapantes, isolantes térmicos, alta resistência, fácil aplicação, durabilidade, absorção de ruídos criando um ambiente mais agradável, isolação elétrica, resistência a produtos inflamáveis, conforto e fácil manutenção. 33 5. Bibliografia BEAULIEU. Beaulieu do Brasil. Dez razões para acarpetar sua casa. Ponta Grossa – PR. 2015. Disponível em: < http://beaulieu.com.br/porque-carpetes>. Acesso em: 17 nov. 2015. DAMATEX. Cortinas, persianas e carpetes em São Paulo. São Paulo – SP. 2015. Disponível em: <http://www.damatex.com.br/user/documentos/EucafloorMAN UAL-INSTALACAO-todos-os-pisos_2.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2015. CARDOSO, Odair. Pisos de borracha.2015. Disponível em: <http://odaircardo so.com/pdf/construcao/pisos%20de%20borracha.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2015. GOLDPISO. Manual Técnico Fibrapiso. Disponível em: <http://www.goldpiso.co m.br/pdf/manual_tecnico_fibrapiso_revisado_0001.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2015. SUPPORT REVESTIMENTOS. Especificação, Instalação E Manutenção. Disponível em: <http://www.supportrevestimentos.com.br/especificacao/guia- de-manutencao-do-seu-carpete>. Acesso em: 17 nov. 2015.
Compartilhar