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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS

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TERMO INICIAL DO MANDADO DE SEGURANÇA ENVOLVENDO CONCURSO PÚBLICO 
O termo inicial do prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança no qual se discuta 
regra editalícia que tenha fundamentado eliminação em concurso público é a DATA EM QUE O 
CANDIDATO TOMA CIÊNCIA DO ATO ADMINISTRATIVO QUE DETERMINA SUA EXCLUSÃO DO CERTAME, e 
não a da publicação do edital do certame. 
STJ. Corte Especial. REsp 1.124.254-PI, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 1º/7/2014 (Info 545). 
 
TEORIA DO FATO CONSUMADO: INAPLICABILIDADE EM CONCURSO PÚBLICO 
A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de caráter provisório não implica a 
manutenção, em definitivo, do candidato que não atende a exigência de prévia aprovação em concurso 
público (CF, art. 37, II), valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual do candidato, 
que não pode invocar, na hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima, pois conhece a 
precariedade da medida judicial. 
Em suma, não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o cargo público por 
força de decisão judicial provisória posteriormente revista. 
STF. Plenário. RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014 (repercussão geral) (Info 753). 
 
INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR EM CASO DE NOMEAÇÃO TARDIA 
A nomeação tardia a cargo público em decorrência de decisão judicial NÃO gera direito à indenização. 
STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl nos EDcl no RMS 30.054-SP, Min. Og Fernandes, julgado em 19/2/2013 (Info 515). 
 
Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a 
cargo público. 
 
É admitida a realização de exame psicotécnico em concursos públicos se forem atendidos os seguintes 
requisitos: previsão em lei, previsão no edital com a devida publicidade dos critérios objetivos fixados e 
possibilidade de recurso. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1.429.656-PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, julgado em 11/2/2014 (Info 535). 
 
CONTROLE DE QUESTÕES DE CONCURSO PELO PODER JUDICIÁRIO 
É possível que o Poder Judiciário anule questão objetiva de concurso público que foi elaborada de 
maneira equivocada? É possível que seja alterada a pontuação dada ao candidato na questão sob o 
argumento de que a correção feita pela banca foi inadequada? 
Regra: NÃO. Os critérios adotados por banca examinadora de concurso público não podem ser revistos 
pelo Poder Judiciário. Não é possível controle jurisdicional sobre o ato administrativo que corrige 
questões de concurso público. Não compete ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora para 
reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados. 
Exceção: apenas em casos de flagrante ilegalidade ou inconstitucionalidade, a Justiça poderá ingressar no 
mérito administrativo para rever critérios de correção e de avaliação impostos pela banca examinadora. 
STF. Plenário. RE 632853/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782). 
 
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O candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital de concurso público tem direito 
subjetivo à nomeação quando o candidato imediatamente anterior na ordem de classificação, aprovado 
dentro do número de vagas, for convocado e manifestar desistência. 
STJ. 1ª Turma. AgRg no ROMS 48.266-TO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/8/2015 (Info 567). 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
SERVIDOR PÚBLICO DESIGNADO PARA EXERCER ATRIBUIÇÕES DIVERSAS DE SEU CARGO 
A Administração Pública não pode, sob a simples alegação de insuficiência de servidores em determinada 
unidade, designar servidor para o exercício de atribuições diversas daquelas referentes ao cargo para o 
qual fora nomeado após aprovação em concurso. 
STJ. 2ª Turma. RMS 37.248-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 27/8/2013 (Info 530). 
 
IMPOSSILIDADE DE AUMENTO DA REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS POR MEIO DE DECISÃO JUDICIAL 
Súmula Vinculante 37-STF: Não cabe ao poder judiciário, que não tem função legislativa, aumentar 
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 
STF. Plenário. Aprovada em 16/10/2014. 
 
INCONSTITUCIONALIDADE DA ASCENSÃO E TRANSPOSIÇÃO 
A ascensão e a transposição constituem formas inconstitucionais de provimento derivado de cargos por 
violarem o princípio do concurso público. 
STF. Plenário. ADI 3341/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/5/2014 (Info 748). 
 
CONTRATAÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEM CONCURSO PÚBLICO E AUSÊNCIA DE EFEITOS TRABALHISTAS 
É nula a contratação de pessoal pela Administração Pública sem a observância de prévia aprovação em 
concurso público, razão pela qual não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos em relação ao empregado 
eventualmente contratado, ressalvados: 
• o direito de ele receber os salários referentes ao período trabalhado; e 
• o direito de ele levantar os depósitos do FGTS (art. 19-A da Lei 8.036/90). 
STF. Plenário. RE 705140/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 28/8/2014 (repercussão geral) (Info 756). 
 
CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO DECLARADO NULO E INAPLICABILIDADE DO ART. 19-A DA LEI 8.036/90 
O art. 19-A da Lei nº 8.036/90 deve ser aplicado também nas hipóteses em que a pessoa foi contratada 
temporariamente, nos termos do art. 37, IX da CF/88? 
A 1ª Turma do STF decidiu que SIM. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS é devido aos 
servidores temporários, nas hipóteses em há declaração de nulidade do contrato firmado com a 
Administração Pública, consoante decidido pelo Plenário do STF, na análise do RE 705.140-RG, Rel. Min. 
Teori Zavascki (STF. 1ª Turma. ARE 839606 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 11/11/2014). 
É importante, no entanto, ressaltar que o STJ possui precedente mais antigo em sentido contrário: STJ. 1ª 
Turma. AgRg nos EDcl no AREsp 45.467-MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 5/3/2013 (I 518). 
 
 
 
 
TETO CONSTITUCIONAL REMUNERATÓRIO 
O teto de retribuição fixado pela EC nº 41/2003 é de eficácia imediata e todas as verbas de natureza 
remuneratória recebidas pelos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios devem se submeter a ele, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 
A aplicação imediata da EC nº 41/2003 e a redução das remunerações acima do teto não afrontou o 
princípio da irredutibilidade nem violou a garantia do direito adquirido. 
Em outras palavras, com a EC nº 41/2003, quem recebia acima do teto fixado, teve a sua remuneração 
reduzida para respeitar o teto. Essa redução foi legítima. 
 
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STF. Plenário. RE 609381/GO, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 2/10/2014 (Info 761). 
 
TETO REMUNERATÓRIO E SERVIDOR QUE OCUPA DOIS CARGOS ACUMULÁVEIS 
A acumulação de proventos de servidor aposentado em decorrência do exercício cumulado de dois 
cargos de profissionais da área de saúde legalmente exercidos, nos termos autorizados pela CF/88, não 
se submete ao teto constitucional, devendo os cargos ser considerados isoladamente para esse fim. 
STJ. 2ª Turma. RMS 38.682-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18/10/2012 (Info 508). 
 
CONCEITO DE CARGO TÉCNICO PARA OS FINS DO ART. 37, XVI, “B”, DA CF/88 
A CF/88 permite a acumulação de um cargo de professor com outro técnico ou científico (art. 37, XVI, “b”). 
Somente se pode considerar que um cargo tem natureza técnica se ele exigir, no desempenho de suas 
atribuições, a aplicação de conhecimentos especializados de alguma área do saber. 
Não podem ser considerados cargos técnicos aqueles que impliquem a prática de atividades meramente 
burocráticas, de caráter repetitivo e que não exijam formação específica. 
Nesse sentido, atividades de agente administrativo, descritas como atividades de nível médio,
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