Buscar

Apostila Botânica Criptogâmica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS – CCBSA 
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
CAMPUS V – MINISTRO ALCIDES CARNEIRO 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO SOBRE BOTÂNICA CRIPTOGÂMICA 
(CÓDIGO 511106) 
 
 
 
PROFESSOR: ÊNIO WOCYLI DANTAS 
Matrícula: 5.23782-3 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA, PB 
2009 
 
DANTAS, Ê.W. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
1
Prefácio 
 
 Esta apostila foi confeccionada para os estudantes de Botânica Criptogâmica do Curso de 
Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba, ministrada pelo 
professor Ênio Wocyli Dantas. Esta apostila foi elaborada na intenção de auxiliar os estudantes 
frente a reduzida bibliografia em língua-mãe para o estudo nesta área. A seqüência dos assuntos foi 
revisada e adequada a ementa anexa ao Projeto Político Pedagógico do curso de Ciências Biológicas 
desta instituição. 
Desta forma, a abordagem inicia-se com o próprio plano de curso da disciplina Botânica 
Criptogâmica, onde os leitores podem perceber a seqüência dos tópicos abordados neste material 
didático. 
A Botânica é uma ciência que trata do estudo dos organismos clorofilados em seus aspectos 
morfológicos, evolutivos, sistemáticos e fisiológicos que junto como a Zoologia e a Ecologia 
formam os grandes ramos em Biologia. Este presente material didático vem com intuito de trazer os 
primeiros conhecimentos a cerca do mundo botânico que inicia através da abordagem dos vegetais 
criptogâmicos, termo que se refere aos vegetais sem flores ou sementes, mais basais na escala 
evolutiva. São estes as Algas micro e macroscópicas bem como as Briófitas e Pteridófitas ou Fetos. 
Nosso primeiro estudo sobre a Ciência dos Vegetais necessita de uma introdução a respeito dos 
conceitos básicos e definições importantes tratadas em Botânica e em seguida adentraremos no 
vasto caminho evolutivo seguido pelos seres clorofilados iniciando pelas conceituações essenciais a 
respeito das Algas – um grupo de vegetais muito diversificados tanto no aspecto morfológico ou 
estrutural e reprodutivo com habitats exclusivamente aquáticos. Logo após abordaremos as 
principais peculiaridade inerentes a cada uma das divisões de Algas, sendo elas: Cyanophyta 
(cianobactérias), Rhodophyta (algas vermelhas), Heterocontophyta (algas douradas), que inclui as 
famílias Phaeophyceae (algas pardas) e Bacillariophyceae (diatomáceas), Dinophyta 
(dinoflagelados) e Chorophyta ou Viridiplantae (algas verdes). Visto os principais grupos algais, 
abriremos as portas para o entendimento de como os vegetais colonizaram os ambientes terrestres e 
como se deu sua origem, concluindo o conteúdo da disciplina com o enfoque das Briófitas e 
Pteridófitas. 
A apostila apresenta tópicos didáticos utilizados durante as aulas do curso. Estes tópicos são, 
em geral, norteadores para a compreensão geral dos conteúdos utilizados na disciplina. Isso serve 
como estopim para instigar nos estudantes a pesquisa e a busca de novas fontes. Após a 
apresentação de cada conteúdo programático, a apostila vem com um roteiro de estudo dirigido que 
são fundamentais para a obtenção de pontos extras do curso. Vale destacar que os estudos dirigidos 
 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
2
 
são entregues ao professor 15 dias após o término do conteúdo ao qual se refere o estudo. Este 
prazo serve para que o estudante possa fundamentar suas respostas com argumentos mais amplos e 
coerentes com outras bibliografias. 
 No mais, é importante ressaltar que este material não substitui, de maneira alguma, o livro 
didático, sendo, pois, apenas um complemento e/ou suplemento para o acompanhamento das aulas 
ministradas nesta instituição. Este suporte é, portanto, passível de ajustes já que o ensino e a 
aprendizagem é um processo dinâmico. 
 
Ênio Wocyli Dantas. 
Professor. 
 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
3
 
 
 Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA 
Curso de Ciências Biológicas 
Componente Curricular: Botânica Criptogâmica Código: 511106 
Carga Horária total: 80 horas Período: 1o Atividade: Básica 
Professor (a): Ênio Wocyli Dantas Período Letivo: 
 
PLANO DE CURSO 
 
1. EMENTA: 
Introdução aos Reinos Monera, Protista, Fungi e Plantae: critérios taxonômicos, morfológicos, 
reprodutivos, citológicos e químicos utilizados para a divisão. Teoria sobre a origem dos eucariotos 
fotossintetizantes. Moneras fotossintetizantes: caracterização e importância biológica e evolutiva 
das cianofíceas. Protistas fotossintetizantes. Reino Plantae: organização vegetativa, reprodução e 
sexualidade. Conceitos gerais e critérios taxonômicos de algas. Origem e conquista do ambiente 
terrestre pelas plantas. Características gerais que definem briófitas e pteridófitas. Morfologia; 
reprodução; ecofisiologia e evolução de briófitas. Sistema de classificação das briófitas. 
Morfologia; reprodução; ecofisiologia e evolução de pteridófitas. Sistema de classificação das 
pteridófitas. 
 
2. OBJETIVOS DO CURSO: 
Fornecer aos alunos uma visão atual sobre os fundamentos básicos da Biologia Celular, preparando-
os para o estudo das áreas afins, e dos fenômenos físicos, químicos e moleculares que mantém a 
célula em funcionamento no seu ciclo vital. 
 
3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
 
I Unidade Temática: 
Definições em Botânica Criptogâmica; Sistemas de classificação dos seres vivos; Introdução aos 
Reinos Monera, Protista, Fungi e Plantae (Caracteres taxonômicos, morfológicos, químicos, 
reprodutivos e citológicos); Teoria sobre a origem dos eucariotos fotossintetizantes (Teoria 
endossimbiótica do cloroplasto e teoria química); Conceitos gerais e critérios taxonômicos em 
Algas (Organização vegetativa, caracteres químicos e reprodutivos); Cianobactérias (Caracteres 
gerais, importância biológica e evolutiva); Protistas fotossintetizantes (Algas vermelhas, 
Criptofíceas, e Heterocontófitas). 
 
II Unidade Temática 
Protistas fotossintetizantes (Dinoflagelados, Euglenofíceas e algas verdes); Origem e conquista do 
ambiente terrestre pelas plantas; Características gerais que definem briófitas e pteridófitas. 
Morfologia; reprodução; ecofisiologia e evolução de briófitas. Sistema de classificação das 
 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
4
 
briófitas. Morfologia; reprodução; ecofisiologia e evolução de pteridófitas. Sistema de classificação 
das pteridófitas. 
 
4. METODOLOGIA 
4.1. Estratégias de Ensino: aulas expositivas, apresentação de seminários, exercícios de classe e 
aulas práticas. 
 
4.2. Recursos Técnico-Pedagógicos: Quadro branco, retroprojetor, projetor de slides, vídeo-
cassete, televisão, DVD, Data-show, computador e equipamentos de laboratório. 
 
4.2. Avaliação: Avaliação contínua com testes e provas teórico e/ou práticas, estudos dirigidos, 
trabalhos e apresentação de seminários. 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CRANFILL, R. Phylogeny and Evolution of ferns (Monilophytes) with a focus on the early 
Leptosporangiate Divergences. Journal of Botany. 91 (10). 1582-1598. 2004. 
DOMÉNECH, J.M.T. Atlas de Botânica. Rio de Janeiro, Ibero Americana. 1977. 
JOLY, A.B. Botânica. São Paulo, Companhia Editora Nacional. 1979. 777p. 
LOURENÇO, S.O. Cultivo de microalgas marinhas: princípios e aplicações. São Carlos, Rima. 
2006. 606p. 
MAUSETH, J.A. Plant Anatomy. Menho Park, Benjamin Cunnings Publishing Co. 1985. 
McNEILL, J.;BARRIE, F.R.; BURDET,H.M.;DEMOULIN, V.; HAWKSWORTH, D.L.; 
MARHOLD, K.; NICOLSON, D.H.; PRADO, J.; SILVA, P.C.; SKOG, J.E.; WIERSEMA, J.H.; 
TURLAND, N.J. Código Internacional de Nomenclatura Botânica (Código de Viena, 2006). 
BICUDO, C.E.M.; PRADO, J. (Trads.). São Carlos, Rima, 2007.181p. 
PEREIRA, A.B. Introdução ao Estudo das Pteridófitas. Canoas, 2003. 192p. 
PRYER, K.M.; SCHUETTPELZ, E.; WOLF, P.G.; SCHNEIDER, H.; SMITH, A.R. and QUER, 
P.F. Dicionário de Botânica. Barcelona, Labor S.A. 1977. 1234p. 
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro, 
Guanabara Koogan. 2007. 830p. 
REVIERS, B. Biologia e filogenia das algas. Porto Alegre, Artmed. 2006.280p. 
SMITH, G.M. Botânica Criptogâmica. Lisboa, Fundação Caloustre Gulbenkian. V.2. 1987. 387p. 
SPORNE, K.R. The Morphology of Pteridophytes. London, Huchinson & Co. 1975. 185p. 
TISSOT-SQUALLI, m.l. Introdução à Botânica Sistemática. 2ª ed. rev. Ijuí, Unijuí. 2007.144p. 
TRYON, R.M. & TRYON, A.F. Ferns and Allied Plants with Special Reference to Tropical 
America. New York, Spring – Verlag. 1982. 867p. 
VAN DEN HOEK, C.; MANN, D.; JAHNS, H.M. Algae: an introduction to phycology. 
Cambridge, Cambridge University Press, 1995. 640p. 
 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
5
 
BOTÂNICA CRIPTOGÂMICA 
Introdução aos Estudos Botânicos 
 
1. Botânica Ö ciência que estuda as plantas. 
9 O que são plantas? 
 Depende da classificação. 
 
9 Mas o que é classificação? 
 
 
 
2. Sistemática x Taxonomia 
 
 
 
 
 
 
Sistemática compreende Ö Identificação, Nomenclatura e Classificação 
 
2.1. Nomenclatura Botânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1.1. Histórico 
 
9 Antiguidade Ö Teophrastus Ö Nomenclatura popular; 
 
 
9 Renascença Ö Herbalistas Ö Níveis de utilização; 
 
 
 
 
 
 
 
9 Século XVII Ö Níveis de hierarquia 
 
Sistemática Taxonomia X 
Classificação Elaboração de leis para a classificação 
 Código Internacional de Nomenclatura Botânica 
Princípios Regras Recomendações 
Filosofia do sistema 
nomenclatural 
Ordenam os nomes e orientam a 
criação de novos nomes. 
Indicam a melhor forma de 
escolher um nome 
Otto Brunfels
André Caesalpino Jean Bauhin
Ênio Wocyli 
Dantas 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
6
 
 
 
9 Nomenclatura binomial (1707-1778) 
 
 
 
 
9 Código Internacional de Nomenclatura Botânica 
9 
 Nomes legítimos X Nomes ilegítimos 
 
 
 2.1.2. Princípios do código Internacional de Nomenclatura Botânica 
9 A nomenclatura botânica é independente da zoológica; 
9 A aplicação de nomes é determinada por tipos nomenclaturais; 
 
Tipos nomenclaturais botânicos 
 
Tipo nomenclatural: é um simples espécime de herbário, devidamente registrado Ö Exsicata. 
Herbário: é um local onde se acondicionam coleções de plantas secas e catalogadas de forma 
ordenada, seguindo um determinado sistema de classificação. 
 
Typus: é o espécime conservado em um herbário, do qual se fez uma diagnose original. 
Holotypus: o espécime ou outro elemento usado pelo autor ou designado por ele como tipo 
nomenclatural e que, portanto, regulará a aplicação do nome correspondente. 
Isotypus: uma duplicata do holotypus, que forma parte da coleção original. 
Carolus Linnaeus 
 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
7
 
Lectotypus: espécime ou elemento selecionado a partir de material original para servir como tipo 
nomenclatural quando não foi registrado um holotypus junto à publicação ou devido à perda da 
informação. 
Syntypus: um dos espécimes originalmente citados pelo autor que não designou holotypus ou que 
enumerou vários, simultaneamente, como typus. 
Neotypus: é um espécime ou qualquer outro elemento elegido para servir de tipo nomenclatural 
quando falta todo o material sobre o qual está baseado o nome do táxon. 
Epitypus: espécime ou elemento selecionado para servir como typus interpretativo quando o 
holotypus, lectotypus ou neotypus for comprovadamente ambíguo e não possa ser identificadopara 
os fins da precisa aplicação do nome do táxon. 
 
9 A nomenclatura de um grupo taxonômico baseia-se na prioridade de publicação; 
9 Cada táxon pode ter apenas um nome válido; 
9 Independente de sua origem, os nomes dos grupos taxonômicos são tratados como nomes 
latinos; 
9 As regras de nomenclatura botânica são retroativas, exceto quando claramente limitadas. 
 
 
 
 
 
 2.1.3. Principais regras do código Internacional de Nomenclatura Botânica 
I. Terminações das categorias taxonômicas: 
 Categoria Terminação Táxon 
Reino variável Plantae 
Divisão -phyta Magnoliophyta 
Classe -opsida Magnoliopsida 
Subclasse -idae Asteridae 
Ordem -ales Asterales 
Subordem -ineae Asterineae 
Família -aceae Asteraceae 
Subfamília -oideae Asteroideae 
Tribo -eae Heliantheae 
Subtribo -inae Helianthinae 
Gênero variável Helianthus 
Subgênero variável Helianthus 
Seção variável Helianthus 
Espécie variável Helianthus annuus 
Subespécie variável Helianthus annuus sub. annuus 
Variedade variável Helianthus annuus var. annuus 
Capítulos 
Seções 
Artigos 
Regras 
Recomendações 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
8
 
II. Nome das espécies: 
9 É formado de uma combinação binária entre o nome do gênero e o epíteto específico; 
9 O nome do gênero deve ser escrito com letra inicial maiúscula; 
9 O epíteto específico deve ser escrito com letra inicial minúscula; 
9 O nome de gêneros e categorias infragenéricas devem ser destacado do texto. 
Nome do gênero + epíteto específico 
Wallacis wocyliana 
III. O binômio científico deve ser acompanhado do nome da pessoa que descreveu a espécie: 
Wallacis wocyliana Macêdo 
IV. Princípio da prioridade 
Dois nomes para uma mesma espécie Ö conserva o nome descrito primeiro 
 
 
V. Mudança de gênero de uma espécie: 
 
 
VI. Espécies que receberam o nome sem ser descrita 
 
 
 
 
2.1.4. Razões para mudar um nome científico 
9 Ser contrário a regra (ilegítimo); 
9 Pesquisas adicionais modificam a definição e a delimitação do táxon. 
 
2.1.5. Mudança de nomes 
 
9 Dividido; 
9 Unificado; 
9 Mudado de posição; 
9 Mudado de categoria. 
 
2.1.6 Critérios para a validação de um nome 
 
9 Nome tem que ser efetivamente publicado; 
9 O nome deve estar latinizado e hierarquicamente posicionado; 
9 Apresentar uma descrição em latim; 
9 Tipo nomenclatural deve ser indicado. 
Wallacis wocyliana Macêdo, 2003 
Enis wocyliana (Macêdo) Lira, 2006 
Basinômio 
Nome corrente 
Wallacis wocyliana Macêdo, 2003 
Wallacis dianense Santos, 2004 
Nome corrente 
Sinônimo 
Cibelis pernambucensis Holanda ex Dantas 
Autor Responsável 
pela descrição 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
9
 
3. Sistemas de classificação 
 
3.1. Histórico de classificação dos seres vivos 
9 Aristóteles (350 a.C.) Ö Dois reinos: Animal e Vegetal 
Diferenças entre Animal e Vegetal: 
- Nutrição; 
- Motilidade; 
- Crescimento; 
- Reprodução; 
- Constituição celular; 
9 Advento do microscópio (1665) Ö Descoberta do mundo microscópico 
9 Ernst Haeckel (1866) Ö Três reinos: proposição do reino Protista. 
- Introdução do grupo dos Monera Ö dentro dos Protista9 Fungos (?) Ö Características tanto de animais como de plantas Ö Quatro reinos. 
9 Robert Whittaker (1959) Ö Cinco reinos. 
9 Margulis & Schwartz (1982) Ö Dois super-reinos: Prokarya e Eukarya 
Diferenças entre Procariotos e Eucariotos: 
- Membrana nuclear; 
- Cromossomos; 
- Organelas citoplasmáticas; 
- Flagelos; 
- Constituição da parede celular. 
 
 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
10
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2. Tipos de sistemas de classificação 
Sistema Objetivos Características 
Artificiais Praticidade; Classificação rápida e 
fácil de ser realizada. 
Utiliza o mínimo possível de caracteres; 
São objetivos e fáceis de serem detectados. 
Naturais Agrupar organismos segundo sua 
máxima semelhança global. 
Utiliza maior número possível de caracteres 
sem pondera-los. 
Filogenéticos Procura inferir a origem e o 
relacionamento evolutivo dos grupos
Utiliza caracteres derivados para 
reconhecer ancestrais comuns. 
 
Conceitos empregados em uma classificação filogenética: 
9 Analogia: Relação de semelhança entre duas estruturas que desempenham a mesma função 
em um organismo. 
9 Homologia: Propriedade de estruturas biológicas com uma origem evolutiva comum. 
9 Apomorfia: Estado ou condição derivada de um caráter em uma série de transformação 
9 Sinapomorfia: Compartilhamento da condição apomórfica de um caráter por um grupo. 
9 Plesiomorfia: A condição mais antiga, pré-existente, em uma série de transformação. 
9 Simplesiomorfia: Compartilhamento da condição plesiomórfica de um caráter por um 
conjunto de populações considerando uma forma apomórfica derivada dela. 
9 Reversão: Caso particular de apomorfia em que a condição derivada é semelhante a uma 
condição plesiomórfica anterior 
9 Grupo monofilético: Grupo constituído de uma espécie ancestral e todos os seus 
descendentes. 
9 Grupo parafilético: Grupo constituído por descendentes de uma única espécie ancestral, em 
que um ou mais descendentes desta são excluídos. 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
11
 
9 Grupo polifilético: Grupo constituído por descendentes de mais de uma espécie ancestral. 
 
 
A) Grupo monofilético B) Grupo parafilético 
 
C) Grupo polifilético 
 
 
Estudo dirigido – Introdução ao estudo Botânico 
 
1) Discuta sobre o que são plantas. 
2) Diferencie Identificação, Nomenclatura e Classificação. 
3) Resolva os problemas relacionados aos tipos nomenclaturais: 
a) No Herbário do INPA estava contido o holotipo da espécie Manuelis adrianensis. Uma 
infiltração no teto levou ao umedecimento do armário onde esta exsicata estava arquivada levando a 
sua perda total. Quais as conseqüências deste fato? 
b) Um incêndio no Herbário de Londres levou a perda de exsicatas raras, descritas desde 
1750 e cujos originais haviam sido preservadas apenas neste herbário. Quais as conseqüências deste 
fato? 
4) Complete os espaços corretamente: 
 O incidente de Caruaru, aonde mais de 70 pessoas faleceram, foi provocado por toxinas de 
Microcystis aeruginosa contidas na água da hemodiálise. Esta _________ ocorre nos reservatórios 
nordestinos que sofrem atualmente de floração de diversos _________ de algas da ________ 
A B C D E
Ancestral 
A B C D E
A B C D E
Ancestral 
Introdução ao Estudo Botânico 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
12
 
Cyanophyta, como Cylindrospermopsis e Anabaena. As Nostocales, ao contrário das 
Chroococcales, apresentam heterócitos, razão pela qual faz com que esta __________ se caracterize 
por fixar nitrogênio. 
5) Analisando amostras de água de um reservatório paraibano, você acaba de descobrir uma nova 
espécie de Volvocales dentro das Chlorophyta: 
a) Usando os princípios e regras de nomenclatura botânica, atribua corretamente um nome 
científico hipotético a esta espécie e posicione-o hierarquicamente dentro das categorias 
taxonômicas correspondentes. 
 b) Quais os procedimentos necessários para tornar esse nome válido. 
6) Quais as diferenças encontradas entre: 
a) um animal e um vegetal. 
 b) Um organismo procarionte e um organismo eucarionte 
7) Quais os problemas encontrados nos fungos e nos protistas que dificultaram o posicionamento 
taxonômico destes grupos na história da sistemática Botânica? Quais as características que definem 
cada reino. 
8) Estabeleça cinco exemplos de: 
a) estruturas homólogas e idênticas; 
b) estruturas homólogas e diferentes; 
c) estruturas análogas. 
9) Estabelecendo um estudo com os seres vivos em geral, observa-se a ocorrência das seguintes 
apomorfias na série de transformação que originaram as plantas: 
 - Desenvolvimento da autotrofia em cianobactérias; 
 - Surgimento da meiose em clorófitas; 
 - Conquista do ambiente terrestre pelas Briófitas com a formação da cutícula; 
 - Vascularização dos tecidos nas Pteridófitas. 
 - Desenvolvimento de flores em fanerógamas. 
 a) Quais as características plesiomorficas de cada apomorfia citada. Cite exemplos de 
indivíduos que compartilham esta condição primitiva. 
b) No decurso da evolução dos seres vivos, a exemplo das Euglenophyta, são encontradas 
espécies tanto heterotróficas como autotróficas, o que não acontece com as Pteridófitas, todas 
autotróficas. Considerando a apomorfia autotrofia, quais destas duas divisões são considerados 
grupos naturais. Explique. 
 c) O hábito terrestre apresentado pelas fanerógamas e compartilhado com as algumas 
briófitas e Pteridófitas, constitui uma apomorfia no curso evolutivo das plantas. Explique porque 
ainda são encontradas fanerógamas aquáticas. 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
13
 
ALGAS 
Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
1. Conceito de Algas 
 
9 Termo genérico desprovido de significado taxonômico; 
9 Não possuem raiz, caule ou folhas; 
9 Em sua maioria: 
- Realizam fotossíntese; - Possuem clorofila a; 
- Talo predominantemente aquático. 
9 Não são semelhantes entre si; 
9 Grande diversidade de organização do talo; 
9 Não possuem origem evolutiva próxima Ö três reinos distintos. 
 
2. Classificação 
 
Os atuais sistemas de classificação incluem: 
9 Teoria Endossimbiótica do Cloroplasto; 
9 Diversificação química das algas; 
9 Informações ultraestruturais da célula (Hoek et al., 1995); 
9 Dados moleculares (Reviers, 2003). 
 
Atmosfera da terra primitiva Ö organismos fotossintetizantes Ö diversificação das cianobactérias 
Ö transformação atmosférica. 
 
Colapso do CO2 Ö invasão dos organismos fotossintetizantes dentro das células heterotróficas Ö 
irradiação dos diversos grupos de algas (Kutschera & Niklas, 2005). 
 
2.1. Teoria endossimbiótica do cloroplasto 
 
9 Evidências Ö Similaridade entre os procariotos e as organelas Ö tamanho, enzimas, 
replicação e tradução, DNA e ribossomos; 
9 Etapas da endossimbiogênese na formação do cloroplasto: 
 - Fagocitose de um organismo fotossintetizante; 
 - Transferência lateral dos genes ao núcleo do hospedeiro; 
 - Perda de genes com conseqüente redução de genoma; 
 - Evolução de um sistema de importação de proteínas necessárias; 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
14
 
2.2. Megaevolução dos eucariotos 
PressupostoDendrograma evolutivo segundo Bathacharya 2004 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
15
 
 Evolução dos cromistas 
 Evolução dos alveolados 
2.3. Classificação das algas: 
 
Hoek et al. (1995) Reviers (2003) 
Cyanophyta Ö Cyanophyta 
Prochlorophyta 
 Chlorophyta 
Chlorophyta Viridiplantae Ö Streptophyta 
Chlorarachniophyta Cercozoa Ö Chlorarachniophyceae 
Euglenophyta Euglenozoa 
Rhodophyta Rhodophyta 
Heterokontophyta Ochrophyta 
Haptophyta Haptophyta 
Cryptophyta Cryptophyta 
Dinophyta Dinophyta 
 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
16
 
Obs.: As Prochlorophyta (sensu Hoek et al., 1995) correspondem a um grupo procariótico formado 
por três classes polifiléticas para o caráter clorofila b, sem qualquer relação com a origem das 
glaucocistófitas e/ou algas verdes. 
 
 
 
Diagrama evidenciando os eventos endossimbióticos primários, secundários e terciários relacionados à 
filogenia dos principais grupos de algas (extraído de Delwiche, 1999). 
 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
17
 
2.4. Diversificação química das algas 
 
Caracteres químicos plesiomórficos Ö Pigmentos – Clorofila a, Ficobilinas, Zeaxantina (Xantofila); 
 Reserva – Amido; 
 Estrutura de parede celular – Camada de peptideoglicana 
Endossimbiose primária Ö desaparecimento da camada de peptideoglicana. 
Endossimbiose secundária Ö Linhagem verde – Retenção da clorofila b 
 Linhagem vermelha – Retenção ficobilina para origem das criptófitas, 
formação da clorofila c e diversficação das Xantofilas, Crisolaminarina (reserva) e das paredes celulares. 
 
 
 
 
Ficobilinas 
Clorofila b 
Xantofilas Clorofila “c” 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
18
 
3. Diversidade morfológica 
 
Unicelulares Ö pluricelulares; diferentes formas de organização celular: 
 
9 Unicelulares 
- Sem flagelos 
Formas cocóides; 
Presença de apêndices; 
Arranjo de valvas 
- Com flagelos 
Isocontes, Anisocontes, Heterocontes; 
Lisos ou Pleuronemáticos; 
Disposição apical, subapical ou intercalar 
 
9 Coloniais 
Irregulares ou regulares (cenóbios); 
Com ou sem mucilagem; 
Flagelados ou sem flagelos; 
Presença ou não de outros apêndices 
 
9 Filamentosos 
Tricomas das cianobactérias; 
Simples, simples ramificado, pseudoramificado; 
Unisseriado ou uniaxial, multisseriado ou multiaxial, polissifônico, heterotríquias Ö 
Pseudoparenquimatosas 
 
9 Cenocíticas 
 
9 Parenquimatosas Ö Exemplo do Monostroma, Ulva e Laminaria. 
 
Formas cocóides
Presença de apêndices
Arranjo de valvas
Isocontes Anisocontes Heterocontes
Apical Subapical Intercalar
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
19
 
 
 
 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
20
 
4. Reprodução 
 
9 Assexuada 
- Divisão binária Ö maioria (estudo de caso das diatomáceas); 
- Fragmentação 
- Formação de esporos Ö aplanósporos, zoósporos, esporos neutros, etc. 
 
9 Parassexualidade das cianobactérias 
 - Conjugação (transferência de genes) ≠ conjugação em Spirogyra (transferência de gametas) 
 
9 Sexuada 
- Gametas: 
Isogametas; 
Anisogametas; 
Oogametas 
- Ciclos de vida: 
 Haplobionte haplonte Ö meiose zigótica; 
 Haplobionte diplonte Ö meiose gamética; 
 Diplobionte Ö meiose espórica: 
 Alternância de geração isomórfica 
 Alternância de geração heteromórfica 
- Casos especiais: 
 Ciclo trifásico das Rodófitas 
 Gametófito Ö Carposporófito Ö Tetrasporófito. 
 Órgãos uniloculares (meiose) e pluriloculares (mitose) das Feófitas. 
 
 Ciclos haplobiontes encontrados em algas 
 
 
 Ciclo diplobionte encontrado nas algas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Talo
(2n)
Gameta
Gameta
R! (n)
(n)
Zigoto
(2n)
Talo
(n)
Gameta
Gameta
E! (n)
(n)
Zigoto
(2n)
E!
R!
Haplobionte diplonte
Haplobionte haplonte
Gametófito
(n)
Gameta
Gameta
E! (n)
(n)
Zigoto
(2n)
Esporófito
(2n)
E!
Esporos
(n)
R!E!
Diplonte
Anisogamia OogamiaIsogamia 
Tipos de reprodução sexuada baseada na forma dos gametas 
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
21
 
Ciclo das feófitas com alternância de gerações 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo trifásico encontrado em Rodófitas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido – Algas: classificação, diversidade morfológica e classificação 
 
1) O que você entende por algas? 
2) Quais as premissas básicas para o surgimento de um cloroplasto em um organismo eucarioto? 
Como se deu o surgimento de um cloroplasto? Se um cloroplasto foi uma cianobactéria, porque não 
existem cloroplastos livres? 
3) Comente, tomando por base a teoria Endossimbiótica do cloroplasto e a diversificação química 
das algas, as principais tendências evolutivas observadas para os grupos algais irradiados a partir 
das Rodófitas? E a partir das Clorófitas? Como explicar o surgimento dos dinoflagelados? 
4) Quais as principais formas de organização celular encontrado nas algas? Estabeleça um paralelo 
entre as formas de organização celular das algas e sua origem. 
5) Todo filamento de uma cianobactéria possui tricomas, mas nem todos os tricomas de 
cianobactérias constituem um filamento. Estabeleça comentários sobre esta afirmativa, explicando 
as diferenças entre um filamento e um tricoma em uma cianobactéria. 
6) A reprodução sexuada nas algas se dá com a formação de gametas. Quais os principais tipos de 
gametas encontrados nas algas. Descreva-os. 
7) Estabeleça semelhanças e diferenças entre: 
 a) Algas com flagelos isocontes e anisocontes 
 b) Filamentos uniaxial e multiaxial c) Anisogamia e Oogamia 
 d) Ciclos Haplobionte haplonte e Hablobionte diplonte 
 e) Ciclos Haplobionte haplonte e Diplobionte f) Órgãos unilocular e plurilocular 
Gametófito
(n)
Gameta
(n)
Gameta
(n)
Zigoto
(2n)
Esporófito
(2n)
E!
Órgão 
plurilocular
Órgão
Unilocular 
Esporos 
(n)
E!
Órgão 
plurilocular
Esporos 
neutros (2n)
E!
R!E!
Gametófito
(n)
Gameta
Gameta
E! (n)
(n)
Zigoto
(2n)
Carposporófito
(2n)
E!
R!
E!
Carpósporos
(2n)
Tetrasporófito
(2n)
Terásporos
(n)
E!
E!
Ciclo trifásico
Algas – Classificação, Diversidade Morfológica e Reprodução 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
22
 
8) O que tem no ciclo de vida de algumas Rodófitas e Feófitas que as diferenciam dos ciclosde vida 
básicos encontrados nas algas? 
9) Analisando a evolução das algas, observa-se a ocorrência das seguintes apomorfias na série de 
transformação que as originaram: 
- Clorofila a em Cianobactérias; 
- Clorofila b em Chlorophyta; 
- Clorofila c em Cryptophyta; 
- Clorofila d em Rhodophyta. 
a) Cite exemplos de grupos que compartilham cada condição derivada 
b) Caracterize cada conjunto de grupos algais do exemplo anterior em relação a sua origem em 
monofilética, polifilética ou parafilética. 
c) Dentro de Rhodophyta, encontramos espécies sem clorofila d. Explique a origem deste 
grupo de algas a partir da clorofila. 
d) Dentro de Euglenophyta e Dinophyta, alguns táxons não apresentam clorofila. Explique a 
origem deste grupo a partir deste caráter. 
 
 
CIANOBACTÉRIAS 
Características Gerais, Importância Biológica e Evolutiva 
 
1. Introdução 
 
9 150 gêneros e 2400 espécies; 
9 Célula procariótica Ö semelhança com as bactérias; 
9 Não possuem flagelos; 
9 Algas azuis Ö pigmentos Ö Cianofíceas; 
9 Fotossíntese Ö modificação da atmosfera primitiva; 
9 Habitats diversos Ö água doce, salobra e marinha, terrestre, fontes termais, neve e no 
deserto; 
9 Hábito planctônico e/ou perifítico, podendo ser encontrado em associação com outros 
organismos Ö líquens. 
9 Grande parte não são cosmopolitas Ö específicas de determinados tipos de ambientes. 
 
2. Caracteres gerais 
 
9 Caracteres derivados próprios Ö clorofila a e ficobilissomos. 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Cianobactérias 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
23
 
Enzima 
nitrogenase
9 Citologia: 
 - Ausência de núcleo definido e organelas citoplasmáticas; 
 - Plasmídio Ö DNA circular; 
 - Tilacóide Ö membranas lipoprotéicas localizadas na periferia da célula; 
 - Ficobilissomos Ö contém os pigmentos fotossintetizantes Ö localizam-se nos tilacóides; 
 - Grânulos de glicogênio (amido das cianofíceas) Ö proeminentes na falta de nitrogênio; 
 - Carboxissomos (corpos poliédricos) Ö contém a enzima RubisCO Ö fixação de CO2; 
 - Grânulos de cianoficina (reserva de nitrogênio) Ö numerosos nos acinetos; 
 - Grânulos de polifosfato Ö comuns em células adultas e ausentes nas células jovens; 
 - Ribossomos 70S. 
 - Aérotopos Ö estruturas que acumulam gases resultantes do metabolismo Ö 
flutuabilidade e migração vertical. 
× Luz; × Fotossíntese; × Carboidrato; × Pressão de turgor; × Densidade celular (Colapso dos 
aerótopos) Ö Ø Migração. 
 - Parede celular Ö quatro camadas semelhantes às das bactérias gram-negativas (ácido 
diaminopimélico, ácido murâmico e ácido glutâmico). 
 Bainha mucilaginosa (ácidos pécticos e mucopolissacarídeos); 
 Presença de plasmodesmos em formas filamentosas. 
 
9 Morfologia do talo 
 - Unicelular - Colonial - Filamentoso sem ramificação 
 - Filamentoso com ramificação Ö falsa (bainha) e verdadeira (conseqüência da mudança 
do plano de divisão). 
 
9 Células diferenciadas Ö presentes apenas nos talos filamentosos. 
9 Heterócito 
 - Paredes espessas e conteúdo homogêneo; 
 - Fixação de nitrogênio: 
 
 Na ausência de O2: N2 NH4 Glutamina. 
 
 - Pouca quantidade de ficobiliproteínas; 
 - Carboxissomos ausentes; 
 - Glicogênio ausente; 
 - Possui alta taxa de respiração; 
 - Reprodução – Germinação. 
Cianobactérias 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
24
 
Obs.: Algumas células vegetativas podem também fixar N2 quando em condições de anoxia. 
Fotossíntese e fixação de N2 ocorrem em período de tempo diferentes. 
 
9 Acineto 
 - Paredes espessas e de conteúdo heterogêneo; 
 - Acúmulo de substâncias de reserva; 
 - Estruturas de resistência; 
 - Resistentes à dessecação e às baixas temperaturas; 
- Diferenciação dos acinetos: 
 × fosfatos; 
 Ø nitrogênio; 
 Ø luz. 
 - Condições desfavoráveis Ö produção de acinetos Ö sedimento. 
 - Condições favoráveis Ö germinação dos acinetos. 
 
3. Reprodução 
 
 - Não se conhece reprodução sexuada (gamética) 
 - Implicações Ö Conceito de espécie 
 - Como definir uma espécie de cianobactéria? 
 Paradoxo das cianobactérias 
9 Reprodução parassexual Ö conjugação (combinação gênica). 
 - DNA plasmidial pode incorporar pedaços do DNA genômico e transferir para 
outras células Ö variabilidade genética. 
9 Reprodução assexuada 
 - Simples divisão celular; 
 - Fragmentação – quebra do filamento; 
 - Hormogônios – quebra do filamento a partir de uma célula morta; 
 - Endócito – divisão endógena do citoplasma; 
 - Exócito – divisões sucessivas de uma das porções terminais; 
 - Acineto – germinação. 
 
4. Importância biológica 
 
9 Importantes produtores primários; 
9 Fixação de N2 Ö input biótico de N2 na natureza 
- Síntese de substâncias orgânicas; 
Cianobactérias 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
25
 
- Na agricultura Ö substitui fertilizantes – Ex. Associação Anabaena/Azolla nos arrozais. 
9 Alimentação – Spirulina e Aphanizomenon (Tchad) – Suplementos. 
9 Indústria farmacêutica – Produção de diversas substâncias bioativas. 
9 Bioindicadoras da qualidade da água Ö poluição. 
9 Podem provocar florações em ambientes naturais 
9 Produção de metabólitos secundários (toxinas) Ö bioacumulação Ö importância ecológica e 
sanitária. 
 
5. Evolução das cianobactérias 
 
9 Origem: 3,5 bilhões de anos 
9 Registros fósseis Ö estromatólitos 
9 Terra primitiva Ö Atmosfera anóxica Ö cianobactérias sem heterócitos Ö favorecimento da 
fixação de N2 
9 Diversificação das cianobactérias Ö transformação da atmosfera Ö Aumento do O2 e 
colapso do CO2 Ö problemas na fotossíntese e fixação de N2 
9 Soluções: 
 - Invasão das cianobactérias dentro das células heterotróficas Ö irradiação dos diversos 
grupos de algas 
 Vantagem competitiva Ö diversificação química e tolerâncias ecológicas 
 
 
 
Cianobactérias 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido – Cianobactérias: caracteres gerais, importância biológica e evolutiva 
 
1) As cianobactérias são também chamadas de cianofíceas e de algas azuis. Justifique o porquê 
destes três nomes. 
2) Caracterize em linhas evolutivas os diferentes tipos de talo das cianobactérias? Qual a 
importância da mucilagem neste processo? E do plano de divisão celular? 
3) Quais as características encontradas nas cianobactérias que não são encontradas nas demais 
algas? E quais as características que são compartilhadas? Responda as duas perguntas anteriores, 
relacionando cianobactérias com bactérias. 
4) Em vista da afirmativa: “As cianobactérias não possuem cloroplastos, no entanto realizam 
fotossíntese”, responda: 
a) Como se dá o processo fotossintético das cianobactérias? 
b) Como isso interfere na fixação de nitrogênio realizada pelas cianobactérias? 
c) Como funcionam os heterócitos na fixação de nitrogênio? 
d) Como pode existir cianobactérias que fixam nitrogênio e não possuem heterócitos? 
5) O que são aerótopos? Qual sua importância ecológica para a sobrevivência das cianobactérias? 
Cianobactérias 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
27
 
6) Se as cianobactérias não possuem reprodução sexuada, nem a divisão celular se dá através de 
meiose, como se justifica a diversidade genética e biológica das cianobactérias? 
7) Em relação às florações de cianobactérias, redija um texto respondendo as seguintes perguntas: 
a) Comose dá a formação destas florações em ambientes aquáticos? 
b) Como as cianobactérias se comportam durante as florações? 
c) Quais as repercussões ecológicas deste processo? 
d) Quais os impactos causados na sociedade humana? 
8) Jogo da contradição 
Uma certa cianobactéria foi encontrada causando floração em um dos reservatórios de 
abastecimento de João Pessoa. Pela descrição que os técnicos deram à espécie, os estudantes de 
biologia ficaram preocupados com a veracidade das informações. A descrição dada foi: “A 
cianobactéria de hábito perifítico, possui um talo cocóide com mucilagem evidente, e células 
esféricas com aerótopos. Foi observada presença de hormogônios e, constantemente eram 
encontradas células especiais para fixação de nitrogênio”. 
a) Considerando como verdade que a cianobactéria causadora da floração formavam hormogônios, 
quais as contradições apresentadas na descrição dos técnicos. Reescreva efetuando as devidas 
correções. 
b) Considerando agora como verdade que a cianobactéria tinha de fato um talo cocóide, quais as 
contradições apresentadas na descrição. Reescreva com as devidas correções. 
c) Na sua opinião, qual a principal preocupação dos estudantes frente a descrição dos técnicos. 
Justifique. 
 
 
RHODOPHYTA 
Algas Vermelhas 
 
1. Introdução 
 
9 700 gêneros e mais de 10000 espécies descritas – grande número de sinônimos – 4000 - 
6000 espécies efetivas. 
9 Apresentam um tamanho médio (de alguns milímetros a dezenas de centímetros) Ö raros 
unicelulares e quase sempre apresentam talos filamentosos. 
9 Formam um grupo homogêneo e bem definido. 
9 Cloroplasto com duas membranas com ficobilissomos comparáveis as cianobactérias Ö 
ficobilinas dão a cor característica e permitem colonização em águas mais profundas (até 
268m, com 0,05% de intensidade luminosa). 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Rhodophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
28
 
9 Substância de reserva Ö amido das florídeas (semelhante ao glicogênio) Ö armazenado no 
citoplasma. 
9 Não possuem flagelos, inclusive nos gametas Ö ausência de centríolos; 
9 Habitat predominantemente marinho Ö 100 espécies de água doce. 
9 Hábito bentônico ou planctônico (raro), podendo ser também epífita ou endofítica, parasita 
ou hemiparasita de outras algas. 
9 Distribuição predominantemente tropical. 
 
2. Caracteres derivados próprios: Sinapse (pit-connection) Ö abertura na parede celular de duas 
células vizinhas: 
 - Mitose Ö divisão incompleta Ö orifício Ö rolha sináptica (proteínas e polissacarídeos ácidos) 
 - Sinapse primária Ö entre duas células do mesmo filamento 
 - Sinapse secundária Ö entre células de filamentos diferentes. 
 
3. Citologia: 
 
9 Plastídeos Ö um ou vários, parietais ou centrais, providos ou não de pirenóides. 
9 Tilacóides isolados, eqüidistantes e, muitas vezes, dispostos na periferia do plastídeo. 
9 Pigmentos Ö Clorofila a e d (em algumas espécies), ficobilinas, α e β-caroteno e algumas 
xantofilas (Zeaxantina, Luteína e Violaxantina). 
9 Células muitas vezes multinucleadas: 
- Várias causas Ö divisão apenas do núcleo, fusão celular ou sinapses secundárias 
- Parasitismo e sinapses secundárias Ö transferência de núcleos para o hospedeiro Ö 
controlar e reconduzir a fisiologia do hospedeiro a seu favor. 
9 Inclusões citoplasmáticas: 
 - de natureza fenólica Ö iridescência. 
 - de natureza protéica Ö reserva nitrogenada. 
9 Parede celular: 
- Componente interno rígido (microfibrilas de celulose); 
- Camada externa mucilaginosa (polímero de galactose sulfatada – ágar ou carragenano) Ö 
confere a flexibilidade e textura escorregadia as algas Ö dificulta a colonização de outros 
organismos e facilita a absorção de luz; 
- Depósito de carbonato de cálcio (em algumas algas) Ö função incerta Ö armazenamento 
de CO2 da água para a fotossíntese e resistência a choques mecânicos. 
Rhodophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
29
 
4. Morfologia do talo 
 
9 Estrutura: 
 - Unicelular 
 - Filamentosos (uniaxial, multiaxial, polissifônico e heterotríquias). 
9 Crescimento: 
- Apical; - Difuso; - Terminal; - Intercalar. 
 
5. Reprodução 
 
9 Reprodução assexuada: 
 - Formação de propágulos; 
 - Diversos tipos de esporos Ö monósporos (um só esporo por esporocisto). 
 - Propágulos e monósporos liberados na água do mar Ö condições favoráveis Ö fixação no 
substrato Ö mitoses sucessivas Ö indivíduo. 
 
9 Reprodução sexuada: 
- Problemas Ö indivíduos fixos e ausência de gametas flagelados. 
- Conseqüências Ö fecundação casual e rara formação de zigotos Ö baixa diversidade 
genética da progênie Ö colapso populacional. 
- Soluções Ö alternância de geração (ciclo diplobionte) e meiose espórica. 
- Avanço evolutivo posterior Ö geração diplóide carposporofítica (ciclo trifásico). 
- Direção da fecundação: 
 Gametófito Masculino Ö espermatângios Ö espermácio (sem parede) Ö 
Gametófito Feminino Ö Tricógine (germinação do espermácio) Ö oosfera (dentro do 
carpogônio) Ö zigoto. 
- Destino do zigoto: 
 Ciclo diplobionte – zigoto (deposição de parede celular) Ö carpósporo Ö esporófito 
Ö gametófito 
 Ciclo trifásico – zigoto (mitoses sucessivas) Ö filamento gonimoblasto (indivíduo 
carposporofítico) Ö carposporângio Ö carpósporos diplóide Ö tetrasporófito Ö 
tetrasporângio Ö meiose Ö tetrásporos Ö gametófito 
Casos especiais Ö Ciclos bifásicos (sem formação do tetrasporófito) 
 - Meiose zigótica - Meiose carposporófita 
Rhodophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
30
 
6. Importância biológica e econômica 
 
9 Importantes produtores primários; 
9 Alimentação Ö Porphyra (nori) 
9 Fertilizantes Ö adubo calcário; 
9 Utilizadas na constituição de próteses ósseas (coralináceas); 
9 Papel de cimentação indispensável à formação e sobrevivência dos recifes de coral; 
9 Galactanos sulfatados (importância econômica): 
- Carragenano 
 Geleificantes e espessantes de sobremesas lácteas, em carnes, geléias e em 
cosméticos. 
- Agar 
 Formam géis muito resistentes, termoreversíveis � laboratórios. 
 Geleificante (exceto no leite), espessante e emulsificador, usados na indústria 
farmacêutica (remédios) e agroalimentar (coberturas e glacês de bolos, doces geleificados).
 
 
 
 
 
 Ciclo diplobionte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo bifáfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo bifáfico 
 
 
 
 
 
Rhodophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
31
 
Oosfera
Carpogônio
Tricógine
Gametófito
feminino
Espermatângio
Espermácio
Gametófito
masculino
Zigoto
(2n)
Filamento
gonimoblasto
Filamento
gonimoblasto
Carposporângio
Carposporângio
Carposporófito
Carpósporo
Carpósporo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fecundação e estrutura carposporofítica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido – Rodófitas 
 
1) O que justifica o grande número de sinônimos para as Rodófitas? 
2) Analisando a teoria endossímbiótica do cloroplasto, admite-se que as Rodófitas foram originados 
a partir das cianobactérias. Partindo desta premissa, quais as características apresentadas pelas 
Rodófitas de cunho morfológico, químico e fisiológico que justifica a afirmativa. 
Gametófito
(n)
Gameta
Gameta
E! (n)
(n)
Zigoto
(2n)
Carposporófito
(2n)
E!
R!
E!
Carpósporos
(2n)
Tetrasporófito
(2n)
Terásporos
(n)
E!
E!
Ciclo trifásico
Rhodophyta 
 
DANTAS, Ê.W.;COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
32
 
3) O que são sinapses e como elas podem contribuir para a organização celular e a sobrevivência 
das espécies parasitas? 
4) Quais as características apresentadas pelas algas vermelhas que as fazem sobreviver em 
condições extremas de pouca luminosidade, de baixa quantidade de nutrientes e também de fortes 
forças de corrente? 
5) “Diante de todas as dificuldades apresentadas pelas algas vermelhas, duas merecem destaque: o 
destino dos gametas e do zigoto”. 
a) Quais as explicações para estas preocupações? 
b) Quais foram as estratégias que as Rodófitas desenvolveram para garantir o sucesso de cada uma 
destas estruturas? 
c) Por que estas algas apresentaram tantas estratégias diferentes para garantir o sucesso do zigoto? 
6) Por que falar que as Rodófitas apresentam oogamia especial. Explique. 
 
 
HETEROKONTOPHYTA OU OCHROPHYTA 
Algas Castanho-douradas 
 
1. Introdução 
 
9 Apresentam plastídeos formados de endossimbiose secundária (quatro membranas) com 
clorofilas a e c; 
9 Grande diversificação de xantofilas; 
9 Células flageladas (fases vegetativas, esporos ou gametas) Ö heterocontes. 
9 Apresentam diversas classes Ö Chrysophyceae, Xanthophyceae, Eustigmatophyceae, 
Bacillariophyceae, Raphydophyceae, Dictyochophyceae, Phaeophyceae (Hoek et al., 
1995) 
 
 Phaeophyceae 
Algas pardas 
 
1. Introdução 
 
9 Grupo muito homogêneo que envolve as algas mais complexas; 
9 Não existem formas unicelulares, coloniais ou filamentosas sem ramificação Ö talo varia de 
milimetros a muitos metros (Kelps). 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
33
 
9 Apresentam de 900 a 2000 espécies Ö noção de espécie complexa Ö alternância 
heteromórfica, ciclo neutro e grande plasticidade fenotípica; 
9 Substância de reserva Ö Laminarina, manitol e lipídeos; 
9 Clorofila a e c, α e β carotenos e várias xantofilas (principalmente fucoxantina e 
violaxantina Ö dão a cor parda); 
9 Parede celular Ö celulose, ácido algínico (interesse econômico) e fucoidina; 
9 Maioria das células uninucleadas com cloroplastos discóides; 
9 Esporos e gametas flagelados heterocontes e dispostos lateralmente Ö em Dictyota o gameta 
é uniflagelado, mesmo com dois corpos basais. 
9 Hábitat predominantemente marinho Ö 4-5 gêneros de água doce; 
9 Hábito bentônico ou planctônico (raro) 
9 Pouco abundantes nos mares tropicais Ö menor tamanho; 
9 Em mares de águas frias Ö maior abundância e tamanho. 
9 Comuns no mesolitoral Ö apressório; 
9 No sublitoral Ö águas claras (Kelps) ou sua capacidade de flutuação (mar de Sargaços). 
 
2. Caracteres derivados próprios 
 
9 Órgãos uniloculares (meiose) e pluriloculares (mitose); 
9 Dentro das Heterokontófitas, são as únicas que não possuem plasmodesmas. 
 
3. Morfologia do talo: 
 
9 Estrutura: 
 - Filamentoso ramificado (ereto ou heterotríquio) 
 - Pseudoparenquimatoso; 
 - Parenquimatoso (divididas em várias regiões e apresentando vários tipos de células Ö 
pigmentos e reserva). 
9 Crescimento: 
Divisão: - Apical - Tricotálico - Intercalar 
Origem: - Meristodérmica (epiderme) - Difusa (todas as células) 
9 Fixação: 
- Sistema prostrado Ö heterotríquias; 
 - Rizóide Ö filamentos que penetram no substrato; 
 - Apressório Ö estrutura parenquimatosa que envolve o substrato; 
 
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
34
 
9 Formação do Estipe: 
- Estruturas longas e flexíveis entre o apressório e a lâmina celular; 
 - Funções: 
 - Resistência aos movimentos d’água; 
 - Elevação das partes fotossintetizantes na coluna d’água. 
9 Flutuadores ou aerocistos Ö bolsas de ar encontradas em algumas espécies. 
 
4. Reprodução 
 
9 Ocorrem reprodução vegetativa (propágulos, fragmentação, formação de esporos), espórica 
e gamética; 
9 Verifica-se isogamia, anisogamia e oogamia; 
9 Gerações isomórficas ou heteromórficas; 
9 Ciclos biológicos afetados por: 
- Fotoperíodo; - Temperatura; 
- Disponibilidade de nutrientes; - Salinidade da água. 
9 Órgão plurilocular: 
- Ocorre no gametófito (produz gametas) como no esporófito (gerando o ciclo neutro); 
- Produz as estruturas de reprodução através de mitose. 
9 Órgão unilocular: 
 - Ocorre apenas no esporófito (produz a alternância de geração); 
 - Produz as estruturas de reprodução através de meiose. 
9 Conceptáculos Ö Cavidade do talo onde se encontram as estruturas de reprodução Ö 
protegidas pelas paráfises (elementos estéreis) Ö o conjunto encontra-se inserido nos 
receptáculos (presentes só nas Fucales). 
 
5. Importância biológica e econômica 
 
9 Importantes produtores primários; 
9 Alimentação Ö Laminaria (kombu), Undaria (wakame) 
9 Fertilizantes Ö importante fonte de potássio; 
9 Ácido algínico Ö agente geleificante, estabilizante e emulsificante. Importante na indústria 
de sorvetes, tintas e cervejas (permite a formação da espuma) 
9 Fonte de Iodo Ö utilizado pelos chineses há mais de 1500 anos. 
9 Na medicina Ö fucanos sulfatados Ö anticoagulante, tônicos, estimulantes e 
remineralizantes. 
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
35
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo diplobionte das Feófitas evidenciando os órgãos uni e pluriloculares, bem como o ciclo neutro. 
 
Bacillariophyceae 
Diatomáceas 
 
1. Introdução 
 
9 10000 a 12000 espécies atuais, com rica diversidade fóssil; 
9 São organismos unicelulares, podendo estar reunido em colônias ou apresentar estrutura 
filamentosa. 
9 Organismos desprovidos de flagelos Ö exceto nos gametas masculinos de algumas espécies 
(um único flagelo pleuronemático) 
9 Apresentam uma organização celular externa muito complexa Ö frústula (formada de duas 
valvas), importantes na determinação taxonômica das espécies. 
9 Núcleo mesocariótico com dois ou vários plastídeos Ö tilacóides em grupos de três Ö 
pigmentos fotossintetizantes (clorofila a e c, xantofilas como fucoxantina e diatoxantina, e β 
caroteno) Ö substância de reserva (crisolaminarina) Ö citoplasma. 
9 As células podem armazenar também lipídeos. 
9 Parede celular Ö sílica Ö frústulas. 
9 Simetria celular Ö bilateral (Pennales) ou radial (Centrales). 
9 Habito Ö perifítico (principalmente Pennales) e planctônico (principalmente Centrales). 
9 Estratégias de flutuação Ö Substância de reserva e simetria 
9 Habitat Ö abundantes em água doce e salgada, podendo ser encontrada em solos úmidos e 
bem iluminados 
Lagos e oceanos Ö predomínio das Centrales 
Rios e regiões litorâneas de lagos e oceanos Ö predomínio das Pennales 
Gametófito
(n)
Gameta
(n)
Gameta
(n)
Zigoto
(2n)
Esporófito
(2n)
E!
Órgão 
plurilocular
Órgão
Unilocular 
Esporos 
(n)
E!
Órgão 
plurilocular
Esporos 
neutros (2n)
E!
R!E!
Ênio Wocyli 
Dantas 
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
36
 
9 Ampla distribuição geográfica Ö todos os ecossistemas aquáticos. 
 
2. Caráter derivado próprio Ö frústula silicosa 
 
9 Implicações: 
Aumento da densidade Ö sedimentação Ö colapso populacional; 
Não pode ser hidrolizada por enzimas Ö barreira aos predadores; 
Deposição exige pouca energia Ö paredes silicosas não são comuns em outros organismos; 
Divisão celular Ö redução de tamanho 
9 Frústula Ö duas valvas (epivalva e hipovalva) que seencaixam (cíngulo) 
9 Características taxonômicas presentes nas frústulas Ö rafe (Pennales), nódulo central, nódulos 
apicais (Pennales), estrias, pontuações (poros). 
9 Quanto a rafe: arafidada, monorafidada e birafidada. 
 
3. Movimento 
 
9 Problemas: ausência de flagelos e baixa flexibilidade celular (frústula). 
9 Propulsão Ö Centrales. 
9 Sistema de rafe Ö mucilagem Ö deslizamento Ö Pennales. 
Nódulos e poros Ö liberação de mucilagem 
Rafe e estrias Ö distribuição da mucilagem 
9 Mucilagem Ö locomoção, fixação e proteção. 
 
4. Reprodução 
 
9 Reprodução assexuada Ö divisão celular Ö cada valva se porta como uma epivalva, 
reconstituindo a hipovalva Ö diminuição do tamanho. 
9 Solução Ö reprodução sexuada Ö formação do auxósporo (zigoto) Ö reestabelece o tamanho 
normal Ö secreção de sílica Ö formação de nova frústula. 
9 Ciclo haplobionte diplonte com oogamia. 
9 Pennales Ö gametas aflagelados Ö reprodução por conjugação. 
9 Centrales Ö gametas masculinos flagelados 
 
5. Importância biológica e econômica 
 
9 Importantes produtores primários Ö principalmente nos oceanos; 
9 Importantes facilitadores ecológicos; 
9 Importante fonte alimentar para a cadeia trófica dos ambientes aquáticos 
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
37
 
9 Importantes bioindicadores das condições ambientais Ö específicas a diferentes condições 
de temperatura, pH, salinidade, nutrientes, etc. 
9 Importante agente paleográfico Ö ótima conservação das frústulas Ö sedimentação Ö 
rochas de diatomito Ö reconstituição da história. 
9 Diatomito Ö abrasante, isolante térmico e acústico, bem como meio filtrante. 
9 Eutrofização Ö marés marrons Ö Pseudonitzschia (espécie marinha) Ö ácido domóico Ö 
bioacumulação Ö importância ecológica; 
9 Filtração da água potável Ö evitar o acúmulo de frústulas nos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Phaeophyceae 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução
sexuada
Esquema da reprodução em diatomáceas 
Ectocarpus
Dictyopteris
Gametângios 
de Ectocarpus
Receptáculos de Fucus
Apressórios de 
Laminaria
Rizóides de 
Padina
Sargassum
Conceptáculos
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
38
 
Exemplos de Diatomáceas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido – Heterokontófitas 
 
1) Analisando o cladograma simplificado que originou as Heterokontophyta, responda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Complete a, b e c com caracteres derivados que satisfaçam o cladograma 
b) As Heterokontophyta surgiram do ramo das Rhodophyta. Quais características são 
compartilhadas entre Rhodophyta e Heterokontophyta. 
c) As cianobactérias foram os ancestrais das algas eucarióticas. Quais vestígios e/ou características 
são observadas em Heterokontophyta que justificam a sua ancestralidade a partir de Cyanophyta? 
d) Quais as diferenças entre Heterokontophyta e Chlorophyta. 
ChlorophytaRhodophytaHeterokontophytaCyanophyta
a
b
c
ChlorophytaRhodophytaHeterokontophytaCyanophyta ChlorophytaRhodophytaHeterokontophytaCyanophyta
a
b
c
Heterokonthophyta ou Ochrophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
39
 
2) Estabeleça um paralelo entre as Rhodophyta e Phaeophyceae quanto aos problemas ligados a 
reprodução e fotossíntese. A partir dessa discussão, o hábito bentônico destas algas é uma 
característica positiva? O que elas desenvolveram para minimizar a predação? 
3) Os “kelps” são feofíceas de grande interesse econômico. A extração do ácido algínico se dá 
especialmente com o corte das longas lâminas destas algas. A partir dessas informações responda: 
a) Como as fazendas de extração de “kelps” podem ser exploradas de maneira sustentável? 
b) Na célula, onde é encontrado o ácido algínico? Cite pelo menos três usos econômicos desta 
substância. 
4) Jogo dos 5 erros. 
Um pesquisador encontrou uma macroalga na praia de Seixas que apresentava as seguintes 
características: 
“Tinha um habitat planctônico, parede celular formada de celulose, crisolaminarina como 
substâncias de reserva, clorofila a e c, corpo formado por 2 valvas que se encaixam, presença de 2 
flagelos, simetria radial com uma rafe central.” 
Sabendo que a alga encontrada era uma diatomácea da ordem Centrales, identifique os 5 erros e 
reescreva todo o enunciado corrigindo os erros. 
5) Explique como a simetria das diatomáceas interferem na sua reprodução, mobilidade, habitat, 
habito e estrutura de parede celular? 
6) Como é que os aerótopos, os óleos, os aerocistos e a simetria radial permitem uma melhor 
flutuabilidade as algas? 
7) Como as diatomáceas podem ajudam a reconstituir a história? Por que? 
 
 
DINOPHYTA 
Dinoflagelados 
 
1. Introdução 
 
9 4000 espécies Ö 2000 fósseis. 
9 Geralmente unicelulares, biflagelados e microscópicos. Formas filamentosas são raras. 
9 Formam um grupo enigmático Ö Tem ligação evolutiva com Chlorophyta, Rhodophyta, 
Haptophyta e com protozoários (ciliados e esporozoários). 
9 Constitui um grupo de amplo espectro de padrões metabólicos Ö fotossintetizantes, 
mixotróficos, heterotróficos, osmiotróficos, sapróbicos e parasitas. 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Dinophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
40
 
9 Apresenta vários plastídios (formas fotossintetizantes e mixotróficas) Ö clorofila a e c2, β-
caroteno e várias xantofilas (como peridinina, fucoxantina e diatoxantina) Ö substância de reserva 
(amido e várias substâncias lipídicas) Ö citoplasma. 
9 Núcleo apresenta cromossomos sempre condensados Ö pouca quantidade de histonas. 
9 Hábito Ö planctônico (maioria) e perifítico. Algumas espécies são parasitas. 
9 Habitat Ö marinho (90%) e de água doce. 
 
2. Caracteres derivados próprios 
 
9 Anfiesma (estrutura pericelular) Ö pode ou não conter placas celulósicas (caráter 
taxonômico Ö fórmula da placa) Ö tecas Ö problemas para os organismos heterotróficos Ö 
emissão de pedúnculos e pseudópodes. 
 Teca ≠ Frústula Ö constituição química, arranjo de suas partes e disposição do cíngulo. 
 Estrutura da teca: 
Epiteca Ö placa apical (X’), Placa intercalar (Xa) e Placa pré-cingular (X’’); 
 Sulco equatorial ou cíngulo 
 Hipoteca Ö placa pós-cingular (X’’’) e placa antapical (X’’’’). 
 Fórmula da placa: (2-6)’ (0-4)a (5-8)”; (5-8)’’ (1-2)’’’’ 
9 Dois flagelos desiguais particulares 
- Dinoflagelados dinocontes: 
 - Um flagelo com disposição longitudinal (duas fileiras de mastigonema) Ö inserido 
no sulco longitudinal Ö dá direção ao movimento; 
 - Outro flagelo de disposição transversal (uma fileira de mastigonema) Ö inserido no 
cíngulo Ö movimento de rotação; 
 - Dinoflagelados desmocontes Ö dois flagelos inseridos na parte anterior da célula; 
 
3. Outras características 
 
9 Estigma Ö formado por glóbulos lipídicos contendo carotenóides Ö determina a orientação 
dos dinoflagelados à luz (fototaxia positiva); 
9 Púsula Ö Localizado próximo a base dos flagelos Ö participam da osmorregulação, 
absorção de macromoléculas orgânicas e secreção celular Ö são invaginações de membrana, mas 
não são vacúolos contráteis (não realizam movimentos de contração e relaxamento). 
9 Organelas ejetáveis Ö liberadas quando o indivíduo é perturbado por fatores externos 
(temperatura, turbulência,...): 
 Tricocistos Ö bastonetes protéicos derivados do complexo de Golgi Ö defesa celular; 
DinophytaDANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
41
 
 Mucocistos Ö corpos poliédricos que quando lançados formam aglomerados mucilaginosos 
Ö defesa celular; 
 Nematocistos Ö corpúsculo fusiforme contendo um longo filamento espiralado Ö captura 
de presas. 
9 Bioluminescência Ö produção de estímulos luminosos Ö enzima luciferase catalisa a 
oxidação do composto luciferina Ö estímulo pode ser mecânico, elétrico, químico ou osmótico Ö 
se produz à noite e é controlado pelo relógio biológico Ö meio de afastar dos predadores. 
 
4. Reprodução 
 
9 Reprodução assexuada por simples divisão binária ou formação de esporos. 
9 Ciclo haplobionte haplonte com iso ou anisogamia 
O zigoto pode formar cistos Ö forma de resistência ou repouso (hipnozigotos) Ö parede pode 
conter disporina (semelhante à esporolenina) ou celulose ou carbonato de cálcio Ö formam em 
condições de escassez de nutrientes e mantém-se viáveis por anos. 
 
5. Importância biológica 
 
9 Importantes produtores primários dos oceanos; 
9 Formam as Zooxantelas (sem tecas) Ö responsáveis pelo desenvolvimento de corais em 
águas tropicais pobres em nutrientes Ö aminoácidos dos pólipos estimulam a produção do glicerol 
em vez de amido Ö ajuda na respiração dos corais Ö corais maximizam a captura de luz Ö 
produção fotossintetizante dos dinoflagelados. 
9 Responsáveis pelas marés vermelhas Ö florações de dinoflagelados Ö ligados a 
eutrofização dos mares e oceanos Ö cepas tóxicas Ö problemas de bioacumulação trófica Ö afeta o 
homem indiretamente (consumo de peixes e moluscos); 
9 Cistos fósseis são utilizados como indicadores bioestratigráficos, em especial, na pesquisa 
petroleira. 
 
Exemplos de Dinoflagelados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ceratium Peridinium
Dinophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
42
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido – Dinófitas 
 
1) Os dinoflagelados podem ter tido quatro origens diferentes. Enumere cada uma destas origens 
apresentando as apomorfias apresentadas pelos dinoflagelados que embasam cada uma destas 
origens. 
2) Quais as implicações mecânicas, fisiológicas e ecológicas dos flagelos dos dinoflagelados. 
Explique. 
3) A teca de um dinoflagelado é análoga a frústula de uma diatomácea. Explique esta afirmativa 
apontando as diferenças estruturais e as semelhanças funcionais. 
4) 1000 células por mililitro de uma floração de dinoflagelados, podem causam igual quantidade de 
problemas que uma floração de cianobactérias, caracterizada por apresentar 20000 células por 
mililitro. Explique esta afirmativa e estabeleça as semelhanças e diferenças entre estes dois tipos de 
florações. 
5) Estabeleça a fórmula da placa dos seguintes dinoflagelados: 
Cystodinium Dinophysis Noctyluca
Maré vermelhaEpiteca Hipoteca
Gymnodinium Ornithocercus Polykrikus
Dinophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
43
 
a) b) 
c) 
 
 
VIRIDIPLANTAE CHLOROPHYTA 
Algas Verdes 
 
1. Introdução 
 
9 Algas verdes Ö não existem um conjunto de caracteres que as definem sem englobar as 
Embriófitas Ö grupo parafilético. 
9 Sub-reino Viridiplantae Ö grupo monofilético com duas linhagens: 
 Chlorophyta: inclui somente algas 
 Streptophyta: inclui algas e Embriófitas 
9 Problema persiste Ö as algas pertencentes à Streptophyta são parafiléticas. 
9 Algas verdes: 16.000 spp.; Embriófitas: > 300.000 spp. 
9 São organismos cosmopolitas; 
9 Grupo de algas mais grandemente estudadas por: 
 Sua ampla distribuição; Suas relações com os vegetais superiores; 
 Facilidade com que muitas espécies têm de serem cultivadas em laboratório. 
9 Habitat Ö Marinho, água doce (predominância), solo (Trentepohlia), Ambientes hipersalinos, 
de altas temperaturas e até na neve (Chlamydomonas). 
9 Hábito Ö Bentônico, perifítico, planctônico e endossimbionte. 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Viridiplantae - Chlorophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
44
 
2. Caracteres derivados próprios 
 
9 Plastídio envolto por duas membranas, contendo as clorofilas a e b; 
9 Amido intraplastidial, como substância de reserva; 
9 Peça H dos flagelos. 
 
3. Outras características 
 
9 Cloroplasto com formas (importância taxonômica) e número variáveis. 
9 Tilacóides agrupados de 2 a 6 (parecido com o grana) Ö depende da disponibilidade de 
nutrientes; pirenóides associados ou não. 
9 Clorofila a e b (predominância Ö maior dependência de luz), α e β-carotenos e algumas 
xantofilas (principalmente Neoxantina Ö relacionada ao Fotossistema II). 
9 Substância de reserva Ö amido e lipídeos. 
9 Parede celular: 
 Muitas apresentam ornamentações (importância taxonômica). 
 Estrutura fibrilar Ö Celulose (maioria), xilose (Caulerpa), manose (Acetabularia), 
carbonato de cálcio (Halimeda Ö podem participar na formação dos recifes de corais) ou nua 
(apenas pectina). 
 Matriz não-fibrilar Ö hemicelulose. 
9 Núcleo Ö um a vários, formando estruturas cenocíticas. 
9 Divisão celular Ö dois tipos: 
 Ficoplasto Ö perpendicular ao fuso mitótico que desaparece após divisão Ö característico 
das Chlorophyta; 
 Fragmoplasto Ö paralelo ao fuso mitótico que persiste após divisão Ö plasmodesmos Ö 
característico das Streptophyta; 
Para reprodução Ö a divisão celular ocorre dentro da parede celular da célula-mãe 
sem esta parede incorporar nas células-filhas. 
9 Morfologia muito variada: 
 Unicelulares Ö móveis ou imóveis; 
 Coloniais Ö móveis ou imóveis, podendo ser palmelóides ou cenóbicos; 
 Filamentosos Ö com ou sem ramificação; 
 Cenocíticos; 
 Parenquimatosos Ö com dois (Monostroma) ou três (Ulva) planos. Em Charales Ö 
crescimento apical e corpo dividido em nó e internó. 
 
Viridiplantae - Chlorophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
45
 
4. Reprodução 
 
9 Reprodução assexuada com a produção de esporos (móveis ou não), bem como por 
fragmentação; 
9 Reprodução sexuada mais variada entre todos os organismos fotossintetizantes Ö todas as 
formas de gametas e ciclos de vida: 
9 Destaque: Formação de células estéreis de proteção ao redor dos gametângios (Charales). 
 
5. Importância biológica 
 
9 Importantes produtores primários, principalmente em ambientes de água doce. 
9 Várias clorófitas (p.e. Chlorella) apresentam crescimento rápido e alta tolerância às condições 
de cultivo Ö produzidas para alimentar organismos aquáticos. 
9 Extração de carotenóides (Dunaliella) Ö corantes naturais. 
9 Alimentação no Oriente (Enteromorpha e Monostroma Ö movimentam milhões de dólares ao 
ano). 
9 Algumas clorófitas microscópicas podem formar florações em ambientes aquáticos, mas não 
produzem ficotoxinas. 
9 São bons bioindicadores ambientais. 
9 Algumas clorófitas multicelulares (Ulva, Enteromorpha e Cladophora) são resistentes à poluição 
Ö apresenta dominância em locais rasos sob forte impacto antrópico. 
9 Algumas clorófitas multicelulares (p.e. Caulerpa taxifolia) podem se tornar invasores Ö 
interferem na flora e fauna locais. 
 
Exemplos de Chlorophyta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ankistrodesmus Monoraphidium Chlorella Dictyosphaerium
Pediastrum Scenedesmus Spirogyra Oedogonium
Viridiplantae - Chlorophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
46
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dirigido– Clorófitas 
 
1) Considere dois diferentes ambientes de água doce e responda. 
Ambiente A Ö oligotrófico (baixa quantidade de nutrientes e elevada camada eufótica); 
Ambiente B Ö eutrófico (alta quantidade de nutrientes e reduzida camada eufótica). 
a) Comente sobre a ocorrência de algas verdes nestes dois tipos de ambientes. 
b) A partir dos estudos com algas até o momento, enumere os prováveis grupos de algas que podem 
competir com as clorófitas nestes dois ambientes. Quais as vantagens competitivas destes grupos de 
algas em cada um destes ambientes. 
c) Quais as repercussões ambientais se as clorófitas vencerem a competição com os outros grupos 
de algas? E se os outros grupos vencerem? 
2) As algas verdes correspondem um grupo monofilético dentro das algas, entretanto eles não 
representam um grupo natural. Explique cada uma destas orações através de caracteres que 
suportam a afirmativa. 
3) Estabeleça semelhanças e diferenças entre: 
a) Hábito bentônico e perifítico b) Ficoplasto e fragmoplasto 
c) Plasmodesmos e sinapses 
Caulerpa Monostroma Ulva Codium
Chlamydomonas Trentepohlia Acetabularia Halimeda
Closterium Bulbocaete Chara Anterídio e Oogônio 
Viridiplantae - Chlorophyta 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
47
 
4) As algas verdes são ditas ancestrais das Embriófitas. Esta premissa é suportada através de 
caracteres morfológicos, fisiológicos, bioquímicos, ecológicos e reprodutivos. Enumere estas 
características e reconte como provavelmente se deu a origem das plantas. 
 
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS 
 
1. Aula de campo - Microalgas 
 
Local: Três lagoas/ João Pessoa – PB 
Objetivos da aula: 
1. Conhecer a compartimentalização dos ambientes continentais e relaciona-los aos grupos 
biológicos que nele se inserem, com destaque para as algas. 
2. Aprender metodologias de coleta de microalgas. 
3. Trabalhar a percepção de campo em estudos com microalgas. 
4. Extrapolar o conhecimento adquirido na disciplina para a elaboração e solução de hipóteses 
geradas em campo. 
Abordagens: 
1. Tipos de ambientes continentais: lóticos, lênticos e artificiais 
2. Bacia hidrográfica 
Tamanho de bacia 
Influência nos corpos aquáticos 
3. Eutrofização Ö Causas e consequências 
4. Lagoa Ö região litorânea e região limnética 
5. Macrófitas aquáticas Ö amfíbia, emergente, flutuante fixa, flutuante livre, submersa fixa, 
submersa livre e epífita 
6. Comunidades algais Ö Fitoplâncton e Perifíton 
7. Metodologia de coleta de microalgas 
Determinação do plano amostral Ö tempo e espaço 
Escolha das variáveis ambientais Ö dependente da hipótese 
Análise qualitativa: 
 Fitoplâncton Ö arrastos com redes de plâncton 
 Perifíton Ö coleta de diferentes substratos Ö raspagens. 
Análise quantitativa: 
 Fitoplâncton Ö amostra direta da água, sem filtração 
 Perifíton Ö raspagem de uma área conhecida de um determinado substrato 
Ênio Wocyli 
Dantas 
Roteiro de aulas práticas 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
48
 
8. Microalgas 
Grupos algais Ö Cyanophyta, Chlorophyta, Bacillariophyceae, Euglenophyta, 
Cryptophyta e Dinophyta 
Florações algais 
Perguntas de orientação 
1. Há diferenças ambientais entre as lagoas observadas? Comente sobre estas diferenças 
enfatizando a necessidade de coleta nos diferentes lugares. 
2. Há diferenças entre um método qualitativo de um método quantitativo para o estudo de 
microalgas? É possível quantificar uma amostra qualitativa? Quais os problemas que isso 
pode trazer? 
3. Há diferenças entre a comunidade de algas que vivem no plâncton e a que vive no substrato? 
 
2. Aula laboratorial – Microalgas 
 
Objetivos da aula: 
1. Aprender a confecção de lâminas semipermanentes para o estudo de microalgas 
2. Identificar a partir dos conhecimentos aprendidos na disciplina, as microalgas encontradas 
nas amostras, pelo menos em nível de grupo. 
3. Analisar os caracteres morfológicos externos apresentados pelas microalgas e relacioná-los 
com suas estratégias de sobrevivência na natureza. 
Procedimentos 
a) Montagem das lâminas semipermanentes com a comunidade fitoplanctônica e perifítica das 
duas lagoas amostradas em aula de campo. 
b) Reconhecer e anotar as características que separam os grupos de microalgas. 
c) Discutir e anotar os conceitos e funções de cada estrutura externa e interna apresentada pelas 
microalgas. 
d) Desenhar todos os morfotipos (espécies) encontrados, relacionando-o ao tipo de substrato, 
ao ambiente amostrado e ao grupo a que pertence, de maneira a discutir os resultados 
encontrados no final do estudo. 
e) Quantificar a riqueza específica e observar o morfotipo mais abundante nas amostras 
analisadas. 
Perguntas de orientação: 
1. Quais as diferenças florísticas entre a comunidade fitoplanctônica e perifítica? 
2. Em que embasam estas diferenças? E o que explica as espécies em comum? 
3. Quais as diferenças florísticas entre a comunidade fitoplanctônca das duas lagoas? Explique. 
4. Comente sobre o estado de eutrofização dos lagos, com base no estudo das microalgas. 
Roteiro de aulas práticas 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
49
 
3. Aula de campo - Macroalgas 
 
Local: Praia de Cabo Branco/ João Pessoa – PB 
Maré: Preferencialmente 0.0 Referência: Porto de Cabedelo 
Objetivos da aula: 
1. Conhecer a compartimentalização do ambiente marinho e relaciona-los aos grupos 
biológicos que nele se inserem, com destaque para as algas. 
2. Aprender metodologias de coleta de macroalgas. 
3. Observar zonações bióticas atentando às estratégias ecofisiológicas das macroalgas que 
colonizam estas regiões. 
4. Extrapolar o conhecimento adquirido para a elaboração e solução de hipóteses geradas em 
campo. 
Abordagens: 
1. Regiões do ambiente marinho Ö Nerítica e Oceânica 
2. Ciclo de maré 
Tipos de marés Ö diurno, semidiurno e misto; 
Classificação da região quanto à influência de maré Ö infralitoral, mesolitoral e 
supra-litoral 
3. Arrecifes 
Zona de rebentação 
Zona de Platô 
 Poças, piscinas e paredes verticais. 
Zona de remanço 
4. Metodologia de coleta de macroalgas 
Transecto horizontal à praia 
Comprimento do transecto Ö variável (preferencialmente 500m) 
Direção da coleta Ö do arrecife a praia 
Uso de espátulas e sacos plástico 
5. Macroalgas 
Grupos algais Ö Chlorophyta, Rhodophyta e Phaeophyceae 
Estruturas de fixação Ö rizóides, apressórios e talos heterotríquios; Algas arribadas. 
Pedúnculos e estolões 
Níveis de organização das algas Ö filamentoso, laminar, cenocítico e foliáceo. 
Algas calcáreas 
Iridescência 
Roteiro de aulas práticas 
 
DANTAS, Ê.W.; COSTA, D.F. 2009. Material didático da disciplina Botânica Criptogâmica/UEPB – Campus V. 
50
 
Perguntas de orientação 
1. A que se deve a baixa diversidade de macroalgas no local de estudo? Comente sobre todas 
as possíveis causas e defenda seu ponto de vista. 
2. O que explica a grande quantidade de algas arribadas no local de estudo? Comente sobre 
cada grupo de algas. 
 
4. Aula laboratorial: Macroalgas 
 
Objetivos da aula: 
1. Reconhecer as formas de organização dos talos nos diferentes grupos de macroalgas. 
2. Analisar os caracteres morfológicos externos apresentados pelas macroalgas e relacioná-los 
com suas estratégias de sobrevivência na natureza. 
Procedimentos 
a) Análise das macroalgas frescas coletadas em Cabo Branco. 
b) Reconhecer e anotar as características que separam os grupos de macroalgas. 
c) Discutir e anotar os conceitos e funções de cada estrutura

Outros materiais