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ANÁLISE DAS CENAS DO FILME - MEU FILHO, MEU MUNDO

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
NÚCLEO COMUM DAS LICENCIATURAS
FILOSOFIA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – MATEMÁTICA – PEDAGOGIA
CAMILA SANTOS
RENAN DE GUSMÃO GUIMARÃES
THAISA VAROTO CAZASSA
análise das cenas do filme
“MEU FILHO, MEU MUNDO”
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2015�
CAMILA SANTOS
RENAN DE GUSMÃO GUIMARÃES
THAISA VAROTO CAZASSA
ANÁLISE DAS CENAS DO FILME
“MEU FILHO, MEU MUNDO”
Trabalho da temática “Educação Inclusiva”, ministrada pela Profa. Maria José de Oliveira Russo, do Núcleo Comum das Licenciaturas, da Universidade Metodista de São Paulo.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2015
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INTRODUÇÃO 
Os indivíduos desse grupo em formação docente procuram com essa avaliação das cenas do filme (Meu filho, meu mundo.) produzir recursos teóricos e referenciais que possam auxiliar o docente na relação de ensino dos estudantes e o orientar na solução de problemas que possam surgir quanto a situação de inclusão do estudante deficiente, que encontra no seu cotidiano falta de recursos humanos e materiais para didática do seu processo de aprendizagem, a intenção dessa avaliação é de alcançar resultados didáticos onde o indivíduo que se apropriar dessa avaliação possa utilizá-la como recurso para a prática de ensino e aprendizagem aprimorando a capacidade de solucionar problemas relacionados a situação de inclusão. 
DESENVOLVIMENTO
Cena 1
 Os pais estão correndo em um parque, param para descansar e começam a conversar preocupados com a situação do filho, sobre como cuidar da deficiência dele sem saberem por onde começar a ajuda-lo, a mãe diz não gostar do rotulo autista, pois isso o limita a esse rotulo, o pai diz que é difícil alcança-lo, pois é como perseguir alguém em uma casa de espelho onde facilmente é enganado pelos reflexos, ficam ansiosos para ajudar o filho e seguem para o médico Dr.Ranson.
	
Análise da cena
 A escolha dessa cena para avaliação propõe olharmos para a história das sociedades em relação com os deficientes em geral, para uma possível compreensão da preocupação dos pais em relação ao filho deficiente autista, utilizando além das experiências teóricas das aulas o texto “Paradigmas Da Relação Da Sociedade Com As Pessoas Com Deficiência” (Maria Salete Fábio Aranha, 2001), texto que procura tratar do desenvolvimento histórico da humanidade em relação ao desenvolvimento do conceito de inclusão.
 No texto vemos que a formação do conceito dos deficientes em geral perante vários modelos de sociedade, a principio na antiguidade não havia inclusão suas práticas se constituíam no exílio ou eliminação dos mesmos, não se avaliava as distintas deficiências, era considerada uma “fraqueza humana” como generalização para o deficiente, esse conceito de deficiente era justificado através do discurso em que esses indivíduos não poderiam produzir algum bem para sua sociedade, então pelo mesmo motivo eram colocados à própria sorte ou eram eliminados. 
 O pensamento sobre os deficientes e inclusão na idade média não possuiu grandes avanços, porém são verificáveis as múltiplas deficiências, obtendo-se um avanço médico em relação a diagnósticos mais consistentes, entretanto os tratamentos médicos se fundamentavam nos preceitos religiosos na maioria das vezes, que pouco compreendia os indivíduos deficientes utilizando para seus tratamentos métodos ofensivos e invasivos para tentar alcançar a cura, avaliando esses fatos históricos e sociais é possível notar-se que os deficientes não possuíam uma relevância na organização da sua cultura, cada sociedade mantinha formas de tratamento do deficiente baseando-se em seus preceitos religiosos.
 Na modernidade avanços significativos são notados em diversas áreas do conhecimento, no seu início é explorada a diversidade humana, busca a partir desse ponto os tratamentos médicos especializados das deficiências e também na área da educação avança novas estratégias de ensino para os indivíduos deficientes, o processo de institucionalização possuía como principal estratégia remover o indivíduo deficiente da sociedade e inserir o mesmo em um modelo paralelo de sociedade, que posteriormente resultava em uma dificuldade de inclusão desse mesmo individuo deficiente a sociedade, esse modelo é apresentado também no filme onde a história possivelmente se passava dentro desse período. Ainda na modernidade o processo de institucionalização fracassa por suas divergências com os novos modelos políticos, onde acabam procurando distanciamento deste modelo, produzindo uma exploração de novos conceitos sobre os deficientes, como a Integração (Paradigma de Serviços), entretanto muito posteriormente a Inclusão (Paradigma de Suporte).
 Por fim é possível compreender a ansiedade e a preocupação dos pais ao descobrirem que o filho possuía uma deficiência (autismo), pois apesar dos avanços significativos que a sociedade alcança, ainda assim são verificáveis muitos obstáculos para aceitação do deficiente em geral, seja por meios de preconceitos ou recursos, portanto estamos longe de um modelo ideal de sociedade inclusiva, sendo não apenas necessário, mas dever da sociedade produzir conhecimentos a partir desse problema de inclusão, buscando sempre soluções para esses obstáculos visando à construção de um modelo de sociedade cada vez melhor, o professor como parte dessa sociedade e veículo ideológico dentro da sala de aula, deve incluir os estudantes (seja deficiente ou não) e incluir-se na sociedade de forma que esses obstáculos não os impeçam de produzirem conhecimentos teóricos e práticos para a sociedade.
Cena 2
 Os pais visitam clinicas e lá se deparam com um tratamento desumano, onde os alunos são enrolados em tapetes, levam carga elétrica e até mesmo apanham. Chegando numa das clinicas, eles se deparam com muitas crianças sentadas numa mesa com o prato de comida na sua frente. A pessoa que está ‘educando’ aquela criança pede para que ela coma com a colher e quando isso não ocorre, ela bate na criança e volta o processo do início.
Análise da cena
 A escolha dessa cena se deu porque era muito comum da época que as crianças fossem segregadas, eram retiradas do seu lar e viviam em internatos, completamente excluídas do âmbito social.
 Os pais visitam uma clinica e lá se deparam com um tratamento desumano, onde os alunos são enrolados em tapetes, levam carga elétrica e até mesmo apanham. Era muito comum da época que as crianças fossem segregadas, eram retiradas do seu lar e viviam em internatos, completamente excluídas do âmbito social.
 Com o passar do tempo a segregação tornou-se uma inclusão, pois nos anos 90 foi assinado o tratado de salamanca, onde os alunos com algum tipo de deficiência começaram a ter convívio social com alunos que não necessitavam de uma educação especial e assim proporcionando um maior aprendizado para aquele aluno que precisa de uma atenção especial.
 Dentro da educação não pode haver segregação, ao longo do tempo, teremos diferentes tipos de alunos e a diversidade não é algo ruim, pelo contrário, ela sempre irá nos acrescentar algo, pois se é diferente, é sinal que é algo que não conhecemos e com isso podemos ajudar aquele individuo a se desenvolver e também nos desenvolvemos junto com ele. A inclusão social é essencial para todo aluno que necessita de uma atenção especial, seja por deficiência física ou mental, é de extrema importância que o professor esteja disposto a ajudar este aluno e proporcionar um ambiente de aprendizagem pra esse aluno.
 Na cena em que a ‘educadora’ diz para a criança comer com a colher e ela não come e por isso é punida e vai nessa cena de repetição e castigo, temos um grande exemplo de como não tratar um aluno. Deve-se lembrar de que você está lidando com um ser humano e não com um animal, dentro da educação seja ela inclusiva ou não, não pode haver punição, deve-se respeitar o limite de cada aluno e no lugar de obriga-lo
a reproduzir uma ação ou ensinamento, deve-se proporcionar um ambiente para que a partir da realidade dele, ele possa e consiga compreender o conteúdo e assim executar, mas não de forma automática, mas de uma forma natural.
Cena 3
 A mãe se senta ao lado do filho e começa a se balançar junto com ele. Onde começa um tratamento caseiro, tentando se aproximar do filho a mãe e o pai tentam criar um ambiente e um tratamento que possibilite a comunicação com o filho.
	
Análise da cena
 Nesta cena a mãe tenta se aproximar do filho, buscando contato com ele, mas não o obrigando a se adaptar a ela e sim tentando se adaptar a ele, vendo ao o que ele reage, o que gosta e o que não gosta.
Papel do professor é buscar formas de incluir esse aluno a aquela realidade, no caso do filme, seria tirar a criança daquele mundo interiorizado que ele vive.
É importante entender que essa criança não pensa e não age da mesma forma que nós, que sua compreensão é diferenciada e por isso deve-se olhar, além e tentar encontrar uma forma de ajudar, mas sem que ocorra descriminação.
Professor deve estar preparado para esse tipo de situação, ele deve estar informado e deve buscar métodos de ensino diversificado, caso seja deficiência física, deve buscar adaptações, como foi visto em sala de aula, que às vezes é necessária à lupa para aqueles que têm baixa visão, letras maiores, material adaptado para que possam escrever e recortar.
 Sendo assim, a partir dessa cena vemos a importância de conhecer o aluno e suprimir suas necessidades, pois é necessário incluir ele no âmbito escolar e fazer com que ele consiga acompanhar os demais alunos, proporcionando um ambiente de aprendizagem para todos os alunos, seja ele com necessidade especial ou não e até mesmo o professor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Por fim o filme Meu filho, meu mundo e os referenciais teóricos utilizados ao longo das aulas ministradas são de grande relevância, pois instruem a um melhor modelo de inclusão dos deficientes e o professor como um dos principais agentes condutores dessa inclusão se torna útil à utilização de materiais teóricos que se encontram nessa avaliação, portanto a educação inclusiva tanto para docentes quanto para discentes é fundamental para a compreensão desses obstáculos que os indivíduos deficientes enfrentam e a superação dos mesmos para uma melhor relação desses indivíduos em situação de inclusão com a sociedade e a compreensão da sociedade para a situação de inclusão do indivíduo deficiente.
REFERÊNCIAS 
ARANHA, M. S. F. - Paradigmas Da Relação Da Sociedade Com As Pessoas Com Deficiência - Artigo publicado na Revista do Ministério Público do Trabalho, Ano XI, no. 21, março, 2001, pp. 160-173. 
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. 9. ed. Porto Alegre, Rs: Mediação, 2013.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O direito de ser, sendo, diferente na escola. Seminário sobre Direito da Educação. Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal. 23 a 25 de junho de 2004, Brasília-DF.R. CEJ, Brasília, n. 26, p. 36-44, jul./set. 2004.
SON_RISE. A miracle of love. Meu filho, meu mundo. Filme: drama. 1979. Direção Glenn Jordan. 1’37’’. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9auYQOlUKo4 Acesso em: 10/04/2015.

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