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CAPÍTULO 3 ENCERAMENTO PROGRESSIVO

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TERCEIRO CAPÍTULO
ENCERAMENTO PROGRESSIVO
OBJETIVO:
 O estudo do enceramento progressivo visa o conhecimento da morfologia oclusal com riqueza de detalhes, objetivando o aprendizado de maneira didática do correto relacionamento dos contatos oclusais, analisando a superfície oclusal integrada com a dinâmica dos movimentos mandibulares. 
MONTAGEM DOS MODELOS NO ASA:
 
 A montagem dos modelos consiste na utilização do Articulador semi-ajustável para permitir os movimentos mandibulares ( protrusivos, laterotrusios e oclusivos/contenção ) mais aproximados com os dos pacientes. Para tal, necessitamos graduar o ASA em medidas média, ângulo de Bennett em 300 , ângulo de eminência em 150 e distância inter-condilar média. São medidas aproximadas com as dos pacientes, desta formas os procedimentos realizados no ASA estarão em próximos aos movimentos dos pacientes.
UNIÃO DOS MODELOS 
 Os modelos devem estar corretamente intercuspidados e com retenções nas partes lisas, em seguida, utilizando-se de uma pistola de cola quente, os modelos são adequadamente fixados pelas superfícies vestibulares dos dentes de gesso.
MONTAGEM DO MODELO INFERIOR
 
 Adapta-se um incremento de cera utilidade sobre a superfície da placa de mordida, em seguida posicione a parte inferir do modelo inferior pressionando contra o incremento de cera utilidade para deixá-lo posicionado com uma inclinação para baixo próxima de 200. Manipular gesso tipo IV e colocar um incremento na parte superior do modelo superior e na placa de montagem superior do ASA.
MONTAGEM DO MODELO SUPERIOR:
 Após o gesso tomar presa, remova a cera utilidade sob o modelo inferior, vire o ASA de cabeça para baixo e coloque um incremento de gesso para unir a placa de montagem com o modelo superior. Após a presa do gesso, colocar gesso estuque para dar acabamento externo dos modelos.
MAPEAMENTO OCLUSAL E MARCAÇÃO DOS PONTOS DE CONTATOS:
 
Utilizando um lápis de cera azul, demarcar as aresta longitudinais vestibulares e linguais, cristas marginais mesiais e distais ( demarcando assim a mesa oclusal dos dentes posteriores ). Em seguida demarcar os pontos de contatos dos dentes.
DESGASTE DO DENTE A SER ENCERADO
 
Com um estilete desgasta-se o terço oclusal do dente a ser encerado, criando-se desta forma um diâmetro mésio-distal do dente a ser encerado. 
ENCERAMENTO DOS CONES
 Será usado a cor de cera amarela.
 Desgastar o terço oclusal do dente a ser encerado, deixando a superfície totalmente plana. Em seguida mapear na base do desgaste ( arestas longitudinais e crista transversal da cúspide ) pois a intercessão dessas duas estruturas nortearão para posicionar a base dos cones. Seguir aplicando uma fina camada de cera pegajosa em toda superfície de gesso desgastada, para que as demais cores de ceras que serão usadas ao longo do enceramento possa unir-se a base de gesso desgastada. 
 A Posição da base dos cones devera ficar na interseção da arestas longitudinais e cristas transversais das cúspides.
 Os cones funcionais são mais altos que os não funcionais, pois são eles que se rlaconarão com os dentes antagônicos. A altura dos cones funcionais é determinada pelos movimentos excursivos realizados no ASA e pela superfície oclusal do dente antagônico.
 O formato dos cones dever ser muito semelhante a uma miniatura de uma pirâmide de base esférica ( um cone ).
ENCERAMENTO DA MESA OCLUSAL
 
 Será usada a cor de cera azul. Nesta fase serão enceradas as arestas longitudinais vestibulares e linguais e cristas marginais mesiais e distais. Inicia-se encerando-se as arestas longitudinais vestibulares e linguais com o formato de planos inclinados. Não devem recobrir a ponta dos cones e não interferir nos movimentos excursivos realizados no ASA. Após o término das as arestas longitudinais vestibulares e linguais deverá existir um espaço semelhante a um degrau, pois será ocupado futuramente com s vertentes externas das cúspides. As cristas marginais mesiais e distais deverão estar niveladas (mesma altura) com as cristas marginais dos dentes contíguos e mantendo o contato proximal com os dentes contíguos.
ENCERAMENTO DAS VERTENTES EXTERNAS/LISAS
 
Nesta fase serão enceradas as vertentes lisas das cúspides ( usando cera vermelha ) e as vertentes mesiais e distais das cúspides ( usando cera verde ).
 Inicia-se com a cera vermelha encerando as vertentes lisas das cúspides, para tal serão preenchidas as regiões externas dos cones ( a região vestibular dos cones ). Não deve interferir nos movimentos excursivos no ASA, no correto fechamento em MIH. 
 Posteriormente será preenchida com cera verde na face externa ( vestibular ) das arestas longitudinais, a cera depositada não deve interferir no fechamento oclusal, e nem nos movimentos excursivos no ASA. Ao depositar a cera nas áreas próximas as ameias proximais, tomar cuidado para não fechá-las. 
 Finalizando com a escultura dessa área externa do dente, esculpindo e definindo os sulcos ocluso-vestibular e ocluso-lingual e avaliando o contorno externo do dente para que não fique nem com excesso de contorno ( sobrecontorno ) e nem falta ( subcontorno ). Ao final dessa fase terão duas cores de cera ( verde e vermelha ).
ENCERAMENTO DAS VERTENTES INTERNAS/TRITURANTES
 
Nessa fase serão enceradas as vertentes triturantes (internas) das cúspides ( usando cera vermelha). 
 O seu formato é côncavo tanto no sentido mésio-distal quanto vestíbulo-ligual, e em uma visão oclusão apresenta-se no formato e gota, onde próximo ao sulco central ( mésio-distal) apresenta-se com uma base ampla convergindo-se para a ponta do cone encontrando-se com ele de forma afilada. É também nesta estrutura de cera que estão presentes os contatos oclusais, sem contudo aumentar a DVO. 
 O número e de vertentes triturantes acompanha o número de cúspides que um dente apresenta , e é composta por dois planos, um mesial e outro distal. 
ENCERAMENTO FINAL E ESCULTURA OCLUSAL
 
 Nessa fase será feito o preenchimento final do interior da mesa oclusal usando cera verde.
 Após o preenchimento, será esculpida a morfologia definitiva da superfície oclusal, criando e definindo os sulco secundários; suplementares; mésio-distal; ocluso-vestibular e ocluso-lingual. Também será esculpido as cristas secundárias das cúspides, fossetas proximais e fossa central. 
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Figura 1- Calibração do articulador semi-ajustável
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Figura 2- Preparação do ASA para a montagem do modelo superior
Figura 2- Preparação do ASA para a montagem do modelo superior
Figura 3- Montagem do modelo superior
Figura 4- Mapeamento oclusal
Figura 5- Recorte do dente a ser encerado, re-mapeamento no platô e cera pegajosa
Figura 6- Enceramento dos cones
Figura 7- inicio do enceramento da aresta longitudinal
Figura 2- Enceramento das vertentes lisas das cúspides
Figura 8- Mesa oclusal finalizada 
Figura 8- Enceramento da anatomia 
Figura 9- Enceramento da vertente triturante
Figura 10- Finalização da escultura oclusal

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