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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO A DISTANCIA – 2015-2
Disciplina: Currículo
INTERDISCIPLINARIDADE - UM NOVO PARADIGMA CURRICULAR
ROSA MARIA CALAES ANDRADE
O Artigo: “Interdisciplinaridade - Um novo paradigma curricular”, de Rosa Maria Calaes Andrade tem por objetivo ressaltar a importância da interdisciplinaridade para o processo de ensino aprendizagem, sobretudo diante das mudanças sociais, politicas, econômicas e culturais ocorridas no século XXI. Faz uma análise histórica da instituição escolar a fim explicitar as razões desta ainda apresentar um projeto pedagógico multidisciplinar e defende a adoção de um novo paradigma curricular. (ANDRADE, 1995, 8 páginas)
Os parágrafos iniciais apresentam a definição de interdisciplinaridade e de outros conceitos básicos com vistas a facilitar a compreensão da temática. Assim, conceitua interdisciplinaridade como uma nova concepção de ensino e de currículo, que se baseia na ideia de interdependência dos diversos campos do saber. Esta apresentação inicial é muito esclarecedora, pois apresenta a interdisciplinaridade como uma nova forma de se pensar a educação e a escola, que não se limita a apenas uma nova maneira de se lidar com o conhecimento historicamente acumulado.
De posse dos conceitos chave de paradigma, interdisciplinaridade e disciplina, o leitor é chamado a analisar os diversos tipos de composição curricular no intuito de identificar, pelas características inerentes a eles, o modelo predominante na instituição educacional, que é o multidisciplinar. Este paradigma, na visão da autora, desconsidera o modo como o indivíduo aprende, dificultando a percepção da inteireza do ser humano e do saber como um todo indivisível. 
Muitas vezes, a escola e os educadores veem as crianças apenas como cérebros, mas não enxergam os corações que batem e sentem; o corpo que se movimenta e que se relaciona. E, por esse motivo, promovem atividades que não atendem à necessidade de desenvolvimento integral do educando. Por outro lado, o saber repassado de forma mecânica e fragmentado, separado do contexto histórico social, perde o sentido e promove uma visão distorcida de mundo. Deixando se de promover o aperfeiçoamento das estruturas mentais, visto que a inteligência se estrutura através da interação com o meio físico, social e cultural.
Mas se os profissionais da educação estão cientes de que o conhecimento se organiza em rede e que a aprendizagem não depende apenas de fatores cognitivos, por que ainda continuam a reproduzir as mesmas práticas?
Andrade responde que a dificuldade de se admitir a possibilidade de um novo modelo curricular prende se à questão de paradigma (padrão, modelos de estruturas mentais), que imobiliza e condiciona a maneira das pessoas verem as coisas. Logo, precisa se alterar o modo de pensar, visualizando o todo não somente como somatório das partes que o compõem, mas pela percepção de que tudo está em tudo.
A escola pública nasceu no modelo multidisciplinar, visto que na época da revolução industrial imperava a lógica fordista e taylorista as quais priorizavam a domesticação e não a emancipação do homem. Esta instituição estava a serviço da fábrica e do capital, do sistema de produção de riquezas e da desigualdade.
Para Rosa Maria Calaes Andrade o currículo escolar, no contexto da revolução industrial, foi elaborado com a intenção de formar pessoas disciplinadas, submissas, organizadas e não questionadoras. Além disso, considera que este período também foi o momento de emergência do positivismo o qual impregnou as práticas escolares com as questões de objetividade, universalidade e neutralidade. Enquanto que às punições, avaliações e verdade absolutas tem suas raízes na Igreja e em seus dogmas.
No terceiro item de seu texto, procura justificar a transformação do currículo, anteriormente descrito. A autora assinala as metamorfoses ocorridas no mundo pós-moderno, tais como: os avanços da psicologia genética e sua aplicação no âmbito pedagógico, às demandas do mundo do trabalho, bem como o contexto da era digital e a emergência de sistemas políticos democrático-participativos. Fatos que transformaram o comportamento humano, sua forma de aprender e de se relacionar. 
Na visão de Andrade, a qualidade da educação será alcançada mediante a efetivação da gestão democrática, do trabalho cooperativo e do currículo interdisciplinar, visto que esses elementos rompem com o individualismo, a fragmentação, a gestão autoritária e centralização da produção de saber. Logo, pressupõe uma revisão não apenas dos aspectos relacionados aos conteúdos e às metodologias de ensino, mas da relação aluno-professor, dos valores e atitudes a serem incentivados, da forma de construção dos conhecimentos e da participação.
Por fim, a autora destaca algumas mudanças de atitudes, procedimentos e posturas docentes que são fundamentais para que tal metamorfose aconteça como, por exemplo, resgatar a própria inteireza, buscar a contextualização dos fatos, valorizar o trabalho em parceria, dentre outras. 
Dessa maneira, parece que toda esta modificação depende apenas de força de vontade e empenho, principalmente, dos docentes. Mas não se destaca as possíveis dificuldades a serem enfrentadas por eles na implantação desta nova concepção, tendo em vista sua formação precária, a ausência de cursos de atualização eficazes e momentos de reflexão coletiva. Portanto, pode ser que a gênese desse processo de mudança paradigmática comece com a adoção de uma nova visão, porém se completa com habilitação e valorização docente.
Por outro lado, um currículo só se torna eficaz quando possui aplicabilidade concreta, quando é ressignificado pelos educadores em suas práxis diárias. Neste sentido, não adianta impor verticalmente e de maneira autoritária, pois os educadores, como sujeitos autônomos, encontrarão um jeito de transgredir tal imposição em sala de aula. Assim, o que se precisa fazer é abrir espaço para que eles possam participar ativamente do processo de construção. Necessário é promover intercâmbios entre docentes, especialista, comunidade escolar e alunos a fim de que este currículo não seja meramente técnico, mas que reflita os anseios da comunidade escolar.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Rosa Maria Calaes de. Interdisciplinaridade: um novo paradigma curricular. Disponível em: < http://www.ufpa.br/ensinofts/interdisci.html> Acesso em: 04 out. de 2015.

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