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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO A DISTANCIA – 2015-2
Disciplina: Diversidade Cultural
 A partir da leitura do material didático recomendado para a disciplina Diversidade Cultural e Educação (DCE), procure refletir sobre os conceitos relacionados a seguir:
“(...) a sexualidade e a socialização de gênero de crianças e adolescentes é exercida na escola com formas variadas por diferentes agentes, em diversos espaços e de modos distintos em relação a meninos e a meninas. De múltiplas maneiras, a orientação sexual e a identidade de gênero são objeto permanente de atenção e controle.” (175) (com adaptações). [1: Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : SPM, 2009.]
 
A partir do exposto, descreva e explique os conceitos mencionados e cite exemplos ou situações de como se pode contribuir para superação de preconceitos na escola, tornando o ambiente cada vez mais acolhedor, facilitador da aprendizagem e da socialização.
Recomenda-se que a AD2 tenha entre uma (1) a três (3) laudas, com a formatação conforme as normas da ABNT. Será observada também clareza, correção de linguagem e atenção as fontes e referencias bibliográficos consultados.
Para as ciências sociais e humanas, o conceito de gênero se refere à construção social do sexo anatômico. Gênero, nesse contexto, significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.
No senso comum, as diferenças de gênero são interpretadas como naturalmente determinadas pelos corpos. Mas as ciências sociais postulam que tais diferenças são socialmente construídas, pois a maneira que homens e mulheres se comportam em sociedade corresponde a um intenso aprendizado sociocultural que os ensina a agir conforme as prescrições de cada gênero.
Socialmente espera se que as meninas sejam delicadas, carinhosas, dedicadas, cuidadoras, organizadas e detentoras da ordem. Enquanto que os meninos devem ser desordeiros, irresponsáveis, fortes e desorganizados. Nesta perspectiva, a escola legitima tais convenções quando faz com que as alunas assumam tarefas de cuidado e organização, impedindo que os meninos desenvolvam tais habilidades. A eles resta questionar a ordem estabelecida, sendo rebeldes e agressivos com vistas a reafirmar o modelo de masculinidade estabelecido.
Já a identidade de gênero refere à percepção individual de ser masculino ou feminino, conforme os atributos, comportamentos e papeis convencionalmente estabelecidos para homens e mulheres. Os travestis, por exemplo, são pessoas que nascem do sexo masculino ou feminino, mas que se identifica e se comporta de maneira oposta. Muitos até recorrem a cirurgias plásticas a fim de modificarem seus corpos. Por isso, não é possível definir masculino e feminino apenas biologicamente, baseando se no aparato físico, visto que a questão transcende a esta dimensão. 
Sexualidade é um termo abstrato utilizado para se referir as capacidades associadas ao sexo ( conjunto de atributos biológicos e capacidades reprodutivas capazes de distinguir categorias distintas de pessoas conforme a anatomia de seus corpos e atitudes comportamentais). Enquanto que a orientação sexual corresponde ao sexo da pessoa que elegemos como objetos de desejo de afeto. Existem três tipos: homossexual, heterossexual e bissexual.
Na instituição de ensino, os profissionais da educação tem que se estar cientes de que as crianças que entram na escola não são tabulas rasas, ou seja, trazem conhecimentos adquiridos em outros âmbitos sociais (família, comunidade, igreja, etc). E, embora não seja possível interferir imediatamente nessas aprendizagens, a escola possui o dever de não contribuir para aumento da discriminação e do preconceito. Para isso, é preciso vigiar a linguagem utilizada, às atitudes assumidas, os ideais repassados, as condutas estimuladas, estereótipos implícitos ou explícitos nos conteúdos e nas atividades pedagógicas.
As mensagens e discursos escolares voltadas à sexualidade, geralmente, privilegiam a heterossexualidade, reafirmando a potencialidade reprodutiva de um casal apaixonado pelo seu oposto, silenciando se quanto a outras formas de relacionamentos amorosos existente na sociedade. Mas, para além das convicções individuais, a instituição educacional enquanto lugar de socialização tem por obrigação promover um ensino que respeite as diferenças e dê liberdade aos indivíduos para manifestarem seus desejos sem coerções arbitrárias. 
Uma atitude pedagógica simples, mas que pode enriquecer a aula é conversar com os jovens sobre alguma questão relacionada a gênero, namoro, gravidez precoce, dentre outras possibilidades, em alguma cena de novela ou filme assistido por eles. Pois, muitos deles não podem falar sobre essas questões em suas casas com suas famílias. Assim, informalmente o educador pode oferecer lhes informações sobre esses assuntos, desconstruindo certos tabus.
Já a técnica do júri simulado, por exemplo, permite a aproximação entre pessoas com pontos de vistas destoantes. Ele consiste na simulação de um júri onde os alunos devem defender ou condenar um determinado assunto, conforme suas posições. Essa dinâmica permite que os discentes aprendam a ouvir e a dialogar, respeitar a opinião alheia, ainda que esta seja divergente da sua. Promove o aprofundamento do tema, visto que os adolescentes tem que procurar informações para fundamentar seus argumentos e desenvolve o pensamento crítico, na medida em que o indivíduo é levado a repensar ou reafirmar seus conceitos iniciais.
Essas atitudes são importantes porque a invisibilidade da temática de gênero e de orientação sexual por parte dos educadores concorre para que as violências, preconceitos e desigualdades se perpetuem, isto é, auxilia na manutenção da realidade atual. Por outro lado, as dinâmicas que oportunizem os jovens a se conhecerem combate à discriminação, pois, se o preconceito é uma ideia imaginada sobre alguém, este se descontrói no contato com a verdade, isto é, com o real. Ademais, a educação precisa parar de inculcar discursos na mente dos indivíduos e conduzi-los a pensar sensatamente sobre suas ações e sobre as convenções sociais com vistas a formar cidadãos autônomos e conscientes.

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