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Pedimos agora que você reflita sobre o potencial da educação em direitos humanos para que a Escola possa lidar pedagogicamente com o fenômeno da violência escolar. Os textos estudados na disciplina nos mostra que no senso comum pedagógico a violência escolar é percebida apenas como resultante da violência social e que existe uma tendência por parte dos professores de a reconhecerem como sinônimo de agressões sejam elas físicas ou verbais. A consequência desta visão é que eles se veem impotentes para intervir no fenômeno que, visto desta forma, se situa além da possibilidade da ação educativa. Entretanto, há outras formas de violência mais sutis que são difíceis de serem enfrentadas porque encontram respaldo no modo como a sociedade se organiza e trata as minorias. Nesta perspectiva, podemos citar: o racismo, a discriminação social, o preconceito, o menosprezo as culturas que não fazem parte do universo das elites, enfim, desrespeito aos direitos humanos. Esse tipo de violência precisa de uma ação preventiva mais que coercitiva e punitiva, ou seja, de uma ação pedagógica a qual tem na escola um espaço privilegiado de desenvolvimento. A segurança publica, por outro lado, trata de meios de repressão, para impedir que ela se manifeste. A ação pedagógica, no entanto, investe na construção do novo, difundindo e aprofundando a luta cotidiana pela paz. Ainda, segundo o que aprendemos, a afirmação genérica e abstrata de compromisso com a formação do cidadão deve se impregnar com significado por meio de uma organização e de uma metodologia que chame a participação, que se baseie no dialogo para resolução de conflitos, que se comprometa com a solidariedade e que denuncie o preconceito e não concorde com as formas discriminatórias de tratamento das minorias. Assim, teremos uma educação como espaço de exercício dos direitos humanos e não como mera difusão dos direitos e deveres do cidadão. Essa é a contribuição que uma educação em direitos humanos traz para a escola.
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