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SISTEMAS DE PROTEÇÃO Prof. Paulo Márcio da Silveira Universidade Federal de Itajubá Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica 1 SISTEMAS DE PROTEÇÃO Assuntos ministrados no Modóulo 3 Paulo Márcio 1 - Conceitos básicos e ferramentas 2 - Filosofia geral da proteção 3 - Transformadores para instrumentos 4 - Tecnologia de relés 2 Parte 1 Conceitos básicos e ferramentas 3 a) Representação de componentes b) Componentes simétricas c) Aterramento de sistemas e equipamentos d) Dinâmica do curto-circuito e) Programas para análise de transitórios eletromagnéticos f) Análise de eventos (qualidade da energia) Proteção de Sistemas Elétricos Conceitos e ferramentas 4 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Gerador Transformador jX”d E~ jX1 R1 jX2 R2 RmjXm jXT RT XT = X1 + X2 RT = R1 + R2 Docs/Matlab/falta_gerador Matlab/simulink/demo/ trafo saturável 5 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Linhas de transmissão Linhas curtas – Linhas médias – Linhas longas ZL/2Y jXL RL ZL/2 ZL Y/2Y/2 Parâmetros distribuídos 6 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Linhas de transmissão Pode ser usado modelo PI com os valores de Z e Y corrigidos .( )( . ) 2 .. 2 corrigido corrigido ltghsenh l Z Z Y Y ll .y z Constante de propagação7 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Cargas Complexidade dependendo da exigência da modelagem Vai desde R até modelos não lineares e variáveis --------------------------------------------------------------------------- Na representação geral dos sistemas => • Valores por unidade “pu” • Grandezas de base exercício 8 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Análises das Correntes de “Curtos –Circuitos” SIMETRICAS => 3Φ ASSIMÉTRICAS ( Faltas Desequilibradas) Curtos: 2Φ; 2Φ-T; ΦT Abertura de Condutores: 1Φ; 2Φ Relações: “Tensões x Correntes” => impedâncias de sequência Componentes Simétricas 9 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a 2Va2 Va0=Va0 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Vb1=a 2Va1 Vc1=aVa1 1 3 1 120 2 2 a j 10 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Va Va0=Va0 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Vb1=a 2Va1 Vc1=aVa1 Vb2=aVa2 Vc2=a 2Va2 Va2=Va2 11 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a 2Va1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a 2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc1=aVa1 12 a 0 2 b 1 2 c 2 V 1 1 1 V V = 1 V V 1 V a a a a 0 a 2 1 b 2 2 c V 1 1 1 V 1 V = 1 V 3 V 1 V a a a a Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a 2Va1 Vc1=aVa1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a 2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc 13 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a 2Va1 Vc1=aVa1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a 2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc 14 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Va1=Va1 Vb1=a 2Va1 Vc1=aVa1 Omicron Alex 15 PMS/UNIFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 16 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 17 DIAGRAMAS SEQUENCIAIS - CONEXÕES Falta Trifásica: DSP Falta Bifásica: DSP –DSN em paralelo Falta Bifásica à terra: DSP-DSN-DSZ em paralelo Falta Monofásica: DSP-DSN-DSZ em série Abertura de 01 condutor: DSP-DSN-DSZ em paralelo* Abertura de 02 condutores: DSP-DSN-DSZ em série* * (impedância série) Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 18 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 19 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Z(+) = Z(-)=> ensaio de CC 20 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas * * 21 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 0 1 2 o E Z Z Z I 22 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 0 1 2y op E Z Z Z I 0Z 23 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 24 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 25 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Z1 = Z2 Dado pelas características do condutor e pela disposição física dos mesmos 26 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Z0 = 2 a 6 Z1 A Zo da LT apresenta dificuldades no seu cálculo analítico, isto porque, dependendo do local do curto, a corrente de seq. zero pode passar por vários caminhos, (cabo pára-raios, torre, aterramento da torre, de diferentes). Medição Linhas de Transmissão 27 DIAGRAMAS SEQUENCIAIS => cálculo da Icc 3 1 1 0THVI Z 2 3 1 2 1 3. 3. 0,866. 2. TH THV VI I Z Z Z 2 0 1 2 0 2 0 3. 3 / / TH T V Z I I Z Z Z Z Z 0 1 2 0 3. 3 THT V I I Z Z Z Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 28 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 29 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 30 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 31 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ib Ic 32 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 33 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia 34 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 35 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ib Ic Observações: - Impedância do ponto de falta - Trafo de aterramento 36 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Principal: segurança pessoal Escoar pelo condutor de aterramento a corrente devido à falha de isolação. Prever percurso de retorno e baixa impedância para a corrente de falta a terra para que o sistema de proteção possa operar de maneira satisfatória. Oferecer caminho de baixa impedância, seguro e controlado, para as correntes induzidas por descargas atmosféricas. Fornecer controle das tensões desenvolvidas no solo (toque, passo, transferida) durante falta para massas, com objetivo de proteger pessoal e patrimônio. Estabilizar tensão durante transitórios no sistema elétrico de forma a não aparecer sobretensões que possibilitem ruptura de isolação dos equipamentos. Escoar cargas estáticas acumuladas. Fornecer plano de referência sem perturbações (especificamente para cargas eletrônicas). Tfd 37 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 38 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 39 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 40 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 41 a) Sistema aterrado São aqueles que se apresentam com impedâncias de seqüência nula (X0) com valores muito próximos da impedância de seqüência positiva (X1), desde que a diferença angular entre tais vetores seja menor ouigual a 90 . Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 1 x r e3 x x 1 0 1 0 42 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos a) Sistema aterrado Sistemas aterrados diretamente, ou através de resistências de baixo valor ohmico, e cuja relação entre X0 e X1 esteja dentre os limites estabelecidos, são considerados rigidamente ou solidamente aterrados. Nestes casos, qualquer contato a terra representa uma falta, de natureza de curto-circuito, com forte assimetria, e deve ser desligada imediatamente. As tensões entre fases e fase-terra se alteram e as tensões fase-terra das fases sãs atingem, no máximo, 80% da tensão nominal (fase-fase). 43 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 44 b) Sistema Isolado Praticamente são os sistemas que se apresentam com impedâncias de seqüência nula (Xo) com valores muito mais altos que a impedância de seqüência positiva (X1) ou até infinitamente grandes Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 0 1 10 x x 45 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 0 1 10 x x 46 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Neutro ressonante 47 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Neutro ressonante 48 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos REVIEW OF GROUND FAULT PROTECTION METHODS FOR GROUNDED, UNGROUNDED, AND COMPENSATED DISTRIBUTION SYSTEMS Schweitzer Engineering Laboratories, Inc. Pullman, WA USA 49 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Deduzir as relações 50 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 Z0/Z1 Corrente residual para falta fase-fase-terra Tensão residual para falta fase-terra Tensão residual para falta fase-fase-terra Corrente residual para falta fase-terra T e n s ã o r e s id u a l e c o rr e n te r e s id u a l c o m o m ú lt ip lo d a t e n s ã o V f e I c c 3 f 51 Todos os equipamentos dos sistemas elétricos de potência são influenciados diretamente pelo aterramento. Uma formula prática de cálculo do fator de aterramento é apresentada a seguir. Esta determina a porcentagem da tensão nominal surgida entre fase e terra, no caso de qualquer contato a terra. 2 0 1 0 1 1 3 1 2 2 . x x e x x T .V eV Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 52 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 10 -2 10 -1 10 0 10 1 10 2 10 3 0.5 0.55 0.6 0.65 0.7 0.75 0.8 0.85 0.9 0.95 1 x0/x1 fa ct or e Exemplo: 53 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Corrente residual para falta fase-fase-terra Tensão residual para falta fase-terra Tensão residual para falta fase-fase-terra Corrente residual para falta fase-terra T e n s ã o r e s id u a l e c o rr e n te r e s id u a l c o m o m ú lt ip lo d a t e n s ã o V f e I c c 3 f 2 0 1 0 1 1 3 1 2 2 . x x e x x T .V eV Vr = 0 54 Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 55 Estatística de faltas Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 56 (, o instante inicial de c.c.) (constante de tempo do sistema primário) 1 1. . .sen( )cc cc d R i L i E t dt 1.sen( ) .sen . t T cci I t I e 1 1 x arctg R 1 E I Z 2 2 1 1 1Z x R 1 1 1 LT R L1 R1 Icc E~ PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 57 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E c.c. simétrico .sen( )cci I t PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 58 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E c.c. simétrico 2→ e = 0 c.c. totalmente assimétrico .sen( )cci I t 1 .[cos( ) ] t T cci I t e PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 59 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E c.c. simétrico 2→ e = 0 c.c. totalmente assimétrico 3→ e = qq icc OBS: 1) Assimetria dependerá: 1o) instante do c.c. 2o) constante de tempo primária 2) T1 → pode variar: 20ms (linha longa) 150ms (defeito perto do gerador) 3) Para T1 grande: o valor de crista ocorre cerca de 8.33 ms da ocorrência do curto e pode valer até 4) Para T1=50ms → Ipico=2,54.Iccef (1,8) (valor adotado por normas européias Idin=2,5.ITH) .sen( )cci I t 1 .[cos( ) ] t T cci I t e 2 82 2 2, = ( . ).ccef ccefI I PMS – EFEI/GQEE 2 pt = Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 60 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E c.c. simétrico 2→ e = 0 c.c. totalmente assimétrico 3→ e = qq icc .sen( )cci I t 1 .[cos( ) ] t T cci I t e PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito Rele 51 - matlab 61 PMS – EFEI/GQEE 2 ''. KA I 1.sen( ) .sen . t T cci I t I e 2 ''. KI I Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 62 PMS – EFEI/GQEE Resumindo O módulo de Is do primeiro pico da corrente de curto-circuito ik depende do ângulo e do ângulo da impedância . O maior valor está sempre associado com = 0. Se = não há componente dc. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 63 PMS – EFEI/GQEE Fator de assimetria Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 64 PMS – EFEI/GQEE Transmissão Distribuição = 45o Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 65 PMS – EFEI/GQEE L1 R1 Icc E~ Zc=Rc+jXc ib Comparar com casos anteriores Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 66 PMS – EFEI/GQEE Em ambos os casos a corrente começa no nível instantâneo da corrente de carga. ik - ib Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 67 PMS – EFEI/GQEE 2 2 ~ '' '' . .[sen( ) .sen( ). ] . .[sen( ) .sen( ). ] g g cc b dc t Tk cc k t Tb cc k k i i i i ZU i t e Z Z I i I t e I Z = Zc + Zk Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 68 PMS – EFEI/GQEE Sistema trifásico 0 03 0 11 , ; .k g k R T s X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 69 PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador A tensão em vazio do gerador dividida pelo valor eficaz da corrente de curto permanente é a chamada reatância síncrona de eixo direto (ao). Esta reatância (Xd) engloba a reatância total do enrolamento do rotor (dispersão + reação do induzido) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 70 PMS – EFEI/GQEEReatâncias do Gerador Retrocedendo a envoltória até o instante zero e desprezando os primeiros ciclos a intersecção determina ob. O valor eficaz da corrente representado por esta intersecção é chamada de corrente transitória (I’). A reatância transitória de eixo direto Xd’ é igual a Eg/I’. Engloba a reatância de dispersão do enrolamento do estator e de campo. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 71 PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador Considerando a intersecção da envoltória de toda a corrente com A ordenada em t = 0 s, tem-se a corrente subtransitória (I’’). I’’ = 0,707.Ioc. Muitas vezes chamada de corrente eficaz simétrica inicial (contém a idéia de desprezar a componente cc e tomar o valor eficaz da componente ac da corrente imediatamente após a falta. A reatância dada por Eg/I’’ é dita reatância subtransitória de eixo direto (reatância de dispersão dos enrolamentos do estator e do rotor (neste inclui enrolamentos amortecedores) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito simulink 72 PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 73 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador As reatâncias do gerador analisadas anteriormente determinam, junto com as impedâncias de rede, no trecho compreendido entre o gerador e o ponto de curto- circuito, os valores iniciais e finais do processo de amortecimento. Para também determinar os instantes de tempo em que esses valores ocorrem, há necessidade de examinar as constantes de tempo presentes, a saber: • A constante de tempo do fenômeno subtransitório T”d • A constante de tempo do fenômeno transitório T’d • A constante de tempo da componente de c. contínua Tg Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito T1 74 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador A constante T”d depende das propriedades amortecedoras do circuito de corrente do rotor, e, em especial, do enrolamento de amortecimento. Seu valor é função das reatâncias do gerador e da rede, de acordo com a expressão: onde T”d0 é a constante de tempo subtransitória do gerador em vazio. O valor de T”d0 é da ordem de 50ms e não pode ser ultrapassado por T”d porque X’d > X”d. No caso de um curto-circuito nos terminais do gerador, ou seja, XN = 0, T”d decresce cerca de 33ms. Portanto, T”d varia relativamente pouco e todo o fenômeno subtransitório fica limitado a 3 ou 4 semi-períodos. O tipo de curto- circuito (mono-, bi- ou trifásico) tem pouca influência sobre a constante de tempo subtransitória. '' '' '' 0' . d N d d d N X X T T X X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito < 1 Obs.: N = Net 75 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador A constante de tempo T’d do fenômeno transitório é a função das propriedades amortecedoras do circuito de excitação. Seu valor sofre a influência do tipo de curto-circuito, de modo que os valores são diferentes nos casos de defeito tri-, bi- ou monofásico. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 76 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 1) curto-circuito trifásico: a constante de tempo T’d é a função de reatâncias do gerador e da rede e é dada pela seguinte expressão: Onde T’d0 é a constante de tempo transitória do gerador em vazio, sendo o seu valor de 5 a 13 s. Os valores menores são encontrados nas máquinas com pólos salientes e os maiores nos turbogeradores. Quando o curto-circuito ocorre junto dos terminais do gerador, ou seja, quando XN = 0, o valor de T’d(3) se reduz a 1s nos turbogeradores e a 2s nas máquinas com pólos salientes. Portanto, o fenômeno transitório somente desaparece após um tempo de 3 a 6s. ' ' ' (3) 0. d N d d d N X X T T X X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 77 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 1) curto-circuito trifásico: Se a impedância de rede não é predominantemente indutiva, mas acompanhada de elevada parcela resistiva, então a constante de tempo transitória é ampliada, dada pela equação: 2 ' ' ' (3) 02 . N d N d N d d N d N d N R X X X X T T R X X X X ' ' ' (3) . d N d do d N X Z T T X ZQuando se deseja avaliar o efeito dos ângulos da rede Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 78 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 2) curto-circuito bifásico: para a determinação da constante de tempo T’d(2) precisa-se levar em consideração tanto a influência da impedância de seqüência positiva quanto negativa. Daí resulta a expressão: X2 é a reatância de seqüência negativa do gerador. Nos turbogeradores, os valores de X2 e X”d (reatância subtransitória) são praticamente iguais; no caso de geradores com pólos salientes e enrolamento de amortecimento, X2 é da ordem de 20% maior do que X”d. T’d(2) se torna cerca de 50% maior do que o valor encontrado num circuito trifásico => influência de X2 ' ' '2 (2) 0 2 2 . 2 d N d d d N X X Z T T X X Z Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 79 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 3) curto-circuito monofásico: além de se levar em consideração a impedância positiva e a negativa, é necessário incluir também a impedância zero. A impedância de seq. zero provoca um aumento da constante de tempo T’d(1) do curto-circuito monofásico; esse aumento será tanto maior, quanto maior for a impedância de seq. zero em relação à impedância de seq. positiva; naturalmente T’d(1) não pode ultrapassar o valor de T’d0. ' ' '2 0 (1) 0 2 0 2 . 2 d N d d d N X X Z Z T T X X Z Z Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 80 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 81 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua É praticamente a mesma para qualquer tipo de curto Na qual Ra é a resistência ôhmica do enrolamento do rotor do gerador e RN a resistência ôhmica da rede. '' ω.( ) d N g a N X X T R R Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 82 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua Para o caso de um curto-circuito nos terminais do gerador, ou seja, com XN = RN = 0, o valor de Tg varia entre 0,1 e 0,2s , o que corresponde em média a uma resistência de rotor de ordem de 2 a 3% da reatância subtransitória. Em geradores de grande potência, refrigerados a água, Tg chega a atingir 0,4s. Quando o curto-circuito ocorre na rede, a constante de tempo será tanto menor, quanto menor for o valor de XN / RN. Portanto, ao contrário do que acontece com a componente da corrente alternada, quando o curto-circuito se dá na rede, a componente da corrente contínua desaparece após 0,3 a 0,6s. Para curtos-circuitos localizados nas redes, esse tempo se reduz em função da relação R/X do circuito em curto-circuito, atingindo valores de até 0,01s. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 83 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 84 PMS – EFEI/GQEE '' ' 11 1 '' ' ' '' ( ) 2. . . .sin(ω δ) . .sin δ gd d TT T k t k k k k k ki I I e I I e I t I e Comportamento das três fases Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 85 PMS – EFEI/GQEE '' ' 11 1 '' ' ' '' ( ) 2. . . .sin(ω δ) . .sin δ gd d TT T k t k k k k k ki I I e I I e I t I e Influência da carga e do regulador de tensão Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 86 PMS – EFEI/GQEEEm resumo: Curto 3 => Metodologia fácil => reduzir a um circuito equivalente 1. Curto desequilibrado: Componentes Simétricas Diagramas de Seqüência Períodos: Subtransitório 0,5 a 2 ciclos (tipo de cc pouca influência) Transitório 2 a 6 s depende do tipo de cc - 3 2 T Em Regime eq pu cc cccc Z E I XXII ,0,2,1 1 213 3 quando , 2 3 ddX ),( ddX ),( ddX ),( Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 87 • Valor de Pico: define capacidade nominal de estabelecimento de disjuntores. • Fator de assimetria = fator de impulso (IEC/VDE) ( = kapa) • Leva-se em consideração por hipótese, o início da curva com valor inicial zero, atingindo meio período depois, que equivale a 8,33 ms (f = 60 [Hz]), o seu valor máximo. 3 1,02 0,98 R Xe 2 pico kI I Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 88 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 razão R/X Fa to r k 3 1,02 0,98 R Xe Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 89 • Obs: Norma ANSI – Adotar as relações e 15 p/ dimensionar disjuntores de BT e AT respectivamente. • Ex: p/ e [ms] • Norma IEC – adota 2,5 • Furnas - 6,6 R X 15 R X 33,8t kpico II 56,2 82,12 56,2f2 (1 ) g t T assimf e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 90 x/r = 3.77 Tg=0.01 s x/r = 17 Tg=0.045 s x/r = 22.6 Tg=0.06 s x/r = 37.7 Tg=0.1 s x/r = 56.55 Tg=0.15 s x/r = 75.4 Tg=0.2s 2 (1 ) g t T assimf e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 91 x/r = 3.77 Tg=0.01 s x/r = 17 Tg=0.045 s x/r = 22.6 Tg=0.06 s x/r = 37.7 Tg=0.1 s x/r = 56.55 Tg=0.15 s x/r = 75.4 Tg=0.2s % 100. g t T Icc e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 92 Demo simulink Rele51_v2 -4000 -2000 0 2000 4000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>CO23_A-CONB_A(Type 8) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® Ma gn itu de (M ag ) Time (ms) CEMAT01>CO23_A-CONB_A(Type 8) CEMAT01>CO23_B-CONB_B(Type 8) CEMAT01>CO23_C-CONB_C(Type 8) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 93 PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão Sags Swells Desequilíbrios Assimetrias-15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® Vo lta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type 4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 94 PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão Sags Swells Desequilíbrios Assimetrias -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® Vo lta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type 4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 20 40 60 80 100 120 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® Vo lta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type 4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 95 PMS – EFEI/GQEE tA1 tB1 BA tA2 tB2 Pf l/2 x l - x Quanto aos sinais de tensão Transitórios de alta freqüência Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 96 PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Te ns ão - p u Tempo [s] Fase A Fase B Fase C Transitórios de alta freqüência Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 97
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