Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERISADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI Laboratório de Fenômenos Eletromagnéticos Prática 3 Engenharia de telecomunicações 28/04/2015 Subturma B Amanda Simões Abreu – 134550064 Andrêza Mara dos Santos – 124550036 Gabriela Silveira dos Santos Carletti – 094250043 Heloisa Carolina de Oliveira Bruno - 124550053 Laís Velame Silva – 134550040 Estudo sobre Capacitância e Associação de Capacitores em Série e em Paralelo 1. INTRODUÇÃO Um capacitor é um dispositivo que consiste em dois condutores, uma carga Q e outro com carga –Q. A razão da carga Q pela diferença de potencial V entre os dois condutores é denominada capacitância do condutor. 𝐶 = 𝑄 𝑉 Equação 1 Assim, a capacitância é a medida da capacidade de armazenar carga para uma dada diferença de potencial. Como a diferença de potencial é proporcional à carga, esta razão não depende de Q ou V, mas apenas do tamanho, forma e posição relativa entre os condutores. A unidade de capacitância no SI é coulomb por volt, que é chamado de farad (F). Um capacitor comum é o capacitor de placas paralelas, que utiliza duas placas condutoras paralelas. Na prática, as placas são geralmente finas folhas metálicas separadas e isoladas uma da outra por um fino filme plástico. Este aparato é então enrolado, o que permite uma grande área superficial em um espaço relativamente pequeno. Como as placas estão muito próximas, o campo elétrico entre elas é uniforme e tem o módulo igual a 𝐸 = 𝜎 𝜖0⁄ . A capacitância de um capacitor de placas paralelas é portanto, 𝐶 = 𝑄 𝑉 = 𝑄 𝐸𝑑 = 𝑄 𝜎𝑑 𝜖0⁄ = 𝑄 𝑄𝑑 𝜖0𝐴 ⁄ = 𝜖0𝐴 𝑑 Equação 2 Capacitores são usados em um grande número de dispositivos eletrônicos comuns, como os aparelhos de televisão. Alguns capacitores são usados para armazenar energia, mas a maioria é usada para filtrar frequências elétricas indesejadas. [1] 2. OBJETIVO Os objetivos dos experimentos em questão têm como finalidade analisar a relação existente entre a distância entre as placas de um capacitor e sua capacitância; comparar o valor medido de capacitância com o valor teórico de capacitância de um capacitor; observar também a mudança no valor de capacitância ao se associar capacitores e deduzir a expressão para a capacitância equivalente para um conjunto de capacitores em série e\ou em paralelo. 3. MATERIAL • Capacitor de placas paralelas com separação variável; • Capacitores eletrolíticos com valores: 0,1µF, 1µF, 4,7µF e 10µF; • Protoboard para montagem dos circuitos; • Multímetro com capacidade de medir capacitância (capacitômetro). 4. PROCEDIMENTO Parte 1- Capacitor de placas paralelas variável Utilizou-se um capacitor de placas paralelas cuja à distância entre as placas era variável. O capacitor consiste de dois discos de metal de 160 mm de diâmetro, presos entre duas torres isolantes. Uma das bases é fixa, enquanto a outra é móvel. A base móvel possui uma escala milimetrada para facilitar a tomada de medidas. Para auxiliar a leitura do deslocamento de uma placa em relação à outra, utilizou-se uma roda, localizada em frente o capacitor, de modo que uma volta completa da mesma correspondia a um mm de distância entre as placas, para mais ou para menos. Os cabos do capacitor foram conectados ao capacitômetro. Nesse foi selecionada a função de medir capacitância, cuja escala de medida correta para esse experimento foi 2000 pF. A distância entre as placas foi modificada de 1 em 1 mm, sendo feitas oito medições. Anotou-se o valor de cada capacitância e a partir desses valores foram construídos dois gráficos: um gráfico com os valores de capacitância C e distância d; e outro gráfico de capacitância C pelo inverso da distância entre as placas, 1/d. Fez- se o ajuste linear dos dados do gráfico, obtendo assim seu valor de coeficiente angular. Parte 2- Combinação de capacitores em série e em paralelos Tendo em mãos um conjunto de capacitores com diferentes capacitâncias, os valores de capacitância de cada capacitor foram anotados (valores teóricos). Com o capacitômetro foi medido e registrado o valor de cada capacitor. Os valores teóricos foram comparados com os valores medidos. Dois capacitores de 1μF foram combinados em série e medida a capacitância equivalente. Comparou-se o valor teórico com a capacitância equivalente. Os mesmos capacitores foram combinados em paralelo. Mediu-se a capacitância equivalente e comparou-a com o valor teórico esperado. Capacitores de 0,1μF e 1,0μF foram combinados em série e esses em paralelo com o capacitor de 4,7μF. As capacitâncias equivalentes e teóricas foram medidas e comparadas. Capacitores de 0,1μF de 10,0μF foram combinados em paralelo. Mediu-se a capacitância e a comparou com o valor teórico esperado. Em seguida, combinados em série, o valor de capacitância medido foi comparado com o valor calculado. Colocaram-se todos os capacitores em série, mediu-se a capacitância e a comparou com o valor esperado. Repetiu-se a medida com os capacitores em paralelo. 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS A parte 1 do experimento consiste em ver a relação entre capacitância de um capacitor e a distância entre suas placas. Essa relação foi obtida experimentalmente e está ilustrada no gráfico Capacitância X Distância, na figura 1, que por sua vez, apresentou uma forma parabólica. Figura 1: gráfico da capacitância em função da distância. O segundo gráfico foi plotado, sendo esse da capacitância pelo inverso da distância entre as placas, cujo formato é uma reta. Figura 2: gráfico da capacitância em função do inverso da distância. Ao fazer a regressão linear desse gráfico, foi obtido o valor do coeficiente angular que é de (1,822764313558021e-01 +/- 1,727454693679781e-03) F por metro, constante de permissividade do ar. Figura 3: gráfico da capacitância em função do inverso da distância ajustado linearmente. A parte 2 do experimento trata da combinação de capacitores em série e em paralelo. Um conjunto de capacitores foi selecionado e seus valores de capacitância teórico e experimental estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1: Valore teóricos e experimentais da capacitância e o erro relativo associado a cada capacitor. Capacitância teórico (𝝁F) Capacitância experimental (𝝁F) Erro relativo (%) 10 4,7 1 0,1 10,40 4,43 1,02 0,09 4,0 5,7 2,0 10 As combinações em série e em paralelo entre os capacitores estão representadas nas Tabelas 2 e 3, respectivamente. Tabela 2: Capacitância teórica e experimental da associação de capacitores em série e os respectivos erros. Capacitores (𝝁F) Capacitância equivalente em série teórica (𝝁F) Capacitância equivalente em série experimental (𝝁F) Erro relativo (%) 1;1 0,1;1 0,1;0,1;1 4,7;10 0,51 0,82 0,43 3,11 0,51 0,81 0,43 3,15 - 1,3 - 1,3 Tabela 3: Capacitância teórica e experimental da associação de capacitores em paralelo e respectivos erros. Capacitores (𝝁F) Capacitância equivalente em paralelo teórica (𝝁F) Capacitância equivalente em paralelo experimental (𝝁F) Erro relativo (%) 1;1 0,1;1 0,1;0,1;1 4,7;10 2,04 1,11 1,20 14,83 2,06 1,10 1,19 15,01 0,98 0,90 0,83 1,21 Para calcular as capacitâncias foram utilizadas as seguintes equações: 1 𝐶𝑒𝑞 = 1 𝐶1 + 1 𝐶2 +⋯+1 𝐶𝑛 Equação 3 Associação de capacitores em série 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 +⋯+ 𝐶𝑛 Equação 4 Associação de capacitores em paralelo Foram utilizados os valores de capacitância experimental da Tabela 1 para efetuar os devidos cálculos. 6. CONCLUSÃO A capacitância e a distância entre as placas do capacitor são inversamente proporcionais, ou seja, à medida que uma variável aumenta, a outra diminui e vice- versa. Os valores teórico e experimental da capacitância de cada capacitor apresentam diferenças. Ao usar os valores experimentais nos cálculos da associação de capacitores, obtiveram-se valores de capacitância muito próximos. Em um circuito em série, um único valor de corrente é obtido ao longo do circuito e os valores da diferença de potencial e da resistência são inversamente proporcionais entre si. Já em um circuito em paralelo, o valor da diferença de potencial é constante em todo o circuito, e os valores da corrente e da resistência são proporcionais entre si. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Tipler, P. A.; Mosca, G. Física para cientistas e engenheiros. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Ed LTC, 2011. 530 p. [2] HALLIDAY D.; RESNICK R. e WALKER J. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. Volume 3. 8ª Ed. Editora LTC, 2009.
Compartilhar