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Da liquidação da Sentença - NCPC

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
PROFº. FERNANDO MARIO PIRES DALTRO JÚNIOR
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
GIOVANNA BITENCOURT
LORENA COSTA
LORENA SILVA
LUDMILA ARGOLO
MAIRON ROCHA
RODRIGO AUGUSTO
WALDYR MOURA
SALVADOR
2015
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
LIQUIDAÇÃO
Relatório final, apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Direito Processual Civil III, da Universidade Católica do Salvador, orientado pelo professor Fernando Mario Pires Daltro Júnior.
SALVADOR
2015 
Liquidação da Sentença – NCPC
Breve Histórico
Liquidação de sentença é um procedimento destinado a quantificação imposta por decisão, definida como título executivo, apto ao futuro e eventual cumprimento (art. 509). Logo, é nula a execução sem título, toda execução tem por base título executivo judicial – é a base do processo de execução, tem eficácia pois traduz a probabilidade de existência do crédito – ou extrajudicial; sem título não há execução “Princípio da nulla executio sine titulo”. 
As origens da liquidação de sentença são remotas. A doutrina anota, historicamente, que teria surgido no ano de 1.512, nas Ordenações Manuelinas, destinadas a viabilizar a execução das sentenças que versassem sobre objeto incerto ou ilíquido.
No ano de 1.577, lei datada de 18 de novembro deu origem à liquidação por artigos, que se somou à modalidade de liquidação por arbitramento, até então a única existente. Tais normas foram reproduzidas nas Ordenações de D. Filipe, em 1.603, e também no distante Regulamento 737, datado do ano de 1.850.
No direito positivo brasileiro, a liquidação de sentença, curiosamente, manteve-se por largo tempo sem alterações estruturais importantes, tendo passado das antigas ordenações para os Códigos estaduais e pelo Código de 1.939, até chegar ao vigente Código de Processo Civil de 1.973, sempre com estrutura relativamente assemelhada, isto é, com as três modalidades de liquidação: por cálculo, por arbitramento e por artigos.
Entretanto, a liquidação de sentença não apresentou evolução uniforme nas sucessivas leis processuais, ora constituindo fase inicial do processo executivo (CPC de 1939), ora constituindo, nova e autônoma relação processual (CPC de 1973).
Do celeuma criado pela doutrina a respeito da natureza jurídica da liquidação podemos identificar três correntes: a primeira entende que a liquidação é procedimento acessório ou complementar ao processo de conhecimento, pois torna líquida a sentença; a segunda identifica a liquidação como um incidente preparatório do processo de execução, porque trata de dar exequibilidade a sentença; e a terceira caracteriza a liquidação como um processo autônomo, idêntico ao processo de conhecimento, vez que sujeito à incidência de provas, prazos e recursos próprios do processo de conhecimento.
Preâmbulo das alterações do Novo Código de Processo Civil
A Liquidação é um tema residual, ou seja, a exceção. Caso em que há a necessidade da verificação do quantum debeatur, o valor da condenação. Com efeito, o artigo 491 do Novo Código de Processo Civil (NCPC), diferente do atual código, de 1973, aduz que ainda que formulado o pedido genérico, deve o Juiz de pronto, definir a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido, ou da apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.
Com o Novo Código de Processo Civil, buscou o legislador aplicar o princípio da celeridade processual, como também a economia processual, simplificando e garantindo o direito de ação, que estão insculpidos no artigo 3º e 4º da norma processual. 
Quadro Comparativo
	NCPC 2015
CAPÍTULO XIV
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
	CPC 73
CAPITULO IX
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
	Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I – por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II – pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira.
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código. 
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
	Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua
liquidação.
§ 1o Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa
de seu advogado.
§ 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II,
alíneas ‘d’ e ‘e’ desta Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o
caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido.
Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando: I – determinado pela sentença ou convencionado pelas partes; 
II – o exigir a natureza do objeto da liquidação.
Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.
Art. 475-F. Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum (art. 272).
Art. 475-I. § 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo. 
§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência.
§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362. 
§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exequenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária. 
§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.
Art. 475-G.É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo.
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo.
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência.
Art. 475-A. § 2o A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes. 
Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento.
Conteúdo da Lei 13.105
Primeiramente, para uma melhor compreensão, iremos analisar os artigos referentes a Liquidação da Sentença trazidos no Novo Código de Processo Civil correlacionando com o atual código. Assim, vejamos:
NCPC – 2015 – Art. 509 – “Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor: ”.
Segundo o Artigo 509, o legislador teve a inclusão da possibilidade de o devedor requerer a Liquidação da Sentença, que em termos práticos, a necessidade de se verificar o quanto é devido, para um futuro pagamento, ou o próprio pagamento. Vide: § 3º do Artigo 520, “Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto”. 
Por outro lado, o Superior Tribunal de justiça posiciona no sentido de que, conjuntamente com o código atual somente o credor tem a legitimidade para se discutir o valor da condenação, conforme enunciado 318, in verbis: Formulado pedido certo e determinado, somente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sentença ilíquida. (Súmula 318, CORTE ESPECIAL, julgado em 05/10/2005, DJ 18/10/2005, p. 103)
O inciso do artigo 509 traz duas, das três formas de liquidação da sentença, que poderá ser escolhida a cargo do Juiz sentenciante ou quando tal modalidade for incompatível com as necessidades do caso em questão, será levantado pela parte. O inciso I, aduz a hipótese de liquidação por arbitramento, dedica-se a um trabalho técnico, quando entregue nas mãos de um profissional especializado em determinada área de conhecimento. O legislador de 2015 buscou a simplificação na fase de liquidação, ou seja, traz a possibilidade de as partes trazerem aos autos documentos elucidativos com o fito da apuração do quantum da condenação, que, somente na impossibilidade de os documentos apresentados permitirem ao Juízo conseguir apurar o valor, este nomeará perito de sua confiança, afim de um trabalho mais técnico, imparcial.
Já na modalidade da atual liquidação por artigos, o NCPC traz a ideia de já existente no artigo 475-F Art. 475-F. “Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum (art. 272) ”. Que não mais fazia sentido a utilização do termo “artigos”, que veio das antigas ordenações. 
NCPC – 2015 - Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
CPC 1973 - Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005).
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005).
Como se pode observar, o novo CPC trouxe uma importante modificação no roteiro procedimental a ser seguido na espécie de liquidação por arbitramento. No modelo código de 1973, mais precisamente no Art. 475-D, requerida a liquidação por arbitramento, o Juiz nomearia o perito e fixaria prazo para entrega do laudo. Após a apresentação do laudo, as partes poderiam se manifestar no prazo de dez dias, e, na sequência, o Juiz proferia a decisão, ou se necessário, designaria uma audiência. No sistema atual, de acordo com o estabelecido pelo Art.510, primeiramente o Juiz intimará as partes para apresentação dos pareceres ou documentos elucidativos, em prazo fixado. E caso não possa decidir de pleno, com base nos pareceres ou documentos elucidativos apresentados pelas partes, o Juiz deverá então, nomear perito, observando-se, daí em diante, o que couber, o procedimento da prova pericial.
Esse tem sido o posicionamento de alguns doutrinadores como Cristiano Inhof e Bertha Stecket Rezende, veja-se:
Consoante a norma revogada, requerida a liquidação por arbitramento, o Juiz nomearia o perito e fixaria prazo para entrega do laudo. Após a apresentação do laudo, as partes poderiam se manifestar no prazo de dez dias, e, na sequência, o Juiz proferia a decisão, ou se necessário, designaria uma audiência. Agora, de acordo com o procedimento estabelecido pelo Artigo 510 do novo CPC, inicialmente o Juiz intimará as partes para apresentação dos pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar. E caso não possa decidir de pleno, com base nos pareceres ou documentos elucidativos apresentados pelas partes, o Juiz deverá então, nomear perito, observando-se, daí em diante, o que couber, o procedimento da prova pericial.
De igual modo, a Ordem dos Advogados do Brasil – Rio Grande do Sul vem adotando a mesma linha de interpretação. Assim, se ver na publicação do Novo Código de Processo Civil Anotado, disponibilizado por esta instituição:
(...) O NCPC trouxe importante modificação no roteiro procedimental a ser seguido nesta espécie de liquidação. No modelo da codificação revogada, uma vez requerida o arbitramento, cabia ao juiz, após verificar a adequação do pedido, nomear perito de sua confiança, fixando prazo para a entrega do laudo e oportunizando às partes a oferta de quesitos e indicação de assistentes técnicos. No sistema atual esta fórmula foi abandonada. Havendo o pedido de liquidação por arbitramento, o juiz irá intimar as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, capazes de auxiliar no seu convencimento, fixando o prazo que entender adequado. Caberá, portanto, as partes se encarregarem de trazerem ao juízo as informações adequadas para a determinação do valor da condenação. Entretanto, entendemos que não restou afastada a possibilidade do juiz, em não se sentindo em condições de decidir frente aos laudos que lhe foram apresentados pelas partes e que poderão até serem contraditórios entre si, optar por designar perito de sua confiança, caso em que se observara o procedimento previsto para a realização das provas periciais, conforme indicado nos Arts. 464 e seguintes.
Ante ao exposto, verifica-se que as mudanças ocorridas no processo de liquidação por arbitragem, vieram para trazer celeridade processual, visto que as próprias partes podem indicar as informações necessárias para que o juiz possa determinar o quantum debeatur.
NCPC – 2015 - Art. 511 Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Art. 475-F VCPC. Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum (art. 272). 
Nota-se que o que mudou foi a redação. Percebe-se que no art. 475-F trata-se da liquidação por artigos, atendendo aos limites do art. 272. Já no novo código, não se trata de liquidação por artigos, e sim da forma de intimação do requerido no procedimento comum. Liquidação por artigos nada mais é do que fatos novos que nãoforam investigados, que podem desafiar todo e qualquer tipo de prova, ou seja, tem vários fatos e várias provas que podem ser colhidas, será apresentada uma petição de artigos, articulando os fatos que se quer provar na sede liquidatória. 
Ao citar o novo, o art. 511, pergunta-se quem é o requerido, sendo neste aspecto, aquele que não tomou iniciativa. Não existe intimação pessoal neste artigo, apenas no processo autônomo. A liquidação pode ser requerida antecipadamente, basta requerer ao juízo que antecipe o procedimento liquidatório. Neste aspecto, não se trata de execução provisória.
A liquidação poderá ser realizada na pendência do recurso, este que pode ser de apelação, comumente recebido no efeito suspensivo.
Quer dizer que a norma autoriza a liquidação da decisão provisória, ainda que a sua execução esteja suspensa pelo recurso. A possibilidade de a decisão impugnada por recurso poder ser liquidada não advém da circunstância de poder ser imediatamente executada. O objetivo da norma foi o de dar maior tempestividade à definição da totalidade do litígio, encurtando o prazo para a execução. Ao invés de a liquidação ser viável apenas após o julgamento da apelação, passa a ser possível desde a prolação da sentença, sugerindo a ideia de que, enquanto processado o recurso em 2º grau de jurisdição, pode ser feita a liquidação em 1º grau. A prévia liquidação poderá se tornar inútil em caso de provimento da apelação. 
Por isto, a liquidação, embora admissível na pendência de recurso recebido com ou sem efeito suspensivo, depende de juízo de oportunidade da parte. A liquidação da decisão provisória ocorre em autos apartados, no juízo de origem, já que o processo, em razão do recurso, está em outro grau de jurisdição. A parte (credor ou devedor) que tiver interesse em promover a liquidação da decisão provisória deverá requerê-la ao juiz de origem da causa, instruindo seu pedido com cópias das peças processuais necessárias.
Na liquidação por arbitramento, a sentença vai condenar, mas não vai quantificar. Utiliza-se essa liquidação quando o juiz não tem como quantificar, vez que precisa de um conhecimento técnico, científico, que não é inerente ao juiz de pessoa comum. Isso é feito por um perito, sendo oportunizadas as partes, juntar requisitos e indicar um assistente para que ajude a revelar fatos científicos, a fim de proporcionar parâmetros técnicos para o juiz arbitrar a sentença. (Art. 510).
NCPC – 2015 - Art. 512
O art.512 têm seu correspondente no art.475-A §2º e trata da liquidação provisória, contemplando a possibilidade de uma mesma decisão conter partes liquidas e ilíquidas (comum em reparações de dano provocado em colisão de imóveis, pois nesses casos se determina o ressarcimento do valor exato das despesas provadas mas restam liquidação do julgado prejuízos pela paralisação do veículo), visando dar celeridade ao processo (incluídas as atividades satisfativas), tal instituto permite ao credor num cenário de sentença como o supracitado iniciar a execução da parte liquida da sentença em paralelo a liquidação da parte que restar ilíquida.
Necessário frisar que se tratam de procedimentos distintos e com objetos diversos um do outro. Tão diversos que podem ensejar resultados incompatíveis entre si e por esse motivo conforme previa o VCPC assim como o NCPC, que na hipótese da execução provisória da parte liquida em concomitância com a liquidação da parte ilíquida, deveram correr em autos apartados: a execução nos autos principais (na qual pode haver recurso pendente) e a liquidação em autos apartados a serem formados pelas cópias das peças processuais pertinentes (petições de ambas as partes, provas produzidas e a decisão que reconheça o direito e tudo mais que tratar do possível valor da obrigação), se mostra essencial o uso de cópias pois na maioria das vezes como consequência do recurso impetrado ante a decisão que se intenta liquidar, os autos de dito processo não estarão perante ao juízo de origem, nesta altura estarão no tribunal.
No que diz respeito a liquidação provisória quando estiver pendente analise de recurso com efeito suspensivo, cabe como premissa que se em determinada situação se pode contemplar a execução provisória de um título, cabe também se tal título permitir, liquidação provisória. Tudo como fundamento no art.5º, LXXVIII da CF/88 que orienta que toda atuação jurisdicional deve ser pensada e repensada com vistas à sua agilização, à racionalização e à economia de atos processuais, assim como o art.4 do NCPC que materializa tais preceitos constitucionais. 
O 475-h indica o agravo de instrumento como recurso cabível contra decisão que julga o incidente de liquidação. Isso ocorreu por força da reforma processual que unificou o processo e trouxe consigo a configuração desta decisão como INTERLOCUTÓRIA, tal recurso não traz efeito suspensivo de maneira a permitir a prática dos atos subsequentes ao cumprimento da sentença, uma vez que esteja liquidada.
Agravo de instrumento é recurso também para questões que venham a ser decididas incidentalmente no decorrer da liquidação, após a reforma, não mais se fala em agravo retido pois a decisão liquidatória deixou de ser sentença pois o procedimento comum passou a englobar a liquidação e a execução, mas com natureza de incidente processual. Havia anteriormente uma sentença que decidia o processo, uma que decidia a liquidação e outra da execução, o agravo retido não se justifica mais por não haver mais a sentença cuja a apelação esteja pendente, tal fator inutilizaria dito recurso se cabível fosse.
Caberá apelação caso haja controvérsia acerca dos cálculos de atualização do valor executado com base em título extrajudicial em sede de embargos do devedor.
Referências Bibliográficas
BRASIL, LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 (Código de Processo Civil) Brasília, 2015
IMHOF, Cristiano, REZENDE, Bertha Steckert. Novo Código de Processo Civil. Editora Lumen juris, 2015.
MARINONI, Luiz Guilherme, Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2015
BUENO, Cassio Scarpinela - Curso Sistematizado de Direito Processual Civil 3. 
Theodoro Jr. Curso de Direito Processual Civil Vol. 2.
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, 15º, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2015
Referência Virtual
Disponível: http://www.oabrs.org.br/novocpcanotado/novo_cpc_anotado_2015.pdf acessado:15/11/2015) 
Disponível: http://portalprocessual.com/wp-content/uploads/2015/06/quadro-1973-2015-vertical.pdf (acessado: 15/11/2015) 
Disponível: http://justificando.com/2015/05/15/novo-cpc-condenacoes-iliquidas-e-celeridade-processual/ (acessado: 15/11/2015)