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AULA 7 Caio Prado Junior

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AULA 7 Caio Prado Junior.
Caio Prado faz duas criticas, uma a teoria do desenvolvimento e outra a teoria da revolução do partido comunista brasileiro, para o autor você partir de modo arbitrário de uma determinada teoria para poder interpretar uma realidade é um problema muito grave, porque as teorias elas são construídas, elas são elaboradas em função de determinadas realidades históricas, determinadas realidades econômicas sociais, seja uma teoria, um conceito, um modelo econômico, eles são expressões de um conjunto de relações que necessariamente são derivados de realidades especificas, as teorias não podem ser utilizadas para entender qualquer realidade, para Caio Prado o procedimento correto é você partir de uma interpretação da realidade para construir os conceitos, uma teoria que de conta dessa realidade. Então tanto no caso da teoria do desenvolvimento e da teoria da revolução, a realidade é que tem que ser enquadrada na teoria e não o contrario, essa forma de teorização também é uma critica a toda forma de colonialismo cultural, porque as teorias elas vem de fora, elas são importadas , teorias que foram elaboradas para intender outras realidades, para entender outros problemas de outras realidades sociais, econômicas, históricas .
Passagem do Caio Prado onde ele faz a critica a essa forma de teorização ..
‘’Chamamos atenção para o que há de fundamentalmente errado na maneira como se elaborou aquela teoria, no caso a teoria da revolução brasileira, e como se continua na generalidade dos meios de esquerda, a considerar e interpretar a nossa realidade, inverte –se o processo metodológico adequado e em vez de partir da analise dos fatos a fim de derivar daí conceitos com que se estruturara a teoria, procede-se em sentido inverso, partindo da teoria e dos conceitos, que se buscam em textos consagrados e clássicos, para em seguida procurar os fatos ajustáveis em tais conceitos e teoria.’’
‘’Os primórdios da teorização as avessa que vai que vai dos conceitos aos fatos e não ao contrario, que ate hoje pesam consideravelmente na maneira que interpreta a realidade econômica, social e politica brasileira.’’
Aqui ele esta fazendo referencia a sua critica a visão do PCB sobre a realidade do Brasil, ela também cabe ao desenvolvimento que é datado no livro historia e deselvolvimento. O problema do desenvolvimento tem que remeter aos problemas específicos do pais ao qual estamos lidando e não a uma teoria universal , essa especificidade nós não entendemos pois a gente não olha para a historia desse pais, para a formação cultural, social e econômica e o que a teoria econômica faz é negar essa especificidade , é tomar as teorias dos modelos econômicos que são retirados dos países mais adoçados do capitalismo e considerar que essas teorias e modelos são universais.
Criticas
Teoria do desenvolvimento para Caio a evolução histórica percorreria etapas pre determinadas e o Brasil e os outros países subdesenvolvidos estariam percorrendos as menos etapas que os países que formam o centro do sistema capitalista já haviam percorrido, nó apenas estaríamos atrasados. A ideia por traz dessas teorias do subdesenvolvimento era que o subdesenvolvimento é sinônimo de ATRASO e portanto se o problema é de atraso não há nenhuma diferença qualitativa entre os países da periferia com os países do centro, apenas uma diferença de grau, os países periféricos subdesenvolvidos eles se caracterizariam apenas por baixo nível de renda, seu baixo grau de acumulação de capital, seu baixo nível de poupança e investimento, não são países, não são formações sócio econômicas de natureza distinta. O problema era que havia diferença na origem histórica entre os países que formam o centro e os países que formam a periferia e também havia um sistema capitalista internacional que estava organizado de uma forma polarizada e hierarquizada, era uma diferença qualitativa entre os países do centro e da periferia, a solução proposta dentro dessa perspectiva era superar o atraso através de uma aceleração do crescimento econômico que seria atingida com a elevação da taxa de investimento. Também temos a variante heterodoxa dessa perspectiva que vai ignorar os problemas do subdesenvolvimento enquanto uma formação sócio econômica especifica reduzir usar problemas de demanda efetiva, mas a ideia é a mesma, pegar a particularidade do subdesenvolvimento da realidade brasileira latino americana para poder funcionar a teoria que você escolheu, qualquer teoria se se encaixe na chamada teorização as avessas. Onde esta o problema segundo o autor?
1º - O fato de que essa teoria do desenvolvimento, dos modelos de crescimento, eles foram elaborados tendo como referencia a realidade de países de capitalismo avançado, então esses modelos eles refletem as estruturas, as relações dessa forma de capitalismo, foram conceitos, modelos elaborados para intender r dar respostas aos problemas desse tipo de capitalismo, que são dos países que formam o centro do sistema, onde o capitalismo chegou a suas formas plenas , onde se constituiu de fato um sistema econômico industrial articulado, altamente desenvolvido, onde a acumulação de capital chegou a níveis altos, onde o trabalho assalariado se desenvolveu com suas formas mais plenas.
2º- Etapismo- a ideia de que a historia se repetiria, então os países subdesenvolvidos eles estão em uma etapa anterior ao processo de desenvolvimento capitalista, países do centro chegaram a maturidade, os países da periferia estariam percorrendo essa evolução.
É um problema quantitativo a ser superado com a intensificação do esforço de crescimento ou com o aumento da demanda efetiva.
A critica mais elaborada do autor é de fato a teoria, a interpretação de Brasil adotada pelo partido comunista na sua época, então o erro era bastante similar ao cometido por essa teoria do desenvolvimento, já que o problema do Brasil era o atraso o que explicaria ele era e existência de resquícios feudais e eles seriam responsáveis pelo bloqueio ao desenvolvimento, então o feudalismo não superado era a causa do subdesenvolvimento, uma falta de desenvolvimento capitalista que não poderia ocorrer enquanto não fosse superado restos feudais, e onde estavam esses restos feudais ? Na teoria do PCB você parte de uma suposição que esta ligada também a uma forma de etapismo, porem aqui era outra ideia. A de que os paises iriam trilhar um modo de produção o escravismo-feudalismo-capitalismo-socialismo-comunismo, então o brasil estaria antes do capitalismo(feudalismo) pois ainda não tinha atingido suas formas mais maduras do desenvolvimento pleno das suas forças produtivas. E onde os comunistas vão perceber estes restos feudais vai ser na situação precária dos trabalhadores rurais brasileiros, eles vão entender que a situação precária de vida, o baixo nível de vida do trabalhador rural era devido a persistência de formas de servidão típicas do feudalismo, Caio P. vai fazer sua critica, se nós olharmos para a historia do Brrasil nós nunca vamos identificar aqui a existência da figura central da relação de servidão típica do feudalismo, tínhamos de uma lado o senhor feudal e do outro o camponês, os problemas das relações de trabalho totalmente precárias que eles tem no campo de acordo com o autor é resultante dos séculos de escravidão, onde o brasil se constitui como uma economia agraria que tinha como cédula basica a monocultura, latifúndio e escravidão, foram os traços da escravidão que não foram plenamente superados com a abolição e transição para o trabalho assalariado que explica essa situação extremamente que desfavorecia os trabalhadores rurais. O segundo ponto para Caio P. : esse trabalhador do campo do Brasil ele não tem um vinculo com a terra como o servo, o campones na europa tinha, a relação entre o proprietário e o camponês era uma relação de emprego, o que o autor dizia era que eles não estavam olhando para a historia do brasil ao assumir essa determinada interpretação, se querem dizer que o Brasil teve restos feudais, tem que ir para historia doBrasil e mostrar q que se constituíram em algum momento relações feudais de produção, que ouve feudalismo no Brasil, segundo Caio P. nunca existiu, o Brasil deixa sua origem como colônia, se integrou ao capitalismo comercial e informação e expansão, não teve nada haver com o modo de produção feudal.
Se o problema é feudalismo não superado, a solução é a superação do feudalismo, transição para o capitalismo pleno, o Brasil precisaria passar por uma revolução burguesa que abriria caminho para o desenvolvimento capitalista e só futuramente rompe o avanço do capitalismo se criaria as condições para a revolução socialista. De um lado uma ver burguesa com caracter anti feudal, anti latifundiário, esperava que o brasil repetisse a mesma ver burguesa que ocorreu na europa ocidental. O que estaria por tras da revolução burguesa? Uma burguesia nacional, progressista, identificada com os interesses da nação que lutaria contra os latifundiários responsáveis pelo atraso e lutaria contra o imperialismo responsável pela situação de dependência externa , os trabalhadores então teriam que fazer uma aliança com a burguesia para realizar a revolução e isso levou a varias alianças politicas equivocas que pediram os comunistas de intenderem o que estava acontecendo no brasil pre 64, e caio se pergunta onde eles estavam vendo essa burguesia de caráter nacional progressista no brasil ? teria que provar na historia pois se não estariam cometendo teorização as avessas.
Caio mostra que a realidade brasileira latino americana é em 1º lugar: totalmente distinda do caso clássico europeu, na europa ocidental a formação do capitalismo se deu de forma endógeno, pelas contradições, pela desagregação do modo de produção feudal que antecedeu o capitalismo, a burguesia da europa ocidental teve que lutar para conter as amarras que impediam o crescimento, havia uma disputa em burguesia e nobreza, onde é possível enxergar algo parecido na historia do brasil ou da AL? Segundo o autor não há fundamentos para isso, brasil e AL, o capitalismo ele não vai surgir da desagregação de um regime de produção anterior, ele vai vir de fora, o próprio brasil e AL são produtos do capitalismo, são resultados da expansão do capitalismo comercial europeu que levou a um processo de colonização, todo processo endógeno foi um processo muito particular porque tomou a forma de colonização de exportação, então estruturalmente vai haver uma relação de coincidência, de convergência de interesses entre capitalismo internacional, antigamente o colonialismo, posteriormente o imperialismo entre capitalismo internacional e a burguesia brasileira ou os outros paises da AL, não vai haver oposição de interesses como no caso chinês. Toda nossa evolução economica foi em função dos mercados externos, de atender os interesses e necessidades do mercado europeu, após independência, nós deslocamos nossa dependência da metrópole e passamos a uma dependência da Inglaterra, tanto a realidade da China, quanto da europa ocidental era muito diferente da realidade dos paises latino americanos, então não há fundamento para similaridade que justifique o enquadramento do Brasil nessa teoria da revolução imposta pela internacional comunista, e essa é a critica do Caio Prado. Pegando caso do brasil o autor vai mostrar que não foi possível a formação de uma burguesia de caráter nacional, poque as origens da própria burguesia estão na aristocracia rural, a formação de riqueza que da origem a burguesia se fez inicialmente pela aristocracia rural que com o fim do trabalho escravo, com a independência , essa aristocracia aos poucos vai se transformando em burguesia, então a burguesia q carrega com sigo os valores extremamente conservadores de uma aristocracia rural e não havia contradição entre a burguesia e seus negócios e a dominação imperialista externa, se olharmos para as origens das industrias do Brasil, ela estava vinculada a um setor primário exportador, direta ou indiretamente ela dependia da economia primário exportadora. Pensando no caso do Brasil as primeiras industrias estavam vinculadas a produzir maquinas e beneficiamento para o café que era o produto exportação, indústria têxtil produzia sacas para armazenar o café que era exportado, havia atividades industriais vinculadas a atividades de importação, então os produtos chegavam no brasil em peças em partes, que aqui eram montadas e vendidas ao consumidor, era uma atividade complementar a importação e mesmo as atividades q dependiam diretamente do mercado interno dependiam primeiro da demanda que era um a função do desemprenho da economia primário exportadora e segundo dependia da geração de divisas pela economia cafeeira ia viabilizar a importação de maquinas e equipamentos, então não se estabeleceu uma relação contraditória e a própria indústria em suas fases iniciais ela vai ser beneficiada pela ajuda de capitais externos , as filiais de empresas estrangeiras vão contribuir para a criação de varias industrias no brasil. 
O brasil precisa resolver problemas muito mais estruturais do que essas particularizações pois essas não partiram da historia e então Caio prado chama isso de teorização as avessas.

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