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Tecido Epitelial

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Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 1 
 
1- Tecido Epitelial 
 
Características: 
O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua 
diferenciação de outros tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células 
poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão exercida por outras células e a 
ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela 
pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de 
coesão entre as células é outra característica e ocorre devido a especializações de 
membrana (ver adiante) e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo da presença de 
lâmina basal indispensável à sua nutrição. 
Origem: 
Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários: 
 Ectoderma: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, 
ânus). 
 Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento 
de serosas). 
 Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, 
do fígado e do pâncreas. 
Funções: 
A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os 
órgãos internos de agentes externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. 
Exerce uma importante função secretora, uma vez que as glândulas são originárias do 
TE, e são por isto classificadas como Tecido Epitelial Glandular. Além disso, o TE exerce 
uma função sensorial com os neuroepitélios (ex. retina). 
 
 
 
 
 
Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 2 
 
a) Tecido Epitelial de Revestimento 
 
Especializações de membrana 
 Glicocálix: ação adesiva (entre outras). 
 Microvilosidades e estereocílios: formados por microfilamentos de actina que 
correm para uma trama terminal; relacionados com a absorção. 
 Cílios: formado por microtúbulos; relacionado com a movimentação. 
 Zônula de oclusão: é a junção mais apical. Ocorre por interação entre duas 
proteínas transmembrana e promove a vedação, obrigando o trânsito intracelular 
e impedindo a volta de substâncias por entre as células epiteliais (efeito selador). 
Favorece a criação de domínios. 
 Zônula de adesão: interações entre caderinas, associadas a microfilamentos na 
altura da trama terminal. Tem função adesiva. 
 Máculas de adesão (desmossomos): interações entre caderinas, ligadas a 
uma placa eletrondensa associada a filamentos intermediários de queratina 
(tonofilamentos). 
 Junções comunicantes (gap): canal hidrofílico por onde passam moléculas 
informacionais e íons. Formados por conexinas. 
 Hemidesmossomos: interações entre integrinas (célula) e lamininas (lâmina 
basal), associadas a filamentos intermediários. 
Lâmina basal: 
Formada por colágeno tipo IV, lamininas e proteoglicanas. É sintetizada pelas células 
epiteliais e faz a nutrição do tecido epitelial por ser vascularizada. Divide-se em: lâmina 
lúcida, lâmina densa e lâmina fibroreticular (formada por fibras de ancoragem de 
colágeno VII). 
Classificação: 
 Quanto ao número de camadas de células, podem ser simples, com uma só 
camada de células iguais (ovário, intestino); estratificado com várias camadas de 
células (pele, esôfago); e pseudoestratificado, com uma única camada de células 
que tocam a lâmina basal, mas que possuem núcleos em alturas diferentes 
(traquéia). 
Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 3 
 
 Quanto à forma das células, podem ser cúbicas (de núcleo arredondado e 
central), cilíndricas ou prismáticas (com núcleo elipsóide e geralmente central) e 
pavimentosas (achatadas). 
Obs.: existe ainda o epitélio de transição, presente nas vias urinárias e na bexiga. (É 
denominado desta forma, pois muda o número de camadas por assentamento celular, 
mas não muda o número de células). 
Conceitos importantes: 
Mucosas: epitélio simples ou estratificado e tecido conjuntivo frouxo ( lâmina própria ). 
Serosas: mesotélio + tecido conjuntivo frouxo. Individualiza órgãos. Ex.: pericárdio, 
pleura, peritônio. 
Adventícias: tecido conjuntivo apenas. Une órgãos. 
 
b) Epitélio Glandular 
As características são as mesmas do epitélio de revestimento. O que diferencia os dois 
tipos de epitélio é a função do glandular, que é basicamente a secreção de substâncias. 
Formação de uma glândula 
A partir do epitélio de revestimento, ocorre uma proliferação de células no tecido 
conjuntivo. Nesta área ocorre, então, uma diferenciação celular. O produto final pode 
ser uma glândula: 
 Exócrina: possui contato com o TER e por isto lança seus produtos neste seu 
epitélio de origem. Possui uma porção secretora - que pode ser acinosa, tubulosa 
ou túbulo acinosa - e uma porção excretora, esta responsável pelo transporte das 
substâncias até o epitélio de origem. Ainda, esta porção pode ser única (simples) 
ou composta. 
 Endócrina: não possui contato com o TER, mas lança seus produtos diretamente 
na corrente sangüínea. Podem ser de 2 tipos. A Vesicular captura substâncias do 
sangue para a produção de outras substâncias, armazenando-as na luz da 
glândula; a Cordonal, por sua vez, não armazena as substâncias e faz secreção 
constante. São caracterizadas por formarem cordões celulares. 
Controle Glandular 
 Gênico: depende da ação de um ou mais genes. 
Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 4 
 
 Exógeno: são dois mecanismos de controle que ocorrem simultaneamente, mas 
com predomínio de um sobre o outro. Pode ser: 
Hormonal - como, por exemplo, o controle do hormônio tireotrófico pelos 
hormônios T3 e T4; 
Nervoso, controlado por neurotransmissores ou mensageiros químicos. Este 
último mecanismo pode ocorrer de duas maneiras: 
1 - o mensageiro penetra na célula e reage com receptores intracelulares para 
ativar genes do DNA. 
2 - o mensageiro não consegue entrar na célula e interage com receptores de 
membrana que estimulam a formação de um mensageiro secundário, que realiza 
uma série de eventos até produzir a secreção.

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