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Tecido Nervoso

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Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 17 
 
4- Tecido Nervoso 
 
Características: 
O Tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou 
do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de 
conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias 
relativamente grandes. Trata-se de um dos tecidos mais especializados do 
organismo animal. 
Sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. 
O tecido nervoso participa da organização do sistema nervoso, que 
anatomicamente pode ser dividido em: 
 Sistema nervoso central (SNC) -- formado pelo encéfalo e pela medula 
espinhal; 
 Sistema nervoso periférico (SNP) -- formado pelos nervos e glânglios 
nervosos. 
Os neurônios -- Células altamente especializadas, os neurônios são dotados de um 
corpo celular e numerosos prolongamentos. O corpo celular do neurônio contém 
um núcleo grande e arredondado e os organóides comuns às células animais. As 
mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os 
prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos: 
dendritos (do grego déndron: árvore) -- são ramificações que têm a função de 
captar estímulos; axônio (do grego áxon: eixo) -- é o maior prolongamento da 
célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro); cada neurônio 
tem apenas um axônio; em sua parte final, ramifica-se em prolongamentos muito 
finos, que freqüentemente delimitam pequenas dilatações contendo microvesículas 
portadoras de neurormônios. Em toda sua extensão, o axônio é envolvido por 
células que se dispõem em torno de sua superfície, formando um envoltório 
espiralado que constitui a chamada bainha de Schwann ou neurilema. 
Em muitos axônios, as células de Schwann, enrolando-se em espiral no axônio, 
determinam a formação de um invólucro membranoso pluriestratificado. Esse 
Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 18 
 
vólucro, de natureza lipídica, é denominado bainha de mielina. Essa bainha atua 
como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do 
impulso nervoso ao longo do axônio. A bainha de mielina, porém, não é contínua. 
Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da 
bainha, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) 
denominada nódulo de Ranvier. Existem axônios em que as células de Schwann 
não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os 
mielínicos e os amielínicos. 
As fibras nervosas -- As fibras nervosas são formadas pelos prolongamentos dos 
neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios Cada fibra nervosa é envolvida 
por uma camada conjuntiva denominada endoneuro. Assim, em uma fibra 
mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de 
natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro. 
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido 
por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados 
paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de 
tecido conjuntivo chamada epineuro. Os nervos não contêm os corpos celulares 
dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou 
nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal. 
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; quando parte 
da medula espinhal, denominam raquidianos. Os nervos permitem a comunicação 
dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os 
órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com o sentido da transmissão 
do impulso nervoso, os nervos podem ser: 
 Sensitivos ou aferentes -- quando transmitem os impulsos nervosos dos 
órgãos receptores até o sistema nervoso central; 
 Motores ou eferentes -- quando transmitem os impulsos nervosos do 
sistema nervoso central para os órgãos efetores; 
 Mistos - quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. Os 
nervos mistos são os mais comuns no organismo. 
Histologia Básica – Prof.: Alexandre Felip Página 19 
 
As sinapses -- Sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um 
neurônio e outro ou entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um 
neurônio e uma célula glandular. Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre 
um neurônio e outro), neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) 
ou neuroglandulares (entre um neurônio e uma célula glandular). 
Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra 
muscular ou com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço, 
denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso 
para outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios. Os 
neurormônios mais comuns são as ascetilcolina e a adenalina. Assim, as fibras 
nervosas podem ser classificadas, basicamente em colinérgicas (quando liberam 
acetilcolina) ou adrenérgicas (quando liberam adrenalina). 
Atuação dos neurormônios -- Os neurormônios estão contidos em microvesículas 
presentes nas extremidades do axônio. Quando o impulso nervoso chega até essas 
extremidades, as microvesículas liberam o mediador químico para o espaço 
sináptico. O neurormônio, então, combina-se com receptores moleculares 
presentes no neurônio que deverá ser estimulado (ou na fibra muscular ou na 
célula glandular). Dessa combinação resulta a mudança na permeabilidade da 
membrana da célula receptora, fato que desencadeia uma entrada de íons no 
interior da célula e a conseqüente inversão da polaridade da membrana. Surge, 
então, um potencial de ação que gera, na célula receptora, um impulso nervoso. 
Como os neurormônios capazes de transmitir o impulso nervoso acham-se 
presentes apenas nas extremidades dos axônios, conclui-se que o sentido de 
propagação do impulso ao longo do neurônio é unidirecional. 
Geralmente, deve ter o seguinte trajeto: dendritos-->corpo celular-->axônio

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