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DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL AULA N. 2. PROF. DOUTORANDA ME. MARIÂNGELA GUERREIRO MILHORANZA 1 Meio Ambiente do Trabalho na Constituição Federal de 1988: art. 200, inciso VIII 1.2. Noções Gerais de Direito do Trabalho Meio ambiente do trabalho pode ser conceituado como "o conjunto de fatores físicos, climáticos ou qualquer outro que interligados, ou não, estão presentes e envolvem o local de trabalho da pessoa". Meio Ambiente de Trabalho • Para Gustavo Filipe Barbosa Garcia, “O meio ambiente do trabalho também conta com previsão constitucional, conforme art. 200, inciso VIII, da Constituição Federal, destacando-se, ainda, o art. 7º, incisos XXII e XXIII, os quais prevêem os seguintes direitos: redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.” MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA • A proteção ao meio ambiente do trabalho se dá a nível constitucional e ao abrigo do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, já que o trabalho é direito fundamental social previsto no art. 6º da CF-88. 6 Assédio Moral: Dignidade & Humilhação 7 Fonte: Adaptado de Leland R. Beamout Humilhação Insulto (Perda) Iniqüidade Impotência Vulnerabilidade Importunado Intimidado Desprezado Excluído Escarnecido Vexado Ridicularizado Assediado Diminuído Embaraçado Cruelmente criticado Alcunhado ou estigmatizado Lesão Abuso Ameaça Terrorismo Dominação Fontes de Poder Assimetria Força Riqueza Alianças Posição Reputação Imagem Armas Informação Protelação, Arbítrio, Regra de Direito Ineficaz, Irregularidade Imprevisibilidade Timidez Auto-estima, Falta de humildade Ações do observador: • Passivo • Solidário com a vítima • Solidário com o agente Habilidades enfrentamento Self de ou por si próprio Recursos ou pecúnia Ingenuidade, Sensibilidade, Inexperiência, Competência emocional Indisponibilidade de Meios, Estresse, Desamparo, Aviltamento acumulado Padronização Injustiça Insegurança Assimétrico, tendencioso, Corrupto, arbitrário, parcial, desproporcionado, inconsistência Investigação débil Não Due Process Combustível para uma outra, também poderosa , Bomba-H Ato Sentimento Processo ASSÉDIO MORAL • O assédio moral é patologia social que assola as relações no ambiente do laboral e que rompe com o conceito de meio ambiente do trabalho equilibrado e sustentável. 9 ASSÉDIO MORAL • O assédio moral, também chamado de terrorismo psicológico, é conceituado por Márcia Novaes Gudes como: 10 ASSÉDIO MORAL • "todos aqueles atos comissivos ou omissivos, atitudes, gestos e comportamentos do patrão, da direção da empresa, de gerente, chefe, superior hierárquico ou dos colegas, que traduzem uma atitude de contínua e ostensiva perseguição que possa acarretar danos relevantes às condições físicas, psíquicas, morais e existenciais da vítima". GUEDES, Márcia Novaes. Terror Psicológico no Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2004, p.32. 11 ASSÉDIO MORAL • Já Marie-France Hirigoyen ensina que assédio moral no trabalho é “toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho”. • HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-Estar no Trabalho: Redefinindo o Assédio Moral. Tradução de Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p.17. 12 As palavras que conduzem para a Humilhação • “Bullying” – Perseguir – Assediar – Intimidar – Tiranizar – Aterrorizar • “Mobbing” – Jurisprudência escocesa: assembléia ou reunião de pessoas para propósitos violentos e ilegais, que incluem causar lesões a terceiros, destruir propriedades e espalhar o terror e o alarme na população – Ataque indiscriminado por parte de um grupo desestruturado Fonte: Oxford Dictionary 13 Os conceitos • “Bullying” – Conduta Agressiva – Intencionada e prejudicial – Persistente, mantida no tempo (semanas, meses ou anos) – Guiada por indivíduo ou grupo – Vítima habitual incapaz de defender-se – Desenvolvida no âmbito escolar ou do trabalho – Importante impacto no sujeito • “Mobbing” – Comunicação hostil e carente de ética – Realizada de forma sistemática – Conduzida por um indivíduo ou um grupo deles – A vítima é “arrastada” a uma situação de indefesa e desvalimento, mantendo-a de forma ativa nessa situação – Persistentemente e durante largo tempo – No âmbito laboral e/ou profissional – Efeito “devastador” na vítima 14 Sujeitos Implicados (I) • Bullying: Perfil de agressor – Varão (3/1) – Aspecto forte – Dinâmica relacional: • Agressiva/violenta com aqueles que consideram débeis e covardes • Se consideram líderes e sinceros • Elevada autoestima e assertividade, com ar provocativo – Características personalidade: • Elevado psicoticismo (impulsividade) • Extroversão e sinceridade • Nível médio de neuroticismo (depressividade) • Mobbing: Perfil agressor • Estrutura, ao menos funcional, perversa • Traços agressivos e perigosos, ainda que a expressão da agressividade pareça “submergida” • Sua segurança e autoestima se nutrem do dano e humilhação a que causam a outros • Obtém uma satisfação emocional no processo • Características: • Mediocridade • Inveja • Controle 15 Sujeitos Implicados (II) • Bullying: Perfil vítima – Ambos sexos – Aspecto físico: • Complexão débil • Possibilidade de um handicap – Dinâmica relacional: • Timidez, pode chegar a retraimento e isolamento social • Tendência ao afeto, – Características personalidade: • Elevado neuroticismo (ansioso, predisposta a depressão) • Altos niveles de angústia e introversão • Mobbing: Perfil vítima • Invejáveis: brilhantes, certo atrativo mas...Considerados como perigosos ou competitivos • Vulneráveis: hábito depressivo, necessitados de afeto e aprovação. Considerados como inofensivos ou indefesos • Ameaçadores: ativos, eficazes e trabalhadores mas...podem evidenciar limites e....lutam por reformas ou uma nova cultura • Características: • Autenticidade • Ingenuidade, funcional • Dependência afetiva 16 Sujeitos Implicados (III) • Bullying: Grupo companheiros - Passividade “enquanto agrido outros, não sou agredido” - Cúmplices da situação - São testemunhas em15- 20% dos casos - Bullying como conduta encoberta • Mobbing: Grupo companheiros • Passividade ante uma situação • Cúmplices e testemunhas de uma situação • Incrementam isolamento • Coesão do grupo frente à vítima • Improdutividade crescente 17 Formas de assédio • Bullying • Maltrato Físico (“cascudo”, bofetadas,golpes reiterados) • Maltrato Verbal (ameaças, insultos, motes) • Maltrato Psicológico (desqualificações, gestos, intimidações, ofensas) • Maltrato Social (isolamento, murmurações, difamações) • Maltrato Indireto • Abuso Sexual • Mobbing • Limitar a comunicação (censura, imposição de opiniões, rumores) • Limitar contato social (não dirigir-se à vítima, não contestar suas perguntas, isolamento, impossibilitar a defesa) • Desprestigiar sua pessoa ante companheiros (em nível pessoal com bromas e mentiras sobre a vítima, família, origens, antecedentes, entorno) • Desprestigiar edesacreditar a capacidade profissional e laboral (impor tarefas menores a sua capacidade, não permitir a sua participação, criticar exageradamente seus erros ou defeitos, depreciar suas capacidades) • Comprometer sua saúde 18 Bullying / Mobbing Assédio moral ou violência moral no trabalho O assédio moral pode ser caracterizado como ofensivo, intimidatório, malicioso ou comportamento insultuoso, um abuso ou desvio de poder através de meios destinados a prejudicar, humilhar e denegrir o destinatário. 19 O assédio moral é de fato uma questão de saúde e segurança. Os empregadores têm o claro dever jurídico de assegurar, tanto quanto possível, a saúde, a segurança e o bem-estar dos seus trabalhadores. 20 Direitos de Personalidade •Concepção Unitária: Direito à integridade psicofísica. •Concepção Dicotômica: Direito à integridade física / Direito à integridade psíquica. •Direito Geral de Personalidade, ou Cláusula Geral de Personalidade. 21 Para Carlos Alberto Bittar, os direitos da personalidade poderiam ser distribuídos da seguinte forma: a)direitos físicos; b) direitos psíquicos; c) direitos morais (em três segmentos): c1) os primeiros referentes a componentes materiais da estrutura humana (a integridade corporal, compreendendo: o corpo, como um todo; os órgãos; os membros; a imagem, ou efígie); c2 ) os segundos, relativos a elementos intrínsecos da personalidade (integridade psíquica, compreendendo: a liberdade; a intimidade; o sigilo, etc.) e os últimos, c3) respeitantes a atributos valorativos (ou virtudes) da pessoa na sociedade (o patrimônio moral, compreendendo: a identidade; a honra; as manifestações do intelecto). 22 O assédio moral implica violação da cláusula geral de personalidade, A deterioração ou deformação intencionada das condições de trabalho em que predominam atitudes e condutas negativas dos executivos, supervisores, ou superiores hierárquicos, em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que resulta em prejuízos objetivos, físicos e emocionais para o trabalhador e para a organização. 23 Verticalidade da deformação intencionada das condições de trabalho Se distingue por relações arrogantes, desumanas e antiéticas, onde prepondera os desmandos, a disseminação do medo, a competitividade feroz, ademais dos programas de qualidade total associados à produtividade. A reestruturação e reorganização do trabalho e dos meios e modos da prestação, as novas incorporações à função acabam por exigir radicais qualificações, além de polifuncionalidade, visão sistêmica do processo produtivo, rotação das tarefas, autonomia e “flexibilização”, sem prévia e justificada atenção para as capacidades dos trabalhadores (deficiências de capacitação, ausência de métodos de recolocação etc.). 24 Horizontalidade da deformação intencionada das condições de trabalho Alta pressão para produzir com baixo custo e qualidade. Práticas intimidatórias que levam ao medo de perder o emprego e não retornar ao mercado formal, assim, beneficia a sujeição e incrementa a opressão. A disseminação do medo no ambiente de trabalho, avigora atos egoístas, tolerância aos desmandos e técnicas arrogantes no interior das organizações que alimentam a “cultura do contentamento geral”. Alguns ocultam o estresse e trabalham com ansiedade e amargura, outros não se deparam com problemas produtivos, todavia, pensam que podem vir a tê-los, acolhem o discurso dos superiores hierárquicos, passando, deste modo, a discriminar e a humilhar os “improdutivos”. 25 Além de violar a cláusula geral de personalidade, a humilhação viola o direito fundamental à saúde do trabalhador. Constituição Federal de 1988: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 26 Conselho Federal de Medicina • Segundo Resolução 1488/98 do Conselho Federal de Medicina, "para o estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do exame clínico (físico e mental) e dos exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar: • A história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação de nexo causal; 27 Conselho Federal de Medicina • O estudo do local de trabalho; • O estudo da organização do trabalho; • Os dados epidemiológicos; • A literatura atualizada; • A ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a condições agressivas; 28 Conselho Federal de Medicina • A identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes, e outros; • O depoimento e a experiência dos trabalhadores; • Os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da área de saúde." (Artigo 2º da Resolução CFM 1488/98). 29 Consequências do Assédio Moral à Saúde • Entrevistas realizadas com 870 homens e mulheres vítimas de opressão no ambiente profissional revelam como cada sexo reage a essa situação (em porcentagem) • Fonte: BARRETO, M. Uma jornada de humilhações. São Paulo: Fapesp, PUC, 2000. 30 Consequências do Assédio Moral à Saúde SINTOMA MULHERES HOMENS • Crises de choro 100 - • Dores generalizadas 80 80 • Palpitações, tremores 80 40 • Sentimento de inutilidade 72 40 • Insônia ou sonolência Excessiva 69,6 63,6 • Depressão 60 70 31 Consequências do Assédio Moral à Saúde SINTOMA MULHERES HOMENS • Diminuição da libido 60 15 • Sede de vingança 50 100 • Aumento da pressão arterial 40 51,6 • Dor de cabeça 40 33,2 • Distúrbios digestivos 40 15 • Idéia de suicídio 16,2 100 • Falta de apetite 13,6 2,1 32 Consequências do Assédio Moral à Saúde SINTOMA MULHERES HOMENS • Falta de ar 10 30 • Passa a beber 5 63 • Tentativa de suicídio - 18,3 33 LEGISLAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL • Lei nº 11.948, de 16 de junho de 2009 - (Conversão da Medida Provisória nº 453, de 2008) • Art. 4º Fica vedada a concessão ou renovação de quaisquer empréstimos ou financiamentos pelo BNDES a empresas da iniciativa privada cujos dirigentes sejam condenados por assédio moral ou sexual, racismo, trabalho infantil, trabalho escravo ou crime contra o meio ambiente. 34 LEGISLAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL • Projetos de Leis Federais • Projeto de lei sobre assédio moral nas relações de trabalho • De iniciativa do Dep. Fed. Mauro Passos, PT/SC Projeto de lei sobre coação moral • De coordenação do Dep. Fed. Inácio Arruda, PCdoB/CE 35 LEGISLAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL • Projeto de Lei nº 80, de 2009, sobre coação moral no emprego • De iniciativa do Senador Inácio Arruda - PCdoB Lei nº 8.112: assédio moral • De iniciativa de Rita Camata, deputada federal pelo PMDB/ES Lei nº 8.112: coação moral • De coordenaçãodo deputado federal Inácio Arruda, PCdoB/CE 36 LEGISLAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL • Lei nº 8.666: coação moral • De coordenação do deputado federal Inácio Arruda, PCdoB/CE Código Penal: assédio moral • De iniciativa de Marcos de Jesus, deputado federal pelo PL - PE Código Penal: coação moral • De coordenação do deputado federal Inácio Arruda, PCdoB/CE 37 LEGISLAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL • Projeto de lei: alteração • Altera a Lei nº 8.213 Projeto de lei • De iniciativa do senador Inácio Arruda 38 PL-5369/2009 Institui o Programa de Combate ao “Bullying”. Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate ao “Bullying” em todo o território nacional, vinculado ao Ministério da Educação, que expedirá às normas e procedimentos necessários a sua execução, observadas as diretrizes prescritas na presente Lei. Parágrafo único. No contexto da presente Lei, “bullying” é considerado todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. 39 Art. 2º Caracteriza-se o “bullying” quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação e/ou discriminação, e ainda: a) ataques físicos; b) insultos pessoais; c) comentários sistemáticos e apelidos pejorativos; d) ameaças por quaisquer meios; e) grafitagem depreciativas; f) expressões preconceituosas; g) isolamento social consciente e premeditado; h) pilhérias. § Único - O “Cyberbullying”, uso de instrumentos da WEB, como Orkut e outros, para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial, caracteriza-se também como “bullying”. 40 Art. 3º O “bullying” pode ser classificado, conforme as ações praticadas: a) verbal: insultos, xingamentos e apelidos pejorativos; b) moral: difamação, calúnia, disseminação de rumores; c) sexual: assédio, indução e/ou abuso; d) social: ignorar, isolar e excluir; e) psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar; f) físico: socar, chutar, bater; g) material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem; h) virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social. 16/07/2013: Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA ) Prazo para apresentação de recurso, nos termos do § 1º do art. 58 combinado com o § 2º do art. 132 do RICD (5 sessões ordinárias a partir de 17/07/2013). 41 Projeto de Lei do Senado nº 79, de 2009 Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto- Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre coação moral. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1° de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 483 ... h) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele, coação moral, por meio de atos ou expressões que tenham por objetivo ou efeito atingir sua dignidade e/ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade que lhes conferem suas funções. ... § 3° Nas hipóteses das alíneas „d‟, „g‟ e „h‟, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até decisão final do processo.” (NR) “Art. 484-A. Se a rescisão do contrato de trabalho foi motivada pela prática de coação moral do empregador ou de seus prepostos contra o trabalhador, o juiz aumentará, pelo dobro, a indenização devida em caso de culpa exclusiva do empregador.” Local: 05/02/2013 - Comissão de Educação – Situação: 05/02/2013 - PRONTA PARA A PAUTA NA COMISSÃO 42 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • PL 7202/2010 • Altera a alínea b do inciso II do art. 21 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre situação equiparada ao acidente de trabalho ao segurado do Regime Geral de Previdência Social. 43 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • Art. 1º O art. 21 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 21.............................................. II – b) ofensa física ou moral intencional, inclusive de terceiro; Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 44 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO JUSTIFICAÇÃO • O texto atual da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, estabelece o pré-requisito de equiparar ao acidente de trabalho a ofensa física intencional, inclusive de terceiro, somente quando o motivo de disputa seja relacionada ao trabalho. 45 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • O objetivo do Projeto de Lei apresentado é estender o conceito de outras situações equiparadas ao acidente de trabalho. A ofensa moral cada vez mais vem sendo reconhecida como fator de risco nos ambientes de trabalho, destacando-se o assédio moral e outras formas de violência. 46 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Atualmente tem ocorrido uma intensificação e banalização do fenômeno e novas abordagens do problema tentam estabelecer o nexo causal com a organização do trabalho e tratá-lo como ligado ao trabalho. Por constituir uma violência psicológica, pode causar danos 47 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • à saúde física e mental, não somente daquele que é atingido, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos. Já a violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho – OIT em diversos países. 48 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • Entendemos que, independentemente de ser ou não por motivo de disputa relacionada ao trabalho, a ofensa física ou moral intencional no ambiente de trabalho deve ser considerada acidente de trabalho. Sendo assim, em vista da relevância da matéria, contamos com o apoio dos ilustres pares para a aprovação desta proposição. 49 ASSÉDIO MORAL X ACIDENTE DO TRABALHO • 24/08/2011: Comissão de Seguridade Social e Família ( CSSF ) • Apresentação do Parecer do Relator n. 1 CSSF, pelo Deputado Lael Varella (DEM-MG). • Parecer do Relator, Dep. Lael Varella (DEM- MG), pela rejeição deste. 50
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